miahwe Miahwe Tees

Em Londres, Inglaterra, há uma família responsável por cuidar do Submundo. Seu representante, dado como uma lenda muitos é conhecido como Lorde do Submundo, o Leão da Guarda da Rainha. Devido há sequestros, tráfico de ópio e um possível assassino, o Leão volta a Londres para limpar o jardim da Rainha. Um médico burguês, volta a Londres, desta vez acompanhado por um rapaz misterioso. Dada as aparências, este jovem é matriculado na University College London, onde esbarra com o herdeiro do Conde de Buckinghamshire, Naruto Namikaze. Uma amizade começa desenrolar, e Sasuke Le Éventail decide que única ordem que não conseguiria seguir era a de ficar longe de qualquer Namikaze. Contudo, Sasuke não vem para a Inglaterra estudar, nem fazer amigos, possui um trabalho sangrento e cheio de segredos.


Fanfiction Anime/Manga For over 18 only. © Enredo, trama e alguns personagens

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Conde de Buckinghamshire

A MORTE

A morte vem de longe

Do fundo dos céus

Vem para os meus olhos

Virá para os teus

Desce das estrelas

Das brancas estrelas

As loucas estrelas

Trânsfugas de Deus

Chega impressentida

Nunca inesperada

Ela que é na vida

A grande esperada!

A desesperada

Do amor fratricida

Dos homens, ai! dos homens

Que matam a morte

Por medo da vida.

- Vinicius de Mores, A Morte.


                                                               ***


   Fazia dois dias que fora sequestrado e mantido naquele mesmo quarto bolorento. Hora a hora algum homem vinha tentar tirar informações sobre o pai, mas não adiantava o quanto fosse esmurrado, não contava. No entanto, o que iria contar? O pai nunca lhe falava sobre o trabalho de Leão da Guarda da Rainha e cada vez mais entendia o porquê.

   Estava deitado no chão, sem forças para se erguer, os punhos e os tornozelos amarrados, um corte cicatrizava no lábio e suas costelas doíam irritantemente. A cada hora se perguntava se iria mesmo morrer ali ou se alguém o iria salvar. Fechou os olhos, cansado, e deixou-se ser levado pela dor.

   Acordou novamente com um barulho no corredor. Virou a cabeça em direção à porta e viu pela fissura sombras se mexendo por baixo. Um tiro explodiu em algum lugar.

   Algo em seu interior suspirou aliviado. Agora só precisava esperar.


                                                               ***


   Ao ver o lençol branco balançando na janela fazendo o sinal, saíram do esconderijo atrás de algumas árvores e correram até a porta de trás. Esperaram menos de três minutos e ela abriu-se com um baixo rangido. Konan estava do outro lado, vestida em um vestido voluptuoso, a saia vermelha possuía apenas duas camadas e o espartilho parecia mais apertado do que o normal, mas o que mais chamou a atenção de Yahiko ao lado de Minato foi o fato do batom rosa ter desaparecido e dos cabelos antes bem presos, agora estarem bagunçados; Yahiko fechou as mãos em punhos, com o sentimento possesso que sentiu.

   — Vamos rápido, ele está no quarto de cima — a mulher falou obstinada, ergueu as saias e começou a correr. Minato não demorou para a seguir junto de Yahiko.

   O sequestrador tinha saído com cinco de seus guardas, deixando apenas três para cuidar da casa. Konan havia conseguido entrar, disfarçada de meretriz, e matou um deles. Faltavam dois.

   — Quem são vocês? — Um homem apareceu na base da escada. Yahiko não pensou duas vezes, sacou a arma presa no cinto e deu um tiro certeiro no peito do homem.

   Minato, já no corredor de cima, derrubou o último guarda com uma chave de braço e olhou para Konan, que arfava encostada na parede, as mãos tentando folgar o espartilho. Trocaram um último olhar cúmplice e Minato arrombou a porta, machucando o ombro no processo.

   O quarto estava escuro e a luz que entrava pela porta fazia visível a poeira flutuante do local. Havia poucos móveis no ambiente e em um canto viu o corpo. Suspirou. Tinha-o achado, finalmente.

   O rapaz balançava a cabeça desesperado, um pano abafava sua voz. Tirou-o imediatamente e ajudou o garoto a se sentar. Desamarrou-lhe os punhos e cortou as cordas que prendiam os tornozelos.

   — Que bom que está vivo, por Deus, graças — falou abraçando o rapaz.

   — Por quê..? — Naruto começou e logo interrompeu-se para tossir.

   Minato estralou a língua no céu da boca, enquanto passava o braço do filho pelos ombros e o ajudava a se erguer.

   — Um contrabandista que eu estava investigando, aparentemente achou que sequestrar você me desencorajaria, me desequilibraria. Esses homens subestimam demais minha função para com a Rainha, afinal, como eu não seria capaz de salvar meu próprio sangue se fui eleito um dos protetores da família real? De toda forma, já está tudo bem. Vamos para casa.


                                                               ***


   Seus olhos doíam pela luz do sol e lentamente se acostumavam, suas pernas estavam dormentes e precisou de alguns minutos para andar normalmente sem perder as forças e tropeçar. Do lado de fora da casa, Naruto encontrou Yahiko e Konan, não sabia muito sobre eles, apenas que eram amigos do pai e aparentemente trabalhavam juntos.

   — Vamos para casa — o pai falou e caminharam até a carruagem, onde o emblema da família Namikaze estava estampado. Yahiko fora como cocheiro e Konan junto com Minato e o filho, limpando os ferimentos mais visíveis de Naruto e os medicando com pomada.

   — Onde está o tio Nagato? — Naruto perguntou enquanto seu rosto se contorcia de dor ao ter o corte pressionado. Normalmente o tio sempre estava junto a eles durante os serviços para com a Rainha que o pai exercia.

   — Provavelmente levando o contrabandista para a prisão, senhor — Konan respondeu a Naruto, que assentiu, mesmo sem entender muito bem.

***

   Havia derrubado o cocheiro do contrabandista, quando esse foi se aliviar no mato. Despiu-o e usou as roupas como disfarce.

   Quando o contrabandista entrou na carruagem, sem ao menos olhar para o cocheiro e ordenou o trajeto da viagem, Nagato fez uma vênia, sorriu e trancou a porta, subiu para seu assento e bateu as rédeas do cavalo. O contrabandista só notou que estava indo na direção errada quando já era tarde demais.

   Espero que Lorde Namikaze tenha conseguido salvar o filho, foi o que pensou quando cumpriu sua parte do plano. Ora de ir beber alguma coisa.


                                                               ***


                                                   3 meses depois.


   University College London, Grande Londres, Inglaterra.


   Andava apressado pelos corredores da UCL. Novamente e desesperadamente atrasado para a aula. Era uma péssima quarta-feira para Naruto, havia acordado de mau humor por conta de um sonho que teve, acabou se atrasando para a aula e esqueceu um livro.

   Ótimo Namikaze eu sou, pensou enquanto tentava evitar os inspetores nos corredores. Entrou na sala e agradeceu pela professora ter ido ao banheiro. Suspirando pesadamente deixou-se cair na cadeira e deitou o corpo na mesa.

   Não havia nada de novo no quadro-negro, não para ele, pelo menos. Apesar de estudar medicina, já tinha uma forte base que fora dada quando menor, pelo tutor que o pai havia contratado para educá-lo. Todavia, o pai tinha insistido para que cursasse alguma coisa, mesmo que Naruto não fosse exercer a profissão, afinal, quando o pai falecesse iria herdar o título de Conde de Buckinghamshire e o serviço de Leão da Guarda da Rainha, assim como o pai e todos os herdeiros da família Namikaze.

   Ao seu redor alunos conversavam sobre o que fariam no fim de semana, enquanto outros discutiam sobre a melhor forma de tratar uma fratura na perna. Ouviu a voz de Kiba ao seu lado e levantou lentamente a cabeça para encará-lo.

   — Que cara é esta, Namikaze?

   — Tive uma péssima noite de sono, se quer saber.

   — Entendo, então depois a gente conversa sobre as novidades que ocorreram nas últimas quarenta e oito horas.

   Quando Naruto se preparou para responder, a professora entrou na sala, transmitindo sua aura séria, antipática e irritante que fez Naruto esconder o rosto nos braços e dormir a aula inteira. A mulher era cega do olho direito, e por isso, quase não reparava em quem se sentava do extremo lado direito da sala, o que proporcionava uma aula de cochilos para Naruto.

   Acordou quando sinal havia tocado, passou as mãos pelos cabelos, desordenando-os e levantou-se. Kiba não o havia esperado; como sempre. Acho que preciso de um novo amigo, pensou enquanto saía da sala.

   Começou o caminho para a biblioteca para devolver um livro que havia pego para estudar. Não o tinha usado, realmente, esquecera, e quando notou já era dia da devolução.

   Ao entrar na biblioteca, respirou o delicioso ar de livro e antiguidade enquanto caminhava até a bancada da bibliotecária.

   — Sir Namikaze, veio devolver o livro? — Lince perguntou de forma doce quando ele se aproximou.

   — Sim, aqui está.

   — Pode assinar nessa linha, por favor? — perguntou ela estendendo um papel com outras assinaturas de devoluções. Naruto assinou e virou para ir em direção a uma sessão de livros de aventura, esbarrando em um rapaz enquanto virava em um corredor de estantes.

   — Peço desculpas — falou enquanto abaixava e pegava o livro que havia derrubado das mãos do rapaz.

   — Não foi nada — o homem o respondeu com um forte sotaque francês.

   Ao se erguer novamente, estender o livro e encarar o homem, Naruto se deparou com um rosto que nunca tinha visto, mas que era levemente familiar. Onde já o tinha visto? Então o olho escuro se ergueram do livro para encará-lo e o herdeiro de Buckinghamshire soltou uma risadinha sem graça enquanto coçava o couro cabeludo, um pouco constrangido de ser pego encarando.

   — Nunca te vi por aqui, é novo ou não anda muito fora da sala?

   — Sou novo — o rapaz falou tirando as madeixas negras da frente do rosto com a mão, deixando amostra um tapa olho de couro negro.

   — Seja bem-vindo à UCL — disse tentando parar de encarar o curioso tapa olho. — Sir Naruto Namikaze, prazer.

   — Sasuke Le Éventail, prazer.

   Apertaram as mãos brevemente e Naruto continuou seu caminho pelas estantes, alguns dos livros ele reconhecia da biblioteca da Casa de Hampden, livros que provavelmente já teria lido quando menor. Por fim, pegou um sobre pirataria e foi até a bibliotecária assinar a lista de livros emprestados.

   Nos corredores tudo estava bem movimentado. Ao passar pelo pátio observou as pessoas sentadas nos bancos ou no gramado conversando, estudando ou até mesmo dormindo.

   — Naruto! — Escutou e olhou para o lado.

   — Oras, como vai? — perguntou a Lee.

   — Bem, bem — o rapaz de cabelos escuros respondeu eufórico apoiando as mãos nos joelhos. — Vamos sair sexta que vem depois da aula? Beber um pouco?

   — Conte comigo — falou imitando o sorriso de Lee. — Onde?

   — Decidimos isto depois; é o de menos. Vem, vamos lá ficar com os outros?


                                                         ***


   Estava vendo alguns livros nas estantes quando escutou a bibliotecária falar:

   — Sir Namikaze, veio devolver o livro?

   Namikaze? Seu tutor tinha lhe falado sobre essa família, falado para se manter longe de qualquer Namikaze. Curioso, retirou um livro da estante para espiar, pela fina brecha, como o rapaz era pessoalmente.

   Avistou-o de perfil, os traços fortes, os cabelos claros e os olhos azuis tinham lhe sido descritos como as características do Conde Namikaze e, aparentemente, de seu herdeiro também. Sasuke o observou o tanto que deu pela brecha, era um belo rapaz, admitia para si mesmo.

   — Pode assinar nessa linha, por favor? — Escutou ao longe, colocou os pensamentos de canto e começou a guardar o livro na estante. Então surpreendeu-se quando o Namikaze esbarrou em si ao entrar no corredor, derrubando o livro, que mal havia encaixado na estante, no chão. Suprimiu um suspiro de surpresa.

   — Peço desculpas — o rapaz falou imediatamente e o sotaque inglês fez com que um sorriso passasse rapidamente pelos lábios de Sasuke.


                                                               ***


   Casa de Hampden em Great Hampden, Condado de Buckinghamshire.


   A Carruagem parou em frente à mansão, as rodas estralando junto aos cascalhos. Havia tido uma reunião de negócios em Aylesbury pela manhã, para decidir sobre os próximos passos da fábrica, discutir sobre os próximos investimentos e a renda atual. Almoçou em um restaurante na cidade e à tarde voltou para Great Hampden, área rural do Condado e onde residiam o Conde e sua família, no entanto, pela demora da viagem acabou chegando à noite.

   Minato escutou o som de passos nos cascalhos e logo Asuma, o jardineiro da família, abriu a porta para que o Conde pudesse sair.

   — Olá, Asuma, como ficaram as coisas durante minha saída?

   — Bem, com certeza. Como foram os negócios, meu Lorde?

   — Resolvidos, meu caro — o Conde de Buckinghamshire respondeu enquanto andavam até a porta da mansão.

   — Se me der licença — Asuma falou e se despediu assim que chegaram na porta. O Conde assentiu e abriu a porta dupla de mogno.

   Seu mordomo logo apareceu para ajudá-lo com o sobretudo que usava.

   — Obrigado, Hiruzen — falou estendendo a bengala para que segurasse junto a cartola negra. — Prepare-me um chá com mel, leve à biblioteca e acenda a lareira, por favor. Prepare-me um banho também para daqui a duas horas.

   — Sim, meu Lorde. A lareira já está acesa, senhor, a Condessa está lá. — Depois de feita uma vênia, Hiruzen saiu em direção as escadas.

   O Conde caminhou até sua parte preferida da casa. A Biblioteca. Olhou para o relógio no corredor. 21:45. O que ela estava fazendo acordada a esta hora? Perguntou-se enquanto caminhava. Entrou sem bater e fechou a porta logo em seguida.

   Estava frio apesar da lareira estar acesa e a madeira estalando.

   Em sua poltrona viu os cabelos ruivos da esposa balançando a favor do vento gélido que entrava pela janela. Andou até ela e contemplou o rosto sereno da mulher enquanto ressonava. Um livro repousava fechado no colo, o espartilho justo fazia com que os seios se sobressaíssem um pouco para cima e um colar com um pingente de rubi repousava bem ali. Sorriu, havia dado a ela quando ainda eram prometidos um ao outro.

   Os cabelos soltos caíam em todos os lados, com os dedos colocou uma mexa que caía no rosto da esposa atrás da orelha. Então os olhos dela tremeram e se abriram lentamente.

   — Minato... — falou e bocejou sutilmente.

   — Estava me esperando? — perguntou gentilmente. Ela assentiu. —Está ficando tarde, é melhor ir para a cama, não?

   Ela assentiu novamente, ainda estava com sono.  Vai comigo?

   O Lorde estralou a língua pensativo, precisava ler uns documentos da fábrica que tinham atrasado graças ao caso de contrabando do mês antepassado. Contudo sabia também que Kushina tinha o esperado para que pudessem ficar juntos por um tempo, já que desde de que voltou de Londres tinha andando ocupado tentando ajeitar os negócios que tinha deixado de lado para resolver o problema de contrabando.

   Suspirou, podia ficar com ela até ela dormir e então voltaria para a biblioteca para terminar o trabalho.

   Inclinou-se até Kushina para selar, de forma cálida, ambos os lábios. Ela o puxou pela casaca, fazendo-o apoiar as mãos no braço da poltrona para não cair, e aprofundando mais ainda o beijo; tornando-o mais luxurioso. Ah... Kushina... Pensou enquanto se perdia nos lábios macios da esposa.

   Ajudou-a levantar sem quebrar o beijo. Felizmente o vestido que ela usava não tinha armação de crinolina, apenas camadas espessas de tecido. Segurou-a pela cintura fina, sentido os bordados no espartilho e a puxou para si, a outra mão segurando-a pela nuca enquanto brincava com os lábios da esposa.

   Sentiu as mãos da esposa massageando seu cabelos e gemeu baixinho quando seus lábios foram sugados sem delicadeza.

   Eu amo essa mulher, foi o que pensou quando a sentou na mesa de mogno. Sentiu as pernas da esposa o enlaçarem pela cintura e as mãos delicadas passearem por seu tronco, desabotoando cada botão e afrouxando a gravata. Interromperam o beijo afoito para respirar, gradualmente Minato começou a sentir um calor percorrendo o corpo e fazer as mãos suarem.

   Beijou a testa de Kushina, os lábios trêmulos como os da esposa. Passou o polegar lentamente pelos lábios avermelhados da mulher, percorrendo o maxilar e descendo pelo pescoço pálido e morno. Inclinou-se sem pensar duas vezes para deixar um rastro de beijos naquela extensão, sentindo o cheiro de rosas e jasmim que emanava dos cabelos ruivos. Distribuiu algumas mordidas, beijando o local em seguida. Cada arquejo que fazia Kushina soltar e cada aperto que ela lhe dava eram desejosos. Então notou o quanto a respiração dela estava entrecortada em intervalos demasiadamente curtos, mesmo que ela não reclamasse de falta de ar, Minato sabia que aquilo poderia acabar levando-a a desmaiar. Percorreu as costas da esposa, as mãos já treinadas começaram a puxar e desamarrar cada laço e cordão que amarravam o espartilho justo. Justo até demais, nunca iria entender como as mulheres conseguiam respirar com aquela peça esmagando as costelas e a barriga.

  Quando o espartilho folgou e caiu para frente, Kushina suspirou longamente de forma aliviada e colocou a peça de lado, sem se importar onde iria cair. Minato puxou-a novamente para continuarem o beijo, enquanto explorava cada parte do corpo da mulher, sentindo a pele quente por baixo do vestido de tecido fino.

   Beijou-lhe o ombro, escorregando a manga para baixo. Ah, como queria despi-la aquele momento. Uma das mãos apalpou os seios da esposa enquanto a outra servia de apoiou para a nuca de Kushina enquanto se beijavam.

   As mãos da esposa finalmente tinham conseguido retirar a casaca, o colete e a gravata, deixando-o apenas de com a folgada blusa social branca, esta que acabara de ser aberta. Sentia as unhas curtas raspando em suas costas e acariciando seu abdômen enquanto as línguas competiam amistosamente para ver quem ocupava mais espaço, se envolvendo como uma nova dança.

   Tudo parou quando ouviram três batidas na porta.

   Minato quebrou o beijo automaticamente.

   — Esqueci que tinha pedido chá para Hiruzen.

   Kushina encarou-o mordendo o lábio inferior, a boca e as bochechas coradas.

   — Um instante — Minato falou e caminhou até a porta do cômodo, limpou a boca molhada e fez o possível para arrumar o cabelo. Abriu a porta, pegou a bandeja, dispensou Hiruzen pelo resto da noite e voltou para os braços da esposa que estava lutando para tirar as camadas de saia.

   — Eu ajudo — falou enquanto pousava a bandeja na mesa e se aproximava da esposa.

                                                        

                                                            ***


   Sábado. 19:00. Grande Londres.


   Uma mulher caminhava às presas pelas suntuosas ruas de Londres. Apertando-se ao máximo dentro do casaco de lã para tentar manter o calor, este que parecia escapar cada vez que abria a boca. Era uma garçonete qualquer, que vivia na parte pobre da cidade e dormia toda noite desejando que pudesse continuar a respirar no dia seguinte.

Seus passos ecoavam solitários nas ruas de pedras, além desse barulho, havia também o ranger de seus dentes na boca implorando por um pouco de calor.

   Atravessou outra rua, esta estava mal iluminada, alguns postes estavam apagados, o que só a instigou a andar mais rápido, como se algo a pudesse pegar. Odiava o escuro, principalmente quando estava sozinha.

   Então, como se por irônia cruel do destino, um barulho ecoou atrás de si e o tempo que levou para virar fora o mesmo tempo de alguém a segurar, pressionando algo áspero em seu nariz com um cheiro estranho. E depois tudo ficou escuro.



March 5, 2018, 12:48 p.m. 0 Report Embed Follow story
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