rm1922 Rodrigo Martins

Quantos mistérios pode guardar o Rio Antigo? Quanto do mundo antigo existe no Rio de Janeiro, em suas ruas estreitas, escuras, de pedra? É o que Amadeu descobrirá na busca pelo presente perfeito para sua amada Olívia. O Arco do Teles é um terror psicológico ambientado no Rio de Janeiro antigo, que retrata por um ângulo incomum lugares ainda encontrados e passeia por referências de clássicos da literatura universal. Atravesse o arco que separa você desta história e a conheça pelo lado de dentro. Se puder.


Horror Gothic horror All public.

#terror #terror-psicológico #rio-de-janeiro #Rio-Antigo #amordecinema
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O Arco do Teles


Não seria uma chuva de verão que me impediria! Custasse o que custasse eu ia conseguir, isso era claro para mim como o sol que nasce todo dia. A certeza vinha de todos os percalços enfrentados. E se conseguimos a vitória afinal, apesar das insólitas dificuldades, o que nos impediria de continuarmos nossa história?

Nada!, disse batendo no peito enquanto fechava a porta e me dirigia pelo corredor úmido. Nem aquelas paredes de tinta descascada tirariam a minha felicidade. Nem o caminho escuro com lâmpadas que falhavam a todo instante, nem a poeira acumulada no local.

Desci correndo a escada de degraus de mármore segurando o chapéu, enquanto o paletó se debatia contra o súbito movimento. Tive alguma dificuldade em abrir a fechadura grande e enferrujada, e finalmente deixava a velha pensão para trás.

Uma ruela me levou à rua do Ouvidor. Como era gratificante estar ali, no coração da moda, do requinte e de todo o luxo que o Rio de Janeiro podia sustentar. Ah, as essências das perfumarias inundavam o ambiente, os chapéus das moças balouçavam com seus andares felinos. Nem mesmo a chuva, que ia e vinha, desabando seu tropéu, tirava a beleza daquele lugar.

As lojas de tecidos, com seus vendedores jovens e magricelas à frente de seus patrões, estrangeiros bigodudos, conferiam o colorido do que a rua do Ouvidor era feita. Respeitáveis senhores empunhavam orgulhosos seus charutos ao lado de suas jovens damas, de lábios tão vermelhos quanto o melhor dos pecados. Escolhiam elas os tecidos que usariam nos funerais dos velhos?

Como era bom ter a certeza de que jamais passaria por isso. Não com Olívia, não com a bela Olívia dos olhos encantadores. Eram os olhos que sabiam encontrar e escavar o amor no mais profundo do ser, no canto mais obscuro e improvável do coração. Ah, doce Olívia, não paira um arrependimento em meu ardente peito.

Um quarteirão depois, um sujeito barrigudo e baixinho, cujo bigode lhe parecia maior que a cara, me chamou com as mãos. Endireitei a gola da camisa e atravessei a rua. Mirei-o de cima a baixo. Mais parecia o tártaro de O retrato, de Gogol. Os olhos puxados levemente para cima com um cinzel, a expressão impassível e faceira a um só tempo.

— Tenho algo para você — disse ele com dificuldade num sotaque horrível. — É para o dia de hoje.

Inclinei o chapéu para frente e espremi os sobrolhos. Estendi a mão aberta a ele. Um tênue sorriso se desenhou em sua face redonda e amarelada. Balançou a cabeça em negativa.

— O dinheiro primeiro. É para sua garota.

Ouvir tais palavras fez meu coração gelar. Como ele podia saber? Como ele sabia que presentes convencionais não serviam para a minha eleita?

Resolvi blefar com o suposto tártaro.

— Que garantias terei de que ela gostará?

— Não serve para mais nenhuma outra — disse ele ainda sorrindo.

Sorri de volta e ficamos ali, parados como dois idiotas na rua do Ouvidor, pechinchando alguma relíquia soterrada pelo peso do tempo. De certa forma isso me fez lembrar do meu velho amigo professor Diamantino — que Deus, ou o diabo, o tenha —. Então meu sorriso aumentou. E o sujeito pôs de fora os horríveis dentes de roedor.

Dois tratantes se reconhecem sempre.

— Me dê uma pista — disse eu.

Ele chacoalhou a cabeça em negativa.

— Sem uma pista o negócio é impossível — prossegui.

— Ela poderá ver.

Iniciei um repentino sorriso, pela pilhéria, que se perdeu em algum lugar dos meus tensos pensamentos. Que droga de pista era essa? O que ela poderia ver? Perguntar seria inútil, já que o tártaro me dera a única pista.

Esquivei-me, negando o que ouvira, para ele e para mim. Fechei o paletó e saí dali. Sequer ousei olhar para trás. Continuei pela rua do Ouvidor e nem mesmo todo o encanto dos artigos ali dispostos foram capazes de atrair minha atenção.

Um garoto engraxate tentou com insistência lustrar meus sapatos. Devo ter feito uma expressão furiosa, pela forma como ele correu abandonando a caixa e segurando o escovão com força.

Meu destino era a conhecida Pharmácia Granadina. Era certo que ali encontraria algo digno de minha Olívia. Não precisávamos de um rato vindo dos confins do velho continente.

E que esplendor estar de volta debaixo de seus lustres, tão belos quanto pináculos invertidos. Os relevos do teto, com suas curvas simétricas, os arabescos que se desmanchavam em flores de argamassa, tão bem trabalhados que mais pareciam uma vida que desabrochava do inanimado!

Beleza! Esplendor! Magnanimidade! Que Corredor Vasariano podia lhe competir em instigar a devoção dos olhos? O tínhamos bem aqui no Rio de Janeiro. O que era Florença se comparado?

Nada!

Havia ali um sabonete de fabricação própria, em formato de ank, a cruz ansata dos egípcios antigos. A respeito de tal sabonete rezava a lenda noturna da cidade que em um deles havia um escaravelho taxidermizado. As más línguas diziam que datava do período pré-dinástico egípcio, mas a importância de se encontrar tal escaravelho era a longevidade além do aceitável.

Fato que este era uma dádiva dos céus para quem o encontrasse em meio a tantos produtos da botica, afinal baratos não eram. Quanto a nós, não nos importávamos com isso. Havíamos aprendido com Shakespeare que só os tolos desejam viver para sempre.

Saí da Pharmácia Granadina. Meus caminhos me levariam ao Arco do Teles.

Ali também havia uma lenda, a de que uma bruxa se banhava com sangue de criança. É até possível que tivesse realizado tamanha hediondez, mas bruxa não era. Certamente só mais uma prostituta louca e amargurada pelo peso da idade.

Mas a lenda atraía todo o tipo de gente, de supersticiosos infames a inconsequentes curiosos. E um deles, uma certa Madame Malika, deixara cair algo valioso. Tratava-se de um pingente datado da Suméria: uma leoa com cabeça de mulher.

Dizia-se que ainda estava sob os arcos, mas que não havia quem tivesse olhos para vê-lo, nem coragem para levá-lo. O pingente traria eterna beleza para quem o possuísse. Seria um ótimo presente, mas não para nós.


E que sensação sinistra caminhar por baixo daquele arco de pedra, grosso, antigo, por ruelas labirínticas saídas do leito de algum Lete e que levariam diretamente ao inferno. Um súbito arrepio percorreu-me a espinha, lufadas de vento sacudiam o paletó. O terror que se instalava em mim era frio e me humilhava. Sim, me humilhava porque ainda era dia ainda, mas o macabro arco assomava com invisíveis olhos vivos, por todos os lados.

Era por isso que ninguém encontrava o pingente da bruxa? E mesmo alguém como Madame Malika o houvera perdido? Olhos para ver, diziam os mendigos bêbados ou já enfermos pelo frio cortante do Arco do Teles, que os prendia ali, com correntes impalpáveis, das quais não se podia libertar sem que a vontade fosse maior que o ferro e o fogo.

Mesmo com frio e medo, meus olhos vararam o chão em busca da miniatura da mulher-leoa. Mesmo a vista embaçada pelo terror eu via os mendigos, maltrapilhos, feito espectros presos numa realidade além do tempo. Ou seriam fantasmas de outras épocas presos numa busca incessante por algo que nem eles mesmos, com os olhos do espírito, não o podiam ver.

Cambaleei pelas ruas de paralelepípedos, como um bêbado, nauseabundo, uma mera sombra do homem que já fui. Uma fina chuva caiu. Uma chuva de constância inquietante, embaçando aquele mundo particular dentro do mundo conhecido.

Somente quando as gotas escorreram pelo rosto, percebi que havia perdido ali, naquele limbo real, o chapéu comprado em Montevideo. Busquei o abrigo de marquises rebentadas, corroídas talvez pelo peso de suportar ali eventos além do tempo e do espaço, ou guerras entre criaturas de outros ciclos de existência.

Mas então o maldito tártaro estava ali. Numa esquina, recostado a uma fachada, alisando a grande barriga com uma mão e os bigodes hediondos com a outra. Percebendo meus olhares, voltou a cabeça e sorriu. Chamou-me com a mão, como da outra vez.

Cambaleei até ele, como me era impossível negar qualquer inclinação sua.

Ele me estendeu um bauzinho de madeira clara. Fiz menção de tocar, e o tártaro me respondeu com um leve tapa repreensivo.

— Não será você quem encontrará a leoa-mulher — disse ele.

— Mulher-leoa —corrigi.

O tártaro expandiu o sorriso no rosto bruto e largo.

— Leoa-mulher. Está completamente entorpecido.

Fiz um enorme esforço para me ver livre da segurança da parede. Vociferei:

— Eu quero!

Devo ter chamado a atenção das outras almas imersas ali, no mundo parado que havia dentro do Arco do Teles, pois voltaram para nós suas cabeças repletas de chagas.

O tártaro só balançava a cabeça.

— O dinheiro primeiro.

Como uma criança contrariada, porém obediente, enfiei a mão pelos bolsos e tirei de lá todas as notas que trazia comigo. Depositei tudo nas mãos ásperas do tártaro.

Paciente, ele contou, recontou, separou um bolo de notas, guardou a menor parte, entregando-me a maior.

Estava eu completamente sem ação. Não havia mais vontade, ego ou memórias ou desejos. Somente o peso do tempo pairava sobre mim, esmagava-me como era impossível suportar.

O tártaro enfiou as notas num dos bolsos de meu paletó. Já o bauzinho, acomodou com cuidado no bolso interno.

— Siga o fogo-fátuo — disse ele, e apontou uma direção.

Sem qualquer questionamento, meu pescoço se inclinou à esquina oposta. Uma chama azul metálica dançava qual uma bailarina de cancã. Até mesmo a música eu podia ouvir, vinda da névoa que permeava o ambiente ou dos abismos dentro de mim.

Obedeci.

Espíritos imundos ou mendigos puxavam-me pelo paletó, mostravam-me seus dentes podres, olhos de órbitas vazias. Apenas o poder da chama me arrastava para fora dali.

O peso de uma tonelada se desfez a pouco e pouco, conforme meus pés me levavam para a passagem além do arco. E a cada passo eu me tinha de volta, de volta a mim mesmo. Eu, Amadeu, o Amadeu do coração ardente.

Então não pude resistir à curiosidade que vibrava em mim. Abri o bauzinho. Lá dentro, dois pincenês ornados em ouro e prata, cravejados por pequeninas esmeraldas. Certamente a peça valia mais que o cobrado.

Por que o tártaro o vendera por tão pouco?

Foi quando a reminiscência de uma frase se propagou pela minha mente. De onde viera jamais o pude saber, mas a ouvia com a voz do tártaro.

“Olhos para ver, para que a mulher de plástico contemple a seu amado, por toda a eternidade.”

Fechei os olhos feliz, sorri. Em breve estaria de volta aos braços de minha amada Olívia.



Olá, fico feliz que tenha chegado até aqui, caro leitor. Em primeiro lugar agradeço pela leitura. E se você gostou, deixe um like. É importante para manter as histórias que gosta sempre em destaque. Se tem algo a dizer sobre O Arco do Teles, faça um comentário. Adorarei lê-lo e responderei o mais rápido possível.

O Arco do Teles nasceu de um desafio de escrita da própria plataforma, o #amordecinema. Ficamos em segundo lugar.

E já que está por aqui, convido-o a conhecer outro livro meu, aqui mesmo no Inkspired: O Castelo das Águas é uma Fantasia Sombria que narra uma aventura da maga da água Ariadne no reino de Ariel. É a primeira história de uma série que trará 5 protagonistas pelo sombrio mundo de A Era de Ysdaryah. Deixo aqui embaixo um banner bacaninha para te convencer a ir lá dar uma olhadinha. Tenho certeza de que você vai se apaixonar por essa heroína um tanto incomum.



O Castelo das Águas está te esperando. Você vem?


https://getinkspired.com/pt/story/138192/o-castelo-das-aguas/




June 15, 2021, 10:55 p.m. 17 Report Embed Follow story
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The End

Meet the author

Rodrigo Martins Autor de Katanas da Caatinga, livro de fantasia nacional escrito em parceria. Atualmente trabalho em uma série de fantasia sombria, que um dos trabalhos estará aqui em breve.

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Olá, Rodrigo Martins! Primeiramente, gostaríamos de agradecer a sua participação no #amordecinema! Ter vocês, autores, nos apoiando com suas histórias incríveis e participando ativamente deste desafio nos deixou realmente felizes. Ao ler O Arco de Teles é impossível não se lembrar da frase “Que matem os infiéis, os turcos e os tártaros”, escrita por Gogol, em principal quando o nome tártaro aparece pela primeira vez e contemplamos a compreensão de estarmos presenciando um terror crescente e tímido. Assim como em O Retrato, de Gogol, quando prestamos atenção nos acontecimentos do seu conto, percebemos a semelhança da percepção de estar presenciando algo que é real e ao mesmo tempo puro pesadelo. Acredito que diante desses apontamentos você já consiga perceber mais ou menos o quanto nos impressionou, certo? Referente ao tema, precisamos dizer o quanto amamos o que você trouxe para nós! De forma sutil você abordou não só o tema que pedimos, mas lendas e afins, ficou simplesmente fantástico o terror sutil que foi colocado em cada parágrafo, com dicas sucintas do que estava acontecendo, e a cereja do bolo foi o final, onde infelizmente ele não mais encontraria sua amada, já que teve um fim trágico! Simplesmente sensacional e uma sacada genial. Adoramos demais. O que mais nos deixou intrigados foi acompanhar a cidade e tudo o que as vielas tinham a oferecer. Pudemos passear pelo Rio antigo através dos olhos perceptivos, mas não cansativos do seu personagem. Ele nos entregou uma riqueza de detalhes que foi especial e que vai ficar guardada nos nossos corações. O que deu um toque todo especial quando ele cruzou o Arco. E não podemos deixar de falar sobre o Amadeu, claro. Ele estava em busca do presente perfeito pro amor dele? Claro, sem dúvidas foi um ponto especial, mas o que realmente nos chamou atenção nele foi a devoção misturada com a ganância e ambição. A que ponto o amor e devoção dele por Olívia deu lugar ao orgulho e ambição que o levaram a seguir sem pensar, deixando de lado todo o perigo que os olhos dele viam, mas que ele preferiu ignorar? E ainda pensando sobre isso e sobre a referência a Gogol, teria Amadeu sucumbido a algum tipo de loucura? Ah, e também devemos falar sobre o tártaro, claro. Apesar de não sabermos muito dele, quando o Amadeu o compara com o tártaro da obra de Gogol logo uma imagem se forma nas nossas cabeças. Fica bem nítido também o quanto Amadeu faria tudo que fosse necessário para encontrar o presente ideal para Olivia, dando a sensação de que em um suposto acontecimento onde ele perceberia o que de fato ocorreu, em momento algum ele culparia ela do ocorrido. A admiração e o quanto ele a venerava provavelmente seria o suficiente por 10 vidas. Com relação à sua gramática e ortografia, queremos parabenizá-lo pelo trabalho incrível. Uma boa obra é sempre uma boa obra, mas uma obra com a gramática bem trabalhada e uma boa escolha de palavras é uma coisa totalmente diferente, nos prende e nos acolhe, e foi o que seu conto fez conosco. Queremos apontar apenas uma parte onde está escrito “ainda era dia ainda”, que deve ter passado despercebido. No mais, gostaríamos de agradecer de coração pelo tempo que você tirou para participar do desafio, para nós é importante ver que nossos esforços são retribuídos com histórias incríveis e com pessoas que se comprometem com a proposta do edital. Foi um prazer imenso ter uma história como a sua participando! Obrigada pela sua participação, foi muito bom poder contar com você neste desafio e esperamos poder vê-lo em outros. Os resultados serão divulgados em breve nas nossas mídias sociais. Fique de olho e boa sorte!
June 19, 2021, 14:20

  • Rodrigo Martins Rodrigo Martins
    Inkspired Brasil, muito obrigado, de coração. Nem esperava receber qualquer feedback da plataforma. Você foi no ponto. Para esse conto queria lanças algumas referências aos clássicos da literatura universal, principalmente voltado para o horror gótico. Quando pintou o desafio, vi uma chance de botar essa história para fora. E com certeza nos veremos nos próximos. ;) June 19, 2021, 17:34
  • Rodrigo Martins Rodrigo Martins
    E a repetição só vi depois que publiquei, aí preferi deixar para mexer após o desafio. Muito obrigado. June 19, 2021, 17:35
Izzy Hagamenon Izzy Hagamenon
Olá, Rodrigo! Eu fiquei chocadaaaa! Quando terminei a história, percebi que não tinha entendido tudo que se passou com o cara, quando li pela segunda vez eu fiquei encantada com todos os detalhes. Está de parabéns!
June 19, 2021, 01:52

  • Rodrigo Martins Rodrigo Martins
    O perigo sempre mora nos detalhes. Muito obrigado, Izzy. Feliz aqui. June 19, 2021, 17:30
Ursula Lieselotte SanDaniels Ursula Lieselotte SanDaniels
Estou sem palavras! É muito surpreendente este conto, pareceu-me uma quebra de expectativa, super diferente! Está de parabéns, com certeza ganhou!!
June 18, 2021, 13:05

  • Rodrigo Martins Rodrigo Martins
    Valeu, Ursula. Fico feliz por ter surpreendido vocês. Foi um pouco no susto por conta das outras atividades, incluindo meu projeto principal. June 18, 2021, 15:29
Franky  Ashcar Franky Ashcar
Nossa que surpresa deliciosa esse conto, no meio a tantas histórias doces e maravilhosas que esse desafio trouxe, veio está tão maravilhosa quanto, mas aterrorizante e bem escrita. Amei cada linha, e simplesmente se tornou minha preferida! Parabéns! 😘😘😘😘😘😘
June 18, 2021, 12:32

  • Rodrigo Martins Rodrigo Martins
    Muito obrigado, Verônica. Não tenho mão para escrever romance, então o jeito foi seguir na linha que já escrevo. June 18, 2021, 15:26
NíngYì Mèng NíngYì Mèng
Eu estou... sem palavras. Completamente impecável em todos os aspectos. Ambientação, escrita, enredo, ideia, a linha tênue entre o suspense e o terror. Tudo. Eu amei muito e achei algo único, parabéns por criar algo assim! <3
June 17, 2021, 13:16

  • Rodrigo Martins Rodrigo Martins
    Muito obrigado, Níng Yì Mèng. A ideia era essa mesmo de fazer a narrativa ir mudando de tônus conforme se aprofundava. June 17, 2021, 21:51
Karimy Lubarino Karimy Lubarino
Olá, Rodrigo! Tudo bem? Caramba, eu simplesmente amei sua história. Adorei como você mostrou as coisas através dos olhos do Amadeu e, principalmente, fiquei encantada com a forma como você conduziu esse terror de forma tão suave. Só percebi de verdade o que estava acontecendo quando o nome tártaro apareceu pela primeira vez e mesmo assim precisei ficar ligada na situação toda. Ah, cara, algo me diz que a Olívia nem vai ter sinal do Amadeu mais na vida dela.
June 16, 2021, 15:23

  • Rodrigo Martins Rodrigo Martins
    Muito obrigado, Karimy. Pensei nessa história muito de improviso, como estou dando prioridade a um projeto de fantasia sombria, que é meu carro chefe. Fico feliz que você tenha gostado. O tártaro só apareceu mesmo pela referência ao Gogol. June 16, 2021, 22:52
Artemísia Jackson Artemísia Jackson
Escrita impecável, o clima de suspense e terror muito bem trabalhado e as descrições de cenário muito boas, e essa paixão de Amadeu também é muito interessante. Parabéns pelo conto, e obrigada por essa obra de arte 🖤
June 16, 2021, 14:03

  • Rodrigo Martins Rodrigo Martins
    Muito obrigado, Artemísia Jackson, de coração. Acho que a ambientação é importante para comunicação da história com o leitor. Sempre que posso, invisto nisso, mas sem ser excessos. Ah, e tenho uma personagem também chamada Artemísia. É o meu xodó. June 16, 2021, 23:44
Ruana Aretha Ruana Aretha
Apreciei bastante o tem tom ameno de horror sútil na história e a busca do personagem para encontrar o presente da amada Olívia, a descrição dos lugares e como o protagonista agiu estão muito bem traçados, fora a tua personalidade que é muito evidente pelas tuas características na escrita. Obrigada pela história!
June 16, 2021, 12:40

  • Rodrigo Martins Rodrigo Martins
    Muito obrigado, Ruana Aretha. O Rio Antigo é cheio de presença, muito da arquitetura parece saltar, convidar à épocas passadas. O Amadeu sintetiza isso, talvez tenha nascido dessas observações. June 16, 2021, 23:49
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