unworthily x SARA x

Ely Vanderson nunca acreditou em coisas sobrenaturais. Casas assombradas? Lobisomens? Monstros debaixo da cama? Tudo isso lhe servia como piadas ruins que ela odiava ouvir. E talvez esse tenha sido o seu erro. Talvez, se ela tivesse acreditado, se tivesse se protegido, o que aconteceu não teria acontecido: depois de ser brutalmente atacada em um beco, Ely acorda em um lugar estranho e presencia algo que parece obra de um culto. Quando descobre que foi mordida por um híbrido de vampiro e lobisomem, o que a torna imediatamente uma Dyzad, ela tem que controlar seus instintos assassinos. Mas a sua história chega aos ouvidos de uma alcatéia de lobos e uma família de vampiros. Ambos querem o poder que há em Ely, mas ela sabe que assim que for dispensável morrerá. A única opção é abusar de sua super velocidade. E acreditar. Sempre.


Fantasy Nicht für Kinder unter 13 Jahren.

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Ursos, Zeros e Djin's

Sentindo uma terrível dor de cabeça, eu coloco uma mão na testa e sento no chão. Chão? Espera, onde eu estou? Olho ao meu redor, por que diabos eu estou na floresta? Não faço idéia do que aconteceu. Levanto e tiro os cascalhos do vestido. Espera... esse não é o meu vestido. Ou melhor, parece que é sim, mas está todo rasgado e... com manchas vermelhas.

Olho pro céu. Parece que amanheceu a apenas algumas horas. Minhas mãos estão suadas. Limpo elas no vestido. Olho para baixo. O vestido está mais manchado. Com medo e hesitação, levanto as minhas mãos. O sangue ainda não está totalmente seco, e o cheiro entra nas minhas narinas, me tentando. Minha respiração acelera, meu coração dispara e minhas pernas estão bambas. Mas esse sangue não é meu. Minhas mãos, elas não estão feridas. Eu sinto um cheiro estranho. Ele faz meu coração acelerar ainda mais. Eu viro e coloco as mãos sobre a boca, meu grito ecoando por toda a floresta. Um grito agudo e assustado. Por que não sei como reagir ao grande urso morto a minha frente, com o pescoço dilacerado, os braços arrancados e o coração mastigado. Quando tiro as mãos da boca... percebo que ela também está totalmente suja de sangue. Sinto o gosto na língua. Na minha garganta. Posso sentir.



***



O grito seguinte sai estremecido dos meus lábios que tremem. Eu perco a força nas pernas e caio de joelhos no chão, soluçando. O que aconteceu? Eu não... não fiz isso, fiz? Tento me lembrar de algo. De alguma coisa antes de eu desmaiar, dormir, sei lá.


Sinto alguma coisa jogar minha cabeça para trás, me forçando a encarar o céu com os olhos arregalados novamente.


Eu estava simplesmente indo fazer compras no mercado, eu ia á casa de uma amiga assistir a um filme. Como só tínhamos mercados no centro da cidade, ficava um pouco longe, mas o suficiente pra cansar. Quando estava fazendo uma curva, alguma coisa, alguém, me agarrou. A última coisa de que me lembro é de gritar naquele beco escuro e vazio, onde ninguém podia me ouvir, enquanto ele me mordia e, ao mesmo tempo, enfiava suas garras nas minhas costelas.

Pisco várias vezes, livre da força que me segurava e tentando entender o que acabou de acontecer. Foi como... como se estivesse acontecido, de novo, o que aconteceu naquela noite. Foi estranho. Mas isso não é o mais importante. Por que aquele homem me mordeu? Por que ele tinha garras? Eu fiz isso com aquele urso? Por que eu? Ouço um grito, um rugido misturado com um sibilo alto e estranho. Parece um animal ferido. Levanto, tomando muito cuidado para não chegar nem perto do urso. Dando a volta e correndo assim que o corpo do animal morto fica para trás, eu sei exatamente de onde o som vem. Em três segundos eu chego á fonte do grito, ou o que parece ser. Ignorando o fato de que ninguém poderia correr tao rápido, eu chego a um penhasco. O grito vem de lá de baixo. Estico o pescoço para tentar ver. Me arriscando um pouco mais eu me ajoelho e chego me aproximo da beirada, só mais um pouco, mais um pouquinho... Eu vejo quatro homens de preto, com máscaras estranhas e um homem com roupas rasgadas e as mãos pintadas de vermelho. Tinta ou sangue, não sei. Dois dos homens estão lado a lado, cada qual segurando um braço do homem de mãos, embora não seja preciso, já que ele está com correntes prendendo seus pés e suas mãos ao chão. Os outros dois homens estão em pé a uns três metros um do outro, olhando fixamente para a frente e vestindo o mesmo terno preto dos outros e com a mesma expressão vazia . O de Mãos Vermelhas, foi ele... Foi ele quem fez aquilo comigo!


Um quinto homem surge. Este é diferente. Ele está todo de branco e não usa uma máscara, posso ver tatuagens no seu pescoço e mãos, assim como um dos que segura o das Mãos, e um dos que estão em pé. O homem retira algo do terno, uma espada. Ele passa pelos dois homens, e chega ao das mãos vermelhas. Ele diz algo e, por incrível que pareça, posso ouvir, mesmo a essa distância.


- Lodwoork. Você e os seus desafiaram os Zeros. Libertaram a Peste, lideraram Rebelados e criaram mais Djin's. Você nega suas ações? Responda sim ou não.


Ele demora um pouco pra responder.


- O que quer dizer com negar, Eric? - o homem de branco, Eric, dá um soco na cara do Mãos. - Sim ou não? - o de mãos vermelhas cospe sangue e ri. Ele levanta a cabeça.


- Não.


- Ótimo. A partir de agora você só me responderá sim ou não, entendeu? Sim ou não?


- Ás vezes você e meio vag... - outro soco. O homem de mãos vermelhas chamado Lodwoork solta um palavrão. - Sim!


- Ótimo! Quais eram as suas intenções ao invadir o território dos Zeros? Sei que as mortes foram só uma distração. Não atacamos você diretamente e tenho certeza de que não se importa com os seus subordinados.


- Sim? - outro soco na cara e o som de algo amassando. Eric segura o queixo de Lodwoork, apertando os dedos nas bochechas dele e forçando a abrir a boca. Quando retira a mão, a borda da manga do seu terno está com um pouco de sangue, e Eric segura uma presa. Uma afiada, longa e mortal presa com cerca de 7 centímetros.


- É melhor falar, a não ser que eu tenha que arrancar os seus caninos. Posso não ser um cão como você, mas nós dois sabemos que isso ia doer.


- Eu... ia sequestrar... Um homem... Ele estava desesperado. Faria qualquer coisa para se livrar dos problemas. - ele tosse, sangue saindo de sua boca outra vez. - Mandei que falassem de mim, que eu ajudaria esse tipo de gente. Os humanos... Eles são tão ingênuos.


- Não precisa me dizer o óbvio, Lodwoork, continue, estou perdendo a paciência.


- Certo, certo. Eu queria transformá-lo.


- Mas você não poderia fazer isso, precisaria dos Djin's. E, se estava sozinho, me faz pensar que queria mais do que só um simples servo. Então por que não me diz os seus reais planos, Lodwoork? O que você queria com aquele homem?


- Eu não queria torná-lo um Djin. - Lodwoork levanta os olhos, encarando Eric com uma expressão de raiva enquanto o outro espera. - Queria fazer dele um Dyzad.


Um dos homens que segura seu braço o solta, dando alguns passos para trás enquanto o outro solta uma exclamação. Eric não parece gostar. Ele move a mão e o homem que se afastou cai no chão, com o pescoço quebrado.


- Você mesmo... Ia tranformá-lo? - a voz de Eric sai estremecida de raiva e ele cerra os punhos.


- Sim. E você sabe o que isso quer dizer, não é? Não existem muitos Dyzads por aí, mas eles tem uma força e poder imensurável. Só um deles seria capaz de lutar contra a Peste, Eric.


- E seria capaz de ganhar a guerra.


- Então você entende.


- O que eu entendo, seu cão, é que você descumpriu o trato.


- O trato? - agora a conversa parece quase civilizada, mesmo que Eric ainda esteja com a espada na mão e Lodwoork sangrando. - O trato não vale nada para mim, meu velho inimigo. O poder é o meu alvo. No nosso mundo, quem controla o poder, tem tudo.


- Quem era o homem?


- Payton Grifinn. Mas ele morreu, em... Uma briga de rua, ou algo assim. Meu plano foi por água abaixo.


- É claro. Sei que você faz péssimas escolhas, cão. Mas o que eu não sei, é quem você mordeu. Por que você não me diz, Lodwoork? - Lodwoork fica em silêncio. Eric encosta a espada na garganta do Mãos Vermelhas e repete: - Quem foi?


- Uma garota. - ele responde, aparentemente com dor. - Foi inesperado, eu nem sei quem ela era.


- Eu quero mais.


- Ruiva. Ela era ruiva. - Eric aperta a espada contra o pescoço de Lodwoork e este faz uma careta de dor. A espada, quando retirada, deixa uma marca vermelha e profunda no seu pescoço.


- Sabe o que é isso, Lodwoork? É tripcil. Eu. Quero. Um. Nome. - meu coração acelera.


Lodwoork o olha com escárnio, nojo. Em seguida ele comprime os lábios e diz a seguinte frase:


- Por que não vai se ferrar? Sim ou não?


Eric bate com o cabo da espada no rosto de Lodwoork. A respiração do Mãos Vermelhas começa a acelerar, os seus dentes se transformam em presas e garras afiadas arranham as correntes assim que saem de seus dedos. Com um movimento, Eric corta sua cabeça.

23. April 2020 03:45 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Fortsetzung folgt…

Über den Autor

x SARA x "Retratar o mundo como ele é não é bonito, mas é o nosso trabalho para com a sociedade" - NÃO TOQUE NO MEU DIÁRIO, sara Ketlyn ©2019

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