J
Julia Heiderich’s


[EM ANDAMENTO] Procurar pela atenção de seu pai foi o que Kim Taehyung fez durante alguns anos de sua vida. Depois de uma festa de arromba ele consegue da pior maneira, mas as coisas vão mal quando depois de um incidente ele vai parar em uma realidade alternativa. Agora sua grande tarefa é voltar para sua realidade e acima de tudo não se apaixonar por um príncipe encantado que cruza seu caminho. História disponível em: Wattpad/Spirit


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Don’t make this

Eu tinha a total consciência de quando meu pai chegasse dali dois dias ele estaria uma fera, mas não podia me importar menos.

Desde pequeno, por nascer em berço de ouro, sempre ganhei tudo o que pedia.

Se o que desejasse fosse um celular de última geração, teria. Se desejasse que todas as roupas presentes em meu armário fosse de marca, teria. Se quisesse sapatos caros, também teria.

A única coisa que não estava disponível era atenção, o famoso carinho paterno e coincidentemente a única coisa que eu realmente queria, mas pai estava sempre ocupado demais para estar presente em minha vida.

A "família" Kim morava em uma mansão grande de luxo em um distrito de Daegu. Adquirido graças ao grande império formado por Kim Hyun Shik, a Golden Company. Uma das maiores empresas de moda da Coreia do Sul. Pelo fato de existir filiais, Kim Hyun Shik passava 90% do ano viajando e 1% ao "lado" de seu filho, also eu, Kim Taehyung.

Quando pequeno vivia encrencado na escola em busca de mais atenção dele. A medida que fui crescendo, percebi que aquilo não funcionaria tão bem quanto queria, então apenas deixei de lado.

Quer dizer, mais ou menos de lado.

Comecei a fazer as coisas sem pedir permissão. Até que apareci em casa com os fios tingidos de azul e uma flor tatuada na mão. Quando meu pai viu virou uma fera e me colocou de castigo por duas semanas. Que nunca foram cumpridas por ele não estar em casa para conferir. Depois disso passei a dar festas em casa escondido, entre aspas porque eu sei que tem câmeras pela casa, e ir contra todas as regras dele.

Aos poucos percebi que tudo o que importava para ele, era a imagem que o sobrenome tinha. Em pouco tempo meu pai apareceu com uma mulher mais jovem como namorada. Foi a gota d'água para minha fúria e rebeldia.

Seu namoro ao meu ver foi um grande desrespeito à memória da minha mãe que havia falecido há apenas três anos antes.

No dia anterior havia sido trinta de dezembro. Conhecido por mim como o pior dia do ano. Meu aniversário e aniversário de morte da mamãe. Hyun Shik a menos havia se lembrado disso. Recebi absolutamente nada vindo dele.

Em comemoração dei uma das famosas festas Kim, aonde chamava todos que conhecia e dava uma enorme, bagunçada e barulhenta festa. Dessa vez as coisas fugiram do controle confesso. Haviam muito mais pessoas que o normal, além de estar recheada de menores de idade completamente chapados. Foi meu aniversário de dezoito então tecnicamente eu fazia parte do grupo. Eu sabia que meu pai acompanhava tudo pelas câmeras.

Mesmo que já passasse das 4:00 da manhã, a festa já estivesse acabado e todos já tivessem ido embora. Eu ainda estava acordado, minha cabeça já começava a doer. Depois de juntar o máximo de lixo possível, mesmo que completamente alto, até porque ninguém era obrigado a limpar minha bagunça, cambaleante fui até a cozinha procurar algo para beber. Mais precisamente uma garrafa de um Whisky importado que eu mesmo havia roubado da coleção do meu pai e escondido dentro do armário para beber quando estivesse sozinho. Com a garrafa na mão, me sentei ali mesmo e abri a garrafa.

Dois quartos da garrafa se foram rapidamente. O líquido com alto teor alcoólico não demorou muito para piorar meu estado. Tomei coragem e fui até a sala, tropeçando varias vezes no caminho, aonde me sentei no chão com a cabeça apoiada no sofá enquanto encarava a garrafa em minha mão.

Meu olhar foi até minha mão, avistando ali um anel dourado que eu usava desde meus quinze anos. Foi o último presente dado por minha mãe. Era algo levemente chamativo, com uma grande pedra dourada de enfeite, mas eu gostava mais daquilo que qualquer outro presente que já ganhei.

Talvez se eu bebesse tudo de uma vez e tivesse um coma alcoólico, morreria de uma vez. Menos um fardo para Hyun Shik. Já que isso era tudo que minha existência insignificante parecia ser para ele.

O plano realmente seria executado, começou a ser na verdade. Se não fosse por Hyebin ter entrado pela porta da frente no mesmo instante.

Lee Hyebin era nossa governanta, a serviçal mais antiga na casa. Já era da família, era quem cuidava verdadeiramente de mim desde pequeno. Ela chegava todos os dias às cinco da amanhã... Cinco da manhã. Só então parei de tomar o líquido e olhei para o relógio. Mesmo com a mente confusa e vista embaçada com lágrimas que até então nem havia percebido, consegui identificar a horas representadas ali.

— Tae? — Hyebin falou assim que me viu sentado no chão. Seu olhar varreu toda a sala completamente bagunçada. Lixo por todos os cantos. Cheiro forte de álcool.

— Oi Hyebin — Falei despreocupadamente, olhando para a garrafa em minha mão. Aquilo ardia demais a garganta. Uma risada abafada saiu da minha boca quando esse pensamento veio.

Hyebin ainda me olhava sem palavras. Ela já havia chegado outras vezes depois de uma festa e encontrado a casa completamente bagunçada, mas acho que eu nunca havia ficado tão ruim quanto estava no momento.

— Pare de beber isso Kim Taehyung — Ela falou enquanto colocava sua bolsa e chave no balcão que havia no Hall — Vou trazer água para você.

Assim que ela deixou a sala. Eu encarei a garrafa em minhas mãos e depois na direção em que ela seguiu. Depois de tanto tempo dando festas e roubando os importadora do meu pai, meu organismo já se acostumou com o álcool correndo em meu sangue, assim como me acostumei com o gosto ruim que tinha. Era agora ou nunca. Sem pensar muito coloquei a boca da garrafa na boca virando grande parte do líquido com os olhos fechados.

O um pouco do líquido amargo foi para o lugar errado quanto a garrafa sendo tomada de mim a força me assustou. Entrei em uma crise de tosse rapidamente cessada.

— Ei! — Reclamei quando vi Hyebin com a garrafa na mão. Ainda sentindo ardência na garganta tentei pegar de volta. Quando Hyebin olhou para a garrafa e viu a quantidade que já havia ido embora, me lançou um olhar reprovador.

— Você vai acabar morrendo desse jeito — Ela deu uma última olhadela em mim e correu para a cozinha.

Eu realmente achava que não dava para piorar. Cedo demais. Eu e meus pensamentos. Consegui ouvir o universo rir da minha cara quando a porta da sala se abriu abruptamente. Revelando meu pai com cara de quem poderia matar um. Maravilha.

— Kim Taehyung — Ele fez uma pausa para respirar fundo — O que aconteceu aqui?

Bufei.

— Como se você não me espionasse pelas cameras 24/7 — Me concentrei ao máximo para não me embaralhar nas palavras. Minha resposta fez ele bufar novamente.

— Você deu outra festa sem minha permissão.

— É papai. Sabe... Pra comemorar meu aniversário — Alfinetei — Sabe? O que você esqueceu?

— Você destruiu a casa — Meu pai falou levando sua mão ao rosto. Ao lado dele Rosé, sua namorada assistia tudo em seu canto.

— É com isso que você está preocupado? Serio? — Me levantei rapidamente. Algo não deveria ser feito. Momentaneamente perdi o equilíbrio, buscando apoio no sofá.

Meus pensamentos estavam todos a mil por hora e eu estava sentido meu coração acelerado de raiva. Sentia também meus olhos cheios de lágrima.

— Ontem foi o a-aniversário de morte da mamãe também lembra?— todas as palavras se embolaram dessa vez e eu me impulsionei para frente tentando ir até ele. Cambaleante e tropeçando. Tudo girava, mas a distância de onde eu estava até lá não era tanta.

Ao ver minha real situação ele colocou a mão na cabeça e negou.

— Olha como você está! — Ele riu irônico — Está caindo de bêbado! Diz tanto sobre honrar a memória de Jyehin e olha sua situação?! acha que ela gostaria de te ver assim?

Meu coração pareceu vacilar uma batida ao ouvir sua fala e avançaria sobre ele, com uma resposta afiada na língua.

— Não — Rosé disse firme e colocou sua mão em meu braço — Não façam nem digam nada que venham a se arrepender depois.

Eu ri me desvencilhado do seu toque, mas tropecei em meus pés, teria caído de cara no chão se a própria não tivesse sido rápida e me segurado.

— Garanto que não vou me arrepender de nada — Falei irritado.

Ela apenas me olhou de soslaio para logo em seguida olhar para o homen furioso a nossa frente.

— Garanto que sim. Seu pai está com raiva e você embriagado.

Soltei-me de seu toque novamente e me afastei dos dois em um movimento brusco. No mesmo momento em que fiz isso. O mundo começou a girar mais rápido, minhas pernas ficaram moles, perdendo a força e me fazendo não conseguir sustentar meu peso. Dessa vez para minha surpresa quem me segurou foi Hyun Shik. Não tive muito tempo para olhá-lo já que em segundos estava colocando todo meu estômago para fora.

Minha respiração se acelerou. Tudo a minha volta estava em tons de amarelo. Parecia que iria morrer. Eu estava sem ar e com medo. Antes de ser engolido pelo imenso mar de escuridão vi o olhar de meu pai sobre mim. Vi preocupação em seus olhos, antes de ser totalmente engolido. Talvez meu plano realmente funcionou.

Ou não.

Meus olhos se abriram demoradamente. A claridade excessiva machucava minha vista, fazendo demorar mais para acostuma-la.

Meu corpo inteiro doía como se eu tivesse malhado o dia inteiro sem me alongar antes. Minha cabeça latejava pior ainda. Parecia ter um martelo dentro e meu estômago embrulhava.

Eu nunca mais vou beber ou misturar vários tipos de bebidas na minha vida.

Gemi de dor quando tentei me movimentar. O quarto era totalmente branco, com uma televisão a minha frente e uma poltrona ao meu lado. Definitivamente um hospital. Como eu havia ido parar ali? Não tenho a menor ideia. Não tinha mais ninguém ali além de mim até a porta se abrir e meu pai entrar acompanhado de Rosé.

Merda. O que eles estão fazendo aqui? A última coisa que me lembro é de estar flertando e conversando com Seojun. Um garoto que estudava comigo. Não me recordo do assunto, mas de estar falando com ele sim.

Que burrada fiz dessa vez? Não eram poucas as perguntas que rondavam minha mente.

— Taehyung? — Meu pai chamou quando me viu. Ele tinha um copo de café em mãos.

— Oi. — Falei com a voz mais rouca que o normal e a boca ressecada — Pode me arranjar água por favor.

Pedi quando vi o médico entrar.

— Oque que aconteceu?

— Coma alcoólico sr. Kim.

— O que? — Me assustei com a fala dele. Eu nem tinha bebido tanto assim tinha?

— Coma. Alcoólico. — Meu pai repetiu duramente — Você tem noção do que é isso?

Bufei. Eu tinha consciência da gravidade da situação, mas havia acabado de acordar. Ele iria mesmo me xingar ao invés de correr e me abraçar contente por eu estar vivo?

— Dessa vez você foi muito além dos limites Kim Taehyung. — Hyun Shik falou e eu revirei discretamente os olhos. Eu sabia que tinha ido longe demais vindo parar no hospital. Se vazasse, isso mancharia completamente a imagem Kim. Deve ser por isso que ele está tão furioso.

Fiquei calado pelo restante do tempo ali. Às vezes o médico falava comigo e minhas respostas eram por aceno de cabeça. Quando depois de um dia inteiro em observação recebi alta, perguntei que dia era hoje. Primeiro de janeiro.

O ano novo dos Kim tinha ido por água abaixo. Ah não pera. A gente não comemora. Eu já havia me acostumado com isso, infelizmente.

Finalmente chegamos em casa. Que por um sinal estava limpa e organizada. Graças às nossas faxineiras.

— Ah meu deus, você está bem! — Hyebin falou assim que me viu entrar emburrado em casa. Ele me deu um abraço caloroso que foi retribuído por mim.

— Vou para meu quarto tudo bem? — Falei me soltando dela — Estou morto de fome, leve algo para mim comer lá em cima por favor?

Ela concordou com a cabeça e foi para cozinha.

Quando estava prestes a subir as escadas escutei meu nome ser proferido. Me virando naquela direção.

— Depois de amanhã você vai para o colégio Yeonseo — Hyun shik falou firmemente. Yeonseo era um colégio interno no meio de nada que ele vivia ameaçando me mandar para lá.

— O que? Não!

— Vai. Sua matrícula já foi feita — Ele falou e se virou em direção a cozinha — Eu te avisei Taehyung. Lá eles te colocarão nos trilhos.

Eu estava estático em choque enquanto observava ele ir para a cozinha. Ele realmente me mandaria para aquele internato? Ele era mesmo capaz disso?

Antes que ele sumisse de vista gritei:

— Como se isso fosse dever deles e não seu!

Bufei e subi as escadas correndo, para finalmente me trancar sozinho em meu quarto ainda com a cabeça latejando de dor.

Eu realmente iria para aquele inferno de fim do mundo.

❥...

Fim do primeiro capítulo.

Os capítulos a maioria vai ser nesse tamanho. Esse ficou com 1.8k de palavras. É minha primeira fic então to meio insegura quanto, não gosto de mendigar mas pelo menos nesse cap se gostarem deem uma estrelinha para me incentivar e me deixar saber se estão gostando.

Totalmente aberta para críticas construtivas. Perdão qualquer erro é que ainda não está revisado. Um bj até o próximo...

June 17, 2021, 7:26 p.m. 0 Report Embed Follow story
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