O que você mudaria em seu passado?
Estava ainda escuro quando Chloe acordou e retornou a dormir em seu quarto completamente rosa, os lençóis brancos estavam revirados como se a noite tivesse sido de pesadelos aterrorizantes, os móveis de madeira grossa avermelhada estavam no mesmo lugar e ainda reluzia o brilho de objetos recém comprados que não aparentavam ser herdado de sua falecida avó, tudo estava perfeitamente em seu lugar, como o enorme espelho colocado na parede, bem ao lado da penteadeira da mesma madeira vermelha dos outros móveis, ficando a exata esquerda do espelho e o guarda roupa a direta, assim a cama antiga fica de costas para a janela de cortinas brancas e ao lado da porta de madeira pintada de branco, Chloe ainda dormia e seu rosto estava em direção a sua santa de manto azul que estava sobre o criado mudo do lado direito da cama, a jovem estava a sonhar com sua familia feliz.
Seu pai estava na mesa de jantar e sua mãe sorria tocando a mão do marido, o frango com quiabo da vovó estava saboroso e o doce de leite da mamãe estava perfeito, o cachorro percorria a casa e sua avó estava sorrindo e a abraçava, tudo estava como sempre deveria ser. Mas como todo sonho uma hora ele deve terminar.
Era exatamente 5h:00min. da manhã, o sol tentava sair e no calendário azul colado a porta da geladeira branca estava marcado dia 15 do mês de maio de 2009, Chloe acordara com o alarme do despertador que fazia um barulho como de um sino em uma bicicleta descontrolada num caminho de pedregulhos, a jovem abre os seus olhos na cor verde-água e tenta lembrar-se de tudo que ocorreu em seu sonho, mas o chiar da chaleira avisando que o café já estava pronto tirou seu foco e na sua mente o sonho se camufla com imagens borradas do passado esquecido, a jovem desce da cama e coloca seus pés sobre uma chinela de dedo na cor azul-água, ela boceja e seus lábios rosados estão secos e um tanto rachados por falta d'água na escura noite que se passou, Chloe entra em seu banheiro estreito e escova seu dentre, a escova acaba esbarrando em baixo da lingua como sempre a desastrada da Chloe faz acontecer e logo o pequeno rasgo se torna visível aos olhos que apenas enxergam pequenas gotículas de sangue na fenda, a jovem fica sobre o ralo e liga o chuveiro com água morna, o cabelo negro da jovem fica gracioso quando molhado, a pele branca e sardenta fica rosada com suavidade, ela puxa a toalha branca dos ganchos de metal e abre a porta do banheiro branco com cerâmica apenas no piso, Chloe olha o vaso e a pia preta para certificar-se que não deixou nada para evitar os sermões de sua mãe, uma brisa fria bate em seu corpo a fazendo sentir frio e os pelos de seus braços ficam arrepiados, rapidamente a jovem corre em direção ao seu quarto e cruzando o corredor ela vai, Chloe fecha a porta com força fazendo sua mãe ouvir da cozinha, a moça respira fundo e abre o guarda roupa e observa um casaco preto, uma saia que fica na altura do joelho na cor preta com linhas vermelhas na horizontal, uma camisa social branca e um sapato preto reluzente, a jovem garota então os coloca sobre a sua cama que ela ainda não arrumou.
- Essa roupa é mais triste que uma mortalha!-- ela faz cara feia, mas usa mesmo assim -- quando uso essa roupa de costuras mal feitas me sinto como se estivesse a caminho de um enterro!
-Chloe? -- pergunta sua mãe falando alto segurando uma frigideira preta com dois ovos mexidos. -- Você já acordou? -- Ela ouve um grito de sua filha e um sorriso no canto na boca da jovem mãe toma conta de seu dia. -- Chloe! Filha depois que se arrumar vem aqui quero falar com você antes de ir ao trabalho!
- Já vou Deborah!-- Chloe grita de seu quarto.
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