A ideia tinha sido de Kakashi.
Não estava em seus planos trabalhar no sábado, ainda mais naquele clima frio, mas Obito tinha insistido que fossem, mesmo atrasados. Era apenas uma ajuda extra no projeto beneficente que aconteceria em frente o prédio Hokage e poucos funcionários se dispuseram a ajudar. A maioria eram pessoas de fora, que faziam partes de ONGs, mas Obito tinha essa mania. Essa mania irritantemente encantadora de ajudar quem precisava.
Não conseguiu negar por muito tempo o seu pedido para que fossem fazer alguma coisa no edifício, embora soubesse que não teriam muito o que fazer por lá. Dito e feito. No andar correto em seus espaços pequenos separados apenas por algumas telas, estavam os dois sem nenhuma companhia. Kakashi terminou o café expresso que compraram no caminho e tirou o casaco grosso, vendo o namorado se livrar do próprio.
A maioria não sacrificaria um fim de semana em casa, com aquecedores, pelo escritório, então não estava realmente surpreso por estarem apenas os dois ali. E claro, Kakashi não iria deixar aquela oportunidade passar.
Adorava quando o Uchiha vestia aquelas roupas sociais. Gostava do formato da nuca e dos cabelos escuros com cheiro de chiclete – por causa do shampoo meio infantil, com o qual o grisalho sempre implicava. E ao vê-lo de costas, não resistiu a passar os lábios pela pele no pescoço, abraçando-o por trás. Sentiu a pele do moreno se arrepiar e sabia que ele cederia em breve, porque além de sua alma caridosa, Obito guardava consigo bastante energia. Adorava quando esta se convertia a luxúria.
Já se conheciam bem até demais. Namoravam desde o primeiro ano da faculdade e moravam juntos desde que conseguiram dividir a Kitnet. Agora moravam num apartamento decente, com empregos legais e dividiam a vida. Conheciam-se muito bem; bem o suficiente pra saber que aquelas carícias logo chegariam a algum lugar.
Estavam sozinhos naquele andar e provavelmente ninguém mais iria aparecer. Por isso, foi fácil que os beijos começassem, apoiados na mesa de trabalho e aquilo era tão excitante. As pernas do Uchiha prenderam o Hatake em volta de si e as ereções recém formadas roçaram sob o tecido da calça.
Os beijos desceram pela mandíbula até o pescoço, a língua passeando pela pele, causando arrepios. Queriam mais. Mais… Mais…
O som do elevador foi ouvido. Os dois paralisaram no lugar até ouvirem a cantoria característica da única pessoa além deles que poderia estar ali também. Rin Nohara, sua excelentíssima colega de trabalho.
Não pensaram muito quando Kakashi se desfez do aperto em que se encontrava e escondeu-se sob a mesa de Obito. Péssima escolha, ele poderia ter ido para a própria mesa, mas o desespero o fez tomar aquela atitude precipitada. Droga, como sairia dali?
Obito respirou fundo, sentando-se no lugar. A ereção ainda machucando sob a calça e o moreno tentando, bravamente escondê-la. A mulher sorriu assim que tirou os fones de ouvido e sentou-se no espaço ao seu lado, separado apenas pela tela de proteção. Céus, como se meteram ali?
A excitação não passava. A mulher ao lado se ocupou com seu serviço e Obito estava prestes a pensar num modo de tirar Kakashi dali, quando sentiu o grisalho abrindo o zíper de sua calça. Arregalou os olhos escuros, olhando para baixo e viu um sorriso pintar os lábios do Hatake. Pelo visto, não era o único que ainda estava animado com aquela situação.
O grisalho, ali embaixo, percebeu que Obito não parecia disposto a parar a brincadeira, e ter o pau do namorado tão próximo de si, com toda aquela tensão, com certeza o excitava também. Libertou o membro devagar e lambeu os lábios antes de passar a língua pela cabeça e Obito suspirou. Apoiou-se na mesa com cuidado, receio, mas ter a boca quente de Kakashi envolvendo seu pau não ajudava a se manter são. Em um único movimento, engoliu a extensão inteira e o moreno fechou os olhos soltando um gemido contido.
— Tudo bem? - Rin perguntou, parecendo preocupada – Está passando mal?
Obito balançou a cabeça em negativa. Não tinha condições de responder, não quando o namorado o mamava sem pudor, rodeando a língua pela ponta, friccionando as bochechas, tudo para levá-lo a loucura. A respiração se tornava um pouco mais pesada e o Uchiha sabia que estava perto de chegar ao orgasmo. Ver que Rin, vez ou outra, o observava curiosa parecia deixar as coisas ainda mais animadoras. E se ela visse?
Ah, estava muito perto.
E Kakashi sabia, ele sempre sabia. A cabeça cinzenta se movia despudoradamente levando o membro até o fundo da garganta, lambendo, chupando, tentando não fazer barulho, mas em certo momento Obito não estava ligando muito pra isso. Pôs uma mão por baixo da mesa, segurando aquela massa de fios brancos e os olhos do Hatake sorriram enquanto o pau sumia dentro de sua boca.
Obito amava aquele homem, como amava.
E essa constatação veio junto do gozo e um gemido arrastado que foi fracamente disfarçado. A garota morena ao lado parecia ter tomado um susto e Obito puxou a respiração.
— Já chega, Obito. Você está bem mesmo? Não minta pra mim.
— Pode me pegar um pouco d’água? - pediu e viu a moça assentir e se levantar depressa.
E quando deu as costas, o namorado finalmente saiu de baixo da mesa. Fechou as calças e sentiu o beijo sensual do Hatake, repleto do seu próprio gosto depois de ter engolido seu gozo e aquele sorriso sacana brincando sobre aquela pinta sexy até demais.
Rin voltou. Piscou, confusa por ver que Obito já não estava sozinho.
— Kakashi? - perguntou – Quando chegou?
—Agorinha – deu de ombros e sorriu – Obrigado, Rin – pegou o copo com água – Eu vou cuidar dele agora.
Ainda desnorteado, Obito foi levado até o banheiro masculino. Haviam começado algo e precisava ser terminado, agora sem público. A brincadeira de adultos no escritório tinha só começado.
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