loryroux Lory Roux

Existiam muitos modos de passar o verão e Sasuke, com certeza, não esperava que Konoha fosse o que o aguardava. Tudo bem, vinha se metendo em algumas confusões, mas ser obrigado a passar um tempo com a ex madrasta não estava em seus planos. Muito menos ter que voltar a lidar com o loiro irritante que era o filho dela. Como quando eram crianças, pareciam não ter nada em comum. Entretanto algumas coisas mudaram nos anos que passaram afastados e, talvez, não seja um sacrifício tão grande assim lidar com seu irmão postiço agora.


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#Naruto #Naruto/Sasuke #Yaoi #SNSChurch #Lemon
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Orelhas de Raposa

Oi genteee

Pois é. To chegando aqui também pra respostar a minha bebê. Eu tenho um carinho muito grande por essa história, de verdade. Ela surgiu de um modo muito natural e se desenvolveu de igual forma.

Os avisinhos básicos é que é um Yaoi, de casa NarutoxSasuke. É bem fic adolescente, voltado pro humor e questões familiares. Eu espero que gostem.

CHEGA DE PAPO

BORA PRO CAP

📷

Não era exatamente daquele jeito que Sasuke esperava passar o verão.

Dentro do táxi, brincando com o pedaço de papel com o endereço da casa de sua mãe postiça, o moreno ainda se lembrava da carranca do pai e daquele tom decepcionado de quem não sabe mais o que fazer.

“Vai passar um tempo em Konoha com Kushina”, ele disse.

E Sasuke não sabia se devia rir ou chorar. Não era que fosse atrás de confusão, mas ele sempre acabava enrolado em situações ruins. A maioria era culpa de Suigetsu, porque o amigo albino era um tremendo arruaceiro, mas não era má pessoa. Só era… Agitado demais. Era comum que ele convencesse a ele, Juugo e Karin a fazer alguma idiotice, mas como poderia abandoná-lo? Parecia sempre tão divertido.

Algumas vezes era, mesmo. Outras nem tanto e sempre acabava encrencado. Mesmo assim, mantinha aquela expressão austera e impassível, como se nada o alcançasse. Era um dom herdado do pai e do irmão. Aquilo, no entanto, só o fazia parecer mais culpado e menos arrependido de todas as coisas que vinha fazendo naquele último ano, na visão de Fugaku.

Mesmo assim, Sasuke não achou que o pai o mandaria pra longe. Caramba, foi falar com a ex mulher sobre aquelas besteiras. O garoto não podia acreditar. Seu pai não parecia disposto a voltar atrás com a decisão, mesmo que Sasuke tenha demorado até o último segundo pra fazer as malas. Tentou recorrer a Itachi, porque sabia que o irmão era apegado a si tanto quanto ele próprio se sentia em relação ao mais velho, mas mesmo ele parecia decepcionado com as confusões que o mais novo vinha aprontando.

Foi com um suspiro resignado que deixou o táxi, porque estava cansado da carranca que exibia na despedida e durante quase todo o caminho até ali. Já estava em Konoha, já não tinha pra onde correr nem por quem gritar socorro. Teria que se acostumar a essa nova realidade.

Puxou duas malas grandes e uma menor do porta-malas e parou na calçada, olhando a fachada da casa. Era um laranja clarinho, com alguns acabamentos brancos ao redor das janelas do primeiro e segundo andar. A porta de madeira escura foi aberta num rompante e Sasuke tentou se preparar para o que viria em seguida.

Não adiantou muita coisa.

Kushina praticamente correu ao encontro do Uchiha, agarrando-lhe os ombros num abraço apertado. Sasuke ergueu uma das mãos, tentando afrouxar o aperto em seu pescoço, mas aquela mulher era forte. Sim, ele sabia disso. Ainda se lembrava muito bem.

— Ah, meu amor – a ruiva finalmente se afastou um pouco, com as duas mãos sobre os ombros do rapaz – Você está tão grande. Tão bonito.

Sasuke ergueu um pouco os cantos da boca num sorriso contido. Podia estar realmente chateado com o alvoroço causado pelo pai, mas não podia negar sentir falta do carinho de Kushina.

Talvez sua família fosse meio bagunçada, mas isso não importava muito pra quem via de dentro. Seu pai foi casado com Mikoto e gerou Itachi e Sasuke, mas no parto do mais novo, a mulher não resistiu. Quando Sasuke completou 4 anos, Fugaku conheceu Kushina. A mulher já tinha um filho de 3 anos, e o Uchiha e a Uzumaki, que também era viúva, envolveram-se num romance. No entanto, três anos depois, ambos viram que aquilo não daria certo. Antes que acabassem magoando-se, decidiram se separar e manter uma amizade pelo bem das crianças que já tinham se apegado.

Não que Sasuke e o filho de Kushina, Naruto, se dessem bem, exatamente. Na verdade, os dois mais brigavam do que qualquer coisa. Mesmo assim, tanto o pai quanto a madrasta sempre agiram como se aquilo fosse apenas um ingrediente a mais para uma amizade maciça e incorruptível.

Ledo engano, já que dez anos depois, Sasuke se lembrava de ter visto Naruto no máximo três vezes e a última dessas vezes tinha, pelo menos, cinco anos.

Kushina finalmente soltou o moreno e pegou uma das malas, dirigindo-se para dentro de casa.

— Bem, você vai ter que dividir o quarto com o Naruto – a mulher dizia – Só temos dois e o dele é grande. Tem até um banheiro. Eu sei que meninos gostam de privacidade, mas vocês têm quase a mesma idade. Não acho que seja problema. Ah, e mais uma coisa – ela virou-se de frente pra ele – Nada de garotas aqui. Eu quero respeito debaixo do meu teto.

— Certo – respondeu mecanicamente.

— Continuando – voltou a falar – Algumas coisas vão ser diferentes do que eram da sua casa. Seria interessante se você se ocupasse com algum emprego de meio período, eu posso pedir para o Naruto ajudar com isso – ela largou a mala na sala e fechou a porta – Regras da casa: Você come, você lava. Você usa, você guarda. Você suja, você limpa. Nada de chegar depois da meia-noite ou eu aciono a polícia e eu não estou brincando.

— Não está mesmo – outra voz fez o moreno virar a cabeça na direção da escada.

Um garoto loiro descia as escadas, sorridente. Carregava orelhas felpudas alaranjadas numa das mãos. Os cabelos estavam bagunçados, como se nunca tivessem visto um pente na vida. O sorriso fazia as bochechas bronzeadas com marquinhas estranhas saltarem. Era quase do mesmo tamanho de Sasuke. Talvez alguns centímetros mais baixo. Puxou a manga da blusa escura desajeitadamente e estendeu a mão livre para Sasuke.

O moreno cumprimentou, embora tenha sido por pura obrigação. Ergueu o olhar dando de cara com um azul brilhante, desconcertante. Desviou os olhos negros do outro, soltando a mão rapidamente.

— Posso guardar minhas coisas? - perguntou, olhando pra Kushina.

— Claro, vou ajudá-lo com isso. Naruto está de saída.

— Quer que eu traga alguma coisa? — o loiro perguntou, dirigindo-se a porta, sendo seguido pela mãe.

— Não, querido. Comporte-se – puxou o rosto do menino, dando um beijo em sua testa.

— Eu sempre me comporto – riu outra vez, dando uma última olhada na direção de Sasuke.

Hum. Não podia dizer com certeza, mas parecia o mesmo moleque irritante.

🍥🍅

Levou quase a tarde toda para terminar de arrumar as coisas de Sasuke no quarto de Naruto. Não porque tenha levado coisas demais, mas sim porque foi difícil arrumar um espaço ali. A primeira coisa que notou quando entrou no quarto era que aquele lugar tinha tanto de Naruto que podia se sentir sufocado.

As paredes brancas e uma única – onde estava escorada a cama – laranja. Uma mesa onde estava o notebook e mais um monte de pequenos ítens como canetas, CDs, pendrives, mangás, jogos e mais uma infinidade de coisas que não conseguiu captar de primeira. Uma estante onde tudo que estava jogado na mesa deveria estar. Nesta havia um aparelho de som, uma TV e um videogame, e mais algumas coisas espalhadas. O armário embutido estava cheio também. Numa prateleira no meio do móvel, via-se perfumes, gel – praticamente intocado – e mais um monte de utensílios para higiene.

Ficou observando aquele lugar antes de sair do torpor e ir ajudar Kushina a organizar melhor as roupas dele e arrumar um espaço para Sasuke. Ficou ouvindo a mulher resmungar por ter pedido mil vezes para Naruto arrumar melhor o quarto e as suas coisas, mas Sasuke não deu muita atenção a isso.

Quando finalmente acabaram, Kushina apontou para a porta do banheiro, indicando que ele devia tomar um banho.

— Tem toalhas limpas. Eu mesma coloquei. Vou preparar algo para você comer.

Deu um sorriso aberto, alisando o braço coberto do rapaz e saiu, dando-lhe um pouco de privacidade. Com mais um suspiro, Sasuke pegou suas coisas e foi até o banheiro do quarto, despindo-se e entrando debaixo da ducha gelada. Deixou que a água fria lavasse seus cabelos e seu corpo e fechou os olhos.

Ficaria ali mais ou menos um mês e meio, isso se seu pai não decidisse transferi-lo para a escola de Konoha. Não sabia se estava se sentindo arrependido pelas confusões que tinha arrumado, ou se era só pelo fato de estar enfrentando as consequências.

Demorou algum tempo naquele banho, vestindo-se com uma bermuda leve e camiseta logo depois. Passou a toalha pelos cabelos, deixando-os ainda meio úmidos e não se preocupou em penteá-los para descer e ir comer alguma coisa.

A mãe postiça estava na cozinha, concentrada em sua tarefa e em cantarolar uma música de forma desafinada. A presença dela era aquecedora, bem como o moreno se lembrava. Os cabelos da mulher estavam presos num coque alto e ela vestia um avental verde e uma cena parecida com aquela acabou aparecendo na mente de Sasuke. Ainda era criança quando Kushina começou a namorar seu pai e ela foi o único modelo materno que teve. Enquanto se sentava à bancada silenciosamente, esperou que ela o notasse sem dizer nada.

O olhar azul escuro se arregalou e ela deu um sobressalto quando se virou e o viu.

— Meu Deus, Sasuke – colocou a mão sobre o peito – Quer me matar de susto?

— Desculpe – pediu em voz baixa.

Kushina incomodou-se com aquele olhar e aqueles gestos tão vazios. O Sasuke de quem se lembrava era muito mais expressivo e até mais alegre. Ainda se lembrava daqueles olhinhos escuros furiosos enquanto discutia com Naruto, mas se encantava quando, no fim, eles sempre acabavam se entendendo. Não podia esconder a satisfação por perceber que suas brigas tinham sempre o mesmo motivo. Tinham um gosto parecido, mas um gênio diferente e aquilo acabava em muita gritaria.

Mesmo assim, os dois deixavam de lado as desavenças para continuar brincando como as boas crianças que eram. Sentia falta da criança que era Sasuke.

Estendeu um prato com comida para o garoto e viu ele pegar o hashi um tanto desmotivado.

— Como você tem andando, querido? - perguntou, apoiando os cotovelos na bancada na frente dele.

— Bem – respondeu dando de ombros.

— Você sempre foi um bom menino – um sorriso nasceu no rosto da mulher enquanto ela tirava uma mecha do cabelo negro do rosto dele.

— Diga isso ao papai – resmungou.

— Ele já sabe. É por isso que te mandou pra cá – retraiu a mão – Todos nós nos preocupamos com você e não queremos vê-lo metido em confusões, meu amor. E, por mais que aqui seja diferente da sua casa, não quero que veja esse lugar como uma punição.

Sasuke ergueu os olhos vendo a sinceridade de Kushina, permitindo-se suspirar.

— Não é um castigo, Sasuke – alisou um dos braços do moreno – É uma oportunidade.

O contato foi quebrado por uma voz estridente entrando no ambiente.

— Tem janta? - Naruto perguntou animado.

Andou rapidamente em direção a mãe, abraçando-a pela cintura e plantando um beijo em sua bochecha.

— Tem, seu morto de fome. Ah – ela sorriu, levando as mãos até o alto da cabeça do filho – Esqueceu de tirar as orelhas.

Naruto apenas riu e deu de ombros dando outro beijo na testa da ruiva. Sasuke ficou encarando a cena por alguns segundos, notando aquele grau de intimidade entre mãe e filho que não costumava acontecer entre seus parentes na própria casa. A pessoa mais íntima que tinha era Itachi, mas não era daquele jeito. Não trocavam aqueles sorrisos, porque aquilo não era típico de um Uchiha.

Era uma cena estranha, desconfortável de olhar, embora não conseguisse desviar. Só o fez quando os olhos azuis o encararam de volta. Céus, estava ridículo com aquelas orelhas de raposa, porque não as tirava de uma vez?

— Eu vou tomar um banho – a ruiva disse depois de se soltar do filho – Lave a mão antes de tocar na comida, está ouvindo, garoto?

— ‘Tô – o loiro fez um bico.

Depois que a mais velha deixou a cozinha, ficaram apenas os dois ali. Naruto de costas para Sasuke, mexendo nas panelas. O moreno viu que ele usava uma calça laranja com suspensórios da mesma cor e uma blusa preta. As orelhas felpudas ainda na cabeça. As costas eram largas e antes que sua inspeção fosse um pouquinho mais pra baixo, o Uzumaki se virou, sentando-se de frente pra ele. Empurrou as mangas da blusa e esfregou uma mão na outra antes de atacar o prato.

Sasuke continuava comendo devagar e em silêncio, ouvindo os gemidinhos irritantes que o outro soltava.

— Minha mãe é uma deusa na cozinha, fala sério – disse mais pra si mesmo.

— Qual é a das orelhas? - o moreno não conseguiu não perguntar.

Quer dizer, porque ele ainda estava com aquilo e porque as tinha colocado, pra início de conversa?

— Hum? – o loiro olhou pra cima, como se pudesse vê-las sobre a cabeça e puxou o arco bagunçando ainda mais o cabelo loiro – É por causa do trabalho.

Deu um sorrisinho que, mesmo menor do que os que havia visto até ali, ainda era caloroso.

— Faz tempo que a gente não se vê – o loiro continuou, de vez em quando mirando os orbes azuis no outro – Quer dizer que ‘cê virou um rebelde, é?

Sasuke soltou um muxoxo.

— É isso que dizem?

— Ouvi boatos – deu uma risadinha – Mas isso é bem a sua cara.

O moreno franziu o cenho.

— Como assim?

— Ah, sei lá. Essa sua carinha de quem adora arrumar um problema. Que nada te atinge…

— Você também ouviu boatos sobre isso?

— Não, essas são coisas que eu acho, mesmo. Agora, eu ouvi que tem sempre muita menina no seu pé, então deve fazer bem para a sua imagem de bad boy pegador fazer merda de vez em quando, né?

Sasuke soltou uma risada debochada porque aquele Uzumaki não sabia mesmo de nada.

— Teria muitas meninas no seu pé também, se não usasse essas orelhas ridículas.

— Não sei se isso foi um elogio, mas me dou o direito de te mandar tomar no cu.

— Quase lá – falou, levantando-se da cadeira e rumando pra fora da cozinha.

— Que? - perguntou confuso, sem entender a última resposta.

Mas Sasuke não respondeu. Deixaria que o tempo respondesse a pergunta muda na cabeça do loiro. Os motivos dos boatos sobre garotas em seu pé serem reais, porém a parte do pegador ser um tremendo equívoco.

Seria interessante vê-lo quebrar aquela cabeça oca.


E FOI ISSO.

EU AMO ESSA HISTÓRIA AAA

ESPERO QUE TENHAM CURTIDO

BEIJO NO KOKORO E JA NEE

+

Feb. 26, 2018, 12:16 a.m. 8 Report Embed Follow story
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Post!
disasodei SD disasodei SD
mds essa história é muito amorzinho, Adoroooo!!!
February 26, 2018, 04:06

  • Lory Roux Lory Roux
    aaaaaaaaaa obrigada bebe <33 February 27, 2018, 03:11
Elloo Izy Elloo Izy
cheguei pra lê de novo<3
February 26, 2018, 04:06

Way Borges Way Borges
amo essa historia <3
February 26, 2018, 00:17

  • Lory Roux Lory Roux
    Aaaaaa obrigada bb February 26, 2018, 00:26
~

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