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Três homens marcaram a vida de Sakura Haruno. Cada um a fez feliz de uma forma, mas para seguir em frente ela precisava de respostas para as suas cartas. Será que ela conseguirá?


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Do começo até aqui

Eu, Sakura Haruno, estou prestes a me casar. Sim, eu me dediquei e me tornei uma shinobi de respeito e encontrei a alma gêmea que sempre desejei. É claro que não foi do dia para a noite, mas essa pessoa me fez perceber que eu não precisava procurar muito longe, pois ela sempre esteve ao meu lado. Foi surpreendente quando me dei conta disso.

Pensando sobre tudo o que aconteceu em minha vida até o instante do meu casamento, resolvi escrever três cartas para os três homens da minha vida pois eles me marcaram, cada um de uma forma e eu jamais poderia me casar sem fazer isso.

É claro que havia anos desde que fiquei com essas pessoas e nunca mais nos vimos, mas a amizade sempre esteve acima de qualquer coisa para mim, então eu esperava que eles lessem as cartas com carinho. Memorizei cada palavra escrita em cada carta, com a certeza de que eles as achassem tão especiais quanto eu.

Bom, talvez isso pudesse surpreender a todos — inclusive a vocês —, mas eu e Naruto ficamos em uma noite após um lanche que fizemos. Não me lembro realmente o motivo, mas tive muita vontade de beijá-lo e ele parecia estar do mesmo jeito. Não poderia pôr em palavras, mas o beijo dele foi diferente de tudo o que eu já havia provado. Ele era quente, sensual, um pouco sem jeito, mas muito romântico. Seus lábios eram tão macios, eu jamais poderia ter querido outra coisa em minha vida e jamais me arrependi de termos nos beijado.

Após algum tempo, nos separamos e percebi que estávamos corados; rimos e calmamente iniciamos mais outro beijo e então, vários outros vieram. Ficamos inúmeras vezes, mas eu tinha muito medo de me apegar. Sei lá, não parecia que tínhamos sido feitos um para o outro, não sei porque eu sentia isso, mas era a verdade.

Resultado: terminei por deixá-lo. Não paramos de ser amigos, mas passei a evitá-lo e ele nunca entendeu o motivo. Bom, eu precisava ser mais clara? Além de não nos encaixarmos para ter uma vida juntos, eu era uma covarde que não se conhecia, que não sabia nada sobre sentimentos e que fazia o que dava na telha. Eu nunca quis machucar o Naruto, mas a impulsividade de ter seus lábios nos meus me fez cometer essa burrada.

Eu realmente havia gostado de ter seus lábios para mim, nada no mundo me faria voltar atrás ou apagar aqueles acontecimentos onde nossas bocas grudaram-se e nossas línguas se tocaram sem a mínima sutileza.

Assim que me afastei de Naruto, passei algum tempo sozinha e me aproximei muito de Sasuke, a minha grande paixão da infância. Ele nunca havia sentido nada por mim além de desprezo e irritação — e eu sabia bem o motivo, eu era um saco mesmo —, mas algo se modificou durante o tempo em que eu não estive com ele. Não sei, ele parecia tão solitário, mais do que o normal, e em uma noite após jantarmos conversamos um pouco e acabou rolando de ficarmos. O meu coração foi a mil, pois nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar que Sasuke Uchiha estava a fim de mim. Conheço alguém que ficou uma fera quando soube, mas isso não importava mais.

Eu estava carente, ele também, e logo um beijo virou mais um, que virou outro, e terminamos na cama. Sim, eu e Sasuke transamos. Foi tão incrível, diferente de tudo o que a minha cabecinha infantil pensava sobre o amor e o corpo de outra pessoa, eu nem tive palavras para descrever aquele momento. Sasuke podia ser feroz nas batalhas e um tanto ríspido no dia-a-dia para lidar com as pessoas, mas comigo ele foi mais do que um amor. Ele foi um verdadeiro príncipe. Não me permitiu sentir dor, se preocupou até o último instante e me cuidou como ninguém. Dormimos nus, abraçados, com direito a minha mente relembrando tudo o que aconteceu até mesmo em minha inconsciência, nos sonhos.

Acordei com um pouco de dor em minhas partes íntimas, pois era muito apertada ainda, e novamente Sasuke se ofereceu para me cuidar, me deixando envergonhada e me fazendo sentir especial como nunca. É claro que eu jamais pensei que chegaríamos a esses extremos, mas infelizmente foi aquela única vez. Comemos algo e com um beijo nos despedimos e voltei para casa pensativa, abalada, emocionalmente destruída pois eu não tinha esquecido o Naruto, mas definitivamente não podíamos estar juntos. E Sasuke nunca seria a pessoa que eu procurava, por mais apaixonada que eu fosse por ele.

Nós também não nos encaixávamos, eu não o sentia apaixonado por mim, só aconteceu e foi o suficiente para guardar aquelas sensações em meu coração. Foi com Sasuke a minha primeira vez e esse tipo de coisa se guarda e relembra, não se coloca num pote e esquece, claro que não. Foi um momento inesquecível, pois não rolou mais, nem beijos e nem transas. Ele não veio atrás de mim e eu também não fui ao encontro dele, ficou tudo como estava. Não posso ser hipócrita, fiquei bastante triste pois ele foi o meu primeiro amor, mas talvez fosse o melhor a ser feito.

E eu estava sendo a covarde de sempre, mas dessa vez com a ajuda de Sasuke, pois quem sabe se ele houvesse ido atrás de mim eu permanecesse com ele? Eu nunca saberei realmente, pois esse encontro nunca aconteceu.

Passei longos dias, talvez semanas, em casa me recuperando de tudo o que aconteceu, fechando as feridas provocadas pelo meu desejo, até que um dia se tornou insuportável me manter trancafiada e saí pelas ruas da vila. Vi diversas pessoas que conhecia, mas não queria falar com ninguém, só queria abraçar a minha dor longe de casa, até que avistei Lee mais adiante, conversando animadamente com duas pessoas enquanto bebia algo que eu não fazia ideia do que era.

Ri do seu jeitinho engraçado de falar, até que ele me notou e me chamou. Eu aceitei, precisava de um amigo, de conforto, de coisas novas para conversar, talvez assim eu esquecesse das minhas dores. Lee sempre nutriu algo por mim, algo que eu mesma não entendia, pois não convivíamos tão diretamente, mas parecia ser importante e especial para ele. Pedimos alguns drinks e ele me amoleceu com suas palavras bonitas ditas de forma sedutora, então terminamos por nos beijar. Rock Lee sabia beijar e dominar, em poucos minutos estávamos nos amassos, mas não perdurou por muito tempo.

Não que eu não o achasse interessante e bonito, ele era carismático até demais, mas não estava pronta para me entregar a outro homem, não quando havia acabado de perder a virgindade. A minha cabeça andava confusa por muitos sentimentos e eu não queria magoá-lo, então gentilmente terminamos os beijos e, mesmo corada, sugeri tomarmos a saideira. Queria que ele encontrasse em mim uma amiga, uma confidente, alguém que sempre estaria ali para ele, mas não da forma que ele poderia estar pensando.

Senti a tristeza em seu olhar quando nos despedimos, mas Lee era uma daquelas pessoas tão incríveis que simplesmente não se dá para ter um relacionamento. Ele era um amigo muito querido e eu não queria acabar com a nossa amizade saudável.

De todos os três com quem fiquei, não houve um preferido, cada um me marcou à sua maneira. Após essa experiência, fiquei ainda mais confusa e acabei por fazer algo que jamais pensei na vida: pedir ajuda. Eu poderia pedir ajuda a qualquer pessoa, mas naquele momento apenas um nome veio à minha mente: Ino.

Ino Yamanaka era a minha melhor amiga de infância e durante a nossa trajetória como shinobis, passamos a maior parte do tempo brigando e rivalizando, até mesmo por Sasuke que, como sabemos, eu ganhei. Mas aquilo não importava mais. Eu só queria um ombro amigo, alguém que mesmo com tantas diferenças fosse parecido comigo, que não me julgasse pelas coisas que fiz.

Cheguei em sua casa completamente destruída, sem saber quem eu era e ao invés de me julgar, reclamar e rir de mim, Ino apenas me acolheu em seus braços e me permitiu desabar de uma vez. Chorei todas as lágrimas que consegui, precisava extravasar aqueles sentimentos ou não suportaria viver. Ela permitiu que eu ficasse em sua casa o tempo que precisasse e agradeci, não estava com cabeça para ficar sozinha.

Com o passar dos dias, percebi que gostava mais de Ino do que eu pensava. Havíamos tido uma rivalidade por conta de Sasuke no passado, sempre competindo pela atenção dele, mas curiosamente me senti bem como nunca. Estava apreciando estar ao lado dela e passamos a maior parte do tempo conversando, treinando, lendo, escrevendo e enfim vivendo. Um pouco da tristeza do meu coração passou, mas me sentia vazia.

“— Você sempre foi tão intensa, Sakura... É por isso que sofre.” — Sorriu ela, em uma de nossas muitas conversas. “Não há alguém disposto a ser preenchido pela sua imensidão.”

Ao ouvir aquilo, os meus olhos se arregalaram. Nunca tinha escutado tal coisa tão profunda, e não sabia como Ino havia conseguido penetrar em meu coração. Sim, eu possuía a consciência de que era intensa, ainda mais sobre a minha própria vida, meus sentimentos e coisas que pensava. Eu sempre sofri por todas as situações, sem exceção, e ver que alguém me enxergava como eu era me emocionou.

Depois daquilo, a olhei fixamente, me perdendo em seus olhos tão claros.

“— E você, Ino? Alguém já te preencheu na vida?” — E a vi ficar sem palavras diante da minha pergunta.

Não falei mais nada, somente colei meus lábios nos dela. A princípio, o susto tomou conta de Ino, mas ela logo me correspondeu e nosso beijo se aprofundou. Calmamente, nada forçado ou apressado. Nos conhecemos mais e foi maravilhoso.

Nunca pensei que eu e Ino nos apaixonaríamos, mas depois daquele beijo muitos outros vieram e não conseguimos nos desgrudar. Ela me entendia e eu a ela, eu não precisava de mais nada. Bom, talvez precisasse sim. Eu precisava das respostas daquelas cartas que mandei. Eu havia convidado Naruto, Sasuke e Lee como meus padrinhos e precisava saber o que queriam, o que achavam, o que aconteceria. Aqueles homens marcaram a minha vida antes de Ino e por isso eram importantes para mim. Eles me fizeram descobrir quem eu era e o que eu precisava.

Eu e Ino ficamos por muitos dias, namoramos, logo após veio o noivado e o dia do nosso casamento. Apesar de feliz, eu estava nervosa; nervosa por subir ao altar com a mulher da minha vida e por medo deles não aparecerem. Eu não suportaria. Queria a presença deles mais do que nunca.

Só assim eu poderia seguir em frente da forma que desejava.

Aug. 6, 2020, 11:41 p.m. 0 Report Embed Follow story
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