Esquadrão da Revisão Follow blog

embaixadabr Inkspired Brasil Os autores estão indecisos, escondidos, com medo: a Gramática os ameaça de todas as formas. É neste cenário caótico que um esquadrão se formou: soldados competentes em busca de justiça, recrutando mercenários para lutarem ao seu lado e, juntos, combaterem o Obscurantismo. Assim, o Esquadrão da Revisão ergue-se contra a tirania da Gramatica para submetê-la aos autores. Entender como funciona a gramática normativa é a base de qualquer escritor. Passar a ideia da cabeça para o papel de forma harmônica é a maior dificuldade de muitos literatos. Nós queremos, neste blog, mostrar a vocês que a gramática não é uma tirana; ela não passa de uma ferramenta que serve para ajudá-los. Juntem-se ao nosso esquadrão para desvendar os mistérios da Gramática e de suas normas.

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Parênteses e colchetes

Olá, pessoas! Tudo certo?

Hoje o assunto vai ser rápido e simples, então não precisa ficar tenso, hein!

Vamos começar com o uso dos parênteses. Você costuma usar esse recurso na hora de escrever suas histórias ou conhece algum autor que gosta de usá-lo? Bom, se você é fã de histórias de terror, já deve ter se lembrado do Stephen King, com certeza! Mas quando usar essas belezuras?

Vem comigo que você vai aprender agora!

Os parênteses podem ser usados para intercalar em um texto qualquer indicação com peso acessório — e que muitas vezes pode ser descartado. Eles assinalam um isolamento sintático e semântico, além de formar uma relação maior entre quem escreve e quem lê.


1. Os parênteses podem ser usados para dar uma explicação ou uma circunstância mencionada acidentalmente.

Ex.: Joana estava lá (tomando cerveja) na festa.


2. Uma reflexão ou comentário sobre o que é dito.

Ex.: Pedi que todos fechassem os olhos, pois (se fecharam) conseguiriam entender o que eu estava dizendo.


3. Uma observação emocional sobre algo.

Ex.: Lúcia estava sentada na escada da escola, lendo um livro com concentração total, e tinha um sorriso casto nos lábios (estava tão linda, que me senti hipnotizado!).


4. Eles também podem ser usados para isolar orações intercaladas com verbos declarativos.

Ex.: Onde você está (gritei com entusiasmo), sua louquinha da Silva?!


Viu só como não é difícil usar os parênteses? Você só precisa se atentar a alguns fatos e ter certeza de que não está colocando informações cruciais neles que deveriam estar fora deles.

E é importante dizer que, se houver uma frase completa dentro dos parênteses, ela deverá ser pontuada autonomamente. Se houver apenas uma pequena palavra ou informação, pontua-se apenas a frase principal onde essa informação está inserida (ou você pode usar outras pontuação, se preciso, como exclamação, reticências e/ou interrogação dentro do parênteses).


Dito isso, agora é importante que você entenda que as regras de uso dos colchetes não são tão diferentes das do parênteses, principalmente por estarem intimamente interligados por sua função discursiva. A diferença real é que você muitíssimo raramente vai ver os colchetes sendo usados em histórias. No entanto, não poderíamos deixar essa pontuação para trás só por isso, né!


1. Os colchetes podem ser usados para assinalar, em transcrições de textos alheios, observações próprias.

Obs..: quando você está escrevendo uma redação e precisa colocar nela a citação de algum autor, porém percebe ser necessário o acréscimo de algumas notas para que as frases se façam entendidas. Fica logo entendido que o que estiver dentro de colchetes são complementações e observações feitas por você, no entanto é sempre importante deixar isso claro em uma legenda.


2. Se você quiser isolar uma construção que já está separada por parêntesis.

Obs.: isso pode ser usado para acrescentar informações em uma referência bibliográfica que não conste da obra citada, por exemplo.


O uso de colchetes é bastante comum em trabalhos de filologia e linguística. Por exemplo, a transcrição fonética de uma palavra costuma ser colocada entre colchetes.

Viu só? Começamos e acabamos num piscar de olhos! Ufa, hein! Mas não fique tão sossegado assim. Respire fundo e se prepare, porque o nosso próximo texto não vai estar pra brincadeira!

Um abraço e até lá!


Texto por: Karimy


Referências:

  • CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Breve gramática do português contemporâneo. João Sá da Costa, abril de 1998
  • Bechara, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37.a Edição. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, Editora Lucerna, 2019.
Sept. 7, 2021, midnight 0 Report Embed 0

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