lara-one Lara One

Um final de semana numa casa... Não há agentes do FBI... Apenas um homem e uma mulher... Nenhum Arquivo X... Somente dois corpos cansados de lutar contra seus desejos mais secretos... Derrubando definitivamente suas próprias barreiras.


Fan-Fiction Series/Doramas/Soap Operas Nur für über 21-Jährige (Erwachsene).

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S05#18 - THE SEX FILES

INTRODUÇÃO AO EPISÓDIO:

[Fade out]

Caesar's Place Hotel – Roma – Itália – 9:28 P.M.

[Som: Eros Ramazzotti – Un'altra te]

Câmera de aproximação pelo quarto. Sobre a cama arrumada, uma valise negra e um rifle de longo alcance. Sobre a valise está a foto de Suzanne Modesky.

Corta para Mulder, sentado na poltrona de frente para a janela, observando alguma coisa pelo binóculo. Cabelos molhados, banho recém tomado, vestindo apenas um roupão aberto, que revela seu peito nu e a cueca boxer preta. Mulder atira o binóculo sobre a cama. Apoia os braços na poltrona. Suspira.

MULDER (OFF): - Penso que algumas vezes deixo transparecer em mim um lado muito emocional. Sim, sou um cara romântico por natureza. Mas eu não sou apenas isso. Eu sou homem. Tenho um lado instintivo muito aguçado. E sinto sua falta... Esses três dias aqui estão me deixando maluco. Preciso esperar Modesky e armar o golpe pra tirá-la daqui com vida. E diante de tanto problema, só você é minha fuga. Ficar aqui pensando em você...

Mulder desvia o olhar para o tapete.

MULDER (OFF): - Não serei hipócrita a ponto de mentir pra mim mesmo que sinto falta da sua voz, da sua conversa, das nossas brincadeiras. Tudo bem, eu sinto. Mas agora, neste momento, neste segundo, eu sinto falta é do seu corpo. Do seu cheiro. Não da amiga, da parceira... Eu sinto falta da mulher Dana Scully... E isso me deixa louco. Fico aqui pensando em sexo. Sim, eu gosto de pensar em sexo. Eu penso em sexo o dia todo. Todos os dias da semana. Animal? Pode ser. Mas este sou eu. Sou homem. Por muitos anos não tive nada. Raras ocasiões. Raros envolvimentos. Sou um cara chato. Sexo por prazer é bom. Sexo com amor é melhor. Quando há envolvimento, há entrega da mulher. Eu não quero sexo comum. Sempre quis sexo forte, sexo gostoso, entrega. Ousadia. Algo diferente. O prazer da conquista e a entrega da conquistada. Algo que tivesse um sabor especial. Erotismo e inocência... Algo mais pra Don Juan que Marquês de Sade.

Mulder respira fundo.

MULDER (OFF): - E tenho isso com você. Talvez justifique a minha necessidade por você, o porquê só você me basta. Tenho com você a surpresa. Você é ousada. Outro dia é tímida. Um dia se faz de mandona. No outro, implora pra que eu te possua como animal. Um dia quer amor. Outro quer sacanagem. Nunca sei o que você quer. Porque você quer tudo. Você está disposta a tudo. A qualquer coisa. Chamo isso de sexo ousado. Fora do trivial. Desafiador. Quente. E é isso que busquei a vida toda. Uma parceira de verdade. Pra tudo. E você é. Você topa minhas loucuras. E eu topo as suas.

Mulder aperta a poltrona nas mãos, sentindo o tecido. Fecha os olhos.

MULDER (OFF): - Portanto é difícil ficar longe de você. Do seu corpo. Fiquei por anos em abstinência. Investindo cada minuto em você. Sou um cara que tem paciência. Que encara a vida como uma conquista. Nunca entro num jogo se não for pra ganhar. Eu sabia no fundo que ganharia. Levaria tempo, mas eu sou teimoso. O que quero eu consigo. E consegui você. E você surpreendeu as minhas expectativas. Posso pensar em igualdade agora. Você me merece. Eu te mereço. Em tudo. Defeitos, virtudes, qualidades. Nós somos iguais. Famintos por prazer. Famintos por loucura. Sei porque agora penso isto. É um ano importante em nossa vida. Um ano de reavaliação. E quando fico aqui reavaliando, penso que só faltou uma coisa até agora: nada.

Mulder desliza as mãos pelos braços da poltrona. Se contém. Respira fundo.

MULDER (OFF): - Barreiras... Me lembro quando elas ainda existiam... Não existem mais... Não foi apenas Marshall o responsável por isto. A lição veio quando decidimos ser três. Quando percebemos que não podíamos mais ser dois. Então tomamos a consciência de que há muito éramos mais íntimos do que pensávamos. Foi embora aquela culpa. Aprendemos a nos conhecer aos poucos como um homem e uma mulher. E agora que sabemos quem é o homem Mulder e a mulher Scully, nada mais importa, só queremos viver intensamente um com o outro tudo o que não vivemos antes... Gosto do jeito como você faz sexo. Como me usa, como se permite ser usada. Como não deixa nada cair na rotina. Eu não deixo nada cair na rotina. E você compreendeu isto. Tentamos a cada dia aperfeiçoar nossa vida a dois. Olho pra trás e vejo que conquistamos muito. A cada passo. A ponto de eu estar hoje aqui, sozinho, num país estranho, admitindo pra mim mesmo que sinto falta do teu corpo, sem sentir vergonha de admitir isso. E que estou explodindo de tesão, subindo pelas paredes. Que o telefone está ali. Que eu poderia pegar o telefone e sair com alguém... Até mesmo com aquela megera da Diana que dorme no quarto ao lado. Ser tipicamente um desgraçado sem caráter algum, afinal você não está aqui... Você jamais desconfiaria... Sim, o telefone está ali. É só ligar... Mas eu olho para o telefone. (SORRI) ... E eu só consigo transar com você... Porque eu tenho com você o que não tenho com nenhuma outra. Eu tenho todas em uma. Tenho qualidade. E não vou arriscar perder isso e muito mais por um desesperado e irracional momento de prazer... Eu não consigo mentir pra você. Eu não poderia te trair. Você não merece isso. Minha natureza masculina instiga. Mas minha razão me mantém aqui. Pensando em você.

Mulder perde o olhar num ponto de fuga.

MULDER (OFF): - Uma vez Frohike me disse uma verdade. Eu já havia ouvido isso. Na verdade, ouvi das garotas do colegial e nunca mais me esqueci. Colegial... Eu era tão tímido. Me escondia atrás dos óculos e dos livros. Eu tinha o corpo do jogador campeão da escola, mas eu preferia viver como um nerd, recluso. Atolado em teorias. Cheio de revistas pornôs escondidas no quarto. Ah se a velha Teena descobrisse! Batendo umas durante a noite, durante o dia. Tinha medo de ter uma mulher. Crise de todo garoto. Fica aturdido, hormônios pedem, a curiosidade exige, você tenta conseguir enrolando as garotas... Mas quando uma avançadinha chega, você acaba tendo uma ereção e gozando antes que ela tire a roupa. Você precisa ter auto-afirmação como homem e pra isso precisa transar, afinal foram seus pais que disseram que pra ser homem você precisa ser macho, comer todas as meninas. E não pode chorar, não pode ter medo... Meninos não choram... Meninos tem que ser fortes o tempo todo. Não vou criar meu filho dentro desse conceito ridículo e falido que cruelmente escraviza o psicológico de um homem a ponto de transformá-lo num muro. Vou ensinar que ele pode cair, pode chorar e nem por isso significa que ele não tenha bolas.

Mulder balança a cabeça negativamente.

MULDER (OFF): -Mas eu não vou entrar em questionamentos morais, filosóficos e imposições falsas da sociedade... Estou sendo sincero, eu não quero o meu ser humano, eu quero a minha essência, ser honesto e admitir que tenho um lado animal. Todo garoto quer ter sexo. Precisa se afirmar como homem. Mas ao mesmo tempo tem medo de fazer errado. Olhar mulheres em revistas é uma coisa. Olhar uma ali, esperando por você ao vivo, é muito diferente. E se ela tem experiência e você não? O medo é maior. Aos 18 anos, na faculdade, eu transei pela primeira vez. Phoebe Green. (INDIGNADO) Até descobrir que ela tinha obsessão por indiscrição e qualquer coisa que usasse calças... Não sei como começou, mas foi depois de estar num porre, caído numa festa, discutindo paranormalidade. Me sentia o máximo: encontrei uma semelhante na loucura. Mas foi uma merda. Eu não sabia o que fazer e pra ajudar estava bêbado. Saímos pela cidade e acabamos parando no túmulo de Sir Arthur Conan Doyle... (RI) Mulder, Mulder... Ótimo lugar pra perder a virgindade... E de pensar que Scully acha que é a única que começou com uma vida sexual estranha... Desde aquele dia eu percebi por aprendizado que sexo é mais do que liberar hormônios. Não importa a quantidade. Importa a qualidade. Você pode ter sexo todo o dia. É só sair na rua, sempre pinta um convite. Mas o que se conquista tem sabor diferente. Isso é mostrar pra você mesmo que você pode conquistar uma mulher. E conquistar uma mulher representa uma auto-afirmação. Sexo fácil é como abrir a geladeira e matar a fome. Sexo por conquista é como degustar um banquete que levou horas para ser preparado, temperado... Sexo fácil vem de mulher fácil. E se é fácil pra mim, deve ser fácil para os outros. Sinto, mas é a essência masculina que me diz isso. Pode ser uma hipocrisia machista. Mas não vou mudar minha opinião quanto a isto. Sou machista então.

Mulder suspira.

MULDER (OFF): - E quando Frohike me disse aquilo eu lembrei do que ouvi no meu passado, nas conversas casuais da faculdade de psicologia, entre nós alunos e o professor Jules, um sessentão feio pra burro e que vivia cercado de mulher: Quer obter tudo de uma mulher? Dê tudo o que ela deseja. Quer ser louco com ela? Deixe-a enlouquecer primeiro. Seja o que ela quer. Provoque-a, preste atenção nela. Ela vai enlouquecer e você vai ter o que quer. Ou então, seja um perdedor: chegue, vá fazendo o que quer sem que ela curta isso. Não será uma droga, o homem se acostuma, afinal, é só isso que ele tem, é a única face da moeda que ele conhece. Mas o dia em que tiver algo diferente, vai perceber que droga de sexo ele tinha... Paciência é uma virtude conquistada. Felizmente aprendi isso cedo. Outros aprendem tarde. Outros ainda, nunca aprendem... Uma coisa que me impressiona: você sabe quem eu sou. E eu sei quem você é. Não há mentiras entre a gente. Sabemos nossos limites intransponíveis. E sabemos os limites que podemos transpor... Estamos despidos um para o outro. Despidos de vergonha... Pra sempre... (SORRI) Me lembro das loucuras que fizemos... Mas aquela semana sórdida e tumultuada foi marcante... Que hoje denominamos como os altamente secretos Dossiês XXX.

Mulder sorri. Estica-se na poltrona, fechando os olhos, envolto em recordações.

VINHETA DE ABERTURA: TOP SECRET – THE DOSSIES XXX



BLOCO 1:

Dossiê # 1: Cilada... Pode ser algo muito interessante...

Câmera de aproximação pela sala de ginástica da academia. Nenhum movimento. Aparelhos de ginástica abandonados. O foco se dirige pelo extenso corredor até uma porta, onde se lê escrito: sauna. Batidas desesperadas são ouvidas.

Corta pra dentro da sauna. Parcas nuvens de vapor. Mulder, enfurecido, com a camisa aberta e a gravata solta, batendo na porta, feito um desesperado, suando.

MULDER: - (GRITA) Alguém aí fora??? Nos tire daqui!!!!!!!!!!!!!!!!

MULDER (OFF): - Uma cilada... E nós dois presos numa sauna. Era uma ótima quarta-feira... Pra começar, esse caso nem era pra gente. E com o ocorrido eu estava mais indignado ainda.

Corta pra Scully sentada no banco forrado com toalhas. Só de lingerie vermelha, se abanando com as mãos. A roupa ao lado.

SCULLY: - (DESANIMADA) Esquece Mulder. São duas horas da manhã. E não conheço antecedentes de maníacos halterofilistas que frequentem academia nesse horário.

MULDER: - Desgraçado! Como não percebemos que era uma cilada?

SCULLY: - Pelo menos podemos regular a temperatura aqui e não morrer cozidos como vegetais... Até que ele foi bonzinho...

Mulder chuta a porta. Scully suspira.

MULDER: - Como caímos nessa? Por que não podemos agir como pessoas normais e falar com o suspeito em horário comercial? Por que sempre depois do expediente?

SCULLY: - Você ia adivinhar que realmente de suspeito ele se revelaria culpado e nos trancaria aqui dentro num convite 'vou mostrar a academia. Aqui é a sauna. Fiquem aí enquanto eu fujo. Blam'.

MULDER: - (OLHA PRA ELA) O que é 'blam'?

SCULLY: - O barulho da porta se trancando pelo lado de fora.

MULDER: - Mas será que não tem faxineiro nessa droga???

SCULLY: - Nesse horário? Mulder, ao contrário do que você pensa, neste horário as pessoas normais dormem!!!!

MULDER: - Ótimo! Então vamos passar a noite trancados numa sauna! Que coisa fantástica isso! Sem celular, sem janelas, sem ter pra quem pedir auxílio...

Mulder tira a camisa. Scully olha pra ele. Mulder senta-se ao lado dela.

MULDER: - Um dia, quando eu tiver meus cinqüenta, vou escrever um livro.

SCULLY: - Sobre o quê?

MULDER: - Sobre as encrencas em que eu e você nos metemos. Vai virar um filme de terror!

SCULLY: - Encare assim Mulder: imagina se essa situação tivesse nos acontecido quando nos conhecemos? Ahn? Seria pior! Eu não estaria assim despida na sua frente e morreria de calor!

MULDER: - Trancados numa sauna... Vamos passar a noite toda aqui, olhando um pra cara do outro e nem temos cartas pra passar o tempo e...

MULDER (OFF): - Nesse instante me deu um insight. Pensamentos obscenos invadiram minha mente... Grande novidade! Mas eu me calei e virei o rosto pra ela num sorriso sacana. Scully continuava se abanando. E eu sorrindo, mexendo as sobrancelhas. Ela olhou pra mim com um ar de interrogação. Que se transformou rapidamente numa fisionomia de espanto.

SCULLY: - Mulder!!! Como pode pensar nisso numa hora dessas?

MULDER: - Ninguém aqui. Essa droga abre às sete da manhã...

SCULLY: - Mulder...

Mulder aproxima o nariz do pescoço dela.

MULDER: - (MURMURA) Já fez amor numa sauna, Dana Scully?

SCULLY: - (RINDO) Mulder... Eu não sei se é uma boa ideia... E se chegar alguém?

MULDER: - Ninguém sabe que estamos aqui. Se chegar alguém ouviremos a porta. E afinal estamos pelados porque estamos numa sauna... Foi o calor, Scully.

Scully morde os lábios, olhando pra ele em dúvida. Mulder desce a alça do sutiã dela, beijando-lhe o ombro.

SCULLY: - Mulder... Não! Você sabia que os animais perigosos na natureza costumam usar a cor vermelha para afastar predadores? Não entendeu ainda por que estou de vermelho hoje? Não se tocou que é pra me afastar de você?

MULDER: - Scully, acho que os animais perigosos não usam lingerie vermelha contra os predadores... Não vai me afastar com isso...

SCULLY: - Seu tarado insaciável! E como sabe que estou de vermelho se a sua visão não distingue o vermelho?

MULDER: - Porque quando vejo Scully com uma lingerie indefinida, imagino que seja vermelho... E imagino que ela fez de propósito... Pra me deixar longe...

SCULLY: - Vou desistir desse truque mesmo. Melhor continuar usando 'preto excitação'. 'Vermelho não identificável pra Mulder' não funciona!

MULDER: - (RINDO) Não identifico o vermelho, mas identifico o que ele esconde...

SCULLY: - Hum... Mulder... Isso me cheira a perigo, mas é excitante...

Mulder a empurra por sobre o banco. Começa a beija-la. Scully leva as mãos até as calças dele, tentando tira-las.

SCULLY: - Tira isso, Mulder! Tá atrapalhando!

Mulder se levanta e começa a se despir. Ela se despe também. Deita-se no banco. Mulder deita-se sobre ela. Os dois trocam um beijo de língua. Scully envolve os braços nele. Mulder desce os lábios pelo pescoço dela.

SCULLY: - Mulder, não sacode muito isso aqui ou vou cair!

MULDER: - Imagina nós dois estatelados no chão...

SCULLY: - Hum, Mulder, como pode fazer piada disso? (RI) Que tal continuarmos a escrever aquele livro juntos? Narrando nossas aventuras sexuais...

MULDER: - Publicaria isso?

SCULLY: - Nunca! Mas adoraria ler...

MULDER: - Não prefere fazer?

Mulder desce a língua pelo corpo de Scully. Esfrega seu nariz nos pelos dela.

SCULLY: - Ohm, meu Deus... Que decadência! Num banco de sauna! Gastando energias duplamente? Mulder, amanhã vamos passar o dia bebendo água! Ohm, Mulder... Não faz isso... Ai, faz sim... Faz... Hum...

MULDER: - (SUSSURRA) Adoro esse seu cheiro de fêmea... Gostosa Scully...

SCULLY: - Hum, fala mais fala... Uh! Mulder, sai daí! ...

Scully ergue a cabeça e apoia os cotovelos no banco. Fica olhando pra ele.

SCULLY: - (RINDO) Você adora isso, confesse.

MULDER: - É meu sabor preferido...

Scully inclina a cabeça para trás.

SCULLY: - (MANHOSA) Ai, Mulder, não me enlouquece... Eu louca fico um perigo...

Mulder sobe pelo corpo dela. Devora-lhe os seios. Scully deita-se, fechando os olhos. Envolve-o nos braços.

MULDER: - Ainda bem que você é uma mulher portátil.

SCULLY: - Portátil?

MULDER: - Pequena... Ou esse aperto ia ser pior...

SCULLY: - (RINDO) Mulder!

MULDER (OFF): - Ela conseguia despertar meus piores instintos... E eu adorava saborear lentamente aquele corpo sem pressa nenhuma. Cada centímetro de pele arrepiada... Aqueles mamilos que se enrijeciam aos poucos, conforme eu circulava minha língua... O silêncio tomou conta do ambiente. Ela ficou afagando meus cabelos, olhando pra mim, enquanto eu fazia contornos por seus seios com a língua, os agarrava com firmeza... Ela soltava gemidos baixinhos, incontidos, mordendo os lábios. Pressionava mais ainda uma das minhas mãos, para que eu agarrasse seu seio com mais força. Confidenciava sussurrando que me queria dentro dela com urgência... A urgência também era minha... Eu já estava explodindo de tesão. Ela apoiou uma das pernas sobre o encosto do banco, me pedindo para ir com calma. Entrei nela com calma. Como eu gostava... Sem pressa... Pouco a pouco a sentindo... Ela deu um gemido alto. A posição era desconfortável, ela não tinha muito espaço e isso dificultava um pouco... Então entrei inteiro dentro dela, soltando um gemido. Ela gemeu alto, agarrando-se às minhas costas, arranhando as unhas na minha pele. Eu gritei.

SCULLY: - (OFEGANTE) Desculpe... Está doendo...

MULDER: - Quem sabe de outro jeito? Você não tem espaço aí e...

SCULLY: - Você não tem culpa se não combinamos em nada... Inclusive em proporções matemáticas... Ai... Mas isso é excitante...

MULDER: - O que é excitante?

SCULLY: - (SUSSURRA) O quanto você me rasga... Ohm, meu deus... Faz assim... Não para... Nunca mais...

MULDER (OFF): - Não sei. Mas acho que a palavra 'rasga' foi um estopim nos meus ouvidos. Me controlei ou acabaria me arremetendo com força enlouquecido contra ela e acabaria realmente a machucando. Respirei fundo. Contive meu impulso. Ela mordeu os lábios e fechou os olhos. Apoiei os braços no banco e ergui meu corpo, tentando facilitar pra ela. Ela segurava meu pulso e o meu braço, tentando se equilibrar ali, com medo de cair. Eu me movia contra ela suavemente, gemendo. Ela soltava suspiros, mais relaxada. Me sentir dentro dela era uma mistura de dor e prazer. Que iriam nos encontrar ali pela manhã, era uma certeza. Mas outra certeza é que fazer amor com ela, em qualquer lugar, era como degustar o manjar dos deuses...


Dossiê # 2: O 'poderoso chefão'???

Apartamento de Mulder – 6:21 P.M.

O apartamento vazio, na penumbra. A porta abre-se lentamente. Os dois agentes entram cabisbaixos, chateados. Scully acende a luz. Mulder, vestido num sobretudo, mãos nos bolsos. Parecem angustiados. Mulder fecha a porta.

MULDER: - Arrume suas coisas. Vamos dar um tempo fora de Washington antes que eu acabe num manicômio. Que semana mais ferrada!!!!

SCULLY: - Ouviu o que Skinner nos disse. Que Kersh vai se atravessar em nosso caminho.

MULDER: - Deixe-o tentar se atravessar no nosso caminho e vai aparecer boiando num rio com a boca cheia de formiga. Eu falei com Krycek e pedi um contato com o Fumacinha. Vou aceitar trabalhar pra ele.

SCULLY: - (SUSPIRA)

MULDER: - Nada como ter voz ativa e poder, sabia?

SCULLY: - Não comece a se empolgar com isto, Mulder.

MULDER: - Eu sei como lidar com o poder, Scully. Essa gente só entende ameaças. É a língua deles. Vai ser muito bom passar de um mero peão pra quem dá as cartas. De estranho Mulder, eu passei pra Filho do Fumante. Ninguém mais ri de mim, com medo.

SCULLY: - Mulder...

MULDER: - (SORRI) Você sabe quem sou. Eu nunca mudaria minha natureza.

SCULLY: - Eu sei, mas me preocupo...

MULDER: - (DEBOCHADO) Ora, agente Scully, não é você que tem taras por homens mais velhos e poderosos?

SCULLY: - (FECHA OS OLHOS) Hum...

MULDER: - (PROVOCANDO) Homens experientes? Sabe que não tenho quantidade, Scully. Mas tenho qualidade pra te oferecer...

Ela vai amolecendo o corpo, inebriada pela voz dele. Ele vai se aproximando.

MULDER: - Não é você quem disse que sempre gostou de homens grandes, que te envolvessem por completo?

SCULLY: - ... Hum... Fala mais, fala...

MULDER: - (PROVOCANDO) Que você gosta de sentir o peso de um homem enorme contra o seu corpo... Senti-lo agarrando-a sem que possa reagir porque você é baixinha e pequenina... Tomando-a num ímpeto, sem permissão alguma... Fazendo de você um mero objeto a ser usado por prazer?

SCULLY: - (DE OLHOS FECHADOS/ MORDENDO OS LÁBIOS) Hum...

Mulder fica de frente pra ela. Scully ainda de olhos fechados, envolta em pensamentos picantes. Ele afaga o rosto dela com o nariz. Fecha os olhos. Envolve sua mão no pescoço dela e a outra na cintura. Perde seu rosto entre os cabelos acobreados, abocanhando o pescoço dela com vigor, chupando-o com desejo. Scully permanece de olhos fechados. Os corpos colados. Mulder esfregando seus quadris contra ela.

MULDER: - (MURMURA) Estou impossível hoje...

SCULLY: - (SORRI) Percebo... Ai... Nossa! Está com concreto dentro das calças, Mulder?

MULDER: - (MURMURA) Sente o que você me causa?

SCULLY: - (MURMURA) Sou eu quem causa isso?

MULDER: - (MURMURA) É... É você sim.

SCULLY: - (MURMURA) Não sabia que eu era tão poderosa... Pra erguer a arma do poderoso chefão...

MULDER: - (MURMURA) Você ergue o que quiser, Scully...

Mulder continua a brincar com a língua no pescoço e na orelha dela. Scully respira sofregamente.

MULDER: - (MURMURA) Estou doido por você...

SCULLY: - (MURMURA) Mulder... Ai, Mulder... Não faz assim comigo... Estou arrepiada...

Mulder vai pro outro lado do rosto dela, deslizando a língua por ele, mordendo-lhe a orelha. Ela treme. Ele murmura enquanto brinca com a língua na orelha dela.

MULDER: - (MURMURA) Por quê? Hum?

SCULLY: - (MURMURA) Você me faz sentir coisas...

MULDER: - (MURMURA) Não gosta de sentir 'coisas'?

SCULLY: - (MURMURA) Eu... Fico enlouquecida... Você nem sabe o que me causa...

MULDER: - (MURMURA) Medo de se entregar?

Scully pega a mão dele e leva-a pra baixo da saia, de olhos fechados, ofegante.

SCULLY: - Não. Você me causa isso.

Mulder olha pra ela. Aproxima os lábios semiabertos. Cola os lábios num beijo intenso, explorando a boca de Scully com a língua. Ávido. Ela retribui. Ele desce as mãos, erguendo a saia dela. Vai empurrando-a contra o sofá. Então agarra a perna dela, colocando sobre o sofá. Scully o agarra, tentado afrouxar a gravata, despi-lo do sobretudo. Mas grita, mordendo os lábios, sentindo-o dentro de si, com uma fúria incontida, ofegante. Scully envolve os braços, agarrando-se às costas dele. Ele mantém suas mãos firmes, agarrando-a pelo bumbum, forçando-a contra ele.


Dossiê # 3: Rumo a um final de semana inesquecível...

8:11 P.M.

Mulder e Scully dentro do avião. Ela dorme recostada no ombro dele. Poucos passageiros no voo. A aeromoça passa oferecendo bebidas. Olha pra Mulder.

AEROMOÇA: - Algo para beber, senhor?

MULDER: - Não, obrigado.

A aeromoça pisca o olho sensualmente e segue empurrando o carrinho de bebidas pelo corredor. Mulder fecha os olhos e sorri.

MULDER (OFF): - Impressionante... Quando você está sozinho, não aparecem mulheres. Quando você tem uma, as outras se sentem ameaçadas... Mulheres são assim. Depois reclamam que somos galinhas... Mas elas abrem o caminho. Não respeitam umas às outras. É uma luta constante para provar quem é a melhor. Sinto moça, você é muito bonita. Mas eu já tenho dona...

Mulder beija Scully na testa.

MULDER (OFF): - Estou curioso com este final de semana. Desde que começamos a ficar mais libertos de Mulder e Scully... Tentamos ser apenas um homem e uma mulher... Pena que a invasão de privacidade naquele apartamento esteja nos deixando loucos. As coisas não andam boas ultimamente... Ontem eu me surpreendi, quando chegamos ao meu apartamento. Eu cheguei sério e estafado. Não havia trocado uma palavra com você durante o trajeto do FBI pra casa. Você começou a desconfiar. Tirei o paletó e a gravata. Abri minha camisa. Estava com uma cara de homem sério, indignado, completamente de mal com a vida. Era o Mulder, o estranho, que voltava à tona. Pensei em pedir pra você ir embora, me deixar sozinho com a minha raiva. Mas liguei o som alto, sentei-me no sofá e peguei o controle remoto da TV. Você foi pro quarto. Eu fiquei olhando pra TV, pensando em matar o Fumacinha, ao som do Peter Frampton. Podia imaginar como ele ficaria vestido de presunto enquanto eu cantava: oh, baby I love your way e transava com você sobre o túmulo dele... Então você entrou na sala, vestindo uma camiseta branca, larga e enorme... Havia um ursinho estampado nela... Os cabelos presos por passadores, meias brancas... A menina ingênua, o anjinho sedento de maldade... O convite pro pecado. Ficou parada, olhando pra mim... Você fez aquilo de propósito. Fingi que você não estava ali. Entendi que era um jogo. Você havia dado a primeira cartada me convidando para uma partida...


Dossiê # 4 – A menina ingênua e o psicólogo

[Som: Peter Frampton – Baby I Love Your Way]

Scully, escorada na parede, morde o polegar, observando Mulder. Está séria, preocupada.

SCULLY: - Mulder... Ligou o som por causa das escutas?

MULDER: - (SEM DESGRUDAR OS OLHOS DA TV)

SCULLY: - Sei que tivemos um dia estafante. Entendo perfeitamente que aquela coisa toda deixou você estressado. Desculpa. Eu... Eu não queria que você estivesse errado. Na verdade, até eu comecei a acreditar que ele era um lobisomem.

Mulder olha pra ela, sério.

MULDER: - Não estou assim por isso.

SCULLY: - Não?

MULDER: - ... Não.

SCULLY: - ...

MULDER: - ... Scully, quem sabe você volta pro seu apartamento e me dá um tempo hoje?

SCULLY: - Mulder... E-eu... Eu fiz alguma coisa de errado? Ai! Você não gosta desse tipo de fantasia... Ousei demais.

MULDER: - ...

SCULLY: - Desculpe. Vou trocar de roupa.

Mulder, fisionomia séria, ergue os olhos pra ela.

MULDER: - Não é isso, Scully.Eu estou cansado.

SCULLY: - ...

MULDER: - (INDIGNADO) Cansado. Temos um relacionamento. E o que acontece? Aqueles caras ficam vigiando nossa intimidade. Que liberdade temos? Hein? Nunca comprei tanto CD na minha vida! Tenho que chegar em casa e escutar música pra poder conversar com você em paz! Dizer bobagens em paz! Amanhã é sexta. Juro pra você que vamos dar o fora daqui. Se duvidar tem câmera no quarto. Sabem até o que fazemos na cama. Isso cansa, isso é chato, estou frustrado com essa invasão de privacidade. Somos peças de um reality show pra eles!

SCULLY: - ...

MULDER: - Sabe no que eu estava pensando durante a reunião de hoje com Skinner?

Scully cerra as sobrancelhas, segurando um beiço de medo.

SCULLY: - ... Não.

MULDER: - Em você. E sabe o que eu estava pensando sobre você?

Ela faz um beiço maior ainda, com medo.

SCULLY: - Não... Em... Quanto eu atrapalho sua vida?

MULDER: - Não. Pensando em te jogar de quatro ali em cima e me atracar em você feito um animal, porque eu não estou pra brincadeiras lúdicas sexuais hoje.

SCULLY: - ... (EMPOLGADA/ FECHA OS OLHOS) O que mais pensou, Mulder?

MULDER: - Não queira saber. Melhor nem saber, eu já te disse que sou um pervertido. Que tenho compulsão por sexo... Scully, quem sabe você volta a morar no seu apartamento? Hein? Estou começando a ficar preocupado com a imagem que você tem de mim. Posso acabar mostrando meu lado sacana. E isso vai magoar você, a menina de família.

Mulder está indignado. Mira o controle na TV e muda de canal.

SCULLY: - ... Mulder.

MULDER: - O que é?

SCULLY: - Fala.

MULDER: - Falar o quê?

SCULLY: - O que pensou em fazer comigo? Hum?

Mulder olha pra ela. Scully está com o corpo inclinado contra a parede, mordendo o polegar, fazendo charme. Roça a perna nua na outra.

MULDER: - (SÉRIO) Não vem, Scully. Hoje não. Não me provoca porque vai se arrepender.

SCULLY: - (SORRI) Vou?

MULDER: - ... E não faz essa carinha de santinha, com olhos de gata assustada. Porque eu sou um mau caráter.

SCULLY: - ... Tô gostando desse jogo. Sabe que... Hoje me sinto tão... Bobinha. Ingênua...

Mulder olha pra ela. De cima a baixo, vestida naquela camiseta.

SCULLY: - Sabe... Eu tenho medinho de você quando está assim. Porque você me pede pra fazer coisas que eu tenho vergonha de fazer...

Mulder desliga a TV e larga o controle remoto. Começa a abrir a camisa.

MULDER: - Scully vem aqui.

SCULLY: - (RINDO) Não... O que você quer comigo?

MULDER: - Vem aqui, vem.

SCULLY: - (MAROTA/CHUPANDO O DEDO) Não...

MULDER: - (PIDÃO/ OLHAR SACANA) Só quero conversar com você aqui no sofá. Hum?

SCULLY: - (JOGANDO) Minha mãe disse que esse tipo de conversa no sofá não traz bons resultados. E depois você está com uma carinha malvada. Acho que não quer conversar não. Você quer é abusar de euzinha.

Mulder olha maroto pra ela. Bate no sofá.

MULDER: - Não vou abusar de você. Vem aqui, vem.

Scully aproxima-se lentamente em passos sexys. Fica de frente pra ele.

SCULLY: - O que foi? Quer falar sobre o quê? Paranormalidade e ciência?

Mulder levanta-se, olhando pra ela. Scully olha pra ele, fingindo estar assustada, recuando. Mulder sorri debochado. Passa por ela, indiferente. Pega seu paletó e o joga por cima do aquário, o cobrindo.

MULDER: - (PISCA O OLHO) Detesto quando esse peixe 'conspirador' fica olhando pra gente... Broxa qualquer um...

Scully o observa, desconfiada. Mulder empurra a mesa de centro com o pé. Desliga as luzes, deixando apenas a luz do abajur acesa. Caminha até a poltrona. Puxa a poltrona colocando-a de frente para o sofá. Scully o observa mais curiosa ainda. Mulder senta-se no sofá. Recosta-se contra o encosto. Aconchega-se, olhando pra ela. Aponta para a poltrona.

MULDER: - Senta ali.

SCULLY: - Pra quê?

MULDER: - Senta ali. Hora da sua psicoterapia. Como seu psicólogo, minha garota confusa, acho que devo orientar você a libertar seus medos e sua moral familiar cristã, repleta de pecados e culpas inexistentes.

SCULLY: - Métodos Freudianos?

MULDER: - Não, métodos Mulderianos. Exorcismo de demônios e fantasmas do passado...


BLOCO 2:

Scully sentada na poltrona. Mulder a observa sério. Silêncio. Ela dá um sorrisinho. Mulder devolve um sorriso sacana pra ela. O jogo continua.

MULDER: - Abra as pernas.

SCULLY: - (SORRINDO) Ah, não... Isso é feio...

MULDER: - (PIDÃO) Abre, vai...

Scully afasta as pernas, sorrindo, enquanto chupa o dedo, com ar de 'lolita'. Mulder a admira.

MULDER: - Uma visão incrivelmente interessante e bela.

SCULLY: - (PROVOCANDO) Alivia o horror que seus olhinhos presenciaram hoje? Ahn?

MULDER: - Coloca os pés sobre a poltrona.

SCULLY: - Assim?

MULDER: - Isso. Agora a imagem melhorou.

SCULLY: - (SORRI SAFADA)

MULDER: - (DEBOCHADO) Tinha interferência.

SCULLY: - ...

MULDER: - (OLHA PRA ELA/ MOVENDO A CABEÇA DE UM LADO PRA OUTRO) Acho que tem uma interferência ainda.

SCULLY: - Sério?

MULDER: - Sério. Quer continuar esse jogo? Eu tô muito nervoso e sacana hoje.

SCULLY: - (SORRI) Oba! O que está interferindo na sua programação, Mulder? Hum?

MULDER: - Afasta a calcinha com a ponta dos dedos.

SCULLY: - ...

MULDER: - Eu te avisei...Faz uma coisa pra mim?

SCULLY: - O quê você quer?

MULDER: - Quero ver você se tocando. Sem culpa. Esqueça quem é você. Deixa a racional Scully ir embora. Aqui só há a Dana, uma mulher repleta de desejos. E seu psicólogo tentando curá-la...

Scully fecha os olhos. Inclina a cabeça pra trás. Desliza os dedos suavemente para o meio de suas pernas.

MULDER: - Isso. Assim, lentamente... O que você sente?

SCULLY: - Coisinhas.

MULDER: - Pensa em quê?

SCULLY: - Em você.

MULDER: - Descreve.

SCULLY: - Hum... Penso que são seus dedos... Sua língua... Sinto um calor percorrer o meu corpo. Sinto desejo. Estou ficando molhada.

MULDER: - Isso é bom?

SCULLY: - Sim... (RESPIRA FUNDO) Muito bom... Hum...

MULDER: - O que mais você pensa?

SCULLY: - Quero sentir você dentro de mim.

MULDER: - Coloca seu dedo. Finge que sou eu.

SCULLY: - Hum... Não basta... Não é você... É diferente...

MULDER: - Continue se acariciando. Gosto de ver você se excitar.

SCULLY: - ...

MULDER: - Assim...

SCULLY: - Hum... estou enlouquecendo... Mais molhada, mais sedenta... Acho que vou ter um orgasmo...

MULDER: - No que está pensando?

SCULLY: - Em você... É você quem está me tocando... E isso me faz querer gozar...

MULDER: - Para. Não goza.

Scully ergue a cabeça. Mulder olha pra ela. Bate em suas pernas.

MULDER: - Senta aqui.

SCULLY: - Pra quê?

MULDER: - (SACANA) Só pra gente conversar.

SCULLY: - (PROVOCANDO AINDA MAIS) Tá bom, mas não tenta abusar de euzinha.

Scully levanta-se. Vira-se de costas. Vai sentar-se, ele não deixa.

MULDER: - Ô-ô... Espera aí...

Mulder sobe as mãos pelas coxas dela, por baixo da camiseta, observando com curiosidade. Desce a calcinha dela pelas pernas. Scully senta-se no colo dele, ficando de costas pra ele. Mulder ajeita o passador no cabelo dela. Aproxima seus lábios da orelha, mordisca-a, puxando-a levemente até seus lábios a soltarem.

MULDER: - (MURMURA) Coloca os pés no sofá.

SCULLY: - Hum... Mulder...

MULDER (OFF): - Ela abriu as pernas, dobrando-as e colocando os pés afastados, apoiando-os no sofá. Eu mordisquei sua orelha, colocando minha língua dentro. Pude ouvi-la soltar um gemido. Eu queria enlouquecer essa mulher... Levei uma das mãos até seu seio, por baixo da camiseta e comecei a massageá-lo. Com a outra, desci por sua barriga, encontrando um lugar quente e completamente úmido, que eu massageava, circulando meus dedos, enquanto ela gemia baixinho, se entregando. Eu deslizava minha língua por seu pescoço, mordia-lhe o ombro. E de repente, para minha surpresa, ela desceu suas mãos. Uma delas por cima da minha, pressionando meus dedos contra seu genital. Com a outra, ela se abria mais, enquanto eu a tocava. Ela movia seu corpo, atritando seu bumbum contra algo que já se esgueirava dentro de minhas calças. Eu perdia meus lábios, minhas mãos, e meu medo de ser eu mesmo pra ela. Me sentia ousado, livre. Ela enlouquecia, gemendo. Eu sentia sua loucura na ponta dos meus dedos molhados pelo tesão dela. Não sabia onde pararíamos, mas tinha a certeza de que a noite seria diferente.

SCULLY: - (MURMURA) Ohm, Mulder...

MULDER: - ...

SCULLY: - (MURMURA) Hum... Assim... Oh, meu deus, assim...

MULDER: - (MURMURA) É assim que você gosta?

SCULLY: - (MURMURA) Hum... sim... ohm...

MULDER: - (MURMURA) Enlouquece pra mim... Eu me controlo.

MULDER (OFF): - Ela gemia cada vez mais alto. Eu a explorava com meus dedos curiosos. Não tinha dificuldades pra isso. Ela era um mar em fúria. Cada vez ficava mais molhada. Coloquei meus dedos dentro dela. Ela agarrava os seios, recostada contra meu corpo e os massageava com força por sobre a camiseta, movendo seus quadris contra minha mão. Eu reclinei minha cabeça contra o sofá. Estava começando a ficar entorpecido com aquela brincadeira... Um defeito que eu tenho: preciso sempre sentir o gosto das coisas. O toque não é um sentido que me basta. Não posso sentir um prato maravilhoso com meus dedos. Eu preciso saboreá-lo.

Mulder segura-a pela cintura.

MULDER: - (MURMURA) Levanta.

SCULLY: - ...

MULDER: - (MURMURA) Senta na poltrona.

SCULLY: - (MURMURA) Tá.

MULDER: - (MURMURA) Eu quero brincar com você hoje, Scully.

MULDER (OFF): - Ela sentou-se. Eu me prostrei de joelhos diante dela, afastando suas pernas. Cada uma delas por sobre o braço da poltrona. Eu a queria toda, completamente. Ela inclinou as costas pra trás e moveu seus quadris pra frente, se entregando a minha perversão. Deslizei minhas mãos por suas coxas. Agarrei os tornozelos dela por sobre as meias, firmemente, e afundei meus lábios entre as pernas dela, saboreando meu prato favorito. Ela empurrou mais seus quadris contra meu rosto. Gemia, enquanto me observava. Algumas vezes eu a massageava com a mão, enquanto olhava pra ela. (SORRI) Não havia mais culpa naquilo. Conseguíamos olhar um pro outro, sem medo.

MULDER: - (MURMURA) Gosta disso?

SCULLY: - (OFEGANTE) Sim...

MULDER (OFF): - Então continuei a massageá-la com a minha língua, usando minhas mãos para abri-la. Ela me olhava, erguia os quadris, inclinava a cabeça, enlouquecida. Eu não tinha piedade alguma. Queria tortura-la de prazer. Quanto mais sentia que ficava úmida, quanto mais sentia o seu gosto, mais aprofundava minha língua, até que colei meus lábios contra seu púbis e ela soltou um gemido mais alto. Senti sua mão afagando meus cabelos. Ela sussurrava coisas me deixando mais doido. E saber que ela me aceitava me deixava mais doido ainda. Continuei minha brincadeira de enlouquece-la, enquanto ela murmurava, 'me chupa todinha, Mulder, assim, assim...'. Ela havia descoberto o que me movia: a audição. E eu não iria desaponta-la. Eu fazia o que ela me pedia, a mordiscava, a lambia, a sugava... Ela se contorcia toda. Puxava minha cabeça de encontro a seu corpo. Pressionava-me contra ela. Então começou a gritar enlouquecidamente 'me fode Mulder'. E novamente, eu não iria desaponta-la. Eu sempre fui obediente. Abri minhas calças e me enterrei dentro dela direto, de tão molhada que ela estava. Ela gritou. Puxei seu corpo contra o meu, movimentando-me devagar como ela gosta. Deslizava minha língua por aqueles seios voluptuosos, sugando-os, movendo-me contra ela, ela se movendo contra mim, gemendo alto, inclinado o corpo pra trás. Eu a mantinha firme pelas coxas. Inclinei meu corpo pra trás e comecei a gemer, já ofegante. Ergui as pernas dela repentinamente, o que a fez gemer mais alto e apoiar seus tornozelos em meus ombros. Eu a puxava contra mim, enquanto inclinava meu corpo pra trás. Gemíamos juntos. Eu estava tão doido por ela que agora arremetia meu corpo selvagemente contra o dela, em golpes secos. Podia sentir a poltrona tremendo. Tudo se movia ali. Ela gemia mais alto ainda, agarrada aos braços do sofá. Eu enlouquecia, murmurando o nome dela, de olhos fechados. Ela gritava. E eu pude notar que ficava mais difícil entrar e sair de dentro dela. Sentindo que cada vez mais ela contraía os músculos por prazer e eu não conseguia mais conter meu gozo. Ela me apertava. Me mantinha dentro dela. Eu já estava tonto. Não queria acabar a brincadeira, mas ela me pedia por isso. Num golpe seco, que a fez gritar, eu gozei. Eu queria mais, muito mais. Mas não podia. Precisava me conter. Saí de dentro dela.

MULDER: - (OFEGANTE) Me deixa gozar de novo...

MULDER (OFF): - Ela retirou os pés dos meus ombros e eu caí sentado no tapete, zonzo... Tentando descobrir o que havia me atropelado. E descobri da pior maneira. Quando dei por mim, ela estava me empurrando e me deitando no chão, subindo em meu corpo e me colocando dentro dela. Deus! Incansável, insaciável Scully... Pude senti-la descendo por meu membro... Ela movia-se contra mim, pra cima e pra baixo, pedindo para eu não gozar. Firmei minhas mãos contra seu bumbum e a erguia e abaixava, ajudando-a. Ela apoiava-se com as mãos nas minhas pernas, inclinado a cabeça e o corpo pra trás, gemendo alto. Eu começa a gemer de novo. Ela a ficar molhada. Quando comecei a entorpecer e pensar em gozar, ela saiu de cima de mim. Olhei pra ela frustrado. Ela olhou nos meus olhos, num sorriso safado.

SCULLY: - (MURMURA) Mulder, eu quero mais de você. Muito mais.

MULDER: - (MURMURA/OFEGANTE) O que você quer de mim? Me matar de tesão?

MULDER (OFF): - Eu pendi a cabeça contra o chão, fechando meus olhos. Pude então sentir sua boca a devorar meu membro numa ânsia incontida. Entendi porque ela não queria que eu gozasse antes. Ela queria que eu gozasse em sua boca. Mas não me bastava. Eu a empurrei. Ela olhou pra mim sem entender nada.

MULDER: - Vai ter que ser recíproco, Scully. Se você quer sentir meu gosto eu também quero sentir o seu.

MULDER (OFF): - Ela me fitou, eu achei que havia exagerado... Comecei a ficar com medo da reação dela... Mas para minha surpresa, ela virou-se e ficou de quatro em cima de mim e continuou o que havia começado. E eu, comecei o que eu também queria. Bom, estava errado numa teoria: dois, ao mesmo tempo, pode não ser uma bagunça...


Dossiê # 5: Scully, menina má...

10:39 P.M.

Mulder liga o carro e sai da oficina, tomando a estrada escura. Scully observa pela janela.

MULDER: - Da próxima vez me lembre de verificar se o carro está ok. Locadoras de carros em aeroportos... Dá pra confiar nelas?

SCULLY: - ...

MULDER: - Somos loucos... Completamente loucos... Sair de Washington num avião e vir para os vinhedos no meio da noite.

SCULLY: - Mulder, algumas vezes não podemos ficar racionalizando a vida. É apenas vida. Vida é pra viver. Viver cada momento como o último... (SORRI) Sou eu quem está dizendo isso pra você?

MULDER: - Quero viver cada momento perdido da minha vida. E vive-los com você. Intensamente.

Scully sorri. Olha pela janela.

SCULLY: - Aquele rapaz da oficina era muito bonito... Acho mecânicos excitantes...

Mulder olha pra ela, surpreso pela espontaneidade do comentário. Scully continua olhando pela janela.

SCULLY: - Sujos de graxa, músculos expostos, adquiridos pelo trabalho... Cheiro de óleo... É algo másculo, viril... animal... rudimentar... mexe com os pensamentos mais picantes de uma mulher.

MULDER: - (CURIOSO) Sério?

SCULLY: - Sério. Como os homens se excitam com enfermeiras... Mulheres se excitam com mecânicos. É como se eles fossem uma espécie de transgressão... Algo como uma dama que cede aos seus instintos reprimidos justamente com um grosso, sem nenhuma polidez, que só quer sexo e sexo sacana, numa garagem repleta de calendários de mulheres nuas...

Mulder olha pra estrada num sorriso safado.


Dossiê # 6: Agente Secreto Mulder e a espiã que o amava...

Vinhedos - 1:46 A.M.

Mulder entra no quarto, trazendo a mala e um aparelho portátil de CD. Abre um sorriso.

MULDER: - Puxa, você fez um bom trabalho por aqui.

SCULLY: - Troquei a roupa de cama. Amanhã eu ajeito isso aqui direitinho. Mas acho melhor dormirmos de janela aberta, tem muito pó. Trouxe os CDs? Vou colocar isso em alguma tomada... Quero musiquinha.

MULDER: - Vou pegar a outra mala...

SCULLY: - Deixe pra amanhã. Não pretendo dormir de roupa.

Scully deixa apenas o abajur ligado. Olha pra ele. Senta-se sobre a cama. Pula.

SCULLY: - (RINDO) .. Colchão de mola... Adoro colchão de mola! Como naqueles filmes picantes que você tem na gaveta.

MULDER (OFF): - Olhei pra ela meio desconfiado. Será que a séria agente Scully andava assistindo minhas fitas? Parecia estar armando um jogo pra cima de mim. Um comentário completamente suspeito. Mas fingi que não havia percebido.

Mulder senta-se na cama. Scully levanta-se. Vai até a mala e a abre, retirando um estojo de CDs. Procura alguma coisa. Mulder a observa, cansado. Scully pega um CD e coloca no aparelho.

[Som: Johnny Rivers – Secret Agent Man]

Mulder sorri. Scully aproxima-se dele, requebrando os quadris e estalando os dedos. Volta pra cama e senta-se atrás dele, o abraçando. Mulder fecha os olhos. Scully beija-o no rosto. Retira a blusa, ficando de sutiã. Mulder continua de olhos fechados, sério. Scully envolve as mãos nele e vai desabotoando-lhe a camisa aos poucos. Mulder sorri.

MULDER: - Adoro ser despido... Principalmente por essas mãozinhas pequenas e ágeis... O que está aprontando, Dana Scully?

SCULLY: - Vantagens de ser médica... Mãos ágeis... Sou uma espiã russa, altamente perigosa... Preciso ter mãos ágeis para roubar o microfilme que você tem.

MULDER: - (SORRI) Ah! Uma espiã... Em que encrenca eu me meti desta vez?

Scully retira a camisa de Mulder. Ajeita-se, sentada atrás dele. Envolve o braço no abdômen dele e a mão em seu pescoço. Aproxima seus lábios da orelha de Mulder. Ele continua de olhos fechados.

SCULLY: - (MURMURA) Renda-se Agente Secreto Mulder... Você é meu... Vai ficar aqui em cativeiro. Até me entregar o que eu quero.

MULDER: - Estou desarmado... Vamos negociar...

Scully vira o rosto dele mordendo-lhe o lábio inferior, o devorando num beijo. Mulder retribui. Ela encosta os dedos nele simulando uma arma. Solta-lhe os lábios. Olhar sedutor e perigoso.

SCULLY: - Quietinho ou estouro você sem piedade, Agente Mulder. Me passe o microfilme.

MULDER: - (PÂNICO) Não fala assim...

SCULLY: - O que foi?

MULDER: - Me arrepiei todinho.

SCULLY: - Acha uma brincadeira de mau gosto?

MULDER: - Mau gosto? Não! Isso é muito excitante.

Scully solta uma das mãos e coloca-a pra trás, procurando alguma coisa. Mulder ergue os braços.

MULDER: - Eu entrego tudo pra você. Mas poupe minha vida!

Scully sacode a algema na frente do rosto dele. Mulder arregala os olhos.

SCULLY: - Deitadinho. Quietinho. Nenhuma reação. Ou vou transformar você em pó.

MULDER: - (EMPOLGADO) Yhaaa!!!! Até meu desânimo foi embora!

Scully sai da cama. Fica de frente pra ele, segurando a algema, e simulando a arma com os dedos. Empurra-o com o pé. Mulder cai deitado na cama. Ela o observa.

SCULLY: - Droga de cama... Não tem grades... Como vou algemar você aí?

MULDER: - (RINDO) Planos frustrados?

SCULLY: - Cale a boca ou estouro seus miolos!

MULDER: - (RINDO) Uh! Sim senhora!

Mulder olha pra ela empolgado. Scully o vira de bruços na cama rispidamente. Pega as mãos dele e as algema.

MULDER: - O que vai fazer?

SCULLY: - Algemar você. Não sou burra pra deixa-lo solto e me atacar traiçoeiramente.

MULDER: - (DEBOCHADO) Scully... Sou adepto a qualquer coisa... Menos sado e homo...

SCULLY: - (RINDO) ... Fique quieto! Eu também não curto isso.

MULDER: - Au!

Scully levanta-se. Deixa Mulder de bruços, com as mãos algemadas nas costas, sem camisa.

MULDER: - Aonde vai?

SCULLY: - Buscar o vinho. Preciso dopá-lo.

MULDER: - (PÂNICO) Scully, da outra vez eu acabei ficando algemado e você foi embora. Não quero ter que chamar o Skinner aqui!

SCULLY: - Não se preocupe, Agente Mulder. Eu voltarei.

MULDER: - O que vai fazer comigo? Eu não estou com o microfilme.

SCULLY: - Vou torturar você até me confessar onde está. E acredite, eu conheço métodos de tortura muito cruéis.

Scully coloca a blusa e sai do quarto. Mulder tenta se virar, mas não consegue.

MULDER (OFF): - Bem, pelo menos ninguém pode dizer que ela não é criativa... Uma coisa que me fascina nessa mulher é a ousadia que ela tem de experimentar coisas diferentes... E a liberdade que ela tem pra fazer isso comigo. Adoro isso numa mulher. Eu sempre adorei ser usado. Aliás, entre eu e Scully tudo funciona ao contrário. Ela é ativa. E eu sou submisso no sexo. Até que ela me deixe maluco, então não me responsabilizo. Afinal não sou de ferro. Parto pro ataque e daí que ela gosta.

Mulder vira-se num esforço. Senta-se na cama. Tenta se arrastar pra fora dela usando o bumbum pra se locomover. Scully entra no quarto com o vinho. Fecha a porta numa batida. Mulder olha pra ela. Scully coloca a garrafa sobre a cômoda.

SCULLY: - Ahá, tentando escapar? Vou te ensinar a não tentar me enganar!

Scully o empurra com o pé. Mulder cai sobre a cama. Scully calça os sapatos altos e pretos. Sobe na cama sentando-se sobre o corpo de Mulder. Olha em seus olhos.

SCULLY: - Onde está o microfilme?

MULDER: - (OLHANDO PROS SEIOS DELA/ DEBOCHADO) Não sei. E mesmo que tivesse algum microfilme eu morreria mas não diria... Tô adorando isso.

SCULLY: - Se me contar eu posso deixa-lo partir com vida daqui. Senão vai conhecer a minha ira, Agente Mulder.

MULDER: - (DEBOCHADO) Pode me matar que eu não vou abrir a boca. Aliás, pode me mostrar sua ira todinha que eu vou ficar empolgado.

SCULLY: - O que eu deveria fazer com um sujeito teimoso como você?

MULDER: - ... (OLHAR DE DEBOCHE)

SCULLY: - Responda!

MULDER: - ... (DEBOCHADO)

SCULLY: - Eu odeio quando não me respondem!

Scully arranca um dos pelos do peito dele. Mulder grita.

MULDER: - Você é muito corajosa com um homem amarrado.

SCULLY: - E acha que sou tonta de soltar você? A primeira coisa que faria é me matar.

MULDER: - Aposte que sim, agente ruiva. Adoraria estrangular esse pescocinho frágil. Mas depois de umas mordidelas.

SCULLY: - Seu atrevido! Conheço sua fama, Agente Mulder. Não vai conseguir me enganar. Eu não sou idiota!

MULDER: - ... Ainda bem. Seria muito desperdício uma ruiva como você tão quente ser uma idiota... Cérebro é bom e eu gosto... Cérebro pensa... E assim faz esse corpinho atraente fazer coisinhas maquiavélicas...

SCULLY: - Você é um cachorro! O que eu deveria fazer com você, hein, seu cretino?

MULDER: - (DEBOCHADO) Que tal chupar meu pau? E depois me deixar foder você todinha...

SCULLY: - (SEGURANDO O RISO) Seu asqueroso! Boca suja!

MULDER: - (RINDO)

SCULLY: - Ok... Já que você não coopera, eu vou apelar pra tortura...

Scully sai da cama. Mulder a observa, curioso.


BLOCO 3:

Scully aproxima-se do aparelho de CD. Mulder olha pra ela desconfiado.

SCULLY: - Gosta de rock não é?

MULDER: - Claro que sim...

SCULLY: - Louco, ensandecido e diabólico?

MULDER: - Uhu! Eu não sei o que está implícito nas entrelinhas, mas vale tudo! Contanto que ninguém por aqui se machuque...

[Som: Deep Purple – Perfect Strangers]

Scully fica de costas pra ele. Abre os braços ao som da música. Quando a batida começa, ela inicia uma dança sensual, movendo o corpo enlouquecida. Mulder abre um sorriso.

MULDER: -(ASSOVIA) Manda ver minha Madonna!

Scully segura o riso. Retira a blusa. Move o bumbum de um lado pra outro, olhando pra Mulder por cima do ombro. Mulder continua em estado catatônico. Ela dança se tocando, revirando os cabelos e fazendo expressões sensuais com os lábios e a língua.

MULDER: - (FASCINADO)Pra que Demi Moore quando se tem Dana Scully???

Scully sorri, girando a blusa no ar. Atira a blusa por cima do ombro. Leva a mão até a saia. Mulder tentar desesperadamente se levantar, mas não consegue. Cai de costas na cama. Scully retira a saia, empinando o bumbum. Revela a calcinha, a cinta liga e as meias ¾. Mulder arregala os olhos. Scully chuta a saia e continua dançando de costas, passando a mão pelo bumbum, enquanto dobra as pernas e vai agachando-se sensualmente e levantando-se ao ritmo da música.

MULDER: - (DESESPERADO) Eu quero pegar!

SCULLY: - Não! Só pode ver.

MULDER: - (BEIÇO) Isso é injusto!

SCULLY: - Você mesmo disse isso uma vez. São regras da casa.

MULDER: - Maldita minha boca! Eu desfaço as regras.

SCULLY: - Não.

MULDER: - (DESESPERADO) Eu sou homem, pelo amor de deus! Tem pena de mim! Preciso agarrar!!!!!

Scully vira-se de frente. Continua levando o corpo até o chão e erguendo-se, passando as mãos pelas coxas, seios e cabelos, com os lábios abertos sensualmente. Mulder consegue se sentar na cama, sem desgrudar os olhos dela. Scully coloca a perna sobre a cama, requebrando os quadris e inclinando-se pra frente, estendendo os braços, chamando-o com as mãos, fazendo beicinho.

MULDER: - (PÂNICO) Eu iria se você me soltasse! Scully!!!!!!!!!!!!!

Scully ri. Sobe na cama e o empurra com o salto. Ele cai deitado. Ela coloca o salto sobre o peito dele, enquanto se insinua dançando, erguendo os cabelos pra cima.

MULDER: - Para! Para! Eu tenho histórico de enfarto na família!

SCULLY: - Mentiroso!

MULDER: - Estou morrendo... Arf, arf, arf... Sangue demais saindo da cabeça de cima e indo pra cabeça debaixo... Vou morrer de um acidente vascular!

SCULLY: - (RINDO)Não vai morrer... Eu sou médica.

MULDER: - É, mas ao invés de me curar tá é me deixando doente!

Scully ajoelha-se o deixando entre suas pernas. Inclina os seios até o rosto dele. Mulder se debate, tentando soltar as mãos das costas, mas é inútil. Então ergue a cabeça. Scully desliza o dedo pelos lábios dele. Mulder fecha os olhos. Scully coloca a palma da mão na testa dele e o empurra. Ainda de quatro sobre ele, move-se ao som da música.

MULDER: - Eu quero pegar!

SCULLY: - Não sabe ver com os olhos?

MULDER: - (BIRRENTO) Eu sou criança teimosa! Eu quero pegar!

SCULLY: - Que coisa feia, Mulder. Comporte-se... Seu menino levado.

MULDER: - Você vai ver menino levado quando eu me soltar daqui. Está alimentando o monstro, Scully...

SCULLY: - Que medinho!

MULDER: - Scully se não me soltar eu vou dizer coisas sujas!

Ela sai da cama, dançando pelo quarto. Encosta-se na parede, se insinuando, esfregando as costas, de olhos fechados, fazendo beicinho. Sacode a cabeça de um lado pra outro, fazendo os cabelos se despentearem. Olha pra Mulder com os cabelos entre o rosto. Aproxima-se da cama o chamando com os dedos. Mulder está em pânico. Ela agacha-se novamente e quando sobe ajeita a cinta liga.

SCULLY: - Você parece aquele lobo tarado do desenho do Droopy... Seus olhos estão na ponta do nariz...

MULDER: - Provoca! Provoca! Não é você que está arrebentando o zíper das calças!

SCULLY: - Hum, tadinho...

Scully vira-se de costas. Dá um tapinha no bumbum. Mulder pende o queixo. Scully leva as mãos ao sutiã. O desata.

MULDER: - Eu quero morder essa bundinha!

SCULLY: - Atrevido. Quando você fez isso eu me comportei.

MULDER: - (DESESPERADO) Mas eu não sou você! Eu não me comporto! Eu sou maníaco sexual!

SCULLY: - (RINDO)

MULDER: - Scully por favor! Eu quero te comer todinha!

Scully atira o sutiã por cima do ombro. Vira-se com as mãos sobre os seios.

SCULLY: - Por que tudo isso, Mulder? Não tem nada de novo aqui.

MULDER: - (DESESPERADO) Não! Tem muita coisa pra descobrir! É uma eterna descoberta!

Scully rindo, retira as mãos dos seios. Continua dançando.

MULDER: - Oh meu Deus! Eu adoro ver seios assim sacudindo ao embalo da música... Scully, me solta! Pelo amor de deus, me solta! Vou chamar os direitos humanos! Isso é tortura sexual! Pelo menos abre as minhas calças antes que eu tenha um ataque cardíaco!

SCULLY: - Mantenha seu bichinho preso, Mulder...

MULDER: - (DESESPERADO) Você o perturba! Como quer que eu o controle? Má! Você é má!

Scully vira-se de costas. Desce a calcinha até metade do bumbum. Sobe novamente. Então tira a calcinha jogando na cara dele. Ele cai deitado na cama.

MULDER: - (RESMUNGANDO) Meu santo padroeiro dos homens excitados... A fúria do dragão da maldade contra o sexo frágil... (PÂNICO) Eu sou o sexo frágil! Agora entendo porque o pobre Adão sucumbiu! Eu também sucumbiria! Eu quero minha costela de volta! Isso é injusto! Eu tenho cinco sentidos! Só o olfato, a audição e a visão não valem! Eu quero o gosto e o tato!

Scully senta-se ao lado dele. Tira a calcinha do rosto de Mulder.

MULDER: - Mulher, quando eu sair daqui, você vai pedir clemência! Eu juro! Estou virado num demônio!

Mulder tenta se virar pra cima dela e não consegue.

MULDER: - Maldito colchão de molas!!!!!!!

Scully vira-se, deslizando a mão pelo abdômen de Mulder.

SCULLY: - Hum... Tem alguma coisa viva dentro das suas calças...

MULDER: - É, tem. Doidinha pra pular pra dentro de você.

Scully passa a mão sobre as calças dele. Mulder fecha os olhos tremendo. Scully o vira de lado. Tira as algemas. Mulder senta-se na cama, esfregando os pulsos. Scully olha pra ele curiosa, erguendo as sobrancelhas. Mulder pula em cima de Scully rapidamente sem que ela tenha tempo pra reagir.

MULDER (OFF): - Ela tentou se levantar. Eu a joguei com tanta força contra o colchão que ela chegou a saltar. Os cabelos voaram pelo rosto. A segurei pelos pulsos. Ela me olhava entre os cabelos e ria. Eu permanecia sério, num olhar faminto por aquele corpo. A música estava na repetição. Aquele rock pesado num volume alto me deixava mais alucinado. Deslizei minha língua e mãos por aquela pele quente... macia... cheirosa... Junto ao cheiro dela... Aquele cheiro de canela... Colei minha boca em seu mamilo. Ela tentava erguer o corpo, mas me coloquei sobre o corpo dela, devorando aqueles seios sem piedade alguma... Alternava minha boca, ora num, ora noutro... Ela começou a gemer. Eu mordia levemente seus mamilos, arrancando-lhe arrepios. Desci minha mão e comecei a acariciar o interior de sua coxa. Ela contorcia suas pernas uma na outra, prensando minha mão, gemendo e olhando dentro dos meus olhos. Era um olhar diferente... De uma fêmea no cio. Fiquei hipnotizado olhando pra ela. Então deslizei minha mão e comecei a massageá-la onde ela mais gostava. Ela fechou os olhos, inclinando a cabeça para trás num sorriso. Era um sorriso de felicidade. De libertação... Minha língua percorreu seu corpo até chegar em seu ventre. Circulei a língua em seu umbigo terminando num beijo suave. Agarrei-me em suas coxas e deslizei minha língua por elas até que minha boca encontrou o que desejava. Eu a chupava com delicadeza e selvageria, tirando dela gemidos alucinantes. Seus quadris se levantavam de prazer. Ela contorcia-se e gemia baixinho. Confesso que estava perdido... Era como se pela primeira vez eu estivesse com ela inteira pra mim, ali, entregue totalmente aos meus caprichos... Eu nem sabia por onde começava... Desci por suas pernas. Vim beijando-a desde o pé até os cabelos. Ela apenas gemia baixinho. A virei de bruços, num supetão. Eu não queria conversa. Só queria minha boca e minhas mãos pelo corpo dela. Podia perceber que ela afundava na cama, se entregando mais ainda. Deslizei minha mão e fiquei afagando aquele bumbum redondinho. Não resisti e dei uma mordida. Ela soltou um riso maroto. Virei-a de frente pra mim. Olhei em seus olhos. Eu parecia fora da minha razão... E ela estava adorando. Me agarrou pra cima dela e ensandecida colocou sua língua na minha boca. Não tinha volta. Eu estava completamente excitado e louco, e dessa vez, não iria me conter... Abri o zíper das calças e me enterrei dentro dela, ainda a beijando... Ela mordiscou meu lábio, soltando um gemido. Eu me movia com força. Ela gritava agarrada às minhas costas. Eu beijava seu pescoço enquanto movia-me contra ela, com uma das mãos em sua cintura. Apoiei as duas mãos no colchão e ergui meu corpo. Me arremetia contra ela com tanta força que balançávamos em cima daquele colchão de molas, fazendo o maior ruído dentro do quarto, misturando-se a batida da música. A cama sacudia, parecia que ia desmontar. Sexo e rock'n roll... que dupla! Ela começou a gritar comigo. Aquilo só me deixava mais endoidecido e empolgado.

SCULLY: - (GRITA) É só isso que você consegue, seu imprestável? Você nem faz cócegas! Me fode Mulder, seu desgraçado!!!

MULDER (OFF): - Quanto mais ela provocava, mais eu me forçava contra ela. Ela gritava, me pedindo pra ir mais fundo, mais rápido. Eu respondia. Gritava de dor junto com ela, mas não podia mais parar. Ela me chamava de tudo. Então reagi.

MULDER: - (GRITA/ OFEGANTE)... Mexe pra mim, minha vadia... Mexe gostoso, vai!

MULDER (OFF): - A mulher enlouqueceu. Começou a mexer seus quadris contra mim com fúria. A coisa ficou tão intensa que nenhum dos dois aguentava mais. Eu aguentava menos ainda porque ela havia me excitado tanto que eu não podia mais me controlar. Senti que meu pau ia explodir e não consegui segurar, gozando dentro dela várias vezes. Queria retardar, mas a brincadeira tinha sido demais pra mim... Precisava me lembrar de sempre carregar o CD do Deep Purple na minha bagagem... E não pararia por ali. Acredite, a noite apenas tinha começado...


Dossiê # 7: Uma noite alucinante...

3:37 A.M.

Trovoadas. Chuva que cai. Mulder, vestido apenas com as calças sociais, em pé, observa a chuva pela janela. Scully entra no quarto. Está de sutiã e calcinha. Escora-se na porta comendo iogurte. Lambe a colher.

SCULLY: - ... Está chovendo forte... (FECHA OS OLHOS) Mulder, você não gosta do cheiro de terra que entra pela fresta da janela? De dormir e acordar no meio da noite, sentindo o calor do corpo ao lado e a brisa fria que lhe bate ao rosto... Acordar sentindo a pessoa amada a lhe procurar para fazer amor, enquanto juntos escutam a chuva que cai...

MULDER: - (SEM OLHAR PRA ELA/ SORRI) Adoro...

Mulder vira-se pra Scully. Ergue as sobrancelhas.

MULDER: - O que é isso?

SCULLY: - Iogurte. Quer? Exercícios me deixam faminta...

MULDER: - (SORRI/ CANSADO) Desculpe, Scully... Eu estava aqui pensando nos problemas. E fico tenso com isso.

Scully lambe a colher, provocativamente. Mulder aproxima-se da cama. Scully larga o iogurte sobre a cômoda. Aproxima-se dele. Mulder a fita, curioso. Scully desce, ficando de joelhos na frente dele. Mulder inclina a cabeça pra trás. Solta um suspiro incontido. Scully olha pra ele, matreira. Sorri. Abre o zíper das calças dele. Mulder olha pra ela. Scully desce uma parte da cueca dele. Aspira profundamente a pele de Mulder. Beija-lhe suavemente a barriga.

SCULLY: - (SUSSURRA) Me deixa te fazer relaxar...

MULDER: - (SUSPIRA) ... Scully...

MULDER (OFF): - Ela ficou passando seus lábios semi-abertos pela minha virilha, algumas vezes dava um beijinho suave. Sentia sua respiração calma e serena contra a minha pele. Comecei a relaxar... Envolvi minha mão nos cabelos dela. Ela deslizava sua língua pela minha virilha. Então ergueu o rosto e olhou pra mim. Falava sensualmente, sussurrando.

SCULLY: - Isso te deixa mais calmo?

MULDER: - (SORRI) Qualquer homem fica calmo quando uma mulher como você faz isso...

SCULLY: - (SORRI) Você gosta disso?

MULDER: - ... Gosto.

SCULLY: - Gosta de olhar quando eu faço isso?

MULDER: - (ENGOLINDO A SALIVA) Gosto...

SCULLY: - Então olha.

MULDER (OFF): - Ela desceu minhas calças. Esfregou seu rosto contra minhas cuecas. A essas alturas eu já estava excitado. Mais excitado ainda ao vê-la passar sua mão por sobre minhas cuecas e olhar pra mim num sorriso. Eu estava surpreso com ela. E comigo.

SCULLY: - Quero chupar você.

MULDER: - Ah deus! Não fala assim... Scully, você está bem? Isso é efeito Deep Purple ainda? Juro, amanhã compro a discografia completa! E acredite, eles gravaram muitos discos!

MULDER (OFF): - Ela não me respondeu. Apenas abaixou minhas cuecas delicadamente e tomou meu membro em sua mão, olhando pra mim.

SCULLY: - Gosta de olhar é? ... Hum... É assim que você gosta?

MULDER: - (SUSSURRA) Scully... O que está acontecendo com a nossa velha culpa?

MULDER (OFF): - Nenhuma resposta de novo. Apenas senti sua mão a me massagear e sua boca quente e molhada me devorando com fúria. Inclinei minha cabeça pra trás. Estava entregue. Era meu ponto fraco. É o ponto fraco de qualquer homem. Não havia resistência. Se alguém entrasse ali com uma arma, podia me matar, porque eu não teria tempo nem pra assimilar a ideia de reagir. Abaixei minha cabeça e fiquei olhando pra ela. Scully parecia saber e não se importar. E eu conseguia olhar pra ela sem culpa. Os cabelos dela caiam-lhe sobre o rosto. Levei minha mão suavemente e os ajeitei. Ela retirou sua boca, olhando pra mim num sorriso, sem parar de me manipular.

SCULLY: - (SUSSURRA) Gosta disso?

MULDER: - (OFEGANTE/ SUSSURRA) Gosto... E você?

SCULLY: - (SUSSURRA) Eu adoro fazer isso... Porque aprecio o seu gosto... Afinal, é o seu gosto...

MULDER (OFF): - Ela sorriu e me colocou em sua boca novamente. Envolvi minha mão nos cabelos dela. Não a guiava, ela sabia o que fazia. Eu segurava meus gemidos, embora respirasse com dificuldades. Olhava pra ela e ficava mais excitado. Ela fazia aquilo com vontade. Realmente ela gostava.

SCULLY: - (SUSSURRA) Posso brincar com você?

MULDER: - (SORRI) Pode.

MULDER (OFF): - Ela me deu um sorriso. Brincava comigo, sem culpa, sem timidez. Apenas curtindo aquilo. Eu me sentia mais liberto com a liberdade dela. Ela percorria sua língua, ergueu meu membro e começou a explorar outras áreas. Eu soltei um gemido. Estava entorpecido... Olhava pra ela, incrédulo, mas empolgado. Ela começou a afagar meu membro suavemente com seu rosto. Olhava pra mim num sorriso.

SCULLY: - Eu gosto de você.

MULDER: - (OFEGANTE/ FECHA OS OLHOS)

MULDER (OFF): - Ela novamente começou a me chupar. Eu me segurava o máximo que podia. Então ela passou a me torturar auditivamente.

SCULLY: - Assim?

MULDER: - Hummm... é... assim...

SCULLY: - Ou assim?

MULDER: - Hum... assim também...

SCULLY: - ... Não tô te machucando?

MULDER: - (OFEGANTE/ OLHOS FECHADOS) Não... Isso é bom... Muito bom.

SCULLY: - ... Eu ainda acho que sou meio burrinha pra fazer isso...

MULDER: - (SUSSURRA/ OFEGANTE) Para, Scully. Não começa a me provocar com estímulos auditivos.

SCULLY: - Se eu me recordo naquelas fitas suas... bom... primeiro é assim, aprecia-se totalmente o gosto com a língua...

MULDER: - (GEMENDO) Scully...

SCULLY: - Depois se aprecia um pedacinho com a boca...

MULDER: - Não me provoca...

SCULLY: - Então a gente vai experimentando e aprofundando, até experimentar tudo...

MULDER (OFF): - Me agarrei aos cabelos dela. Ela aprofundou-me em sua boca. Fazia movimentos rápidos com a língua, numa sucção que parecia que iria me engolir. Manipulava meu membro com força. Minhas pernas começaram a ficar bambas. Sentia meu membro a latejar em sua boca, indo e vindo. Eu estava enlouquecido, tinha medo de machuca-la...

MULDER: - (GEMENDO/ OFEGANTE) Scully, segura direito o raposo aí, o contenha, porque senão eu vou acabar te engasgando.

Scully ri.

SCULLY: - (SUSSURRA) Só quando você gozar na minha boca.

MULDER: - ... (OFEGANTE) Scully, para, eu não aguento mais.

SCULLY: - ...

MULDER: - (OFEGANTE) Scully... Estou ficando doido e tenho medo de machucar você... não faz isso...

SCULLY: - (SUSSURRA) Me ajuda, Mulder.

MULDER: - ... (OFEGANTE) Scully, não me faz ficar louco. Para com isso.

SCULLY: - (SUSSURRA) Eu quero ver você fazendo isso.

MULDER: - ... (OFEGANTE)

SCULLY: - (SUSSURRA) Faz pra mim, faz... Você disse que fazia isso pensando em mim há alguns anos atrás. Faz agora, estou aqui...

MULDER (OFF): - Fechei os olhos, ofegante. Não era mais o Mulder. Eu era um homem e ela não era mais a Scully. Era uma mulher. Aqueles dois agentes babacas haviam ficado em Washington, e com sorte, talvez estivessem fora da nossa intimidade pra sempre. Quebramos os muros. Definitivamente quebramos... Levei minha mão e comecei a me masturbar pra ela... Ela olhou pra mim sorrindo, me fitando curiosa e empolgada. Eu olhei pra ela com desejo. Ela novamente colocou sua boca e sua mão me ajudando a fazer aquilo. Impressionante o que ela me causava. Acho que transaria com ela 24 horas sem parar se eu pudesse! Ela me acendia sempre. A sensação era de um quase choro, de uma felicidade confusa. Mal podia pronunciar mas tinha que dizer.

MULDER: - ... (OFEGANTE) Scully... Eu não aguento mais... Vou gozar.

MULDER (OFF): - Ela abriu seus lábios deixando uma parte da língua pra fora e fechou seus olhos. Eu entendi. Gozei em sua boca, um gozo quente, forte. Ela sorriu, deixando um pouco escorrer por seus lábios e queixo. Eu olhava pra ela excitado. Ela abriu os olhos, passando a língua nos lábios. Começou a me manipular, me pedindo mais. Abriu os lábios, fechou os olhos e esperava por mim. Não tardou. Acabei sujando além de sua boca, seu rosto e os cabelos. Ela abriu os olhos num sorriso. Ergueu-se. Eu a acompanhava com os olhos, inerte, curioso. Ela levou sua mão ao meu pescoço e me puxou pra um beijo. Devoramos nossas bocas, enquanto eu descia minhas mãos pelo corpo dela, agarrando seu bumbum. Sentia o meu gosto misturado a saliva dela. O corpo dela contra o meu. Então me ajoelhei enquanto aspirava o perfume de seu corpo. Beijei-lhe a virilha. Ela sorriu, afagando meus cabelos. Deslizei meu nariz por sobre sua calcinha de renda preta. Senti o perfume da excitação dela. Subi minhas mãos por suas pernas. Desci lentamente sua calcinha. Ela me observava num sorriso de permissão. Eu olhava pra ela a desejando. Ela se livrou da peça de lingerie. Eu coloquei minhas mãos entre as coxas dela, mas ela mesma já as afastava me consentindo o pedido do meu gesto. Apoiou sua perna no meu ombro. E eu colei minha boca naquilo que um homem mais deseja... Molhada... Completamente molhada... E eu sedento... Ela soltou um gemido, agarrando-se aos meus cabelos. Eu a descobria inteira com a minha língua.

SCULLY: - Você gosta disso?

MULDER (OFF): - Preferi não responder e manter minha boca ocupada. Apenas arranhei as coxas dela com as minhas unhas, confirmando um sim. Ela soltou um sorriso de realização. Eu continuava a devolver pra ela o prazer que ela havia me dado. Aliás, isto é algo estranho, porque como ela, eu também sentia prazer. Então não havia devolução. Era algo recíproco. O gosto e o cheiro dela me deixavam mais excitado. Eu não controlava mais a língua nem a minha boca. Eu a sugava com força, com fome... Enquanto agarrava o bumbum dela com entusiasmo. Podia ouvir seus gemidos. E isso me deixava mais faminto. Então me ergui e a fiz deitar-se sobre a poltrona. A envolvi nos meus braços, beijando-a com gosto e paixão.


BLOCO 4:

Scully cai por cima de Mulder por sobre a cama. Os dois nus, lábios colados, línguas. Mulder agarrando o bumbum dela.

MULDER (OFF): - Era uma fome, um desejo inexplicável... Parecia que nada nos bastaria naquela noite... Ela sentou-se sobre mim. Me senti entrando dentro dela... Com a mesma facilidade que uma faca quente corta uma manteiga... Ela movia-se pra cima e pra baixo, rapidamente, gemendo. Eu a ajudava com as minhas mãos em seu bumbum, gemendo com ela. Loucura. Completa loucura. Ergui meu corpo, agarrando-a pra um beijo. Explorava aquela boca com a minha língua. Podia sentir sua língua explorando a minha também. Inclinei-a pra trás, indo até seus seios, os chupando enlouquecido. Ela ria alto. Ria de prazer. Segurou seus seios e eu me divertia entre eles. Tive que sorrir porque nunca fizemos sexo tão fácil. Era apenas sexo. Isso era uma conquista. Não tinha piadas, nem neuras, nem medos... Era só sexo... Ela me empurrou. Continuou movendo-se sobre mim. Revirava seus cabelos. Eu olhava pra ela com a minha cara de apaixonado. Saber que ela sentia prazer comigo, me era o perdão de todos os meus pecados. Ela apoiou suas mãos no meu peito. Olhou pra mim.

SCULLY: - Vamos fazer algo diferente agora?

MULDER (OFF): - O sacana aqui então topou. Ela ergueu seu corpo e quase saía de cima de mim, quando a segurei pelos quadris e a conduzi pra meu peito. Ela sorriu. Se deslocou por cima de mim com os joelhos na cama. E eu a induzi a subir mais. Fiquei com minha cabeça entre as pernas dela. Roçava meu nariz naqueles pelos...

SCULLY: - Hum, Mulder... Seu nariz é grande, mas não pra tanto...

MULDER: - (RINDO) Quem disse que é meu nariz quem vai agir por aqui? Eu quero chupar você todinha...

MULDER (OFF): - Ela agarrou-se na guarda da cama rindo. Eu a explorava com minha língua afoita. A movimentava sobre meu rosto, segurando-a pelas coxas. Ela o fazia, gemendo. Eu rapidamente deslizei pelo lençol. Fiquei de joelhos na cama e a puxei. Ela rindo, apoiou as mãos no travesseiro. Uma coisa interessante é que a Scully sempre adorava ficar de quatro. Geralmente mulheres não gostam porque implica liberdade completa para o homem, domínio... Mas era a posição preferida dela. E não vou negar, a minha, certamente. Inclinei-me sobre ela, afastei seus cabelos e devorei sua nuca com os lábios. Deslizava uma das mãos por seu bumbum, enquanto com a outra, acariciava sua barriga. Ela tinha confiança em mim. Sabia que eu gostava de transar com ela assim, porque eu a mantinha firme nas minhas mãos... (SORRI) Mas nunca acabaria entrando onde ela não quisesse... Entrei nela afoito, enlouquecido. Não conseguia mais me conter. A segurava com força pela cintura e fodia ela com vontade. Ela gritava tanto que eu não sabia se era de dor ou por causa do tesão que estava sentindo. Eu gemia, enlouquecendo dentro daquela mulher. A puxava pelos quadris com força, naquele delicioso vai e vem... Ela gemia, sussurrava meu nome... Aquele tom de voz manhoso e suplicante me deixava zonzo...

SCULLY: - Hum... Assim, Mulder, assim... Hum, assim, gostoso... Faz gostoso comigo... me enlouquece!

MULDER (OFF): - Eu a estocava profundamente, com força, incentivado pelos pedidos dela. Ela agarrava-se na guarda da cama. Então começou a mover seus quadris. Era uma luta por prazer. Ela movia-se contra mim, gemendo manhosa, e eu movia-me forte contra ela, pedindo que ela se mexesse mais. Ela obedecia. Aquilo me deixava mais louco. Ela não me bastava nunca. Podia ouvir as batidas do bumbum dela contra meu corpo... Era um ritmo rápido, gostoso... Eu não conseguia me segurar mais... Gozei dentro dela, soltando um gemido de alívio. Então ela me pediu pra parar. Eu parei, saindo de dentro dela. Pensei que estivesse a machucando. Me inclinei sobre ela, apoiando a mão no travesseiro, ofegante. Afaguei seus cabelos. Não tive tempo para perguntar o que eu havia feito de errado. Ela colocou sua mão sobre a minha e a guiou pra baixo do travesseiro. Então me surpreendi quando puxei aquele gel lubrificante. Ficou uma sensação de suspense no ar.

SCULLY: - (OLHOS FECHADOS/ SUSSURRA) Eu quero.

MULDER (OFF): - Eu não sei com que cara eu fiquei enquanto ela passava aquilo em mim. Acho que de surpresa. Eu não vou negar que eu queria. Ela se prostrou de quatro na minha frente.

MULDER: - (OFEGANTE) Quer realmente isso?

SCULLY: - (OFEGANTE) Quero tudo com você. Você me faz querer tudo.

MULDER (OFF): - Percebi que ela estava nervosa como das outras vezes... Então fiquei por algum tempo deslizando minhas mãos pelo corpo dela, por suas costas, beijando-a, tentando fazê-la relaxar. Mordi sua nuca. Ela soltou um gemido. Me forcei contra ela, mas ela começou a gritar. Desisti. Paciência é uma virtude e eu nunca iria machuca-la. Se você quer algo, tem que ter paciência. Então continuei a beija-la, tentando excita-la. Envolvi meus braços na cintura dela, deslizando minha língua por suas costas. Ela se arrepiava. Então deslizei as mãos pelas costas dela e minha boca até seu bumbum, mordiscando-a com vontade. Quem estava ficando doido com aquela novidade era eu. Novamente subi com minha língua descendo por sua coluna... Mas não consegui parar. O desejo do proibido era incontido e eu estava cheio de idéias sacanas. Se ela não quisesse me afastaria. Então deslizei a língua por entre suas nádegas. Ela começou a gemer em êxtase. Eu me aprofundei mais, explorando-a, e ela erguia o bumbum pra mim. Não tive dúvidas. Arrisquei mais uma vez, me forçando contra ela. Ela gritou. Não ia dar certo ainda. Precisava ter mais paciência. Era uma novidade pra minha parceira. Mas eu não ia desistir de realizar o pedido dela e frustrar minha empolgação de entrar em território ainda intocado por mim. Então apelei para meus dedos e minha língua, deixando-a se acostumar e relaxar. Deu certo depois de um tempo. Tentei novamente. Dessa vezeu não parei. Fui forçando. Ela gritava. Começou a esmurrar a parede. A dor era grande, nem eu estava acostumado, aquilo também era experiência pouca pra mim, afinal poucas mulheres topam sexo anal. Mas, à medida que ia entrando, ela começou a gemer relaxando mais... A impressão que eu tinha é que a estava rasgando. Mas o prazer era grande. Saí e entrei várias vezes, dando chances pro corpo dela assimilar a situação. Ela começou a se mover contra mim, excitada com aquilo. Eu entrava e saía dela com dificuldades, ofegante, gemendo tão alto quanto ela. Me inclinei deslizando a mão pela sua barriga, tocando seus pelos e a massageava, tentando relaxa-la mais. Sentia mais e mais meus dedos molhados. Implorei para que ela se tocasse, iria facilitar aquela situação. E ela me obedeceu. Então o prazer começou pra ambos. Ela novamente gritava enlouquecida me xingando de mil coisas, agarrada à guarda da cama e e mexendo o traseiro pra mim. Eu ficava mais excitado com as ofensas. A segurei pela cintura e continuei aquela experiência pouco provada por nós dois. Era muito excitante e ela agora conseguia sentir prazer tanto quanto eu. Ficamos por um bom tempo assim. Até que ela me pediu suplicante para que eu parasse. Ela queria agora de outro jeito. Saí de dentro dela com dificuldades, zonzo, mas me enterrei onde ela queria. Estava completamente molhada de excitação. Não sabia de onde tínhamos tanto pique depois de um dia cheio como aquele, mas parecíamos dois amantes loucos a procura de prazer. Eu saí de dentro dela. Podia perceber que as pernas dela tremiam. Sentei-me na cama ofegante e a puxei. Ela segurou-se nos meus ombros e foi descendo o corpo, lentamente. Me coloquei dentro dela. Ambos mal respiravam de tanto gozo, cansados, suados mas não podíamos parar aquela maratona de prazer. Eu a erguia com as mãos, trocávamos beijos de língua, ela mordia meus lábios rindo confusa e suspirando de cansaço. Eu não me aguentava mais e caí para trás. Ela continuou a se mover sobre mim, pedindo pra que eu gozasse. Me ergui, a empurrando pro lado, ficando em cima dela. Ela gemia mais alto, pedindo mais e eu movia-me mais rápido contra ela até que gozei. Não conseguia mais respirar. Saí de dentro dela e me deitei sentindo o colchão nas minhas costas. Era um alívio. Ela atirada ali, pernas dobradas que não conseguia esticar, continuava a respirar descompassadamente. Me inclinei sobre ela, levando a minha mão e descendo as pernas trêmulas dela de encontro ao colchão. Olhei pra ela num sorriso e a puxei contra meu peito. Ela colocou a perna por cima de mim e aproximou seu corpo quente, suado e cansado contra o meu. O sono e o cansaço nos venciam. Lhe dei um beijo suave na testa, acariciando seus cabelos. Ela me deu um beijo suave na mandíbula e aconchegou sua cabeça contra o meu pescoço, fechando os olhos, num suspiro. Dormimos ali, dois amantes inesgotáveis, um nos braços do outro.


Dossiê # 8: Um amanhecer diferente

10:21 A.M.

Mulder deitado na cama, de bruços. A janela aberta revela a manhã nublada. Mulder abre os olhos. Sorri.

MULDER (OFF): - Me acordei ouvindo a voz dela cantarolando lá embaixo... O aroma do café da manhã que entrava pelo quarto misturava-se ao cheiro de sexo que ainda havia no ar. Sentei-me na cama. Me espreguicei, coisa que não fazia há tempos. Sentia meu corpo leve, uma felicidade estranha... Uma certa paz dentro de mim. Fui tomar uma ducha.

Corte.


Mulder entra na cozinha, vestido num robe. Scully sentada à mesa, de óculos, lê o jornal. Não percebe que Mulder está ali.

MULDER (OFF): - Mesmo num dia nublado eu tinha um sol. Que no momento estava ali, lendo o jornal. Xícaras viradas sobre os pires, geleias, manteiga, ovos, bacon, torradas, frutas, cereais, café e leite. E ela esperando por mim.

MULDER: - Bom dia Sol! Já acordou brilhando?

Scully larga o jornal sobre a mesa. Tira os óculos e sorri. Mulder senta-se à mesa. Os dois aproximam os lábios e trocam um beijo.

MULDER: - Hum... De onde tirou tanta coisa?

SCULLY: - Fui buscar... (BEIÇO) Pena que não encontrei croissant... Hum, me dá sua xícara. Precisa recuperar suas energias.

MULDER (OFF): - Fiquei observando as mãozinhas dela me servindo café. Olhava pra ela num sorriso bobo. Sabe? Aquele sorriso bobo que um homem apaixonado dá. Aquele que ele evita mostrar, mas que algumas vezes lhe escapa...

MULDER: - O que foi aquilo ontem à noite?

SCULLY: - (SORRI) Um Arquivo X?

MULDER: - Acho que um X triplicado... Me passa o açúcar? ... O que tem de interessante no jornal?

SCULLY: - Hum, nada... Nada que lhe agrade. Nem basquete.

MULDER (OFF): - Percebi que ela tomou a xícara nas mãos, num gesto receoso. Parecia que queria falar alguma coisa. Eu sabia o que era. Então comecei. E pra variar eu não divago como ela, eu vou direto ao ponto.

MULDER: - Você gostou de sexo anal? Ou ficou frustrada?

Scully abaixa o olhar. Mulder olha pra ela.

MULDER: - Eu gostei. Acho que realmente foi prazeroso pra você e pra mim. Até que pra dois novatos...

SCULLY: - Hum, Mulder. Aposto que diz isso pra todas! Daqui à pouco vai tentar me convencer que eu tirei sua virgindade também.

MULDER: - (RINDO) Não, é sério. Além do fato que eu já te falei que realmente te amo muito mesmo, porque fiz coisas com você na primeira noite que jamais faria com outra, como sexo oral. Eu sou um cara nojento. E assim como você não tinha coragem, eu até tinha vontade, mas as mulheres nunca topavam. Ah, Scully, você sabe do meu problema... Enquanto uns ficam querendo ter mais tamanho eu preferia ter menos. Assustaria menos. Machucou muito?

SCULLY: - (RINDO) Não, só tá ardendo... Mas passa... É uma ardência gostosa.

Mulder quase se engasga com o café de tanto rir.

MULDER: - ... Você é corajosa sabia? Haja coragem! Eu não teria essa coragem nunca!

SCULLY: - (RINDO) ... Você me deixa tão excitada, Mulder, que eu encaro qualquer coisa. Afinal de contas, eu confio em você, sei que se percebesse que estava me machucando, você pararia.

MULDER: - Por que as mulheres odeiam isso?

SCULLY: - Ora porque além de ser um tabu, existe o mito de que é um horror, que machuca muito. Mas você foi tão paciente e carinhoso que me fez conseguir relaxar. (SORRI) Não acredito que estamos nós dois aqui, tomando café da manhã e falando de nosso relacionamento sexual. Que grande passo!

MULDER: - Posso te dizer uma coisa? É sincero, do fundo do meu coração.

SCULLY: - (SORRI) Diz.

MULDER: - Você foi a melhor mulher que tive na cama até hoje.

Scully ergue os braços comemorando.

SCULLY: - Yes! Arrancar isso de um homem é algo difícil! Mas saiba, Mulder, que você também foi o melhor homem que eu já tive. Você me deu liberdade e compreensão pra entender meus limites e me ajudar a supera-los. Hoje me sinto mais livre pra um monte de coisas que antes eu nunca me atreveria a fazer... Como o que fizemos ontem. Doeu, mas você foi paciencioso pra conseguir e conseguiu.

MULDER: - (SORRI) ... Paciência é uma virtude, meu amor. Isso serve pra cama também.

SCULLY: - Mulder... O que você mais gosta de fazer no sexo?

MULDER: - Eu adoro chupar você. Eu chego a salivar só de pensar.

SCULLY: - (RINDO) Seu tarado! Coma sua torrada!

MULDER: - (RINDO) E pelo jeito você gosta disso também.

SCULLY: - Gosto. Gosto de chupar você, Mulder. Se pudesse faria isso o dia todo. Pode ser sinal de carência oral? Algo a ver com o fato de quando criança ter sido desmamada cedo, essas coisas que vocês psicólogos teorizam.

MULDER: - (DEBOCHADO) Deixe sua mãe em paz, Scully... Não jogue a culpa da sua tara na pobre da velha. Tem uma explicação pra sua compulsão.

SCULLY: - (RI) Freud explica?

MULDER: - Não. Freud não explica nada. (DEBOCHADO) Aliás pra Freud sexo era o problema e na minha opinião a única coisa que não é problema é o sexo.

SCULLY: - (RINDO) Então que explicação você daria?

MULDER: - (RINDO) Você gosta, sua gulosa, te dá prazer. Essa é a explicação.

SCULLY: - Mulder... São raras às vezes que você não começa com preliminares. Sempre se preocupa comigo. Não é da natureza masculina. Como consegue se segurar tanto?

MULDER: - Treino. Eu gosto de fazer isso.

SCULLY: - Por quê?

MULDER: - Porque se eu te enlouquecer, com certeza você vai me dar tudo o que eu quero e muito bem dado.

SCULLY: - (CURIOSA) Tática?

MULDER: - Você sabe, por ser mulher, você tem mais orgasmos do que eu, Scully. Se eu gozar antes, acabou. E você ficará frustrada. E de acordo com meus estudos sobre a psique feminina, cada dia que for assim, aumentará sua frustração e sua repulsa por sexo. Resultado: Estarei casado com uma geladeira, procurando uma amante e achando que você é frígida, perdeu o tesão por mim... Porque pensei apenas em mim, enquanto se tivesse dado prazer a você primeiro, eu teria longas noites de sexo quente pro resto da vida.

SCULLY: - (SORRI) Hum... Começo a descobrir coisas do Mulder que eu julgava serem de origem paranormal e alienígena. Agora percebo que são psicológicas e científicas.

Mulder começa a rir. Atira um pedacinho de torrada nela.

MULDER: - Chata! Eu não devia te contar meus segredos.

SCULLY: - (RINDO) Por quê? Eu conto os meus...

MULDER: -... Eros e Psique, lembra-se do mito? Não vou lavar o chão de concreto do castelo de Eros pro resto da minha vida. Se Eros me pede para não olhar seu rosto, não olharei. Contanto que ele venha me visitar todas as noites no meu quarto.

SCULLY: - Por que diz isso? Psique não seria as mulheres, pela forma como racionalizam o sexo e Eros os homens?

MULDER: - Eu interpreto diferente: Meu lado animal é Eros, Scully. Meu lado humano é psique. E ela me domina. Como domina à você.

SCULLY: - Mulder, vai continuar a me ajudar a libertar Eros?

MULDER: - (DEBOCHADO) Aqui em cima da mesa ou você prefere ir pro quarto soltar a coitadinha?

Scully começa a rir. Os dois se abraçam.

SCULLY: - Hum, Mulder... Eu amo você e esse seu senso de humor que se altera constantemente...

MULDER: - (DEBOCHADO) Boa, Scully! Agora tá me dizendo que eu tenho TPM eterna?

Os dois trocam um beijo, sorrindo.


Dossiê # 9: O mecânico

4:13 P.M.

O sol surgiu forte. Os saltos altos e pretos caminham pelo trilho de pedras. Scully, num vestido elegante, decotado, caminha até a garagem. O carro estacionado. Ela para ao lado do carro, de pernas abertas. Coloca as mãos na cintura.

SCULLY: - Boa tarde! Preciso de um mecânico!!!!!

Mulder sai de debaixo do carro, deitado naqueles carrinhos com rodinhas ficando com a cabeça entre as pernas dela. Ela olha pra baixo. Mulder levanta-se. Boné na cabeça com a aba pra trás, macacão jeans com uma das alças caídas, camiseta cinza colada e sujo de graxa até pelo rosto. Pega um pano e limpa as mãos. Olha pra ela cerrando os olhos puxados contra o sol, com um sorriso nos lábios, mascando chicletes.

MULDER (OFF): - De certa forma eu havia entendido o que ela quis dizer depois que tomamos a estrada. Eu não iria decepciona-la. Eu faria qualquer coisa que ela me pedisse... Afinal, ela também fazia as minhas loucuras...

MULDER: - (DEBOCHADO) O que posso fazer pra ajudá-la, dona?

SCULLY: - (SEGURANDO O RISO) Meu carro está com problemas.

MULDER: - Que tipo de problemas, dona?

SCULLY: - Não sei. Precisa de uma revisão. Quanto tempo você leva?

MULDER: - Pra uma revisão? Bem, um carro desse porte todo merece um bom trato. Vai levar algumas horas.

SCULLY: - Eu não tenho horas. Preciso de rapidez.

Mulder larga o pano sobre o carro. Olha pra ela com ar de safado, mascando chicletes.

MULDER: - Olha dona... Até posso fazer um serviço rápido. Mas acho que a senhora sabe que quanto mais demorado o serviço, a garantia de satisfação do cliente é maior. O serviço feito às pressas nem sempre sai certo. O melhor é fazer tudo com calma.

SCULLY: - É... (MORDE O POLEGAR) Tem razão... A coisa da paciência. O que acha que pode fazer?

Mulder caminha ao redor dela, analisando-a.

MULDER: - Bem... Tem muita coisa pra ser feita... Nossa, a lataria tá novinha! É zero?

SCULLY: - (SEGURA O RISO) Não. Usada. Mas tá bem conservadinha.

MULDER: - O que importa é o funcionamento da máquina, dona. Tem gente que pega um carro desses e não sabe usar... Não tira tudo o que a máquina pode oferecer... Por isso pode dizer que tá zero...

SCULLY: - (SORRINDO)

MULDER: - É dona, o serviço vai ser demorado. Preciso dar um trato na dianteira, verificar a traseira... regular os faróis... o amortecedor... Acho que não precisa de rebaixamento, já tá bom... Bem rebaixada...

SCULLY: - (SEGURA O RISO)

MULDER: - A hidráulica tá funcionando?

SCULLY: - Perfeitamente. Mas a marcha está travando um pouco...

Mulder ajeita o boné, olhando pra ela.

MULDER: - Talvez não esteja pegando na marcha do jeito certo, dona... E a ré?

SCULLY: - Bem a ré foi pouco usada...

MULDER: - Desperdício...

SCULLY: - (RINDO) Mas acho melhor deixar a ré por hoje... A ignição também... Tem problemas na ignição.

MULDER: - Talvez a gasolina não esteja subindo para o motor... Olha dona, se quiser eu faço o serviço completo.

SCULLY: - Tem tempo pra isso?

MULDER: - Tenho. Só preciso aprontar esse carro primeiro. Se quiser esperar na oficina...

Ela sorri marota e entra na garagem. Ele vai atrás dela. Fecha a porta da garagem.

Corte.


Mulder empurra Scully por cima do carro. Ela recua, com as pernas sobre o capô. O vestido caído entre as pernas. Mulder a puxa pelos tornozelos, ficando entre as pernas dela. Olha pra ela num ar de safado, com a cara engraxada e o boné com a aba pra trás. Scully sorri com uma mecha de cabelos caindo por sobre os olhos.

MULDER: - Olha dona... Isso é um serviço sujo... Se não quiser se sujar toda, acho melhor sair daqui...

SCULLY: - (RINDO) Como você é 'engraxadinho'...

MULDER: - Dona, vou regular o seu motor todinho... Vai ficar envenenado... Acredite.

SCULLY: - Vai precisar de chave de fenda?

MULDER: - (NUM SORRISO SACANA) Olha dona, eu tenho a chave... A fenda é com a senhora.

Scully lambe o rosto dele. Mulder fecha os olhos. Scully morde o maxilar dele com vontade.

SCULLY: - (LÁBIOS ABERTOS/ MORDISCANDO-O) Adoro graxa... Isso é o que chamam de sentar na graxa???

Mulder avança nela, segurando-a pela cabeça devorando seus lábios. Ela desata as alças do macacão. Desliza a mão sobre a camiseta colada no corpo dele, molhada de suor. Começa a erguê-la com pressa.

SCULLY: - Tira, tira isso.

MULDER: - Calma dona! Imagina se o seu marido chega?

SCULLY: - Calma nada! Tira isso! Meu marido está viajando.

Mulder começa a tirar a camisa, enquanto ela abre apressadamente o resto do macacão, deixando-o cair pelas pernas dele. Ele atira a camisa por cima do carro.

MULDER: - (SAFADO) Tá com pressa, não é?

SCULLY: - (SAFADA) Quero trocar o óleo.

MULDER: - Então vamos trocar o óleo... Eu tenho uma mangueira bem do seu agrado.

SCULLY: - Ohhhhh!

Scully se inclina pra trás, extasiada com ele. Mulder olha pra ela surpreso e empolgado. Scully apoia os cotovelos sobre o carro. Mulder inclina-se sobre ela, levando a mão por dentro do decote do vestido, agarrando o seio dela pra fora. Suga-o com desejo. Ela solta murmúrios. Mulder leva a outra mão pela perna dela, agarrando-lhe a coxa com força. Scully solta outro gemido. Ergue a cabeça olhando pra ele.

SCULLY: - Oh, céus!!!! Isso é excitante...

Mulder envolve a mão no pescoço dela e a puxa pra um beijo, colocando a língua dentro da boca de Scully. Ela tenta agarra-lo, meio confusa, quase perdendo o equilíbrio. Ele desce a outra mão pela outra perna dela e a puxa. Scully desliza sobre o carro, o vestido sobe-lhe as coxas. Mulder cai de joelhos ao chão, colocando a boca entre as pernas dela.

SCULLY: - (ENLOUQUECIDA) Ai..... Eu vou ter um enfarte... Ohhhhhh, meu deus!

MULDER: - (MURMURA/ MORDENDO-A) ... O jogo vai inverter agora, Scully... Eu é que vou fazer você enfartar agora...

Mulder morde-lhe a parte interna da coxa. Ela deita-se sobre o carro, revirando os cabelos, enlouquecida.

SCULLY: - (MURMURA/ OFEGANTE/ EXCITADA) Hum... me mata... me mata de prazer... isso é demais! É ilógico!!!

Mulder ergue-se. A puxa com fúria. Scully cai do carro, ele a segura pela cintura.

MULDER: - Sinto dona, agora vou verificar sua hidráulica de outra maneira...

Mulder a vira num ímpeto selvagem, a empurrando por cima do carro. Scully solta um gemido alto.

SCULLY: - Não...

MULDER: - Não se preocupe, dona... Não vou dar um trato na traseira... Precisaria de graxa e não estou a fim de ir buscar...

SCULLY: - (FECHA OS OLHOS/ INCLINANDO A CABEÇA PRA TRÁS/ EXTASIADA) Ai, seu atrevido... Fala mais, fala... Fala mais perversidades...

MULDER (OFF): - Foi quando tive a certeza de que ela agora se excitava com palavras também... Isso foi uma descoberta e tanto!!! Me coloquei dentro dela. Ela gemia feito louca. E eu ficava mais empolgado de vê-la se entregar daquele jeito... Ergueu a perna, apoiando-a sobre o carro. Eu me arremetia contra ela fortemente, enlouquecido com aquela mulher ensandecida de tesão. Ela virou o rosto, recostando-o no capô. Não tinha onde se agarrar, deslizava as mãos pela lataria do carro. Ah, carros e mulheres... que combinação excitante pra um homem... Os cabelos acobreados espalhados pelo rosto. Os lábios semiabertos gemendo de prazer...

SCULLY: - Mais fundo... Mais, mais...

MULDER (OFF): - Eu entrava e saía dela aos gemidos roucos, quase sem ar. Não nos chamávamos pelos nossos nomes, o que nos deixava mais excitados, como se fôssemos dois estranhos. Eu me inclinei sobre ela, arranhando-lhe as costas com meus dentes, enquanto matinha minhas mãos fortemente segurando os quadris dela. O corpo dela começava a escorregar pelo carro, mas eu a empurrava pra cima do carro com força. Ela gritava. Agora ela gritava e eu tinha até medo da vizinhança bater na porta... Mas eu queria mais. E comecei a ser rude com ela.

MULDER: - Grita... grita.

MULDER (OFF): - A cada vez que eu dizia 'grita' me arremetia mais forte contra ela e ela gritava me pedindo mais. Nunca tinha visto Scully excitada como naquele fim de semana... Nossos corpos suavam, tremiam, mas não dava mais pra parar. Era ritmo acelerado. Meu corpo contra o dela. O coração acelerava, eu não conseguia mais pensar nela, eu pensava em mim. Me sentia cansado, mas meu corpo não parava, queria mais e mais e eu não tinha mais domínio. Não me segurava mais. Cheguei a gritar de prazer quando gozei forte dentro dela. Ela gritou comigo e deslizou suas mãos, segurando seu bumbum. Em me arremeti contra ela novamente, fazendo o corpo dela deslizar pelo carro num impacto. Ela gritou. Saí de dentro dela. Podia perceber a respiração tensa de Scully pela pintura do carro, embaciada no local onde estava direcionado o seu rosto. Eu olhava pra ela, ofegante, meus ombros subiam e desciam pela respiração descompassada. Revirei meus olhos e caí por cima do corpo dela. Ficamos jogados ali por um tempo, suados e ofegantes, tentando respirar. Selvagem... Rápido e selvagem... Muito louco!


TEMPO REAL:

Caesar's Place Hotel – Roma – Itália – 10:27 P.M.

[Som: Eros Ramazzotti – Un'altra te]

Mulder sentado na poltrona, sai de suas lembranças. Sorri. O suor lhe escorre pelo rosto. Ele olha para baixo. Num gesto de incredulidade, abre um sorriso.

MULDER: - E como se estivesse voltando ao tempo sem coragem de revelar o que sentia por ela... Fico excitado e vou para o banheiro fazer justiça com as próprias mãos pensando nessa mulher.

Mulder levanta-se e vai para o banheiro. Fecha a porta.


X


29/06/2001

21. August 2019 20:54 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Lara One As fanfics da L. One são escritas em forma de roteiro adaptado, em episódios e dispostas por temporadas, como uma série de verdade. Uma alternativa shipper à mitologia da série de televisão Arquivo X.

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