Sentia a garganta raspar.
Seca.
A sede o consumia.
Levando-o a beira da inconsciência.
Por mais que tivesse se alimentado a pouco, aquele cheiro o instigava, era como uma droga.
E Yuri era um viciado.
Mas não poderia mordê-lo.
Não ele.
Sabia que não conseguiria se segurar. Sabia que assim que cravasse os dentes na pele de Otabek e sentisse seu gosto seria tarde demais.
A vida era de fato injusta.
Havia o perdido tantas vezes, e ele sempre acabava voltava para si, naquela mesma forma:
Um humano deliciosamente ingênuo.
Atraído pela beleza do loiro, curioso sobre o que aquele sentimento que queimava em ambos significava, perdido demais nos olhos verdes de soldado.
Nos mil anos que viveu, Yuri Plisetsky nunca sentiu por mais ninguém o que aquele mortal fazia consigo.
E em mil anos o viu morrer, uma vida após a outra.
Todas por sua culpa.
Porque era fraco e deixava que a sede o controlasse.
Agora mesmo, tentava convencer a si próprio que estava ali pelo sexo.
Por aquelas mãos quentes em sua pele.
Por aquele hálito fresco de seu beijo.
Pelo membro pulsante em seu interior, que a cada estocada o fazia sentir-se mais completo.
Mas era mentira.
Nada daquilo importava mais do que a veia de seu pescoço.
Que se fazia exposta, latejando, implorando para que a tomasse.
Yuri segurava-se com o que podia, apertando com força os ombros do cazaque, cravando as unhas em sua carne, respirando pela boca, porque o cheiro de sexo o inebriava ao ponto de a sede o cegar.
Otabek mantinha um ritmo frenético, entrando e saindo de forma rápida, para depois diminuír o ritmo e entrar devagar, sentindo cada parte de seu pau ser engolido pelo interior de Yuri.
Logo voltou a estocar com força, levando o amante ao seu limite, chegando ao seu próprio em seguida.
O russo ainda sentado no colo do moreno ofegava, ora ou outra passava a língua por seus lábios de forma inconsistente.
— Eu sei que o que você quer, Yura. - Otabek disse ainda dentro do menor - Vá em frente.
— Eu nunca consegui parar antes Beka, se eu te perder de novo… - suspirou - Se eu tiver que esperar sua próxima reencarnação… Eu prefiro morrer de sede!
— Então me transforme, e não passaremos por isso nunca mais. - não era a primeira vez que o moreno propunha aquilo, e a resposta de Yuri era sempre a mesma.
— Eu não posso Otabek, seria egoísmo, tirar você de sua família, de sua vida… Eu não posso.
— Não teria vida se você não estivesse nela Yura, eu amo você, e só você me importa.
Os lábios de Otabek tomaram os do loiro.
Um beijo sedento, faminto.
As línguas dançavam em um ritmo perfeito.
Altin deitou o vampiro na cama, sem sair de dentro do mesmo, estocando mais fundo, fazendo o gemer seu nome.
O distraindo...
Yuri revirou os olhos pelo prazer e logo as presas apareceram, implorando pelo que tanto ansiava.
Otabek levou o pescoço até os lábios já ressecados do Plisetsky, e sentiu as presas entrarem.
Mesmo que Yuri não conseguisse parar, ele morreria por ele.
E o encontraria uma vez mais, em uma próxima vida.
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