i try to be poetic in a lovely place where all my heretic seems to take face it's strange because i live amidst the conflict of good and the cause of this male addict

O que sou é o que somos Uma conjunção ou falta de sonhos Quarenta e seis cromossomos O que sou é o que fomos Corações brilhantes ou tristonhos Desejosos de seus próprios tronos O que sou é o que és Mesmo que sejas "um em dez" Pena vivermos apenas no convés O que sou é o que seremos Espectros de gente em céus serenos Porque a morte não oferece menos O que somos é o que sou Uma mente que se soltou Que seguiu o seu voo Em todos os corpos que tocou

— Deus está morto! — gritam de um lado. — Deus está vindo! — gritam do outro. Se estiver ou tiver sido morto, que seja. Se estiver vindo ou já aqui esteja, tendo em consideração o prospecto de sempre ter estado, que seja de igual modo. Há quem diz que, sem explicação, sabe que vem aí, o resto não sabe ou acha que sabe o contrário. Onde se chega? Nossas vidas já não são subjugadas por por qual lado gritamos, ou se nos calamos. Mas e se Ele observar?, alguns argumentam. — Deus está aqui!(?)

O amor faz o sábio Amor, esse, estranho De medo sem tamanho Só ele sabe-o

O Homem, agora menos miserável no que se refere a espírito, encarava suas mortes futuras pairando à sua frente no movimento das lâminas e engenhos de esmagar e incinerar. As batidas e guitarras ubíquas intensificavam-se em conjunto com as carnes revigoradas do Aventureiro, pronto para morrer, e nascer e morrer de novo, para nascer e vencer na sua nova vida de vontade e paixão superiores ás da última. O cubo metralhava-o com facas e dilacerava-o com eletricidade, mas aqui precisava ser o fim.

Aqui podemos ver e analisar um diligente catador de ensinamentos, mal correspondido por dúzias. Suas linhas oratórias são, às vezes, precisas, quando nota algum retorno, mas, mais usualmente arrastadas, devido a platônico interesse entre si e seus audientes. Estes são da idade da revolta contra a pureza, interior e exterior, por isso tanto desprezam implicitamente o seu transmissor de sabedorias em forma epistemológica. Eram os últimos dias, e as sabedorias abandonavam-nos a todos. Esvaíam-se.

Acabou, e de repente não se acabou, recomeça, e acabou, e de repente não se acabou, recomeça, e acabou, e de repente não se acabou, recomeça, e acabou, a guerra, mas não a regra.

Dizem que precisa conversar com um psicólogo pra ver se se conserta, mas não seria essa a solução e sabe-o muito bem. Compartilhar com alguém suas adversidades já faz parte da sua vida; não era porque o estaria fazendo com alguém que ansiava por retorno em papel de sustento, e que por isso se diria especializado, que teria sua vida de volta. Precisava de alguém que lhe desse atenção e incentivo, não por pena, preocupação, solidariedade ou papel, mas por amor. Mas tal é medicamento raro.

Sagrado lugar é o colo; sinônimo corrente de berço para filhos pequenos, almofada para cabeças fatigadas, suporte para itens quaisqueres quando os braços não bastam, entre outras locuções repetitivas. Estes dois elevaram, porém, ainda mais a sua virtude. Entrelaçaram-se no clássico encima e por debaixo, pernas aninhadas de modo a juntar os rostos ruborizados, os olhos úmidos e por fim as bocas sedentas; pra um, colo é também assento reservado de quem entoa: — Eu te amo. E de mãos dadas unem-se.

— Peca comigo — balbuciou, enquanto a saliva em fio os separava; os olhos encharcados de afeto. — Deus não perdoa isso. — Então condenas-te comigo? — doce ebriedade. A sedução do momento tornou-se eterna com o poder mal mensurado de uma escolha, optada involuntariamente por conta de desejo fulminante. De quem é a culpa?, alguém ainda se questiona, se apercebendo que certas chamas não se podem apagar porque naturalmente queimam assim; porque naturalmente se acendem assim, e alguém as desenhou.

Vejo-te aqui e ali, na cama e na cadeira, no sonho e na madeira, sem os olhos te tocarem. Imagino-te e desenho-te com carinho com os meus lápis e pincéis de produção de beleza fictícia. Determino mentalmente como cada sentido age ao entrar em contato com a tua saborosa mas angustiante falsidade; qual o sabor da tua voz, dos teus olhares, da tua vida em encontro com a minha. És perfeito e para além disso, mas também és inútil e para além disso. Não existes e nunca existirás. Deixa-me em paz.

Fosses existir na realidade, serias adorado, amado como celebridade, porque não há uma falha no teu ser, e humano não conhece tal parecer. Nem eu!, por isso vejo-te só com meu olho da mente, já que o meu olho em carne não me mente. Vejo-te porque não tenho boa verdade para ver. Tu não me vês de volta, mas isso pouco me importa. Não o farias de qualquer forma. Talvez estejas melhor como mentira, como o resto da minha vida, pois a verdade não dispõe de encanto como teu apreço. Não te mereço.

Seu corpo tornou-se uno à música. Cada sentido da letra ecoava no seu ser poético, dançando; cada unidade sonora de Dó a Dó maior pedrejava sem dó os seus membros, atiçando a dança; cada porção pertencente ao conjunto infinito de porções melódicas era um momento, de fato momentos do resto da sua vida, porque momentos como este não são de se repetir. Seu corpo falhou. O humano não foi feito para a música. Sua estrutura frágil não se deve movimentar em conjunto de orquestra trágica, pois quebrará.

— O FIM ESTÁ PRÓXIMO. — Verdade. Fim.

— O COMEÇO ESTÁ PRÓXIMO! — Mentira. Continua?

Numa civilização onde os olhos perderam a cor, podemos encontrar uma família — embora o termo não seja apropriado. Na casa em que vivem (termo também impróprio), telas coloridas ou não preenchem suas sobrevivências. O pai trabalha com o modelo duma casa numa tela; a mãe com as suas palavras digitais. O filho vê fantasias na tela maior com a irmã. O bebê pinta um carro através de inúmeros pixels. E assim passam seus dias, como mais outras muitas "famílias", trocando de telas de vez em quando. Só.

Perante eles, ele é um vulto. Ele é um espectro, uma ilusão, um borrão embaçado, uma mentira. No entanto, é ele quem observa e denuncia o caos que move este plano. É ele quem mostra aos visíveis a sabedoria que deveriam ter, do seu jeito próprio, seja com papel, máquina, engenho ou corpo. Ele sabe que um dia perecerá e isso não o assusta. O que mais o aterroriza é a concepção de que este dia chegará sem ele nunca ter sido visto como um membro da família de Adão, mas como vulto.

Por favor, me ama! Deixa esse retângulo fino e escuro de lado e me pega nos seus braços. Me agarra no seu colo e fala comigo, mexe no meu cabelo, faz cócegas na minha barriga, traz o trenzinho e brinca comigo. Eu não aguento mais olhar para aquele retângulo maior com bonecos falantes dentro dele! Quero você, você brinca mesmo comigo. Você me faz feliz de verdade! Eu derrubo e quebro se preciso esse maldito brinquedo seu. Só brinca comigo, por favor! Por favor, me ama, eu imploro!!

Boca ensanguentada; dentes derretidos; vômito no seu rosto; mas venceu o líquido viscoso. Também venceu-se.

Eles vêm e vão. Pairam sobre mim. Meu nome em suas vozes. "Por quê?" logo de seguida. Eu não sei, eu não sei, respondo. "Por quê?", eles repetem, às vezes melancólicos, às vezes desesperados, às vezes enfurecidos. Suas garras ectoplásmicas rasgam a minha paz todos os dias, todas as horas, tanto quanto podem. Passeiam sobre meu domicílio, invadindo-o. Vandalizam-no, arranham-no, sujam-no, destroem-no. Desculpa, eu peço e imploro, enquanto queimam a cozinha. Desculpa. Eu não consigo me controlar.

Mais um caderno descartado; mais um esforço sináptico infrutífero. O sábio está irado consigo próprio. Décadas de estudo e ainda não é capaz?... Contactar com seres de outros mundos seria plágio, mas agora parecia a única opção. E assim o fez. Os homens de metal mostraram-lhe a sua incomparável arquitetura, os felinos antropomórficos as suas floras esmeraldinas, os magos das sete luas os seus poderes místicos: prêmio de literatura pela maior criatividade obtido. E enlouqueceu, por Minha mão.

Já não é tão difícil conceber Uma geração Sangue Digital De cordão umbilical cabo USB Que exige sangue no dia de Natal

Por fora posso ser pele e carne, algo como um humano, mas por debaixo não há nada além de um esqueleto de metais variados e códigos complexos. Não há nada em mim além do meu corpo. Posso não ser aquele que espera por paz ou amor neste mundo, porém estou mais que preparado para lutar por ambos estes desejos daqueles que dentro de si têm corações sonhadores, que deixariam cair lágrimas se pudessem ter algum amor ou alguma paz por pelo menos um último dia. Esta arma que sou não tem outro dever.

As gentes andam mortas, de vontades apagadas. Suas cabeças são cubos implantados pelos senhores do alto do mundo. Vagueiam à caçada dos vivos que, antes dos cubos, amaram ou ambicionaram amar. No interior dos sólidos seus rostos inchados e desfigurados expressam terror e desorientação, porque suas mentes lhes mentem sobre estarem na vida após à morte. Vêem uma escuridão sem fim e pequenos pontos de luz verdes de corações flutuantes a quilómetros de trevas de distância. No desespero, vão à luz.

— THE START IS NEAR! — Lies. Continues?

— THE END IS NEAR! — True. End.

Please, love me. Let go of that slim and dark rectangle and hold me inside your arms. Take me into your lap and mess with my hair, tickle my belly, bring the little train and play with me! I can't stand looking at that bigger rectangle with talking toys inside it anymore. I want you. You really play with me. You truly make me happy! I will make you drop and break that stupid toy of yours if need be... Just play with me, please... Please, love me, I beg you!

Another discarded notebook, another fruitless synaptic effort. The sage is ireful at himself. 'All these years of study and I still am not capable?...' Contacting with beings from other dimensions is plagiarism, but now seemed as the only option. And so he did. The metal men showed him their incomparable architecture; the anthropomorphic felines their emerald-like floras; the seven moon mages their mystic powers: literature prize for the most creativity obtained! And so he went mad, by My hand.

They come and go, hovering around me. My name in their voices. 'Why?', right after. I don't know, I don't, I answer. 'Why?', they repeat, sometimes melancholyc, sometimes desperate, sometimes enraged. Their ectoplasmic claws tear apart my peace, every day, every hour, as much as they can. They wander through my domicile, invading it. They vandalize it, they scratch it, they pollute it, they destroy it. I ask and beg for forgiveness as they burn the kitchen. I'm so sorry. I can't control it.