O mundo está repleto de coisas que não conhecemos, e a cada dia descobrimos algo que antes parecia ser impossível – ou até mesmo absurdo – pensar que tal coisa poderia existir. Essa é a minha história, ou ao menos o resumo dela.
Vamos começar por partes. Meu nome é Will Wolfsbay, tenho 15 anos e moro com meu pai e meu irmão, em Arcádia, na Grécia. Apesar da ausência da minha mãe em minha infância, nós aparentamos ser uma família normal, porém o histórico da nossa geração vai muito além disso. Surtos de violência, explosões de raiva, crises de pânico, desaparições no meio da noite e ser encontrado pela manhã em algum lugar da mata é considerado normal pra nós. Isso tudo “tá” no sangue, literalmente.
Nosso DNA é especial e muito complexo, sendo totalmente diferente das outras pessoas. Câncer? Não, mas é algo tão fatal quanto. Os homens da família – e por algum motivo, nas mulheres não se manifestam – possuem o gene da licantropia, o mesmo das lendas e estórias de horror que ouvimos dos nossos pais quando crianças pra não desperdiçar comida ou ficar na rua até tarde. Não existe uma forma menos vergonhosa e estúpida de dizer isso. Pois sim, somos lobisomens.
Dentre várias classes de lobisomens, existem os Alfas, adultos e os filhotes, nessa ordem dos mais para os menos influentes, sendo o Alfa o líder – ao menos classificamos assim na nossa “família”. Acontece que eu não chego a ser nenhum dos três. Pelo simples fato da minha mãe ser humana e meu pai um Alfa, pode-se dizer que eu e meu irmão somos fruto de um relacionamento no estilo "Romeu e Julieta", então nascemos com um pouco dos dois, – metade lobo, metade humano – sendo desprezados até mesmo por filhotes que nem passaram da infância. Mas foi aí que meu irmão superou as expectativas.
Quando um homem lobo-humano alcança sua maturidade de acordo com as leis fisiológicas, a verdadeira transformação acontece, e ele passa de um simples homem canino a um poderoso Lobo Adulto, assim como um filhote que, quando cresce, atinge o mesmo estágio. O problema é que o nosso caso é muito raro, e pra falar a verdade eu não sei se vou ter a mesma sorte que ele.
Saindo um pouco desse assunto e voltando à minha mãe, não a olhe como um monstro que abandonou os filhos ainda bebês pra viver com o amante em outro país, não. Lucy Reinford mora em Nevada, Estados Unidos. Quando eu tinha cinco anos aproximadamente, meu pai decidiu que isto aqui não era pra ela. Nós a amamos, e por isso decidimos que ela deveria morar fora da Grécia, pra ter uma vida normal e melhor. Mas ela nunca se esqueceu de nós, além disso estamos indo visitar, ou melhor, morar com ela, eu e meu irmão. Nosso pai percebeu que o mundo é grande e que nós precisamos crescer na mesma velocidade que ele. Por isso ele tomou essa decisão, mesmo receoso, de nos deixar ir e construir nossas próprias vidas.
Por último e não menos importante, temos o meu irmão, Lucas Wolfsbay, ou apenas Luke para os mais íntimos. Um lobisomem maduro – só na parte da genética mesmo –, que ama comer e sair com garotas que provavelmente vão dormir com ele e fazer igual aos ninjas da televisão, jogar o pó e sumir na fumaça. Mas ele é legal, e apesar de tudo, gosto de estar com ele e de não estar sozinho nessa viagem.
Bom, isso foi tudo o que precisam saber sobre mim por enquanto, quem quer que esteja lendo isso. O que é pouco provável, afinal eu amo livros, mas sou péssimo em Literatura e tenho as menores notas da turma nessa matéria, então ignore por favor. Gostaria de escrever mais, porém tenho que arrumar minhas coisas e as coisas do meu irmão, – ele nunca arruma nada – pois o voo é hoje à noite.
Até mais ver!
Vielen Dank für das Lesen!
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