Nunca tive o desprazer de crescer
Sob a sombra de meu irmão
Por ser o mais velho acreditei ser impossível
Quão errado estava… Não queria crer
Éramos água e óleo
Misturados em uma pequena bacia
Nossa mãe era ocupada demais
Para nosso pai só valia o dinheiro
Tínhamos apenas um ao outro
Você era odiado
Estranho, esquisito, aberração…
Eu me achava descolado
Mas era um perdedor idiota e sem razão
Ao mesmo tempo em que
Você era inteligente, ardiloso e sagaz
Sempre nos tirando das enrascadas que eu criava
O que via tanto em um fracasso como eu?
Talvez fosse o céu lilás
Céu este que muito viu
Nossos planos, nossas aventuras
Nossos risos, nossas lágrimas
E principalmente nossas loucuras
Crescemos…
Loucura mesmo foi meu ciúme
Ciúmes por você ter a atenção que sempre desejei
E sem notar aquilo tornou-se inveja
Inveja por você ser bem-sucedido
Inveja por vê-lo partir e não poder ir junto
Inveja que tornou-se raiva
Ao me ver sendo expulso
Ao vê-lo não me apoiar depois de tudo
Eu errei, perdão…
Agi por puro impulso
Quanto tempo se passou até nos vermos novamente?
Perdi a conta em dez anos
Ficaria bravo se eu lhe contasse
Que nem me lembro como nos reencontramos?
Era o que eu mais queria
Mas o tempo havia nos mudado
Os gêmeos que antes eram inseparáveis
Agora se estranhavam mais
Do que gatos brigando em um beco
Minhas costas doem até hoje
Passo a mão sobre meu ombro
Seus gritos ainda ecoam
Me assombrando pela noite
Então empurrei de volta
Por que diabos estava usando um sobretudo?
O som que tomou conta do lugar
O brilho que começou a irradiar
Os gritos que insistia em dar
As palavras que precisava passar
Restando apenas o livro que conseguiu me jogar
Estava sozinho novamente
Você não me deu escolha
Peguei seu nome e sua casa
Fechei-me em minha bolha
Por trinta anos
Enganei mais pessoas do que posso lembrar
Menti para sobreviver
Trapaceava sem escrúpulos
Aguardando você voltar
Por trinta anos
Foi solitário
Eu mesmo corria de qualquer companhia
Que tentasse se aproximar
Temos sobrinhos-netos sabia?
Conhecê-los me fez lembrar de como éramos
Uma amizade inseparável
Uma sede por aventura
Uma sorte que nunca tive
Por trinta anos
Procurando o maldito diário
Sob meus pés esse tempo todo
Cuidado, não podemos perder o horário
Não acreditei ao ver o mesmo brilho
A mesma luz, a mesma energia
A polícia quase estraga tudo novamente
Então você apareceu
Já me via lhe abraçando novamente
Em vez disso, me recebeu com um soco
Na hora não admiti
Mas esperei muito por isso
Por trinta anos…
Mas quem está contando afinal?
Vielen Dank für das Lesen!
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