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Marjorie Reis


Ele não era noite, mas tinha medo da própria escuridão, mas em uma noite como outra qualquer Vegeta aprendeu que até a mais densa escuridão não resiste ao menor raio de luz.


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Capítulo Único

Passava das duas da madrugada quando Bulma ouviu um baque no quarto ao lado, isto é, o quarto do sempre mal-humorado alienígena, ela piscou a fim de afastar o sono de seus olhos. Normalmente ela ficaria em sua cama mesmo preocupadacom queo arrogante príncipe dos saiyajins estaria fazendo,mas ele mal havia superado uma lesão resultante da explosão da câmara de gravidade,então depois de um longo suspiro Bulma saiu da cama dizendo a si mesma que só estava indo por questões de segurança. Iria apenas checar o que estava acontecendo e retornaria para seu sono de beleza.

Observando a luz que vinha debaixo da porta Bulma tomou coragem e bateu na porta, após uma longa pausa, a porta se abriu. A azulada passou por Vegeta antes mesmo que ele pudesse reagir, pois não acreditava que ele a convidaria para entrar em seus “aposentos reais”.

— Eu ouvi um barulho... A propósito você está bem? — Bulma perguntou, olhando em volta do quarto para ver se algo estava fora do lugar.

— Estou bem, mulher. Eu só.... eu caí da cama.— Respondeu o saiyajin olhando para ela carrancudo com os braços cruzados em sua clássica pose.

Intrigada Bulma insistiu:

— Por que você caiu da cama? Você teve um pesadelo?

Vegeta lançou um olhar gélido e não respondeu. Bulma percebeu que ele estava tentando esconder alguma coisa, certamente algo o havia perturbado.À meia-luz, Bulma observou como ele estava pálido.

Zangado Vegeta andou mais alguns passos até a varanda, abrindo-a para apreciar a vista, como se ele precisasse de ar.

— Qual é o problema, Vegeta? — Bulma perguntou a poucos metros de distância dele.

Vegeta saiu da varanda dando a volta no quarto.

— Você tem medo do escuro Vegeta? — Bulma provocou-o tentando ver uma reação do saiyajin, mas arrependeu-se na mesma hora ao receber um olhar ameaçador do príncipe.

O olhar que ele lhe lançou foi repleto de irritação e algo mais. Tristeza? Solidão?

— Saia! — Ele ordenou tão severamente que Bulma começou a dar meia volta, mas ao olhar novamente para Vegeta ela pode perceber que embora seus lábios dissessem : — Vá seus olhos suplicavam: — Fique!

Bulma deteve-se, o instinto o alertava a escapar dali, mas uma voz a avisava de que seu próximo passo mudaria sua vida para sempre. Gostaria muito de saber se seria para melhor. Rezando para que não estivesse fazendo uma péssima escolha, virou-se para Vegeta, mas não se afastou.Podia enxergar isso através da face de ira nas feições do homem. Ele queria que ela ficasse embora talvez, nunca pronunciasse tais palavras. Ele queria que ela ficasse com uma lâmpada na escuridão.

Então ignorando a ordem recebida, Bulma sentou na cama de Vegeta dando-lhe um sorriso confortador.

Vegeta ergueu as sobrancelhas e a olhou, aparentemente com um remorso verdadeiro, a menos que se reparasse direto em seus olhos.

Bulma gesticulou para que ele se sentasse. — Você já sonhou que estava em frente de um monte de gente e de repente percebeu que estava nu?

Vegeta sentou ao lado dela, olhou-a e respondeu um sonoro:

— Não.

— Ah, talvez seja coisa de nós humanos. Ou que tal essa você chega à sala de aula e o professor pede para você entregar sua lição de casa e você nem sabia que havia uma lição?

— Não.

Ela fez uma careta.

— Eu realmente não esperava um sim para essa pergunta. — A verdade é que ela nem sabia se ele tinha tido algum tipo de educação formal.

Bulma tentou pensar em outra coisa, mas Vegeta um tanto hesitante relatou:

— Eu costumava sonhar que estava andando pelo palácio e todos os saiyajins por onde eu passava estavam apontando para mim, e eu não conseguia descobrir o porquê até perceber que eu não tinha cauda. — A amargura no seu íntimo ameaçou escapulir ao controle.

Vegeta bufou, mas Bulma percebeu que sua expressão agora era de tristeza. — Agora que eu não tenho mais cauda, não sonho mais com isso.

Ele cerrou o maxilar, sua expressão tornando-se pensativa.

— Então, o que foi que você sonhou?

Vegeta olhou para a janela, aparentemente debatendo se deveria ou não contar, então ele começou quase que em um murmúrio:

— Sonhei que estava de volta a base de Freeza...— Eu estava novamente na enxovia.

Com certeza, reviver aqueles sonhos o tempo todo já deveria ser punição o bastante. Vegeta permitiu que o gelo no seu íntimo envolvesse as emoções indesejadas e inspirou fundo.

— O que é enxovia? — Bulma quis saber curiosa. A curiosidade sempre havia sido seu ponto fraco, provocando-lhe tantos problemas que ela preferia nem se lembrar. Afinal não era mais um adolescente, e sim uma mulher feita, capaz de tomar as próprias decisões com cuidado e sensatez.

— È um tipo de cela minúscula, explicou ele com uma voz sombria. Ficava no compartimento inferior da nave de Freeza. Era um local pequeno, escuro e insalubre. Eles me colocaram lá quando eu fui levado de meu planeta.

A simples noção a fez sentir-se mais frio do que o normal.

— Quanto tempo você esteve lá?

Vegeta olhou para ela. Os olhos vazios como se ele estivesse tentando esconder as emoções, mas era impossível esconder a dor e o horror que transbordava de sua alma.

— Eu não sei... tudo era sempre escuro eu nunca sabia quando era dia ou noite... depois de um tempo você se esquece que existe um mundo lá fora... — Suas palavras soaram frias. Talvez até tivessem a deliberada intenção de chocar.

E, sob a frieza, Bulma pressentiu a dor de uma antiga ferida. Algo sobre o que ele não falava.

Vegeta estava tremendo. Bulma tentou tocá-lo, mas ele recuou a olhava, mas Bulma tinha certeza que ele não estava realmente lá

— Freeza me provocava dizendo que mataria meu pai e o meu povo se eu não fizesse o que ele queria...— Sombras cruzaram o rosto dele.

— E... depois eles estavam mortos e tudo o que eu conseguia pensar era que eu ficaria mais forte e finalmente Freeza pagaria... eu iria vencê-lo em seu próprio jogo, a regra do mais forte, .... os fracos só podem obedecer...força é tudo...sem isso você não é ninguém.— Um rugido frustrado brotou da garganta dele.

— Mais depois de um tempo eu já não me importava com nada,nem com ninguém... tudo o que eu queria era matar, aniquilar e destruir.

O vazio que aquelas palavras traziam não podia ser mais sincero. Atingiu a sensibilidade de Bulma, criando um sentimento de proteção que nunca tivera em relação a Vegeta, o arrogante príncipe dos Saiyajin! Queria abrir os braços e tê-lo perto do coração..., ele também era vulnerável!Lhe encheram os olhos de lágrimas e lhe fez um nó na garganta.

Vegeta apertou as mãos contra a cama com tanta força que seus dedos atravessaram o colchão, os dentes cerrados sua boca em uma linha fina.

Ele não tinha esperança.

Não podia se vingar, Freeza estava morto... o maldito Kakaroto lhe roubou seu direito de vingança.

Ele estava vivo e morando em um planeta de seres inferiores, sem nenhum objetivo, além de destruir os andróides e acabar com o terceira classe.

O passado fora um oceano de sofrimentos. E o futuro? Teria de suportar um dia após o outro.

O que mais havia?

Incerteza e desesperança, solidão e vazio?

Ele não sabia.

— Vegeta, Bulma o chamou em um tom de voz suave, mas ele se encolheu como se estivesse esperando provocações ou golpes. Bulma ficou confusa com a expressão do rosto dele. Parecia que o homem que expressava desapego e indiferença havia partido substituído por um que demonstrava no olhar uma fúria incontida, uma ira que o levava a contrair o maxilar para se controlar.

— Sinto muito, ela disse a ele.— Uma fresta de luz apareceu na escuridão do íntimo dele.

— Eu estou aqui para você... — Disse ela enquanto acariciava seu rosto sentindo todos os músculos do corpo dele enrijecerem.

Com surpresa Vegeta viu compreensão e solidariedade nos penetrantes olhos azuis da jovem, embora um sorriso malicioso ainda brincasse nos lábios dela.

—Eu nunca vou deixar você.— Ele encarou Bulma, aparentemente considerando a promessa.

Ela o havia surpreendido novamente.

E muito lentamente Vegeta relaxou. — Você é estranha, mulher. — Os olhos cor de noite dele brilharam com algo que não era exatamente malícia, algo que a fez perder o fôlego.

Bulma sorriu diante da lógica irrefutável dos argumentos. — Suponho que sim.— Ela provocou-o.

— Brinca com fogo, e devo confessar que não compreendo qual é seu jogo — indagouao ver-lhe a expressão matreira.

— Quem disse que estou jogando? — Havia uma expressão de curiosidade no rosto de Bulma, entremeada por um brilho de desafio no olhar.

— Não esperava outra coisa de você — disse ele.

Bulma sentiu a mão de Vegeta pousar em seu pescoço. Esperando dor, ficou surpresa com a suavidade do toque. Os dedos calejados começaram então a acariciá-la, subindo até as faces macias como pétalas de rosas. Tanta ternura de um homem tão duro… que além disso era um desconhecido para ela.

— Está com medo de mim? — ele perguntou, segurando-a de leve pelos fartos cabelos.

— Não.—Suas mordidas não me assustam, sabia?— Disse e recebeu em troca um olhar desafiador.

—É verdade que eu mordo? — Perguntou Vegetacom voz profunda e olhar intenso.

—Frequentemente.

—Por que você não revida?— Seu olhar se obscureceu, mas não com o brilho assustador que tinha visto outras vezes nele. Não, havia algo mais em seus olhos, algo que Bulma não sabia identificar.

Bulma fez uma pausa e sorriu.— Eu poderia quebrar os dentes na sua carcaça.

Ela o divertia. Fascinava.— Na certa descobriria que minha carne não é tão ruim. Os olhos negros dele agoratransmitiam uma sensualidade incrível, não parecia o Vegeta que ela conhecia!

— Quem diria! Você tem senso de humor — disse ela, dirigindo-lhe um sorriso maroto.

— Devo ter mesmo, porque ainda não a estrangulei. — Bulma revirou os olhos azuis que tanto a deixavam envaidecida.

— É um homem carrancudo e forte, mas não assusta. Talvez seja preciso rosnar de vez em quando.

— Se está esperando que de repente eu vá começar a soltar espuma pela boca, e sair correndo no meio da noite, vai perder seu tempo.

— Seria bem engraçado — replicou Bulma com um leve sorriso.

— Não sei se desejo atormentá-la tanto assim.

— Puxa, você realmente confunde a cabeça de uma mulher com toda essa atenção!

Vegeta deu um riso de mofa e balançou a cabeça.

— Atenção, é o que quer? De que espécie?

— Qualquer que deseje dispensar, Vegeta. Não exijo nada de você.

— Acho que quase gosto de você, terráquea — disse ele, sem pensar.

Ela voltou-se e tomou-lhe a mão entre as suas efalou: — Porque eu o tenho a minha mercê — afirmou ela, comseu sorriso mais convencido.

Vegeta deu um sorriso lateraldiante da colocação. — É uma mulher muito impertinente.

Bulma umedeceu os lábios e murmurou:— Eu adoro quando você usa esse tom de voz comigo.

— Mulher irritante!

— Issosignifica que meu charme ainda funciona.

O corpo másculo irradiava um calor que a envolvia por inteiro. Aquelas mãos em sua nuca e nas faces estavam causando as mais estranhas sensações. Ao abrir os olhos encontrou os dele, negros como a noite. A ternura neles a surpreendeu e a fez concluir que Vegeta não era tão ameaçador quantoqueria fazer crer. E a emoção que se seguiu àquele pensamento irracional deixou-a chocada. Nenhum homem deveria ser tão atraente e tão perigoso ao mesmo tempo.

Os dedos fortes a tocavam de forma quase reverente. Ele admirou sem pressa a pele delicada, imaginando se o resto do corpo seria igualmente macio. Queria beijar seus seios intumescidos, desejava-a toda para si. Nos belos olhos negros havia a mais intensa expressão que Bulma já vira num olhar masculino. E palavra alguma poderia descrever o que sentiu quando os lábios dele pousaram nos seus. Mas agora parecia hipnotizada pelo toque daquela boca sobre a sua. Estava beijando um homem que devia desprezar.

Era um homem desacostumado à bondade, alguém que fora atraiçoado e magoado mais de uma vez na vida. E que odiaria receber compaixão de quem quer que fosse.

— Para o bem ou para o mal, estou com você, Vegeta — disseBulma suavemente quebrando o beijo.

— Não necessariamente — ele corrigiu, com seus lábios roçando os dela.

— Entregue-se a mim como você é, de verdade. Seja você mesmo, Vegeta. — Ele fechou os olhos para sentir aquele pedido com a alma. A ânsia que revelava na voz ecoou em seu coração.

— Não posso ser quem você quer — ele admitiu.— Eu sou o que sou, e não outra coisa, não importa quanto eu possa tentar.

— Eu não quero jamais que finja para mim, nem pediria isso a você — afirmou ela, consternada. — Seja você mesmo, pois é esse o homem que eu quero. Entregue-me seu juízo, seu temperamento e paixão. Eu o quero todo.

Erguendo-lhe o queixo para beijá-la de novo, ele murmurou de encontro à boca afogueada:

— Abra os lábios para mim, mulher. Quero beijá-la da maneira como um saiyajin beija a sua mulher.

A resposta, um gemido que escapou da garganta de Bulma, expressava o mais desinibido e puro desejo.

E chegou como um gesto de posse. A língua atrevida separou-lhe os lábios, incitando-a a aceitar a doce invasão. Com firmeza, o príncipe segurou-lhe a cabeça, obrigando-a a relaxar de encontro a si. As mãos fortes percorriam-lhe as costas, pressionando-a de encontro ao corpo rijo.

Bulma entendeu então algo que sempre a intrigara: o sublime significado da união dos corpos de um homem e de uma mulher. Tratava-se de muito mais que um simples contato físico. Era uma comunhão de almas. Assim como antes se vira tomada de compaixão diante das cicatrizes que marcavam aquele corpo esplêndido, agora podia sentir a profundidade e a intensidade do espírito do príncipe dos saiyajins.

Com todos os músculos tensos pelo esforço, Vegeta atingiu por sua vez o clímax mais absoluto e perfeito de sua vida. Em seguida, desabou sobre Bulma, saciado.

Bulma não se importou com o peso. Ele não a esmagava. Ao contrário, parecia-lhe a coisa mais certa do mundo.

Erguendo a cabeça, Vegeta beijou-a, em gratidão. Só então, tomando consciência do quanto seu peso devia estar a machuca-la, rolou de costas, trazendo-a consigo e colocando-a sobre si.

Satisfeita, Bulma deitou a cabeça no peito largo, brincando com aquele tórax bronzeado. Depois, o saiyajin abraçou-a pela cintura, apertando-a de encontro a si.

A exaustão tomou conta de Vegeta, fazendo-o cair num sono pesado, com Bulma envolta em seus braços.

Vegeta ainda sonhava com o período em que viveu na enxovia, mas quando isso acontecia ele sabia que sua Bulma estava lá como uma lâmpada em meio a escuridão.

E assim ele sempre vencia a escuridão.

March 27, 2022, 10:13 p.m. 0 Report Embed Follow story
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The End

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