artemisiajackson Artemísia Jackson

"...No momento do prazer, ninguém pode se esconder e mascarar as reações corpóreas, e talvez esse seja o único momento em que nós possamos ver sinceridade nas expressões e atitudes de alguém."


Fan-Fiction Nur für über 21-Jährige (Erwachsene).

#naruto #gaara #narugaa #fanfic #lemon #gay #erótico #one-shot
Kurzgeschichte
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Capítulo único

Imagem de capa pega do Pinterest, não possuo crédito algum sobre ela.


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Gaara encarava o teto, esperando Naruto voltar com o texto que tinha escrito para a aula de artes. O loiro tinha lhe pedido que olhasse e desse sua opinião, e Gaara apenas esperava não magoar o amigo, dependendo da merda que ele tivesse escrito. Verdade fosse dita, Naruto não era nada bom na arte de escrever.

— Encontrei! - o loiro gritou de algum lugar do quarto. A próxima coisa que viu foi um Naruto correndo animado em sua direção, com um papel em mãos que ele lhe estendia. Gaara pegou o papel e franziu o cenho para o kanji desastroso do amigo. Suspirando, se pôs a ler em voz baixa.

"Título: O prazer

Prazer é o único sentimento que impede o ser humano de se esconder. Não tem como manter uma máscara de indiferença quando se entrega ao deleite, não há fingimentos desde que se esteja completamente entregue a tal sentimento.

O prazer te leva aos níveis de sensibilidade mais altos, impede a capacidade de raciocínio e nubla a sua mente de modo que nada mais importa. Quando se está entregue, o corpo sucumbe ao desejo, reagindo a ele e somente a ele.

Essa é a arte desse sentimento: Não existem máscaras, indiferença, falsidade. No momento do prazer, ninguém pode se esconder e mascarar as reações corpóreas, e talvez esse seja o único momento que nós possamos ver sinceridade nas expressões e atitudes de alguém."

Ao terminar de ler, duas coisas incomodavam Gaara: Primeiro, o fato de ter subestimado o amigo depois de tanto tempo de convivência; Segundo, o fato de Naruto conhecer o prazer tão bem, falando dele com uma propriedade que o próprio Gaara não possuía. Sincero como era, não conseguiria esconder o incômodo e espanto, muito menos de um amigo como Naruto, que o conhecia tão bem.

— Ficou ótimo, Naru, eu jamais esperaria isso de alguém preguiçoso como você. - confessou.

— Ah, eu sempre surpreendo! - o loiro exclamou, convencido. Percebendo que Gaara ainda não tinha falado tudo, o encarou, ansioso pelo que viria a seguir.

— Você falou do prazer com muita propriedade, como se tivesse vivido ele da maneira mais intensa que se possa imaginar. - começou o ruivo, falando devagar. Não tinha nenhum tato para aquele tipo de assunto. - Você tava falando de prazer sexual, não? - indagou, meio tímido.

Naruto riu com a hesitação do amigo para com aquele assunto. Sabia que era um terreno desconhecido para Gaara, mas não deixava de ser engraçado e fofo para o loiro o modo como o amigo corava e encarava o chão ao falar daquilo. Resolveu que contaria a verdade para ele.

— É... Nunca contei isso pra ninguém, mas vou abrir uma exceção porque confio em você. Eu sei como é essa coisa de prazer porque já experimentei com Sasuke. Foi um combinado que fizemos, íamos testar como era a coisa, explorar o sexo, mas sem compromisso nenhum, apenas diversão. Como uma amizade colorida. Ao contrário de mim, aquele bastardo imbecil nunca tinha sentido atração por garotos, eu fui o primeiro. Começou quando tínhamos apenas treze anos e se estendeu até os quinze. Só parou porque ele se apaixonou pela Sakura.

— E você sente falta? - Gaara perguntou, incomodado com a possibilidade. O ruivo podia ser inocente, mas sabia reconhecer os próprios sentimentos e sabia o que aquela raiva irracional significava: Ciúmes e problemas para ele próprio. Tentou ignorar o desgosto amargo que insistia em atormentá-lo.

— Não. Sinceramente, apesar de ter gostado das noites quentes com Sasuke, não sinto falta. Eu pensava que era apaixonado por ele, mas estava errado. E me sinto feliz por ver ele todo bobo com a Sakura. - Naruto acrescentou, sorrindo ao lembrar dos amigos apaixonados (e idiotizados pelo sentimento). Encarou Gaara e sorriu internamente ao perceber o alívio visível nos olhos verdes dele – talvez ainda tivesse esperança, afinal.

O loiro adoraria ter continuado a conversa, apenas para observar as reações do amigo, porém precisava voltar pra casa. Jiraya e Tsunade o esperavam para a janta e detestariam se houvesse algum atraso. Se despediu de Gaara com o costumeiro beijo na bochecha e saiu, deixando o ruivo sozinho com seus pensamentos e com o ciúmes, pois apesar da declaração que Naruto dera afirmando não sentir falta de Sasuke, o ruivo não conseguia deixar de lado o desagradável sentimento que o dominava, junto de outro que nem ele mesmo conseguia discernir.

~~~~~~~~~~

Quatro dias depois da conversa e revelação de Naruto, Gaara ainda se sentia incomodado. E sabia bem o porquê. Após muito tempo refletindo, percebeu que sua aflição se devia ao fato de nunca ter sentido prazer do modo como vira ser descrito pelo amigo, e ele queria muito saber como era por experiência própria.

Durante todos seus dezesseis anos de vida, o único prazer que realmente conhecia era o da companhia de Naruto. Desde que se conheceram, Gaara aprendera aos poucos como gostar do Uzumaki e de suas extravagâncias, e quando finalmente se permitiu entregar-se aquela amizade, percebeu que apenas Naruto o deixava feliz e lhe trazia algum deleite. Mas agora, só aquilo não parecia suficiente, o ruivo queria mais.

Porém não tinha a menor ideia de como anunciar isso ao amigo, que se encontrava deitado no carpete da sala, quase cochilando.

Decidido a acabar com aquele incômodo que insistia em permanecer, - principalmente quando perto de Naruto - aproximou-se e falou logo o que há quatro dias se segurava para não falar.

— Eu quero sentir também! - exclamou repentinamente, deixando o amigo confuso. - Quero sentir prazer do mesmo jeito que você já sentiu, quero saber como é.

Os olhos azuis arregalaram-se, surpresos. Se passara tanto tempo desde o texto e a conversa que Naruto achara que não tinha causado efeito algum em Gaara. Verdade fosse dita; o jovem mostrara o texto para o amigo na intenção de despertar interesse, mas após dois dias depois da conversa, achou que falhara miseravelmente e que não haviam mais chances. E agora, que via Gaara tão decidido a sentir prazer consigo, Naruto se sentia quase nas nuvens. Claro que iria dar o que o amigo pedia, se assim ele realmente quisesse, mas primeiro seria bom esclarecer umas coisas.

— Não é tão simples assim. - começou, o tom de voz cauteloso - Pra começo de conversa, é importante você saber que doí antes de chegar na melhor parte, e é preciso estar decidido a ir até o fim pra aguentar a dor. Você está decidido? - Naruto perguntou olhando no fundo dos olhos verdes, e soube naquele instante qual seria a resposta.

— Estou, eu quero sentir o tal do prazer e é sua obrigação me fazer senti-lo, porque se não fosse você, eu jamais iria ter curiosidade de saber como é. - a resposta veio rápida, sem hesitação, acompanhada de um olhar firme.

O loiro sorriu ladino e sentou-se no carpete com as pernas esticadas, apontando para as próprias coxas. O ruivo obedeceu, indo para o colo do amigo e instalando-se ali. Sabia que aquelas coisas começavam com um beijo, então aproximou-se de Naruto e colou seus lábios nos lábios alheios, logo cedendo a passagem que o outro pedia. O beijo começou lento, mas logo foi aprofundando-se e se tornando mais selvagem, com um Naruto excitado e já semi-ereto apertando a cintura de Gaara, enquanto este puxava os fios loiros sem piedade.

A rapidez com que os corpos esquentaram era surpreendente para ambos, que nunca tinham experimentado tamanho fervor. Gaara já tinha beijado antes - graças a uma brincadeira idiota de verdade e desafio, da qual só participara por insistência do amigo -, porém não sentira nada ao beijar ninguém. Sakura, Ino e mesmo Sasuke não foram capazes de despertar nada no corpo de Gaara (pelo menos nada além de nojo ou irritação), mas com Naruto era totalmente diferente.

Apenas o contato das línguas enroscando-se era o suficiente para acender cada pequena parte do corpo do ruivo, e o mesmo acontecia com seu melhor amigo, que estava tão sensível quanto um virgem, apesar de não o ser há muito tempo.

— Gaara... Você não quer fazer isso num lugar mais confortável? - Naruto perguntou, com certa dificuldade.

— Você sabe bem que o carpete é um dos lugares mais confortáveis dessa casa, Naru. - o ruivo replicou, e o amigo não teve argumentos contra aquilo.

Realmente, o carpete dourado na sala de estar era maciez pura, com os pelos brilhantes tão sedosos e bem cuidados quanto os cabelos de uma jovem modelo rica e elegante. O senhor Sabaku tinha muito bom gosto em relação aquelas coisas e, no momento, Gaara só podia agradecer ao pai mentalmente por aquilo.

Continuaram ali, entre beijos de língua, mordidas e chupões no pescoço, os corpos esquentando ainda mais com o contato. Naruto se apressou em tirar a camisa do ruivo ainda sentado em seu colo, e logo Gaara fazia o mesmo com o amigo. Ambos sem camisa, agora podiam desfrutar do peitoral um do outro. No entanto, o loiro foi mais rápido, mudando as posições e pondo o outro em baixo de si para aproveitar da pele alva exposta.

Começou beijando a clavícula e desceu aos poucos, até chegar em um dos mamilos acesos e extremamente atraentes que pareciam chamar-lhe. Abocanhou um e o rodeou com a língua, brincando com a região para atiçar ainda mais o jovem abaixo de si. Conseguiu o que queria, pois Gaara gemia descontrolado e se contorcia, murmurando algo incompreensível.

"Isso porque eu nem comecei ainda"; Naruto pensava consigo mesmo, maravilhado com a sensibilidade do corpo alheio. Era excitante demais, a ponto de fazer seu membro latejar, e isso apenas com gemidos e leves toques. A boca de Naruto ainda nem tinha chegado na melhor parte e ambos os garotos já pareciam prestes a ter um orgasmo. Se controlando, o Uzumaki continuou espalhando beijos molhados pelo corpo alheio, eventualmente deixando algumas marcas onde a pele era mais sensível.

Agora deitado abaixo do amigo, Gaara desfrutava das pequenas amostras de prazer que Naruto lhe proporcionava. Para o jovem Sabaku, parecia algo de outro mundo a sensação da boca quente do outro contra sua pele, mordendo e sugando. De fato, não tinha como fingir nada diante de tais sensações, apenas se podia reagir à elas.

“Isso são só as tais preliminares? Mal começou e acho que já quero explodir' – pensava o ruivo com seus botões, enquanto observava o rosto de Naruto descer cada vez mais, chegando perigosamente perto de sua pélvis. Gaara sabia mais ou menos o que estava por vir, portanto a lentidão do Uzumaki em chegar logo ao assunto começava a lhe irritar.

— Dá pra parar de enrolar, desgraçado? – o ruivo rosnou, incapaz de controlar sua irritação.

Diante disso, Naruto apenas riu enquanto lançava um olhar cínico ao amigo. Finalmente chegando no cós da calça moletom que o outro usava, o loiro pôs-se a brincar com a barra dela, como se estivesse indeciso sobre abaixar a peça ou não. Um forte puxão de cabelo e um xingamento extremamente agressivo e irritado vindo de seu amigo acabaram por dissipar sua indecisão.

Lentamente, Naruto abaixou as calças alheias até a altura das coxas. Feito isso, começou a lamber o membro de Gaara ainda coberto pela cueca, na intenção de atiçá-lo mais, além de deixá-lo um pouco mais molhado. Enquanto lambia o pau coberto do amigo de cima a baixo, o loiro observava atentamente as reações arrancadas. Era extremamente satisfatório ver Gaara se retorcendo de tesão, mordendo os lábios com ansiedade e “trancando” os olhos de desespero. A verdadeira face do prazer da forma mais esplêndida que já vira, superando até mesmo as mais belas obras de Da Vinci.

Decidido a aumentar ainda mais a intensidade de tão linda obra da natureza, Naruto finalmente abaixou totalmente a calça e a cueca do amigo, jogando ambas em um lugar qualquer da sala. Depois de libertá-lo das peças, o loiro teve facilidade em lhe arreganhar as pernas para colocar-se ali, de frente ao membro extremamente ereto e pulsante que clamava por sua boca.

Gaara por sua vez apenas observava de vez em quando, sempre que conseguia abrir os olhos. Seu corpo era um misto estranho de prazer e desespero, um sentimento insaciável que a todo momento queria algo mais. “Não basta, não basta, preciso de mais!” – gritava sua mente nublada. Era muito mais intenso do que imaginara, algo selvagem e totalmente incontrolável. Seus gemidos ainda não eram tão altos, mas ficavam cada vez mais frequentes a medida que a boca do amigo lhe sugava e mordia a virilha. Céus, aquilo era tão bom!

E então, do nada e sem um aviso prévio, o Sabaku via estrelas. Teve certeza disso, assim como teve certeza de estar no céu (de fato estava, mas não no que via, e sim no céu que sentia – o da boca de Naruto).

— Caralho, isso é tão... Porra! – depois da “porra!”, o ruivo já não formulava palavras compreensíveis ao cérebro humano, tamanho era o êxtase que sentia com a boca do amigo sugando-lhe o membro.

Naruto riu abafadamente ao observar as expressões e demais reações de Gaara, ainda com o pau dele em sua boca. Devagar, sugou a glande e desceu por todo o comprimento, serpenteando o membro com sua língua marota. Mantinha o olhar grudado no amigo, maravilhado com a intensidade e sinceridade das expressões faciais. Depois uma rápida sessão de garganta profunda, o Uzumaki resolveu dar atenção aos outros pontos.

Tirando o membro de sua boca, segurou-o com uma mão e pressionou-o levemente contra a barriga do Sabaku, a fim de ter acesso aos testículos. Ao tê-lo, começou a contornar as bolas alheias com sua língua, eventualmente pondo-as na boca para sugá-las delicadamente. Enquanto sugava uma, massageava outra com a mão livre, proporcionando assim maior prazer a Gaara, que gemia descontroladamente agora.

Ao terminar as massagens bolais, Naruto resolveu voltar-se novamente ao membro do amigo. Devagar, começou a chupar as laterais do membro, sugando com devoção, descendo e subindo repetidas vezes, voltando-se então para a glande para contorná-la com a língua e massagear a fenda ali existente – tal movimento deixava Gaara completamente fora de si, por ser uma região extremamente sensível.

Finalmente, o ruivo se cansou da enrolação (e de ser o único vulnerável na situação) e puxou Naruto pelos cabelos, afastando-o de seu pênis. Se demorasse mais um pouco, teria gozado, porém não estava nos seus planos se entregar tão facilmente assim.

— Minha vez de te fazer gemer igual puta! – sussurrou baixinho ao trazer o rosto do amigo para junto do seu. Naruto apenas arregalou os olhos em surpresa – afinal, tal atitude não era esperada de alguém tão inocente como Gaara – e deixou-se levar.

O jovem Sabaku pôs-se a devorar a boca alheia com vontade, dominando o beijo e explorando os quatro cantos da boca do parceiro – que não se opôs e se deleitou aos montes enquanto sentia as mãos atrevidas do outro apertarem suas nádegas com vontade. Gaara era extremamente delicioso quando decidia ser ativo e ousado, Naruto acabava de constatar isso com o maior dos gostos.

Após passarem algum tempo trocando bactérias e atiçando mais o Uzumaki, finalmente decidiram que algo ali estavam bem injusto, e esse algo era o fato de Naruto ainda estar com as calças intactas no lugar. A fim de resolver essa afronta, Gaara se precipitou aos quadris alheios, abrindo com pressa os botões e zíper da jeans, abaixando-a com mais pressa ainda, sem esquecer-se de tirar a cueca junto.

Naruto suspirou de alívio ao sentir o próprio membro pular pra fora em busca de ar e liberdade, tal suspiro aumentando mesmo quando foi deitado no chão e a liberdade lhe foi roubada pela boca do ruivo. Gaara estava longe de ter a destreza e habilidade bucais do Uzumaki, mas isso não significava que seu boquete seria ruim – a inexperiência nesse caso parecia atiçar ainda mais os sentidos do loiro, que observava os movimentos do outro com um sorriso sacana no rosto.

Gaara distribuía lambidas por foda a extensão do falo alheio, fazendo-o cuidadosa e vagarosamente. Ao escutar os gemidos de aprovação do amigo, sentiu-se encorajado a enfiar o que pudesse na boca. Com mais que a metade do pau do amigo enfiado em sua cavidade bucal, o Sabaku se sentiu um tanto atrapalhado, mas não deixou isso estragar o momento.

Masturbando lentamente o que não cabia em sua boca, Gaara começou lentos movimentos de vai e vem, arrancando suspiros pesados de Naruto, que agarrou os cabelos ruivos com vontade a fim de empurrar o máximo que podia boca adentro. As lágrimas se assomaram nos olhinhos do inexperiente boqueteiro, junto com a ânsia de vômito. Apesar disso, o jovem continuou firme e forte no seu desígnio de proporcionar o maior prazer que pudesse ao parceiro. Com o aumento da velocidade dos movimentos – agora controlados pelo loiro – Gaara precisou apoiar-se com a mão livre na coxa do amigo, apertando-a com vontade e eventualmente arranhando com força.

Ao contrário do Sabaku, Naruto não fazia muita questão de segurar o gozo, pois sabia que o desejo e o tesão não iam acabar tão rápido, mesmo que ejaculasse. Assim sendo, não se segurou quando o orgasmo o abateu com violência, fazendo-lhe estremecer por completo.

Gaara percebera os sinais que o corpo do amigo dera, mas mesmo assim não tirou a boca do membro alheio até que toda a porra preenchesse-a. Normalmente, acharia aquilo nojento e evitaria ao máximo, mas era com Naruto – a pessoa em quem mais confiava no mundo. Naquele caso específico, sabia que não corria nenhum risco. Assim sendo, engoliu tudo de modo audível, sorrindo malicioso ao encarar o Uzumaki.

— Você é uma puta safada! – exclamou o louro rindo, com a voz ainda rouca e meio baixa devido as sensações que quase lhe roubavam-na. Procurando forças, Naruto se sentou no carpete e puxou o rosto do amigo para perto, a fim de beijá-lo.

— Pra você, eu sou mesmo! – o ruivo exclamou ofegante e sedutor entre um beijo e outro. Naruto apenas riu incrédulo com tal fala, e somente aquilo e os beijos já foram o suficiente para fazer seu membro começar a endurecer novamente, porém com mais lentidão do que antes.

Soube que não aguentaria muito mais tempo naquela brincadeira de preliminares, e tratou de avisar aquilo ao amigo.

— Gaara, não vou aguentar mais muito tempo... – sussurrou rente ao ouvido alheio, arrancando um sorriso cínico do amigo.

— Tá enrolando por quer, Naru... Ou talvez só tenha esquecido como se faz. – provocou, vendo os olhos azuis do Uzumaki dilatarem um pouco mais, perdidos em desejo. Céus, Naruto excitado era a mais bela e fiel representação do pecado; os cabelos loiros revoltos suados grudados na testa, o suor escorrendo pelas têmporas, a boca entreaberta ofegando levemente, as faces coradas e os lábios inchados... Toda aquela combinação contribuía para a pintura do quadro proibido, o mais lindo que Gaara já vislumbrara. Tudo que queria era se entregar aquela impureza e sentir todas as nuances do prazer prometido, mesmo que para isso precisasse sentir muita dor antes.

Depois de ouvir o consentimento que precisava para continuar, Naruto se viu engatinhando atrás de sua calça. Buscou pela carteira de modo afoito, abrindo assim que encontrou-a, pegando de lá um preservativo e também um pequenino frasco contendo algo que parecia gel – lubrificante. Imaginou que aquilo seria o suficiente, e se não fosse... Bem, a saliva continuava sendo uma ótima opção, fonte renovável e inesgotável de lubrificante natural.

Gaara apenas esperava ansiosamente, sentado no carpete com suas pernas esticadas. Podia sentir o baixo ventre se agitando em seu interior, a apreensão e ansiedade tomando conta do seu corpo enquanto observava Naruto se aproximar novamente de si. Assim que o loiro chegou perto, ouviu o sussurro baixo em seu ouvido que o fez se arrepiar por inteiro.

— Relaxa, eu vou ser cuidadoso. - disse e tratou de espalhar beijos pelo rosto do Sabaku, a fim de distraí-lo e tranquilizá-lo. – Agora eu preciso que você fique de quatro. – instruiu alguns minutos depois, com a voz extremamente rouca.

Gaara suspirou excitado e se afastou, pronto para se por na posição desejada. Assim que se posicionou de quatro, encarou Naruto por sob o ombro, sinalizando com o olhar que estava preparado. Viu o loiro se por de joelhos atrás de si, vestindo a camisinha de modo prático e rápido. Logo após o viu pegar o pequeno frasco, despejando o conteúdo em seu orifício anal. Gemeu baixinho ao sentir o líquido gelado junto dos dedos quentes a espalharem melhor o conteúdo.

Naruto observava atentamente as reações do amigo, procurando saber se machucava ou não, tendo o maior cuidado possível. Depois de ouvir os resmungos de Gaara – pedindo que parasse de enrolação – decidiu forçar a entrada do seu indicador no canal apertado do ruivo.

O Sabaku não pôde conter o gemido sôfrego diante de tal invasão, até porque ela era realmente dolorosa, além ardente e pinicante. Retesou-se um pouco, mordendo o interior da bochecha a fim de segurar os xingamentos que ameaçavam escapar.

Naruto estava atento a cada reação, por isso esperou antes de mover o dedo no interior do amigo – sabia bem como era aquela dor, e o que pudesse fazer para diminuí-la, faria de bom grado. Alguns minutos se passaram até que Gaara sentisse que podiam prosseguir, rebolando levemente para explicitar aquilo ao Uzumaki.

E a partir dali, seria só ladeira abaixo, o loiro teve certeza disso ao ouvir um gemido mais depravado vindo do outro após apenas alguns movimentos circulares do seu indicador no interior alheio. Instantaneamente, Naruto sentiu seu membro fisgar com força de forma impaciente e dolorida. Pensou em se tocar, mas lembrou-se da camisinha e do quanto ela atrapalharia, então apenas suspirou pesadamente e obrigou-se a esperar com calma, até que o canal anal alheio estivesse pronto para hospedá-lo.

Sua sorte era que o lubrificante acelerava o processo de preparação. Logo o ruivo já implorava por mais, rebolando com intensidade a medida que o dedo médio e anelar entravam para a festa. Apesar da ardência sentida ao ter mais dedos dentro de si, Gaara não parou de rebolar, ciente que o incômodo logo cessaria. E realmente, depois de apenas alguns minutos, o incômodo deu lugar a uma insatisfação insana, uma ambição por algo maior que pudesse preenchê-lo.

Depois de perceber que o Sabaku estava realmente preparado (só se convenceu disso ao ter os dedos quase quebrados pelo choque mais agressivo do quadril do outro com sua mão), Naruto se posicionou diante da entrada do amigo. Esfregou a glande por um tempo sem penetrar de fato, para torturá-lo mais. Depois de uma sessão cruel de provocação, o loiro decidiu-se por parar de enrolar e forçou seu membro vagarosamente para dentro do ruivo.

Gaara fechou os olhos com força, sentindo a ardência voltar a medida que era invadido. Céus, aquela porra doía tanto! Trincou os dentes e focou-se em manter a respiração regulada, de modo que pudesse relaxar e se dilatar mais. Aos poucos, seu método foi funcionando.

Naruto esperava pacientemente, sem pressionar o amigo. Tentou ajudá-lo no processo de relaxamento beijando as costas nuas e mordiscando levemente. Enquanto isso, seu pau era comprimido pela entrada apertada, mas nada que tirasse sua sanidade a ponto de machucar Gaara para se satisfazer. Depois de mais longos minutos de espera, finalmente viu o movimento lento de vai vem vindo do quadril alheio, indicando que podia começar a se mover.

Devagar quase parando, o Uzumaki começou a estocar, apertando os quadris de Gaara com tanta força que seus dedos ficaram tatuados na pele pálida. O Sabaku não se incomodava com os apertos, na verdade não se incomodava mais com nada a não ser o macho gostoso atrás de si fodendo-lhe. Agora que a dor se dissipara, o ruivo percebia o quão prazeroso era o sexo e o quão prazerosa era aquela posição específica – com certeza, recomendaria a transa de quatro pra qualquer virgem que conhecesse.

Revirando os olhos, Naruto gemeu alto ao aumentar a velocidade dos movimentos e se perder naquele frenesi. O corpo vibrava com as sensações proporcionadas pelo sexo, quase rendendo-se ao deleite. Claro que ver Gaara tão entregue gemendo seu nome e empinando-se para si era mais que um acréscimo generoso para explicar as ondas de prazerosas que arrebatavam seu corpo e deixavam sua mente nublada.

Perdido entre o prazer e a razão, o loiro lembrou-se do membro alheio esquecido e buscou-o, soltando um dos lados do quadril do amigo. Agarrou o pau duro de Gaara com firmeza, esforçando-se para masturbá-lo na mesma velocidade em que o fodia. Atingiu a próstata do outro e foi agraciado com o gemido mais alto e depravado que ouvira naquela transa, sorrindo ladino ao concentrar-se em atingir novamente aquele ponto. Estava quase lá e sentia que o ruivo estava na mesma situação.

Algumas fortes investidas depois, observou o amigo chegar no ápice gemendo manhoso, perdendo a força dos braços e deitando parcialmente sobre o carpete, deixando somente a parte inferior do corpo permanecer na mesma posição. Naruto estocou só mais algumas vezes e também alcançou ápice, gemendo alto e rouco enquanto caía em cima de Gaara, rolando para o lado em seguida a fim de não esmagá-lo.

O Sabaku curtia os choques a nível celular que o orgasmo havia lhe proporcionado. De fato, o tal prazer era tão bom quanto Naruto prometera, porém muito melhor provado na prática. Ambos os garotos ficaram ali entregues a inércia por um bom tempo, só aproveitando as sensações que tomavam seus corpos.

Naruto já havia sentido tudo aquilo, mas por algum motivo sentia que daquela vez, havia sido diferente. Talvez – só talvez – fosse pelo sentimento secreto que nutria pelo amigo há algum tempo. Suspirou baixinho e buscou o rosto do outro, virando o seu próprio para o lado a fim de encará-lo. A face pálida de Gaara ainda estava corada, com gotas de suor grudando-lhe na testa. Os olhos mostravam-se parcialmente nublados, recuperando-se aos poucos. Ah, era simplesmente adorável – eroticamente falando.

— Ei, foi bom pra você? – perguntou o loiro, desviando do olhar de Gaara e fixando-o no teto em pura insegurança.

— Tá brincando? – o Sabaku devolveu a pergunta, com a expressão incrédula. – Dizem que primeira vez é horrível, mas acho que depende muito da pessoa com quem se transa. Eu tive sorte.

Os olhos azuis se viraram para encararem os olhos verdes novamente, visivelmente surpresos. Ficaram um tempo assim; a imensidão azul celeste perdendo-se na imensidão verde água, como se céu e mar decidissem flertar e se contemplar de forma mútua.

E naquele breve tempo, não falaram nada, não se moveram, não desviaram o olhar. Era um momento belo demais para ser destruído por palavras ou ações vazias, uma coisa rara depois de uma transa – aquela adoração, a certeza de que o orgasmo havia sido compartilhado, que os gemidos haviam formado um diálogo e não um monólogo como normalmente costuma acontecer. A certeza de que o prazer que os havia juntado não os iria separar, porque antes do ato, durante o ato e depois, eles continuavam o mesmos; sinceros como sempre haviam sido um com o outro.

17. November 2019 17:48 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Artemísia Jackson Afogando as mágoas na escrita!

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