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Não precisava palavras quando o amor transbordava no olhar e em cada gesto pensado ou inconscientemente de ambos. Era ano novo e amor também, se renovava a cada dia. — Você sabe. — Eu sei.


Fanfiction Bands/Singers Not for children under 13.

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O anel é seu, Jimin

Escrito por: @ymluvmood


Notas Iniciais: Oi oi oi, nem sei o que dizer aqui, na vdd quase nunca sei mas ok vamos lá, quero agradecer primeiro a @migukie pela betagem e paciência comigo de vdd e a @Tmessi pela capa que ficou lindíssima do jeitinho que eu imaginei. Então é isso gente eu espero que vocês gostem ♡


~~~~

— Por que demorou tanto? Por um momento, eu cogitei chamar um táxi, Yoon. Está frio e eu esqueci o casaco.

O loirinho murmurou, abraçando o próprio corpo dentro do carro. Não estava nervoso, apenas curioso com a demora. Olhou para seu namorado, que ligou o aquecedor do carro assim que percebeu sua tremedeira por conta do frio que castigava a cidade naquele dia.

— Engarrafamento, Jimin, conhece? Você sabe muito bem que não deixaria você esperando de propósito, amor. Desfaça esse beicinho que eu sei que você não 'tá com raiva de verdade. — Sorriu, mantendo a atenção na estrada.

Alguns carros passavam com mais pressa, fazendo-o quase abrir o vidro para xingar os idiotas. Muitos corriam por não querer pegar o engarrafamento do feriado. Mordendo os lábios, Yoongi pegou o chocolate quente no suporte do carro e entregou para Jimin, que sorriu, esfregando a mão uma na outra antes de pegar e sorver um pouco do conteúdo. Soltou um muxoxo gostoso, agradecendo o cuidado do namorado consigo.

— Você lembra o que vamos fazer hoje, sim? Assim que chegarmos em casa, meu bem, vamos correr, estamos atrasados com isso. — Mais uma curva. Virou com cuidado a rua; o chão estava um pouco escorregadio por conta do forte pé d'água que tinha caído há algumas poucas horinhas.

Os olhinhos duvidosos de Jimin o encaravam tentando lembrar do que ele estava falando, e na velocidade de um raio lembrou. A viagem.

— Amor.... A gente não pode ir amanhã de manhã? Eu quero ficar agarradinho com você essa noite, sabe como amo dias frios.... — o mais novo disse, manhoso. Olhando para o de fios pretos que parecia irredutível para qualquer outra ideia, mesmo que isso fosse deixá-lo longe de uma cama coladinho com seu bolinho.

Quando virou já na próxima rua, deu de cara com muitos carros e um belo farol vermelho que, mesmo abrindo em milênios de segundos, os veículos iam lentamente na via. Yoongi olhou para Jimin, que entendeu o recado. Se não saíssem de noite, seria com aquele engarrafamento — ou até pior —, que sairiam na manhã seguinte, em direção à casa dos tios do mais velho. Um murmúrio foi solto de sua parte, inconformado que naquela noite não iria poder ficar agarradinho com seu hyung.

— Ótima ideia, viu? Por que a gente não pediu para liberarem o dia hoje? Eu poderia dormir agarradinho com você. Poxa, Guinho, eu só quero chegar em casa, tomar meu banho e deitar na nossa cama assistindo qualquer filme, eu só quero ficar coladinho com você. Só isso.

Mordendo os lábios, Yoongi pensou, realmente dando expectativas aos mais novo de que poderiam ir na manhã seguinte, chegariam a tempo de ajudar na arrumação, ele sabia. O mais velho só queria chegar antes por precaução, devido à estrada que, com certeza, ficaria lotada.

— Não, nós vamos chegar em casa, fazer nossas malas e descansar um pouco; em seguida, vamos cair na estrada. Você lembra muito bem o que aconteceu da última vez que fizemos isso. — Ouviu um estalar de língua, Jimin enfim tinha aceitado que iriam naquele mesmo dia para a casa de seus tios. Estava ansioso, não negava.

Ele tinha um plano para aquele ano novo, seria diferente dos outros e muito mais especial. Então seu estômago embrulhava em nervosismo; sua mente o sabotando de todas as formas possíveis e inimagináveis, mas ele sorria e fazia parecer que não escondia nada do seu baixinho favorito.

Mais poucas ruas e mais alguns engarrafamentos, eles, enfim, tinham chegado. Yoongi estacionou na vaga de sempre, tirou o cinto devagar. Viu seu namorado fazer o mesmo, pegando a bolsa e o copo que antes tinha o chocolate que ele fez questão de comprar por saber que o mais novo amava dias frios, mas sempre esquecia de se agasalhar, ou então fazia de propósito, pois alegava gostar muito de sentir frio. Segurou sua bolsa também e chaves do carro e casa, saindo do veículo.

O barulho característico foi ouvido pelo estacionamento. Com o carro trancado, seguiram abraçadinhos para dentro do elevador, onde ficaram trocando poucos beijos e confissões da saudade que sentiram um do outro durante o longo dia de trabalho.

As portas metálicas foram abertas, assim, então, fazendo-os sair e seguir para seu apartamento. O loirinho fez questão do próprio destrancar a porta, a bexiga apitando como se soubesse que tinha chegado, fazendo-o correr desesperado ao banheiro.

— As malas estão onde mesmo, Ji? — Yoongi perguntou, tirando os próprios sapatos e pondo na entrada, arrumados. Fez o mesmo com os do namorado, que, pela pressa, apenas os deixou bagunçados pela porta do apartamento.

— No lugar de sempre. Na parte do closet que a gente quase nunca mexe. Acho que só vamos precisar de uma, sim? Vamos passar a sexta e o final de semana lá… —disse alto do banheiro, mexendo os fios pretos da cabeça para logo bagunçar em seguida.

Yoongi pensou no que o outro disse. De fato, não seriam muitas roupas, mas era sempre assim, Jimin com mais uma malinha ou mochila alegando que os itens a mais eram, sim, necessários, mesmo nunca usando algum. Sorriu, seguindo para o quarto. Entrando no cômodo, foi direto ao closet, procurando a grande mala azul com algumas nuvens desenhadas aleatoriamente num dia tedioso.

— Pronto. Não sabia que ia sentir tanta vontade de ir ao banheiro depois de tomar o chocolate quente. 'Tá parado por quê, vida? Não é você que quer sair hoje de noite?! Vamos nos mexer para não ficar muito tarde.

Amaldiçoou-se baixinho quando lembrou que desistiu, durante a semana, da ideia de deixar as coisas prontas e dentro do carro para a viagem. Reclamou baixo percebendo que não poderia descansar muito. Seria uma longa viagem, um longo ano novo.


[...]


O trânsito não foi tão extenso nem cansativo como o Min achou que seria. Na verdade, até algumas paradas ele pôde fazer para comprar um chocolate quente, ir ao banheiro e até mesmo cochilar. Jimin perguntou se queria que revezassem a vez, mas Yoongi o olhou apavorado e negou, recebendo vários tapas em resposta. Jimin dirigia incrivelmente mal, quase sempre arranhava ou batia o carro — mesmo que de leve — em algum lugar.

— Chegamos, viu? Nem demorou tanto. Você ainda queria sair amanhã de manhã, foi bem melhor agora de noite, amor.

Jimin olhou para ele, um beicinho já pronto nos lábios que Yoongi fez questão de morder, seguido de um beijo carinhoso que fez seu namorado sorrir.

— Sim, já entendi que foi melhor ter vindo hoje, agora a gente pode, por favor, entrar? Só quero dormir, Gi… 'Tô cheio de sono…

Viu o mais novo pegar a mochila e sair do carro, caminhando devagar até a varanda. Já tinham entrado com o carro na garagem. Yoongi que estava com as chaves, logo, ele tinha que esperar ali. O mais velho pegou poucas coisas, mais uma bolsa grande; verificou o automóvel, trancando-o e indo em direção a casa. Sentiu quando Jimin deitou a cabeça em seu ombro, esperando abrir a porta para entrarem em silêncio.

De madrugada a casa estava uma penumbra, não foram dez passos dentro e já estavam tropeçando. Entre risos, encontraram-se indo para o quarto de hóspedes.

— Vai tomar banho, Ji? — Viu o loirinho concordar com a cabeça, enquanto separava roupas para os dois mais uma toalha para irem se banhar.

— Não vejo a hora de ficar agarradinho com você. Vamos logo, estou cansado.

Empurrou o mais velho para dentro do banheiro. Na verdade, era uma suíte para os hóspedes, pois continha um toalete, logo não precisavam sair ou perambular pela casa para ir até o recinto. As roupas foram dobradas pelo mais velho enquanto o mais novo ligava o chuveiro e colocava no quente; estava frio.

— Está animado? A gente pode dar uma volta na cidade também, faz tempo que não passeamos por aqui. Uns dois anos? E você ama ver as arrumações na cidade que eu sei — disse Jimin, massageando os fios de cabelo do seu hyung enquanto sentia as mãos grandes passearem pelas suas costas e apertando sua cintura em um carinho que o fazia relaxar, assim como Yoongi, que tinha os olhos fechados, só não dormia porque sentia a água bater em seu corpo.

Não muito tempo depois, o sabão já escorria do corpo de ambos.

— Você está todo enrugado, amor. Vem cá, minha ameixa, deixa eu te secar — Yoongi comentou rindo, não que estivesse em um estado diferente, porém o mais novo parecia mais encolhido e com mais frio. Sentiu um beliscão que o fez soltar mais risadas. — Pronto, meu bebê tá sequinho, a roupa tá em cima da cama.

Deram um beijinho singelo antes de se afastarem. O mais velho se olhou no espelho antes de ir para o quarto, não prestando atenção em si, mas em como o vidro ficou embaçado.

— Nem percebi que passamos tanto tempo assim embaixo d'água para o chuveiro ficar daquele jeito…

Quando olhou para cama, observou o menor dormindo calmamente, entregue a um sono que parecia muito bom. Sorriu, deitando-se ao lado, puxando o corpo para si e abraçando, protegendo-o como seu bem mais precioso, porque realmente era; sua joia. Um beijo foi deixado na testa do seu saeng e, em minutos, estava tão entregue ao sono quanto ele.


[…]


— Tia, bom dia! — Sorriu Yoongi ao entrar na cozinha, caminhando devagar em direção à mesa que estava posta com o café da manhã.

— Bom dia, Yoon, vocês chegaram bem tarde ontem, estava cansada e não pude recebê-los. Muito trânsito?

— Sim. Até que não, mas teríamos, se eu resolvesse sair hoje de manhã como Jimin queria.

— Em falar nisso, onde está meu motorista favorito? — perguntou contendo o riso, o mais novo olhou para a mesma.

— A senhora tem que parar de falar isso, ele acredita que dirige bem por sua culpa, sabia? — Comia um pedaço do pão, encarando a tia que tinha um olhar avaliativo em sua direção, rindo como se Yoongi tivesse contado a piada do século.

— E não dirige? Tão bem quanto eu, na verdade. Vocês que não compreendem, estamos anos luz de direção, somos mal compreendidos.

Passou por ele com potes e alguns talheres em mãos, colocando na mesa. Bem, já não era tão cedo para o café, só esperava pelos mais novos e, pelo visto, Jimin não desceria tão cedo, então se adiantou ali para começar os preparos para a noite festiva.

— Ele dirige tão mal quanto você. Isso quer dizer que "sim"? Hm, mal compreendidos, aham. As multas também são mal compreendidas e vocês vão pagar 'pra mim? — perguntou, ajudando a guardar algumas coisas na geladeira e pegando outras, rindo com o tapa leve que foi desferido em si por sua tia. Ele não tinha culpa, os dois realmente não tinham nascido para dirigir, sequer pegar num volante.

— Tudo pronto para a surpresa? Já está tudo combinado? — Agora a mais velha tinha um olhar apaixonado. Yoongi planejava uma surpresa para Jimin e, quando soube da ideia mais detalhadamente, andava aos suspiros pela casa por poder fazer parte daquilo.

— Sim, sim. A senhora sabe que sim. Vamos mudar de assunto? Não quero estragar a surpresa e acho que o Jimin 'tá suspeitando de alguma coisa. Cadê a vovó? Dormindo ainda? Ou lá fora no jardim?

Daehyun olhou para ele, sem nem precisar responder, porque era óbvio onde a sua mãe estaria, cuidando das plantinhas no jardim, com certeza. Num pedido mudo de licença, foi em direção à porta dos fundos para se encontrar com sua avó Minji, no jardim.

— Bom dia… — Pegou o neto de surpresa, já sabia que ele viria. Estava à sua espera para conversarem. Sorriu agradecida quando o mesmo pegou a mangueira, entregando-a em suas mãos.

— A senhora podia fingir que eu consigo chegar de fininho, sabia? Nunca funciona — lamentou. — Tudo bem? Achei que estaria na cozinha, dona Minji.

— Como se eu fosse dar esse gostinho a você. Estou sim, Yoongi, tomei café mais cedo, estava a sua espera para conversarmos sobre o próximo passo que você quer dar. Tem certeza disso, querido? — a voz um pouco cansada pelos anos vividos, mas cheia de ternura e amor, perguntou, olhando para o neto e suspirando nostálgica. Tinha o rosto idêntico ao do pai na sua idade. Não duvidava do amor existente entre seu neto e o namorado deste, mas queria ouvir o que passava naquele coração ansioso.

— Me conhece tão bem, não é? Eu tenho medo que possa dar errado, vó. Não tem como negar isso, mas é o Jimin. Errado seria eu não tentar viver isso com ele, e eu tenho certeza da resposta porque eu sei que ele também sente isso… Mas eu não consigo não ficar nervoso, entende…? — disse. — O que é engraçado é que do lado dele eu fico muito calmo, ele tira o peso, me faz rir e o tempo voa. Eu fico cada vez mais admirado e bobo com ele, com o que eu sinto. Eu o amo, quero viver pra sempre em sua companhia e, para mim, isso basta. Ser recíproco, isso me basta.

Minji levantou devagar, limpando o pouco da terra que ficou em seus joelhos, sendo ajudada pelo neto a enrolar a mangueira e guardar as coisas de jardinagem. Ficaram encarando o céu da manhã bonito. O sol brilhava e esquentava as peles, mas não era incômodo. Ainda mais com a brisa que passava, era até terapêutico, arriscava dizer Yoongi.

— Fico feliz por vocês. Você é muito parecido com seu pai fisicamente, mas é completamente seu avô nas decisões… Ele teria muito orgulho de você, Yoongi. Tenho certeza disso. Estou aqui para o que precisar, você sabe. — Deixou um beijo na testa do mais alto, os fios tão pretos quanto os seus balançavam ao vento gélido e refrescante da manhã. Limpou uma lágrima que ousou escorregar durante a conversa. Lembrar-se do seu falecido esposo era, de certa forma, triste, mas se sentia feliz por conseguir guardar dentro de si o amor deles.

— Vamos entrar? Tia Daehyun deve precisar de ajuda na cozinha… Jungkook está dormindo ainda? Não o vi desde que acordei e, que eu me lembre, quando aquela criança tá ansiosa, ninguém a para. Já era pra estar correndo pela casa, não?

As luvas foram deixadas no parapeito da varanda. Yoongi abriu a porta dando espaço para que a mais velha entrasse primeiro. Foi respondido quando ouviu batidas acanhadas na outra porta. Ouvi uma voz baixinha e muito conhecida por si vir da cozinha, já sabia que Jimin tinha acordado, quando se direcionou para caminhar em direção a porta teve o braço segurado.

— Eu atendo, vá falar com Jimin. Ele é respondão demais pela manhã quando tá longe de você, abusado. Eu abro a porta.

Yoongi segurou o riso em respeito a mais velha. Lembrava-se de quando os dois se conheceram; foi um encontro bem trágico. Jimin só sabia reclamar que acordou cedo, e sua avó que o menor não parava de queixar-se em seus ouvidos e que procurava por si na casa.

— Entendi o recado, dona. — Foi em direção a cozinha, realmente sendo recebido por risos da parte da sua tia e um Jimin chateado que, quando acordou, não estava mais em seus braços. Era fato, mimava demais aquele garoto e nem negava, muito menos iria parar.

— Bom dia, carinha que não estava mais do meu ladinho hoje de manhã. Dormiu bem? — perguntou azedo, olhando para Yoongi por cima da xícara grande de chocolate quente. O mais velho não segurou o riso dessa vez, mordendo inclusive um pedaço do doce que Jimin comia. — Ei! Beijinho, eu não ganho, mas meu doce você quer comer. Cai fora.

Daehyun ria, enquanto amarrava o cabelo e pedia ajuda do loirinho em alguns afazeres, para o dia seguinte — já deixariam poucas coisas prontas.

Quando ia se aproximar, sentiu alguém pulando em suas costas e já tinha certeza de quem se tratava; um garotinho sapeca que tinha dentinhos que lembravam os de um coelho e olhos tão redondinhos como jabuticabas, o nariz um pouco maior no rostinho fino e de cabelos bagunçados o deixava fofo. Jungkook era uma criança muito animada e bagunceira, irradiava isso e muito amor. O pequeno abraçou seu primo favorito enquanto o fazia de cavalinho e gritava com toda a força sobre a saudade que sentia do mesmo. Rindo, Yoongi ajudou o mesmo ao se virar, ficando, de fato, em seus braços. Abraçou o mesmo, deixando um beijo em sua testa.

— Como anda meu primo favorito? Tão forte e bagunceiro como da última vez que nos vimos? — perguntou, pondo o menino no chão, que logo correu para os braços de Jimin. Sabia ali, naquele momento, que tinha perdido seu loirinho, o garoto tinha um carinho muito grande por seu namorado e ficava grudado neste como um coala.

— Eu sou seu único primo, Hyung — balbuciou divertido enquanto mexia nos fios de cabelo de Jimin, fazendo falhas trancinhas e deixando o cabelo uma bagunça. — Claro que sim, eu como tudo que a omma põe no prato. Sou um menino forte e obediente. Conta pra ele, omma, conta.

Sua avó passou rapidamente por eles, bebendo um copo de água e pegando uma faca, um pote e as batatas, indo para sala cortar lá. O jornal da manhã começaria e ela quase nunca perdia; era regra.

— Isso mesmo, meu amor, você é forte e muito obediente. Agora solte o primo Jimin para ele ajudar a omma aqui.

Jungkook já tinha um beicinho choroso nos lábios, não queria soltar o mais velho por nada. Grudando mais em si. Yoongi percebendo que já era uma batalha perdida, sorriu.

— Que tal eu ficar ajudando a tia Daehyun para você brincar com o Jimin, hm? Que tal?! — Jungkook soltou um riso feliz, saltando como um coelho e puxando o Park pela casa, até seu quarto para buscarem alguns brinquedos e ficarem brincando.

— Aqui, Jungkook, e se o Jimin ficar aqui brincando na cozinha com você enquanto ajuda a sua omma também? — perguntou o mais novo entre os adultos.

Meio desconfiado, Jungkook olhou para as coisas, para os outros adultos presentes e, por fim, concordou. Inclusive, quis ajudar a lavar algumas frutas. Era muito fofo ver a criança em cima do banco, quase na pontinha dos pés, lavando e se molhando quase que por completo.

Yoongi limpava o peixe enquanto sua tia procurava as castanhas. Lembrava-se, sim, de ter comprado no mercado, mas não onde as tinha colocado. Isso já começava a irritá-lo um pouco.

— Tem certeza que comprou, Daehyun? A gente pode ir no mercado mais tarde, sem problemas. Yoongi empresta o carro, não é, amor?

— Pode deixar que eu mesmo vou, amor, fiquem despreocupados. Não me olha assim, você lembra o que fez da última vez que saiu com o carro aqui? — Em resposta, sentiu um jato de água em seu rosto. — JUNGKOOK!

— Não fala assim do meu hyung, ele não tem culpa que o poste estava no lugar errado, Yoonie.

— Então foi essa a mentira que contaram pra você, pequeno? Jimin, solta esse copo de água.

Tarde demais, já estava ensopado e sendo motivo de piada na cozinha. Jimin sorriu, murmurando um "Ops". Yoongi o encarou, mas só conseguiu rir e devolveu, molhando-o também. A cozinha já era quase uma área de piscina; perceberam que era hora de parar quando Jungkook escorregou na poça d'água, abrindo o berreiro pelo susto.

— Meu amor, vem cá, vem, foi só um susto. Ajuda a omma a pegar o pano pra esses dois irresponsáveis secarem o meu chão. Vem cá. — Segurou uma mãozinha de seu filho enquanto a outra deste passava devagar nos olhos, secando as lágrimas.

— Sua culpa.

Falaram juntos quando estavam a sós na cozinha. Jimin o olhou incrédulo e Yoongi deu língua.

— Deixa de ser infantil, Yoongi.

— Você que começou, sua criancinha birrenta. Jungkook quase se machucou por sua culpa! Não sei como não foi você que caiu, tem quase a mesma altura.

— Você não disse isso… E o que uma coisa tem a ver com a outra?! Vai ver se eu 'tô na esquina, Yoongi.

— Mas você 'tá aqui, amor, por que eu iria o procurar na esquina? — perguntou confuso, tombando a cabeça pro lado. Jimin não segurou o riso, que foi acompanhado pelo de fios pretos. Era sempre assim. Briguinhas de criança que acabavam em risos.

— Eu amo você.

— Eu amo você.

Aproximaram-se. As mãos de Park pararam na cintura alheia e as do Min foram para sua nuca. Iniciaram um beijo lento e fofo, que arrancou mais risadas de ambos, já que tiveram a mesma ideia de causar cócegas. Não demorou muito, logo o chão estava sequinho, e continuavam a adiantar algumas coisas para o dia seguinte.


[…]


A avó de Yoongi sorria encantada olhando a mesa arrumada, cada alimento tinha seu significado e lugar correto na mesa; estava bonito, seguindo a cultura do país. Os mais velhos não vestiam a roupa temática para a data, mas Jungkook, de última hora, pediu à sua omma para usá-la, sendo seu presente para a vovó, que fazia aniversário poucos dias depois do feriado.

Quando o mais novo desceu vestindo o hanbok verde e amarelo, a senhora Minji sentiu os olhos lacrimejarem. Jungkook sempre gostou de tradições, mesmo pequeno e sem entender muito das coisas, tinha muito respeito e ouviu os adultos conversarem sobre não usarem naquele ano.

— Eu ouvi vocês conversando. Jimin e Yoongi não trouxeram os deles, a omma não conseguiu comprar e o da vovó rasgou. Eu sei que a gente só faz isso de vez em quando, mas eu quis fazer hoje, em homenagem ao aniversário da vovó que é em poucos dias. — O mais novo sorriu, indo abraçar a mesma, fazendo a referência diante da mesa para os ancestrais junto com ela.

Jimin parecia emocionado com a cena, amava crianças e, às vezes, se pegava pensando em adotar uma com o mais velho. Deixou um beijo na testa do mais novo quando se aproximou e o elogiou, dizendo o quanto estava bonito vestindo o hanbok.

Yoongi pediu licença quando recebeu uma ligação. Ao perceber de quem se tratava, afastou-se dos demais para ouvir o que Jinnie tinha a dizer para si. Com os olhos um pouco arregalados, confirmou em compreensão, um pouco nervoso. A surpresa seria adiantada e ele não se sentia pronto para chamar Jimin.

Mais tarde —depois de conversas e algumas explicações mais sobre a cultura que o filho de Daehyun pediu —, Yoongi pediu licença, avisando que teria de sair e Jimin iria com ele; dariam uma volta pela cidade. Sabia o quanto o loirinho amava ver a cidade decorada e as pessoas se divertindo com alguns jogos, cantos, danças e coisas mais. Jungkook mal percebeu quando os primos saíram, visto que quando a avó pegou o Yuchnol-i, um jogo tradicional daquela época do ano, ele só quis saber do divertimento e nada mais.

— Vamos andando? Fiquei sabendo que a barraquinha de bolinho de arroz do Jinnie vai abrir esse ano… Já está aberta, no caso. Pensei que a gente podia ir lá. — Jimin fez um carinho em sua mão, confirmando com a cabeça, quieto demais e concentrado em algo que não foi preciso Yoongi perguntar.

— Você pensa em… casamento com muita frequência, Gi? Em ter filhos…? Eu comecei a pensar com mais frequência no assunto…

— Eu penso, Jimin. Construir tudo e mais um pouco com você, vida. De hoje para sempre; te amo mais que ontem, menos que amanhã. Você se lembra de quando eu falei isso? Em momento algum, menti para você, meu anjo. Eu o amo mais que tudo, assim como eu sei que me ama também. Tudo no seu tempo, sim?

Jimin concordou, deixando um beijo na bochecha alheia e andando mais rápido ao avistar a barraquinha ao longe. Não deixou de reparar na cidade, nas pessoas, nos detalhes que mais tomavam sua atenção. Yoongi fazia o mesmo, encarando tudo com extremo interesse, visto que fazia um tempinho que não ia a sua cidade, e via claras mudanças.

Os dois avistaram juntos a barraquinha de Jinnie. Era vermelho e laranja, tinham florzinhas no balcão pequeno, dentro de um copo de vidro que dava um charme a mais; o cheiro era delicioso. Quando começaram a conversar e Jimin já ia pedir os bolinhos, Yoongi se intrometeu e Jin entendeu o recado, já separando os bolinhos e um em específico deixou mais em cima no potinho.

Assim que o de fios pretos pagou a conta, agradeceu ao amigo e foi caminhando pelas calçadas, mais nervoso que nunca, esperando a reação de Jimin. Veio mais rápido do que ele esperava e seu nervosismo se dissipou um pouco quando o mais novo parecia agoniado, segurando a aliança que estava entre os bolinhos, abismado.

— Hyung, nós precisamos devolver. O Jin deve estar feito um louco procurando. Pare de rir, vamos entregar 'pra ele… Por que você ainda está rindo? Ele deve estar todo nervoso. Olha isso, deve ser muita cara e de família, já pensou? E você aqui rindo.

Estava pronto para caminhar de volta à barraquinha e entregar o anel quando Yoongi o segurou, ainda rindo do que seu namorado tinha entendido da aliança. Segurando com calma a cintura fina do mais novo, tomou a aliança de suas mãos e o beijou. Um beijo calmo e apaixonado, transmitindo muito do amor que eles nutriam um pelo outro. Com as testas coladas e respirações um pouco elevadas, Yoongi riu um pouquinho mais.

— Jiminie… Essa aliança é sua… Você quer casar comigo, amor?

E naquele momento, tudo parou. Jimin olhava sem reação alguma para o mais velho, o homem da sua vida estava ali, pedindo a sua mão. Não conseguiu impedir quando lágrimas começaram a brotar no cantinho dos olhos. Abraçou Yoongi com força, pondo a aliança no dedo.

— Você nem disse que sim e já está pondo a aliança?

— Você nem fez discurso! Qual o problema de eu pôr a aliança sem te dizer "sim"? Precisa dizer "sim" pra você, amor? Sim, sim, sim, sim, sim. Eu quero me casar com você, Min Yoongi — dizia entre os beijos que trocavam, rindo, mais feliz do que nunca; estava noivo e era do amor da sua vida.

Naquele momento, existia apenas Min Yoongi e Park Jimin. Não precisava de palavras quando o amor transbordava no olhar e em cada gesto pensado, ou inconscientemente, de ambos.

— Você sabe.

— Eu sei.

~~~~


Notas Final: E então chuchus?! Vocês gostaram? Espero que sim. Um beijo e boa noite, bom dia, boa tarde. Fui e até logo♡

Aug. 8, 2021, 9:02 p.m. 0 Report Embed Follow story
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The End

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