— Bebê vem com a mamãe, temos que arrumar tudo para a chegada do papai! — Hinata sorriu ao pegar a filha pequena nos braços, o bebê de dois meses. — Mahina está na hora de você acordar bebê, já dormiu muito, temos que cumprimentar o papai!
Tentou acordar a filha, essa que nasceu após um período conturbado de sua vida; período que se resume a uma pequena “guerra” com o marido e pai de sua filha: Uchiha Madara. Nada muito grave, somente um misto de não saber ao certo o sexo do bebê e a ansiedade, essa que fez o Uchiha quase subir pelas paredes, deixando-o manhoso e com pensamentos negativos em relação à paternidade.
Madara pesquisou, tinha que ter certeza de conseguiria, se daria conta de tudo! Afinal em sua mente a catástrofe é certa. Como cuidaria de um bebê, se nem ao menos conseguia cuidar de si mesmo em certos dias. Servindo de isca para capturar bandido, além de ser alvo constante da corregedoria — embora nem ao menos soubesse o motivo de tal coisa, sempre seguiu o padrão, as leis e regras existentes na sociedade —, é bom no serviço, para não dizer ser um dos melhores.
Após uma breve e tortuosa pesquisa chegou a uma conclusão: correr atrás dos bandidos é mais fácil do que cuidar de um bebê, na realidade em sua mente, preencher relatórios e sair correndo atrás de bandido é mais fácil do que todo o resto, bem mais simples, afinal os bandidos ficam somente três horas em sua delegacia, agraciando o Uchiha com a sua presença, embora um o outro fique mais de quarenta e oito horas, mas nada que Madara não pudesse lidar. Bem diferente do que aconteceria com a filha, ficaria com ela por tempo indeterminado, sentiria ciúmes e seria obrigado a vê-la casar-se com outro alguém.
Somente o pensamento de um dia perder o serzinho que cuidaria com tanto amor o deixou abatido, sem chão por longos e tortuosos minutos. Não contou a esposa a linha torta de pensamento na qual percorreu, não teve coragem de dizer o quão negativo ficou ao fantasiar a filha casando e saindo de casa.
Pois durante toda a sua vida nunca pensou ser pai, na realidade casar com Hinata nunca esteve em seus planos. Tinha pensado em passar a vida sozinho e ser casado com o emprego, esse que o manteria ocupado por uma vida. Esse era o plano, simples e infalível. Mas quando a viu entrando na delegacia, com o rosto corado, procurando pelo primo — esse que foi preso após envolver-se em uma briga de bar.
Foi no exato momento em que seus olhos brilharam, seu coração acelerou, podia sentir borboletas em seu estômago, junto a curiosa vontade de saber o nome da jovem, essa que ficou ainda mais vermelha ao vê-lo, ao encarar os olhos pretos. Desde aquele dia passaram-se seis anos.
Na qual dois passaram namorando, um como noivos e os últimos três como casados. É somente em outubro deste ano o primeiro membro da família nasceu. Uchiha Mahina, também conhecida como mini-Madara, pois herdou os traços do pai, vendo a pequena é quase impossível dizer que Hinata é a mãe, embora o sorriso doce e o formato dos olhos sejam idênticos ao da mãe.
Hinata ouviu a porta ser destrancada, ajeitou a filha nos braços, essa que abriu e fechou a boca miúda várias vezes. Agitando os bracinhos, Mahina ficou a procura de algo para saciar a fome.
— Cadê os dois amores da minha vida! — exclamou sorridente.
— No quarto!
O homem caminhou apressado, deixando os presentes na sala, queria ver a esposa e mimar a filha.
— Como as minhas meninas estão? — Madara aproximou-se da esposa, dando um breve selar em seus lábios, antes de voltar a sua atenção para a bebê. — É como está minha pequena Mahina, meu amorzinho se comportou hoje? — Disse tocando na barriguinha gorducha.
Os olhos da pequena pareciam brilhar na presença do pai, como se a presença masculina junto a da mãe a deixasse radiante. Um sorriso brotou em meio os lábios lambuzados de leite, uma pequena bolha formou na boca miúda, fazendo o homem sorrir abobalhado para a criança, como fazia em todo pequeno e singelo ato da filha; essa que detém um dos seus conceitos favoritos: o formato dos olhos de Hinata mesclada a cor dos seus olhos. Esses tão pretos e intensos, embora o formato redondo o faça com que a pequena perca a essencial “ameaçadora”.
— Gulosa como sempre. — Hinata comentou risonha.
— É você, comeu bem? Conseguiu dormir? — Madara pergunta preocupado.
Havia passado a madrugada fora, tinha obrigações dentro e fora da delegacia, essas que envolviam o seu trabalho como delegado. Sabia que tinha acostumado a filha mal, principalmente por ter acostumado a dormir sentindo o seu cheiro, tinha o hábito de ninar a filha todas as noites, tanto que às vezes fugia da delegacia somente para fazer a bebê dormir.
Madara gosta de sentir os dedos gorduchos puxando-lhe os fios longos, enrolando-os nas mãos pequenas.
— Sim, Mahina colaborou, dei a ela uma das suas blusas... Por isso senhor Uchiha, me dê as suas blusas, de preferência uma que esteja como seu cheiro assim ela dorme a noite inteira! — Hinata disse sorridente.
— Você usou qual blusa?
— Aquela que tem os nossos nomes! — Hinata colocou a bebê de pé, dando tapinhas nas costas da bebê, para que ela arrotasse, embora não tivesse mamado muito.
— Amor, o seu seio, ele tá pingando um pouquinho. — Madara comentou, mantendo os olhos fixos nos seios de Hinata. — Quer que pegue a bombinha?
— Não, ela tá assim por que você chegou, mas não se preocupe não irá demorar para que ela fique com fome novamente é volte a mamar que nem o bezerrinho que sempre foi. — Hinata comentou bem humorada.
Madara sorriu ao ouvir as palavras da esposa, vê-la segurando as filhas nos braços o faz lembrar do dia em que Mahina nasceu. Havia acabado de sair de uma operação junto a narcótico, com um tiro na perna e ainda usando o colete, nem ao menos se importou com o fato de estar machucado. Queria estar presente, segurar as mãos de Hinata, tanto que foi avisado durante a missão, fazendo-o se distrair, ganhando um tiro na perna como recompensa.
O único a rir do nervosismo de Madara foi Hashirama, esse que fez questão de falar para o Uchiha o que fez ao ser baleado, sendo que tal coisas aconteceu mais de uma vez durante todo o percurso até o hospital, na qual Madara quis jogar o melhor amigo para fora do carro.
Quando Mahina nasceu, somente após escutar o choro alto e estridente da bebê, que ele deixou ser atendido por um médico, esse que o xingou por ter feito somente uma pequena compensa na perna, essa que serviu somente para estancar o sangramento.
— Amor você não está se esquecendo de nada importante?
— Já esqueci o nosso aniversário de casamento, o seu aniversário e até mesmo o meu, mas agora me diz o que eu esqueci dessa vez? — Hinata questionou curiosa.
— Eu sei que o mês aniversário da Mahina você nunca esquece, embora hoje você tenha esquecido de algo especial. — Madara encarou a esposa, fazendo-a arquear a sobrancelha.
— O que eu esqueci dessa vez?
— Nosso aniversário de casamento, já vai fazer quatro anos que nós subimos no altar e você disse sim perante o celebrante de Las Vegas e ao mendigo que serviu de testemunha.
— Nosso casamento foi épico. — Hinata riu ao recordar-se do senhor vestido de mordomo. — Hoje faz quatro anos, nossa como o tempo passou rápido.
— Sim... — o homem sorriu puxando a esposa para perto, recendo um pequeno resmungo da filha em resposta.
— Não tenho presente, mas tem eu! — Hinata disse risonha. — Só guardar o peito que sua filha ignorou e dar o outro a ela.
— Certo, certo! — Madara levantou-se.
Iria entregar os presentes em uma outra hora, afinal queria aproveitar a noite com a esposa e filha. Afinal momentos em família são especiais, especialmente quando se é o primeiro Natal de Mahina, Hinata e Madara juntos.
— Madara!
— O que foi? Aconteceu alguma coisa? — Questionou preocupado ao ver a esposa parada.
— Não, só queria te chamar para te entregar isso. — Disse entregando a ele a pequena embalagem colorida. — Espero que goste.
O homem abriu o pacote as presas, queria saber o que a esposa havia escolhido para si, afinal tinha certeza de que ela iria esquecer.
Madara segurou o riso ao ver a camisa, essa que combina com a peça pequena usada pela filha: “O bebê do Madara”, quis rir ao notar a peça miúda e preta. Embora a escrita na sua seja similar ao do tecido da blusa preta: “O pai da Mahina”.
— Não nego que amei, mas cadê a sua? — Questionou curioso.
— Aí, já estou usando, Mahina tem cinco versões em tamanhos diferentes.
Não conseguiu conter o riso ao ver a frase escrita no de Hinata: “Mãe da Mahina e princesa do Madara”.
— Amei o princesa no seu nome, embora tenha gostado mais do “mãe da Mahina”... Se bem que amo tudo em você.
— Também amo você.
Com sorrisos bobos e abraços quentinhos, junto a um bebê manhoso.
Vielen Dank für das Lesen!
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