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Quando no universo eu imaginaria que iria me apaixonar por um reles mortal? Isso soa tão ridículo quanto o fato de eu ser um cupido. Mas fazer o que, a vida é um grande punhado de coisas ridículas. [Crack!Fic]


Fanfiction Bands/Singers Not for children under 13. © Todos os direitos reservados a LollipopMars

#yaoi #Gay #Fanfic #EXO #cupidos #Park Chanyeol #Byun Baekhyun #Oh Sehun #TAO #crack!fic
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Era uma vez...

Quando me disseram qual poderia ser o meu destino por toda a eternidade, eu aceitei por três motivos: primeiro, eu seria imortal; segundo, eu não tinha nada à perder com isso; e terceiro, eu faria as pessoas se apaixonarem, o que poderia ser beeem divertido.

Sim, eu sei o que você deve tá pensando, "Ah ele deve ser um cupido, isso é tãããão fofo!". Mas não, não é fofo, e sim eu sou um cupido e me chamo Chanyeol.

Só pra acabar com os estereótipos de que cupidos são bebês fofinhos e travessos usando fraldas, eu vou quero deixar bem claro de que: 1º: eu não sou um bebê; 2º: eu não uso fraldas; 3º: EU NÃO SOU UM BEBÊ! E 4º: meu superior vive dizendo que eu sou um pouco travesso, mas isso vocês tem de ver com ele, por que ao meus olhos eu sou um anjinho! Com asas e tudo! A diferença é que ao invés de uma auréola eu só tenho um arco e uma aljava cheia de flechas.

A minha história remota a muitos séculos atrás, tantos que já nem me lembro. O que eu lembro é que a minha mãe morreu durante o meu nascimento, meu pai morreu na guerra, e eu continuei sendo escravo por um bom tempo.

A parte boa de ser um escravo, era que o meu senhor era um cara bom e não costumava me prender, tipo pra eu não fugir.
Eu já havia pensado várias vezes em fugir, e nem foi por falta de oportunidades que eu não fui embora, a questão, é que se eu fugisse eu não teria pra onde ir, não conseguiria um lugar pra trabalhar, ou dormir ou algo pra comer e acabaria tendo de me vender como escravo e ter um senhor que me maltratasse e me deixasse passar fome ou qualquer coisa horrível assim.

A esposa do meu senhor estava sempre grávida, aquele mulher parecia fazer bebês por segundo.
E as vezes ela queria comer alguma fruta que só podia ser encontrada numa área muito pouco frequentada da mata, e que eu era um dos poucos que conhecia o suficiente para entrar e sair de lá inteiro.

Meu senhor pediu que fosse buscar a dita fruta e lá fui, como sempre.
Quando estava chegando na árvore onde a fruta se encontrava, um homem de cabelos cacheados e levemente dourados surgiu a minha frente.

Eu literalmente gritei, tipo uma garotinha assustada.

— Calma ai!. — Ele falou.

— Q-quem é você?

— Sou Cupido.

Que diabos de nome era "Cupido"?
Eu lembro que eu pensei que aquele era o nome mais ridículo que eu já vira e que teria rido muito se não estivesse tremendo igual vara verde de tanto medo.

— O que quer aqui?

— Eu andei te observando por alguns dias, e cheguei a conclusão de que você é o rapaz perfeito paro o trabalho que estou disposto a lhe oferecer.

— E que trabalho seria esse? — Só faltava ele querer me fazer de prostituta, era o que meu senhor dizia que iriam fazer comigo se eu fugisse.

— Você iria ocupar o meu lugar como cupido.

— O que exatamente um cupido faz? — Lembro de ter ficado um pouco confuso, pois o cara tinha dito que o nome dele era Cupido e pedira para eu assumir o lugar dele como um cupido.

— Se você vier comigo e poderei te explicar tudo.

Eu não sei por que, mas algo me dizia que eu poderia confiar nele, ele parecia ser tão inofensivo.

— O que eu ganho com isso?

— Deixaria de ser escravo. Poderá ser muito rico. Ter sua própria mansão! Terá servos à sua disposição e tudo o que mais desejar!

Isso parece uma tremenda burrice nos dias de hoje, mas naquela época eu acreditava que milagres poderiam acontecer do nada, e eu acreditei em tudo que o Cupido disse. Era uma oferta tão tentadora. Parecia que eu só tinha a ganhar.

— Eu aceito! — Disse sem muito pensar.

De repente, surgiu uma pequena carruagem puxada por um cavalo branco alado.
Voamos por algum tempo até chegarmos na mansão, que eu descobrir depois ser um tipo de palácio-fortaleza.
Na primeira vez que vi aquilo fiquei muito encantado. Era tudo tão bonito! Tão mágico! Eu parecia uma criança que ganhou um pirulito gigante.

Quando entramos na casa de Cupido, surgiram umas mulheres, usando togas brancas.
Elas me guiaram até um quarto no andar de cima, tiraram toda a minha roupa e depois me banharam em uma banheira gigante e de água morna.
Eu já vira meu senhor tomar banho numa daquelas, e parecia tão bom. Sempre havia sonhado no dia em que eu poderia tomar banho numa daquelas também.
Mas a casa do Cupido era muito melhor.

Isso mesmo, além de escravo eu era muito burro. Eu achava que minha vida iria mudar num passe de mágica e que eu ficaria rico, tipo do nada. Mas pra dizer a verdade isso aconteceu, só não foi da forma que eu esperava.

Nos primeiros dias, Cupido me disse tudo o que eu precisaria saber para fazer o trabalho dele. Disse-me que havia me escolhido, pois eu era um garoto de bom coração. Quando perguntei-lhe do motivo de estar se "aposentando", disse-me que gostaria de ter mais tempo com sua esposa e que seus filhos não estavam dando conta do recado, isso os que já não haviam desistido.

Parecia ser legal. Ele tornou-me imortal e me ensinou como flechar alguém, como saber quando havia uma possibilidade de romance no ar e tudo mais.
Apesar de eu sempre ter achado o amor uma baboseira, Cupido me disse que ele era uma arma muito forte. Uma única flecha poderia causar um grande estrago.

Após alguns meses eu já estava pronto para assumir o lugar de Cupido.
Todas as vezes que eu havia saído em busca de humanos para flechar, Cupido me acompanhara, porém dessa vez eu estava em missão solo.
Dali pra frente eu teria de me virar sozinho, contando apenas com a minha inteligência e tudo que Cupido me ensinara.

Logo no começo descobri que aquilo era chato.
Percebi que as pessoas não podiam me ver, a não ser se eu usasse uma magia especial, própria para isso.
Eu passava o dia voando pra la e pra cá em busca de pessoas para flechar.
Logo comecei a entender por que de o Cupido querer se aposentar.

Com o passar dos anos eu comecei a descobrir formas de me divertir enquanto fazia meu trabalho.

Enquanto eu vagava pela terra, eu via duas pessoas brigando, as flechava e segundos depois elas estavam se beijando.
Eu não me importava se eram dois homens, ou duas mulheres. O que importava era fazer duas pessoas que se odiavam se apaixonarem.
De certa forma era divertido, por que o fato de elas se odiarem fazia com que ficassem confusas e eu gostava quando os humanos não conseguiam entender seus próprios sentimentos.

Então Cupido descobriu o que eu estava fazendo.
Ele me convocou e pediu que fosse até a casa dele.
Eu cheguei lá de cabeça baixa, esperando um sermão dos grandes, mas ao contrário do que eu imaginei, Cupido me felicitou pelo que eu havia feito.
Disse que estava transformando o ódio humano em amor e com isso evitando guerras e muitas outras coisas.
Sai de lá com um sorriso falso no rosto, se aquilo era lago bom então deixava de ser divertido pra mim.

Passei vários anos fazendo bem pouco.
Meu trabalho de cupido voltara a ser chato e deprimente.

Comecei a me misturar bastante com os humanos, à essa altura, Cupido nem estava mais nem ai para o que eu fazia ou deixava de fazer.
Havia recrutado outros jovens. Eu só deveria supervisiona-los periodicamente, o que não fazia. Preferia curtir as festas humanos, pois elas foram se tornando muito atrativas e divertidas com o passar dos anos. E dá pra se divertir de várias formas por lá.

O ano é 2015 e só agora, quando comecei a me jogar de cabeça nas festas dos humanos, é que eu percebi que não sinto nada.
Isso mesmo! ABSOLUTAMENTE NADA! É como se eu fosse apenas uma casca vazia.

Antes, eu ia as festas e dançava um pouco e ainda fazia o meu trabalho de cupido.
Mas então eu resolvi me relacionar com uma humana para saber o que acontecia, qual era a sensação e não aconteceu absolutamente nada.

No início eu pensei que fosse normal, eu não tinha nenhuma experiência com relações amorosas com humanos e por isso não sabia como era.
Mesmo que Cupido tenha me explicado todos os tipos de amor e como ele pode ser reconhecido, eu não havia percebido que não tinha amor em mim.

Isso é meio irônico, posso fazer qualquer pessoa no mundo se apaixonar, mas não posso me apaixonar por ninguém. Não sinto absolutamente nada.
Já tentei todos os chamados de "gêneros sexuais" e nunca senti nada.

Quando fui questionar Cupido, ele disse-me que isso era o preço que eu tive de pagar para ter a minha imortalidade. E que não sentiria nada. Nem mesmo usando uma das minhas flechas. Ele disse-me que no dia em que eu me apaixonasse verdadeiramente por alguém eu saberia. E que essa pessoa sentisse o mesmo e na mesma intensidade, eu deixaria de ser cupido, e voltaria a ser um mortal e poderia viver o meu amor. Mas, segundo ele, amor verdadeiro sem uma flechada de cupido era extremamente raro, e no meu caso impossível. Não totalmente impossível, a chance de isso acontecer comigo é tipo 1 em um zilhão, (não me importo se esse número não existe).

Essas são as regras.
Sempre tem umas merdas de umas regras.
E Cupido nunca nem passou pela cabeça dele me contar. Disse que era algo irrelevante. Que a imortalidade e a riqueza parecera o suficiente pra mim, independente das consequências.

E ele estava certo. Isso fora o suficiente, até eu descobri que era como um tronco de árvore cortado. Vazio e sem sentimentos. 

Feb. 28, 2018, 6:40 p.m. 0 Report Embed Follow story
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