maria-natalia-messias-camargos Maria Natalia Messias Camargos

Gente, essa é uma história do meu antigo perfil o qual perdi o acesso, o perfil detinha do mesmo nome que esse okay? Perdi o acesso a outra conta, pois meu celular quebrou ;-; <3 Dois garotos, duas vidas diferentes. Mundos opostos, um criado em meio as regalias e confortos da cidade grande. O outro, criado na humildade e simplicidade da vida no campo. Opostos, porém, que podem se atrair, não só podem, como se atraem. Do preconceito de rica família, ao puro e humilde amor, antes semeado no coração de dois garotos, e após anos separados, esse amor ainda prevalece, enraizado no coração de dois homens.


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Capítulo 1 - Noite De Chuva

Fazenda Vasconcelos


22:35PM


João Miguel Gonzales


Já era tarde, os grilos cantavam do lado de fora da grande casa de fazenda, a grande lua iluminava o terreiro de terra batida. Apenas os cães andavam pela fazenda após o pôr do sol, velando pela segurança de seu lar. O vento frio soprava do lado de fora, fazendo alguns pequenos galhos e folhas baterem nas janelas trancadas do casarão.


Tudo estava silencioso, até o som do latido dos cães se misturar ao som de galopes à distância. O som de fortes cascos de um puro sangue galopando pelas dependências da fazenda. Os fortes e brutos cascos pisotearam a terra batida enquanto o animal relinchava alto a cada salto pelas cercas de arame e madeira.


Leve garoa caia enquanto cansado peão retornava ao lar após mais um longo dia no campo. O cavaleiro desce das costas do animal assim que chegam à porta do haras. Alto homem vestido completamente de preto, desde o capuz de sua capa de chuva, até o bico de suas botinas de couro. O homem guia o belo garanhão negro para dentro do haras, levando o animal de volta para sua baia, acompanhado por dois jovens Border Collie.


Os animais eram o mais novo casal de cães de pastoreio comprados pelo capataz para ajudar o peão a arrebanhar o gado leiteiro com bezerros. Enquanto o peão ia a cavalo arrebanhando as vacas, os cães guiam os bezerros para a segurança de suas mães, para que nenhum filhote fique para trás, perdido ou pior, roubado.


- Valent, Tiana. Bom trabalho hoje dupla _ O peão parabeniza os animais, os quais se sacudiam, tentando retirar o máximo de água o possível de seus pêlos, enquanto o peão deixava ração no cocho do cavalo e um cobertor sob o animal, após tirar a sela do guerreiro que havia trabalhado o dia inteiro debaixo do sol quente, e agora, corrido em meio a chuva com seu cavaleiro no retorno ao lar para merecida noite de descanso.


Ambos os dois cachorros começaram a latir felizes enquanto o peão fechava a portinhola da baia do cavalo. O homem então segue em direção a casa, entrando pela área de seguindo até a entrada dos funcionários, a qual se encontrava com a porta apenas encostada e a luz apagada. O jovem adentra a casa, pegando dois potinhos os quais estavam encostados no cantinho da grande cozinha rústica, colocando um pouco de comida e os colocando do lado de fora, na área coberta.


Não demora muito, os dois Border Collie atacam cada um seu potinho enquanto o homem completava o pote de água dos dois cães. O homem sorri para os dois animais, antes de adentrar a casa, trancando a porta da cozinha e seguindo pela casa até pequeno cômodo no fundo da área dos empregados.


O cômodo era o único local da casa onde não havia eletricidade, sendo iluminado por lamparinas espalhadas pelo local, acesas por pequena chama alimentada por óleo velho que a cozinheira da casa juntava para o peão após as refeições. O peão anda pelo velho quarto, o local detinha apenas de uma ducha improvisada, uma cama de solteiro velha, uma estante para livros, um velho baú de madeira e todo o resto eram apenas tralhas acumuladas pelo peão no decorrer dos anos vividos.


Porém, tralhas essas que tinham valor sentimental ao peão. Cada objeto detinha de uma história por trás, e agarrado a essas histórias, doces lembranças do passado, mesmo que muito poucas sejam boas lembranças e algumas bem rasas.


O homem retira a capa de chuva encharcada de cima de si, a derrubando no chão em algum canto qualquer do quarto, revelando seu corpo alto e forte pelo trabalho diário no campo. Os dias sofridos de baixo de sol e chuva não foram em vão, enfrentando de calor a frio, desde animais e insetos perigosos a problemas de saúde devido ao tempo ruim. Trabalhando no campo dando de seu suor e sangue por seu trabalho e seu lar.


O homem retira seu chapéu, revelando seus cabelos negros como a noite, pingando tanto pelo suor de mais um dia de trabalho, quanto pela garoa fria que caia lá fora. O homem agora estava com seus olhos fechados e cabeça baixa enquanto começa a desafivelar seu cinto, pendurando o mesmo pela fivela em um velho e enferrujado gancho de ferro que havia no quarto.


- Agora é bater uma água no corpo, filar um rango e pendurar o chapéu. Tô quebrado depois da correria de hoje _ O moreno sussurra para si mesmo após desafivelar e pendurar seu cinto pela fivela. Logo, levantando lentamente sua cabeça, abrindo pouco a pouco seus olhos, revelando belo par de brilhantes safiras as quais seu brilho cortava a pouca iluminação do simples quarto.


O homem retira suas botas, esfregando um pé no outro, deixando os sapatos jogados no meio do quarto, seguindo tirar suas calças molhadas e sua velha camisa branca com as mangas rasgadas. A camisa branca já estava com sinais amarelados pelo tempo e semitransparente devido aos anos de uso e a chuva que caía do lado de fora.


O homem segue em direção ao pequeno cômodo, utilizado para banho, apenas de cueca, logo conferindo se ainda havia água no sistema improvisado que montará a anos atrás para tomar banho. A água presente na bacia de madeira estava fria, porém, o homem não se importava, pois o tempo não estava tão frio ao ponto de um banho frio ser algum incômodo.


O homem retira sua cueca, jogando a mesma em um balaio de palha que havia do lado de fora, ao lado da porta. O moreno se coloca debaixo da bacia de madeira, logo, puxando velho cordão, derrubando parte da água presente na bacia de madeira sob si através de um improvisado sistema com alguns pedaços de bambu.


O corpo do moreno se contrai ao entrar em contato com a água gelada da bacia, porém, o mesmo apenas morde seus lábios, fechando fortemente seus olhos, uma vez que não se via no direito de reclamar das condições, pois devia se manter sempre grato a seus patrões por poder se abrigar todas as noites de baixo de seguro teto, comida quente todos os dias e deter de um trabalho digno, mesmo que humilde.


O moreno começa a apalpar a parede do local, a procura do sabão caseiro de coco para poder se ensaboar, seus olhos estavam fechados enquanto lutava para segurar o bater de sua mandíbula após receber a baldeada de água fria no lombo. O moreno começa a se ensaboar assim que encontra o sabão e a esponja, derramando mais uma baldada de água fria sobre si. Assim que o peão termina de se ensaboar.


O rapaz recebia menos do que qualquer outro funcionário da fazenda, mesmo trabalhando lá desde que se conhece por gente, porém, mesmo que a patroa não fosse muito com sua cara, seu patrão em compensação era quase como um pai. O rapaz sai do pequeno cômodo com uma toalha envolta em sua cintura, seguindo até um velho armário de madeira em ruínas. Era o velho armário de roupas em madeira de quando o filho dos patrões tinha mais ou menos dez anos.


O peão pega uma calça de moletom com um barbante na cintura para ajustar a calça cinza, uma camisa cinza, uma blusa de frio cinza com alguns poucos furinhos nas mangas e uma cueca cinza, logo, se vestindo e seguindo de chinelos de volta para a cozinha.


O moreno acende as luzes da cozinha e segue fuçando nas panelas para ver o que havia sobrado do jantar para si. Como o fogão a lenha ainda estava em brasas, dava para tranquilamente esquentar a comida nas panelas antigas de ferro e barro sem problemas, ao menos não iria dormir de barriga vazia ou iria comer comida fria.


O peão esquenta um prato de comida para jantar e antes de dormir, esquenta uma caneca de leite quente com café e açúcar para cortar o frio do banho. O moreno começa a planejar sua rotina do dia seguinte, encostado no batente da janela, observando a chuva cair com uma caneca de ferro com café e leite com açúcar em mãos. No dia seguinte, após o trabalho, à noite, o peão levaria seus patrões ao aeroporto na caminhonete da fazenda, o casal iria para Londres visitar o único filho.


Leonardo Guimarães Vasconcelos era o único filho de Vanessa Guimarães Vasconcelos e Roberto Lacerda Vasconcelos, uma vez que a mulher tivera uma gravidez arriscada e isso afetará em sua saúde, a impossibilitando de poder ter outros filhos, e a mulher se recusava a todo custo em adotar uma criança para fazer companhia a Leonardo, dizendo que não aceitaria em sua casa, criança que não fosse de seu mesmo sangue e de seu marido.


O moreno detinha de vagas lembranças de sua infância, uma vez que o medo de sua patroa sempre era sempre maior que a felicidade de estar brincando com outras crianças. O peão se lembra de ajudar os peões no campo e de um pequeno jovem loiro de olhos esverdeados como a relva.

Oct. 24, 2022, midnight 1 Report Embed Follow story
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