aloucadoscavalos A Louca dos Cavalos

Missy sempre atraía a atenção do Doutor de maneira extravagante, matando humanos, destruindo Londres ou aniquilando planetas, porém recebera muito mais que apenas a atenção do Doutor, de uma maneira simples: atraindo sua TARDIS para o passado.


Fan-Fiction Series/Doramas/Soap Operas Nur für über 18-Jährige.

#12º-Doctor #clara-oswald #missy #Bill-Potts #Kate-Stewart #Nardole #doctor-who
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Bebê à Bordo

Em um vasto campo de gramas verdejantes que antecedia o imponente castelo da Rainha Quem, uma figura feminina era vista cavalgando elegantemente, montada sobre um cavalo negro corpulento e pesado mas de pisadas leves, os longos pelos das patas varriam o chão conforme trotava donzel.

Os guardas reais, acompanhavam-na seguramente afastados e somente volteavam com seus cavalos, adequadamente vestidos com as fardas enquanto os soldados estavam armados e completamente concentrados na senhora distanciada.

Aproveitava um momento de descanso de seu posto de soberana para organizar as ideias e desenvolver o seu plano infalível, para atrair o seu amado inimigo para a sua articulada armadilha.

Desmontou de sua égua Twissy, entregando as rédeas para o guarda mais próximo, assoprando um beijinho para o animal e então segurou a sombrinha, caminhando com seu andando fino e gracioso para dentro da alcaçaria.

No interior de seus sublimes aposentos, sentada sobre o afofado sofá enquanto aguardava ser servida com seu chá de repouso, abriu o pequeno espelho de bolso, encarando o próprio reflexo; seus olhos brilharam juntamente do sorriso que estampou nos lábios vermelhos.

Na TARDIS o Doutor e a Clara discutiam sobre quais aventuras ter, se no espaço ou na Terra, no passado ou no futuro, em algum planeta ou na lua e como sempre deixava a humana decidir.

—E então Clara? Para onde iremos dessa vez? —Perguntava curioso encostado na mesa dos controles de braços cruzados, encarando a companheira, com um ar gracioso.

—Que tal o passado? Termos de lidar com algum monarca alienígena possessivo. —Comentou animada sorrindo e foi até onde o homem estava, puxando a alavanca de partida, e esperando o momento de substituição de linha temporal.

Saíram da cabine abraçados e deram alguns passos para fora observando o local, com seus óculos sônicos não captara nada de errado inicialmente portanto decidiram explorar o ambiente afim de descobrir algo e por que foram teletransportados ali, qual a emergência ou pedido de socorro; Clara, prosseguiu resoluta para explorar o tempo passado desta realidade e poder registrar mais uma aventura e ajuda solucionada.

Estavam caminhando pelo reino, onde possuía uma bela visão do lugar, o majestoso castelo se prostrava acima da colina com uma enorme rampa daquelas pontes elevadiças, para poder atravessar o rio, que descia para o vilarejo e supria a fonte de água dos moradores de classe baixa, não parecia intervenção alguma de alienígenas, mas era cauteloso por natureza; Clara passou a frente dele atraída pelas casas de madeiras e floridas e se virou entre elas, chamando o Doutor, que continuou devagar, foi puxado pela humana alegre e se permitiu sorrir também a acompanhando, sorria para os moradores e acenava, pareciam boas pessoas e retribuiam a simpatia da moça.

Passaram por uma banca completamente florida onde não se percebia a vendedora pela quantidade de flores e um garotinho ao passar, abraçou as pernas de Clara sorrindo banguela e lhe entregou uma flor, a mulher cheirou e agradeceu desmanchando o cabelo do menininho que saiu rindo, junto com os demais; o Doutor que percebeu o gesto inocente do gaiato se aproximou onde a humana estava, cheirando a flor e rodando o talo nos dedos e com as vistas em direção para onde as crianças correram, comprou uma flor da vendedora, que lhe garantiu serem raras e caras de comercializar, e chamou a amiga.

—Clara! —Ao se virar para o chamado, foi surpreendida com o gesto do homem, que colocou uma flor buganvília branca em sua orelha esquerda, afastando seu cabelo castanho claro, e sorrindo. Uma flor que combinava com a doçura e simplicidade da garota.

—Doutor! —Riu feliz abraçando o velho, não deixando de corar com o gesto cavalheiro.

Conforme descobriam mais do vilarejo, perceberam que conforme se aprofundavam para o centro da cidadezinha não eram bem recebidos do que no inicio, e o Senhor do Tempo automaticamente puxou a humana para trás de si e entraram na estalagem próxima; o lugar era escuro iluminado com velas, possuía um piano decadente em uma pequena elevação, muitas mesas e homenzãos sentados com seus copos de cervejas.

Clara caminhou com cautela para o balcão procurando alguém para lhe dar alguma informação ou pedido de ajuda, já havia enfrentado alienígenas e não era por excesso de testosterona, que ficaria com medo; o Doutor andava atrás dela e recebia alguns olhares focados e cochichos sobre sua pessoa.

—Hey velhote! —Um machado passou tinindo a orelha do Doutor enquanto o cerco de homens fechava ao redor deles.

Clara logo correu de frente aos homens, defendendo o companheiro com braços abertos.

Jogaram uma faca em um cartaz pregado a parede de madeira, comida por bolor e traças.

—É a tua fuça? —Perguntou um grandalhão brandindo.

—Clara, eu acho que agora é uma boa hora para você começar a cantar alguma daquelas músicas da Disney! —Sussurrou para a amiga erguendo o queixo, pois a ponta afiada e suja de uma espada estava furando-o.

—Você sempre é famoso por onde anda, Doutor! —Comentou irônica e em um momento rápido, o homem passou a sua frente e bufou contrariada, conseguia se defender.

—Vossa Majestade, o aguarda em seu castelo! —Um dos homens puxou a humana, que se debatia freneticamente, porém a força do bêbado era brutal. —Forasteiros não são bem vindos em nosso reino!

O Senhor do Tempo teve as mãos amarradas e foi jogado em um canto, enquanto os valentões se encarregavam de chamar os guardas; os dois viajantes conversavam por olhares. Clara questionava quem poderia ser que o estava esperando, enquanto o Doutor deixava claro, que não era difícil algum alienígena que pudesse estar o aguardando.

Foram amarrados pelos guardas e arrastados até o castelo, onde ambos demonstravam canseiras físicas por terem andado demasiado; os guardas convocaram a rainha, que surgiu elegantemente descendo de sua carruagem real, atrelada por quatro cavalos Shires, diferente dos guardas que montavam Friesians.

Por não terem se ajoelhado em respeito a monarca, os guardas golpearam as pernas do casal que então ajoelharam-se, totalmente descrentes com o alienígena que viam em suas frentes; Missy, a Senhora do Tempo da espécie gallyfreyana do planeta de Gallyfrey, terra natal do Senhor do Tempo, ajoelhado em sua presença.

Clara e o Doutor se entreolharam, ela encabulada e ele com uma feição cansada, que não passou despercebido pela mulher.

—Doutor ,querido, me desculpe abusar de sua pouca saúde para subir aqui em cima! —Se aproximou à frente do homem, sorrindo contente por vê-lo de joelhos e depositando o indicador no queixo de maxilar firme e erguendo-o obedientemente. —Minhas condolências!

—Missy?! —Chamou o nome descrente.

—Surpreso, querido?! —Tinha um sorriso nos lábios vermelhos.

A humana também se levantou, já que o senhor estava de pé também, tinha as sobrancelhas grudadas enquanto encarava a senhora, com um misto de sensações desde revolta a cíumes.

—Clara, querida! —Se aproximou da humana, moldando seu sorriso travesso. —Os humanos continuam sendo cães dóceis e companheiros?!

A morena mordeu as bochechas e suspirou raivosamente, pela afronta da alienígena, enquanto a mesma ria divertida.

—Missy, sem tempo para os seus joguinhos, estamos em uma missão de resgate! —Se debateu para desfazer as amarras e os guardas se aproximaram para detê-lo, porém a Rainha impediu com um gesto.

—Querido, eu atraí a sua TARDIS para cá! —Revelou meticulosa, voltando para dentro de sua carruagem.

—Espere! —Encarou desconfiado a galyfreyana. —Então, não tem nenhum pedido de socorro?!

Negou com a cabeça sem desfazer o sorriso, mas detida, na porta do veículo; suspirou massageando as têmporas e se perguntando, o que fazer com esse espinho em sua carne, que era a presença de sua amiga.

—Estamos perdendo tempo aqui, pode haver outras inúmeras solicitações realmente importantes e necessitando de atenção! —Tinha as marcas de expressões evidenciadas no rosto, resultados de quando ficava contrariado.

Escutou um soluço contido e olhou para trás, vendo a amiga com um olhar de piedade, nas íris azuis.

—Eu não sou importante para você?! Talvez se eu tivesse destruído Londres ou matado algum de seus humanos amadinhos, então eu seria caso de atenção?! —Ao se referir aos humanos, encarou Clara com desprezo.

Reunia paciência de algum canto inexplicável de seu ser, para lidar com a Senhora do Tempo.

—O que foi dessa vez, Missy?! —Perguntou passando a mão pelos cachos, ato que fez ampliar o sorriso da rival.

—Eu estou me sentindo solitária! —Fez um bico ao revelar e preencheu a distância entre os dois, abraçando o Senhor do Tempo.

Clara revirou os olhos com a atitude e fala da mulher, simplesmente causava destruições por onde passava, forçava o Doutor a inúmeras regenerações apenas por diversão, poderia possuir a idade do galyfrey, porém não aprenderá a ter os sentimentos que moldaram o Senhor do Tempo, e prosseguia continuamente fazendo as mesmas traquinagens, como em um pega-pega.

Afastou a monarca mantendo os braços apoiados nos ombros e os olhos fixos.

—Não estou aqui para brincadeiras Missy e você sempre soube, que eu nunca gostei de brincadeiras! —Seu tom de voz era baixo, entredentes e raivoso, porém os olhos verdes, mantinham o brilho pubere. —Vamos embora Clara!

Derreteu as amarras e libertou Clara, se afastando dos guardas e indo embora. A Rainha tornou a subir na carruagem, fechando a porta com força e ordenando pela janela:

—Cortem-lhes a cabeça! —O trote dos cavalos, ecoaram quando o charreteiro deu a partida.

O Doutor acordou com as vistas pesadas e se espantou, quando as vistas se acostumaram com a claridade do dia, com a visão que teve à sua frente, Clara estava no chão ainda adormecida e por detrás dela, a lâmina brilhante do carrasco, que era simplesmente uma criatura enorme daqueles do bar, levantou abruptamente, percebendo que havia plateia; além dos moradores, a presença da Rainha, sentada elegantemente em seu trono movível e se abanando com um leque roxo, da cor das vestes pomposas.

—Olá, querido! Pensei que ia dormir o dia todo e perder o espetáculo. —Anunciou tampando o sorriso com o objeto.

Os olhos claros estavam arregalados diante aquela cena e permaneceram abertos, a medida que a mulher levantava, e o grito ecoou quando se virou para trás; Clara que mal havia se acordado, deslizou no chão se afastando, assustada pelo ser que estava atrás de si, apoiado no machado que lhe sorriu mostrando os dentes, se sentia como em um filme de sobrevivência como aqueles de zumbi, e o palco em que estava, era completamente estreito e não lhe permitiria escapar.

—Doutor! —Gritou para o homem, com as íris castanhas apavoradas, enquanto se afastava de trás lentamente, conforme o homenzão se levantava.

O executor dava risada ao perseguir a garota, que começava a ficar sem espaços para escapar e um pouco mais próximo, levantou a lança dupla com um machado e desferiu contra a morena, que se afastou de supetão soltando outro grito e caiu no chão, com a lâmina perfurando a madeira, quando abriu ligeiramente as pernas.

A majestade buscava ar, à proporção que a atração ganhava intensidade e duas razões específicas, a entretia; Clara, tentando desesperadamente libertar-se do carrasco e tão patética, sem a ajuda do Senhor do Tempo e o Doutor, prestes a prorromper com a exibição, que em tanto a agradava, como também ver o desespero estampado na feição, costumeiramente séria e austera.

—Missy! —Na voz era perceptível o tom odioso e a frieza que se seguiu, junto da ordem explícita. Ouviu-se também um bufo da rainha e a mão se levantara silenciando as vozes, mas ainda foi audível o último golpe da arma e o guincho.

—Você envelheceu até o próprio humor, Doutor! —Reclamou correndo atrás do homem, que se atirou junto a humana, que tinha o peito arfante e algumas lágrimas nos olhos; envolveu o corpo delicado e rumou em direção ao castelo.

—Você é assunto para depois! —Sentou-se no chão zangada e de braços cruzados, por ter ficado em segundo plano.

Possuía um sorriso lascivo no rosto, ao se encontrar sentada de pernas cruzadas, em seu aposento real, balançava-as que estavam nuas, bem como o resto de seu corpo, coberto apenas por um robe roxo e se arrepiando com a brisa que assoprava, através das enormes persianas; o homem depois de ficar algumas horas com sua garota, até a mesma se acalmar e poder ter a confiança de deixa-la em repouso, saiu após a mesma adormecer, acarinhando os cabelos curtos.

Entrou no quarto bruscamente e sentiu o ar leve do recinto misturado com aromas de olências e percebeu o ambiente decorado, de uma maneira que demonstrava claramente que fora a alienígena que decorara, pois estava escuro em um misto de iluminações devido as velas negras e roxas, e deu alguns passos para frente, sendo recebido pela mulher que se levantara trazendo uma rosa negra espinhenta entre os dedos; segurou o punho girando-o e imobilizando-a, fazendo a flor cair no caminho e pisou por cima a esmagando, puxou para trás o braço da mulher, ocasionando que a manga do robe escorregasse, e encostou seu corpo a ela, percebendo os pelos eriçarem com sua respiração próxima.

—Missy! —Aumentou o aperto no braço feminino até a mesma ficar inteiramente quieta, se desfazendo da rebeldia. —A próxima vez que investir contra a Clara, viverei felizmente sem remorso de sua morte!

E a Missy deu risada com a fala do Doutor, mas era de se esperar; portanto o estralo do osso foi ouvido, quando utilizou toda a violência aguentada por um Senhor do Tempo, no braço da mulher.

—Se quiser atingir o Doutor, atinja primeiro os seus amigos! —Respondeu sofregamente persistente e divertida.

Soltou um riso anasalado, por ter entendido a referência e o significado da fala da mulher, depositou um beijo no ombro desnudo e desceu as mãos pelo outro braço retirando a peça, que sustentou na amarra em torno da cintura, levou as mãos à frente e puxou o laço, fazendo o tecido brilhoso se amontoar no chão e continuou dedilhando a parte interna das coxas e as virilhas; seus braços presos pelo homem lhe dificultava bem como a pressão, que estava lhe doendo, mas suspirou altivamente com a exploração em suas partes íntimas e fechou os olhos ansiando, abrindo-os quando dois dos dedos lhe penetraram e soltou um gemido jogando a cabeça para trás.

—Tão previsível! —Comentou, pois já esperava encontrar a mulher pronta e revirou os olhos, recebendo um riso em resposta.

Retirou os dedos gosmentos e jogou a mulher na cama bruscamente, retirando a própria roupa com facilidade incrível, subiu por entre as pernas da mulher, e quando ela veio lhe abraçar, abriu os braços impedindo e tornando a agarra-los prendendo nas costas e revirou-a; seu murmúrio contrariado foi abafado pelo colchão ao tempo que o corpo alto lhe cobriu e entrou de uma vez, ergueu a cabeça satisfeita com a introdução costumeira procurando pelo canto dos olhos, o dono, e se abaixando com o tronco para empinar o traseiro.

Sabia como tê-la sossegada e sem fazer artimanhas, embora não fosse muito um meio que utilizasse, porém desde a regeneração para Missy, todos os conflitos decorriam desta forma; sempre procurava despertar a impaciência do Doutor, para tê-lo como desejava, embora não tolerasse submissões, ainda sim eram bem vindas principalmente depois de momentos divertidos com a caça de seu caçador.

Os corpos eram mistos de ações, sentimento, sons e vibrações, os suores contribuíam para os deslizamentos e a submissão para relembrar punições, aproveitava as tentativas de rebeldia da mulher na posição em que estava, para castiga-la com as lentas penetrações até que se comportasse, ansiando pela rapidez; gemia com as estocadas e ergueu a cabeça procurando o homem para o beijar, gostava de toques e toda a falta de reciprocidade estava lhe judiando, queria sentir o tronco do senhor contra suas costas, os dedos lhe arranhando e as bocas em sincronia, balançou os braços exigindo atenção e recebeu um casto selinho em suas costas, soltou um muxoxo de reprovação.

Começou a sentir os resultados do ato libidinoso e passou a emitir baixos gemidos se enterrando com mais frequência no canal, e com uma das mãos livres, agarrou a cintura puxando-a para mais perto, por anseio carnal tornou a depositar o corpo sobre o feminino e meteu o nariz na nuca, por entre os cachos do cabelo solto; rejubilava de prazer com a ação do senhor, e sentir os pelos do peito fazerem cócegas em suas costas lhe fazia revirar os olhos e o hálito quente em sua nuca, fazia tremer-se em excitação e agarrar os lençóis os rasgando, próxima ao seu alívio.

Seu corpo estava em êxtase e toda vez que possuía um orgasmo, saía fora de órbita e desfalecia, seu interior explodia em sensações maravilhosas e gemeu o nome da razão de sua líbido

—Doutor! —As palavras eram desconexas, mas o significado exato.

Mas o Doutor não estava satisfeito, continuou com as investidas até que o cerco se fechou em torno de si e rangendo os dentes, expeliu-se de uma vez profundamente.

Para Senhores do Tempo dormir era primordial em apenas três ocasiões: ao comer demais, após uma regeneração ou depois de possuírem orgasmos desfalecedores, soltou a mulher rolando para o outro lado, com as marcas de expressões mais salientadas pelo brilho da face suada e os olhos verdes desfazendo o brilho escuro; sorriu largamente para o amante e se encostou a ele, se enfiando sob o corpo masculino e por entre os braços largos, se sentindo completa e acariciando os cachinhos.

Para a insatisfação do Doutor, quando chegaram em sua TARDIS para partir do passado para o presente e recobrar seus afazeres como Presidente do Mundo, com sua companheira, a nave dera partida, porém toda vez que abriam a porta, teletransportavam em alguma parte do reino; e quando o último teletransporte os colocaram em apuros, por terem parado dentro do salão de banho dos criados, agrediram a cabine procurando acertar o homem que invadiu o local feminino, foram tirar satisfações com a Rainha.

Foi atrás da rainha procurando-a pelo castelo, encontrou no jardim, na parte traseira do castelo sentada sozinha em uma comprida mesa ocupando a área toda, com pires, xícaras e bules esfumaçando, uma criada estava afastada, com um vestido azul claro e laço branco, com as mãos cruzadas aguardando prontamente alguma ordem; a Rainha em questão, sentava no centro da mesa bebericando seu chá, com seu conjunto de porcelana branco com pinturas rosas e flores decoradas, ignorou a presença dos dois à sua frente e continuou bebendo o chá, ergueu um dedo que segurava a alça, para a criada compreender e chegar para servir a majestade, depositando delicadamente o líquido fumegante na xícara.

—Chapeleiro Maluco é? Está mais para Rainha Vermelha unificada com Jaguadarte! —Exclamou a humana, atravessando o gramado junto de seu companheiro.

—Vocês estão atrasados! —Repreendeu quando a dupla entrou em seu campo de visão.

—Por favor Missy! Não é hora para isso! —Tinha o semblante cansado, não demonstrando que havia descansado tempos antes.

—Querido, sempre é hora do chá! - Indicou as cadeiras a frente e mandou a empregada ir servir os convidados.

De fato, estava magnífico o chá e após beberem se sentiram relaxados, talvez aproveitassem um pouco de chá, na manhã morna e úmida com os pássaros a cantarolar e os cavalos relincharem por irem começar o dia de andanças, a mágica foi quebrada pela voz da senhora.

—Gostariam de mais chá?! —Ofereceu para os demais.

O Doutor depositou a sua xícara com um pouco de força o suficiente para atrair a atenção da anfitriã.

—Gostaria de saber por que a minha TARDIS continua se teletransportando aqui?! - Indicou apontando três vezes para o chão.

—Por que a pressa Doutor? Nem nos divertimos direito! —Ampliou o sorriso perverso na face.

O Senhor do Tempo se rendeu aceitando ser servido de mais chá, ato que fez a humana possuir um grande ponto de interrogação na cara; do contrário, a outra mulher estava radiante e a bebida parecia mais deliciosa do que antes.

Aproveitaram o momento de descanso para conversarem, Missy perguntou sobre como estava a Terra no futuro-presente e Clara lhe contou, o Doutor falou a respeito das últimas aventuras; fora uma ocasião para discutirem como um trisal em decorrência normal.

Missy era uma gallyfreiana e portanto possuía uma saúde melhor do que qualquer humano mais resistente, mas ultimamente passou duvidar de sua saúde, começava a se sentir um pouco mau de saúde, estava sentindo alguns desconfortos e sentia a respiração lhe faltando, como também dores de cabeça, no pouco que comia não aguentava digerir a alimentação e quaisquer cheiros não eram bem-vindos, porém sua preocupação somente se alarmou após ter passado por alguns momentos muitos duvidosos.

Sentada novamente na mesa com os demais, o momento que para si era tão apreciado, lhe transformou em desespero quando ao engolir o líquido claro e aromático dos chás, lhe causaram incontáveis horas de ênjôos, vômitos e permanecer agarrada a bacia por muito tempo; outrora quando estava caminhando para o seu aposento, uma repentina tontura lhe fez cair nos braços do Doutor, que a estava acompanhando.

—Missy, está tudo bem? —Perguntou após ajuda-la trocar de roupa, pois a mesma continuara parada na mesma posição que a deixara.

Porém a resposta de sua pergunta foi adiada, pelos novos acessos de ânsia, fazendo-a afasta-lo enjoada por conta das manifestações e joga-lo para fora do quarto, declarando que o seu cheiro estava demasiado forte; sem entender, fora dormir com Clara, que estranhou a visita do amigo, pois passava a maior parte do tempo fazendo companhia, para a amiga solitária.

—Foi despojado? —Perguntou enquanto penteava os cabelos para ir dormir.

—Você reparou algo de estranho na Missy? —Inquiriu enquanto retirava suas vestes pesadas, para substituí-las pelas leves.

—Fora o comum? —Retribuiu sarcástica.

Riu-se também e segurou o robe para que ela vestisse, para então se encaminharem para se deitarem, apagando as velas; como a humana necessitava do sono, que não era uma exigência para os gallyfreianos, acariciava os cabelos curtos abrangendo um pouco da pele, para passar lhe o tempo e a respiração delicada da morena era uma calmaria.

Prontos para partirem e determinado a acabar com o gracejo da Senhora do Tempo, com sua TARDIS em posição de partida, aguardando somente alguns últimos ajustes e desejando que desta vez a nave estivesse livre para decolar, porém estava aguardando a presença da madame, para se despedir com relevância, pois não queria ter que lidar com o problema afetado por uma simples falta de despedida; Clara faltava ir buscar a mulher onde quer que estivesse pela ansiedade em voltar para o presente, depois de um encontro desse estilo que não fora nada agradável e não imaginara totalmente esta decorrência, quando escolheu no dia em que partiram, se lamentava por não ter escolhido o futuro.

A Rainha estava atravessando o castelo o mais rápido que podia, com suas criadas ao redor, conversando animadas, voltei meia tendo que interromper a caminhada, para respirar ou se segurar nas moças, quando ameaçava alguma tontura, e segurou o vestido o erguendo, ao descer as escadas, sorridente para o homem que estava à sua frente; cobriu o restante da distância entre os dois e percebeu a nave já pronta para partida e o amigo, lhe encarando como se indagasse a demora, encarou os com sua melhor feição de compreensão para a partida de ambos e cruzou os braços.

—Já está indo querido? —Questionara com o seu melhor tom de aceitação.

—Missy, iremos partir! —Definiu Clara, saindo de dentro da cabine e observando as jovens que acompanhavam a rainha, mais atrás, se questionando do motivo da presença delas.

—Pois bem, querido! —Se aproximou do homem, segurando lhe a mão e beijando-a. —Boa viagem!

Fora a gota d’água para as duas criaturas de elo híbrido suspeitarem algo de suspeito.

—Missy, passar bem! —Apertou a mão da mulher, também retribuindo o beijo embora ainda continuasse austero. —Garanto que agora não se sentirá mais sozinha, por tempo equivalente.

Se referiu as relações que tiveram, pois, ao menos detinham de supri-lo, mas a mulher, era completamente instável; se virou após acenar e caminhou para sua TARDIS, olhando para a humana e lhe dando três segundos para descobrirem o que havia de errado.

1...

—Não, não estarei sozinha! — 2... —Pois estou grávida!

3.

Ouviram-se os gritinhos das jovens que batiam as mãos animadas, mas o silêncio entre os dois à frente, era ensurdecedor; as íris castanhas encaravam o velho com ódio mortal por conta disso e o mesmo, se segurava para demonstrar a feição serena e polêmica.

—Grávida?! —Se virou bruscamente diante a fala da mulher, para escapar das vistas escuras, que queimavam sua nuca.

A gallyfreiana aumentou o sorriso com a pergunta em tom espantado e com a jovem, descrente.

—Sim!! —Responderam em uníssono as jovens, davam certeza pois estiveram juntas com vossa majestade em todos os testes possíveis. O teste do trigo e da cevada, o teste ocular, o teste do vinho, o teste da cerveja, o teste da agulha e entre outros, contavam nos dedos os testes realizados. —Vossa Majestade está grávida!

—É só comprarmos um teste de farmácia, Doutor! —Resumiu Clara tomando a frente do viajante. As garotas a olharam afetadas pela desconfiança.

Doutor abaixou a cabeça suspirando e ambas as mulheres sabiam aquele significado, ele estava envergonhado, não muito comum das reações dele, mas a definição daquela feição possuía várias maneiras e interligadas; a professora suspirou e se mordendo, rodeou a nave em conflitos internos, queria desacreditar na possibilidade, porém possuiria completa veridicidade da certeza, eram galyfreys nao existia gravidez por engano.

—Não precisa, Clara! —Advertiu suspirando e aceitando a sentença, afinal havia acontecido mesmo as relações entre eles e a mulher não era tão ingênua a ponto de brincar com um assunto desses.

Clara perdendo a paciência, puxou a gallyfreiana pelo braço sem medir forças, não que achasse que ela sentiria algo a mais, e sustentou o olhar nas vistas azuis, contrariada.

—O que você está pensando, Missy?! —Perguntou revoltada.

—Formar uma família, talvez, ter o meu próprio exército de Senhores do Tempo! —Respondeu divertida acariciando a barriga ainda inexistente.
Suspirou reunindo paciência e de repente o rosto tingiu um tom vermelho e bateu com o dedo no peito da monarca.

—Missy! Você vive humilhando os humanos e com complexo de superioridade, mas tem algo que você dé inferior... —Chegou próximo a alienígena, sussurrando em seu ouvido. — ... eu não engravidei do Doutor!

Abriu a boca em surpresa como se tivesse contado um segredo mundial para a Senhora do Tempo, e exibiu um sorriso triunfante, se afastando da gallyfreyana; o rosto da senhora tingiu-se também de vermelho pela afronta e pela revelação de algo que preferia deixar por baixo dos panos, rangeu os dentes, se dirigindo ao Doutor.

—Doutor, mantenha seu cachorro na coleira e de preferência, com focinheira! —Agarrou o braço do homem e passou a se aposar dele.

Clara, bateu as mãos nas coxas e fez sinal para o Doutor acompanha-la, mas o homem estancou no lugar, calculando as consequências.

—Clara, eu não posso ir embora! —Anunciou para a amiga, segurando a rainha, que tentava esmaga-lo com apertos.

—Sim, querida, ele não irá. Vamos ficar juntos e repovoar galyfrey! —Abraçou o velho, o apertando contra seus seios, como se fosse um fantoche; afastou a imediatamente com a ideia assombrosa, correndo para a humana contrariada.

Não escutou o homem que se explicava e se mantinha resoluta e incontestável, satisfazia todas as vontades da mulher, mimando completamente sua rival intergaláctica, e agora simpatizando com a ideia, de gravidez, estava afetada e não fazia questão em demonstrar; segurou os ombros da amiga, procurando os olhos castanhos para encara-los e suavemente se explicou, procurando que ela compreendesse.

—Clara, a Missy é insana, louca, desconfiavel, sádica, poderosa e ciumenta! —Relatava as infinidades de imperfeições comportamentais da alienígena. —Imagine com uma criatura dentro dela?!

Observou a majestade, que ria de alguma piada que as moças haviam contado e se rendeu, ela parecia uma criança na maioria das vezes, precisando de uma chupeta para ficar quieta; recebeu um beijo na bochecha por consideração em ter compreendido a situação delicada.

—Eu voltarei Doutor... —Entrou na TARDIS, parando na porta para se despedir. —... Mas não demore!

Antes que a porta fosse fechada, o corpo feminino foi puxado de encontro ao masculino e seus lábios haviam se encontrado, os mistos de braços se agruparam, em torno do pescoço e da cintura fina, e a carícia já possuía um ritmo profundo, embaralhada por sentimentos e confianças mútuas, podiam se separar, mas ainda sim continuavam unidos; não era uma despedida, era uma resolução inicial até se ter a conclusão definitiva, se encontrariam novamente e ambos sabiam que isso era verdade, o elo permaneceria e Clara sabia, que era tão importante para o Doutor quanto Missy, porém em situações distintas.

Se afastaram ofegantes mas sorridentes.

—Serei breve! —Garantiu beijando a mão da morena, que sumiu dentro da cabine e após três segundos, se desmaterializou no teletransporte.

Soltou um de seus sorrisos macabros e se voltou para Missy, arrastando a rainha para dentro do castelo, como a uma criança, pelo braço enquanto a mesma aumentava os passos para acompanha-lo, conversara com todos do castelo que garantiram a gravidez da senhora pelos testes realizados; para seu pesar era uma verdade a gravidez.

Passaram a habitar juntos, depois de uma cerimônia exagerada que a Rainha decidiu fazer pelo reino, o novo Rei e a Rainha conviviam como um casal dentro do castelo luxuoso e chique; não se separavam por nada nesse mundo, por parte da mulher que era grudada com o homem.

A gallyfreyana havia piorado de saúde até as primeiras demonstrações do crescimento da barriga e após consecutivamente com os sintomas ainda presentes, com faltas de ar, dores, mal estares, enjôos, cólicas e náuseas, somando isto com o fato de que por ser de outra espécie, os sintomas eram mais fortes, portanto os habitantes do castelo muitas vezes achavam ser frescuras da madame; de consolo para a mulher sobrava, o marido que era atencioso em lhe dar atenção e carinho, devido as alterações hormonais e quedas emocionais, como físicas.

A senhora havia tido um ganho de peso considerado e o corpo estava inchado, os olhos azuis com as pálpebras fundas, os seios avolumaram demasiado perceptível mesmo através das roupas, e a sensação de que a qualquer momento a mulher iria destruir o reino ou pior, destruir o planeta, faziam o velho jamais abandona-la; no momento em que saiu de perto da companheira para passar um tempo sozinho com seus pensamentos, fora chamado pelas criadas desesperadas e preocupadas, quando chegaram no local, se deparou com uma Missy descabelada e com um palco de destruição sobre ela e um cômodo que ficará de pé, graças a incapacidade total de demolição por conta da fraqueza pela gestação e os poderes.

Sentou no chão para acalmar a fera e com sua capacidade discursiva não fora tão complicado, porém custaram-lhe as vestes ensopadas pelos choros compulsivos e suas mãos com câimbras, pelas infinitas batidas nas costas para contê-la; tranquilizou de verdade depois de cuidada e quando estavam na cama, com o senhor penteando-lhe os cabelos compridos.

—Eu espero que compense esse meu estado deplorável, querido! —Comentou exausta acariciando a barriga evidente, com um semblante de esperança na vida que gerara.

Mas o Doutor permaneceu calado, tinha cautela e sabia que aquilo era apenas exasperação devido o estado, no entanto não havia ainda crido de verdade nesta notícia e realidade, talvez iria realmente crer quando estivesse com a criança em mãos; segurou as mãos do homem e apertou-as com o misto de sensações presentes.

Soube de verdade que não estava em seu normal, quando os pensamentos passaram a lhe trair pensando na humana, presente na sua intimidade com o Doutor e aceita a contra-gosto pela obsessão que tinha com o homem e se tinha de aceitar para tê-lo, era bem vinda; já havia sentido a fúria do Senhor do Tempo por tenta-los separar e então acolheu, mas nunca, nem depois de sua morte cogitaria a fala de Clara, preferia se satisfazer com a ideia de matar o Doutor a ter de descobrir que geraria uma vida com sua aliada.

Deitou na cama, no novo quarto e com uma nova decoração, com uma nova esperança de vida pela criança, com um novo homem, pois o Doutor estava em constante movimento e alterações, nunca era o mesmo homem, e talvez com um novo retorno para o futuro; o Doutor não era de sentimentos, mas a presença de sua amiga tinha de deixar-lhe sossegado e confiante, como se algo fosse ser resolvido ou evitado com a presença dela, pois era o ciclo, cada um impedia os demônios de cada um.

A mulher estava grávida e para ela, era uma relação instável por se tratar do fator que o casal não era humano mas sim gallyfreianos e portanto a gestação podia ser completamente incerta; sua barriga já estava enorme e as parteiras não cansavam de cochichar, com certeza, de que se tratava de uma menina pelo fato da barriga estar redonda e cheia.

Missy passava a maior parte do tempo caminhando ou se exercitando, como recomendado pelas criadas, para que induzisse ao parto normal e quando se cansava de um deles, fazia o outro; como agora que se encaminhava para o estábulo para aproveitar a companhia de sua égua, retirou o animal, cujo já estava escovado e tratado matinalmente, colocando-lhe a cabeçada e coçando o focinho da fêmea.

Caminhavam devagar ditando o ritmo pois não podia montar, mas ainda a sensação era maravilhosa, sentou em um banco próximo para descansar, se recostando com as mãos para trás; sentiu o sopro do equino e após as narinas junto da boca e o focinho perspassando por sua barriga, sorriu e abriu os botões do vestido revelando a saliência e Twissy acariciou com o focinho, como se entendesse ter uma vida ali dentro.

Única coisa do qual sabia, era que provavelmente se tratava de uma garota e que estava bem de saúde, depositou a mão sobre a barriga procurando a criança que respondeu com um chute, fazendo ser perceptível e assustar a égua; estava grávida do homem que era seu inimigo, que jurou o perseguir por toda a galáxia e que, secretamente o amava, destruía planetas se necessário para atrair sua atenção e poder ter ele para si, mas desta vez fora tão mais simples, precisou somente utilizar de um mecanismo para atrair sua TARDIS e impedi-la de se teletransportar.

Olhou para as janelas do castelo e observou o senhor, suas vistas se encararam e sustentou, nenhum desviava o olhar para o outro, suspirou chamando sua égua, que pastava alheia, e se apoiou nela para levantar, devido a gravidez alongada; andou lentamente até a entrada do castelo e após, com a ajuda de uma criada, subiu as escadarias para o quarto onde o homem estava.

Doutor possuía apenas um pensamento a mente, o zelo com Clara, pois havia a mandado de volta para o futuro presente no tempo dela, estava preso no passado por uma consequência de Missy e não sabia dizer a respeito das informações da UNIT pois sua TARDIS fora trancafiada pela Mestra; e então talvez a Terra pudesse estar em uma invasão alienígena por conta de uma ação impensável da mulher, sua perseguidora intergaláctica, que se provou, surpresamente, capaz de tudo por ciúmes e diversão.

Entrou no quarto o mais silenciosamente possível, embora seus passos estivessem pesados e foi percebida no cômodo, pelo homem ter continuado observando a janela sem um foco específico, sentou-se no sofá e arrumou o vestido; o tempo em silêncio era insignificante, pois ainda que demorasse ou fosse quebrado imediatamente, seria a mesma duração.

—A parteira disse que em breve a criança nascera... —Mencionou cutucando o veludo, deixando um lado escuro e o outro claro.

—Tivera mesmo a capacidade de fazer isso, Missy?! —Se virou para a Senhora do Tempo, ainda processando o fator de que depois de mais outros milhares de anos, teria um filho.

—Você parou de correr, não?! —A voz era áspera e ignorante. Esfregou o rosto suspirando e tentando soar desinteressado, comentou.

—Você sabe qual vai ser o sexo? —Sorriu tentando dissipar a tensão que se instalara.

—Talvez uma fêmea! —Respondeu corriqueira, dando de ombros.

—Espero não me dar o trabalho da mãe! —Piscou a ela e colocou uma das mãos na barriga inchada, se surpreendendo com o chute potente que recebera.

—Ela reconhece o pai! —Comentou irônica, após a porta do quarto se fechar.

Sonhava com cenas de sua infância em Galyfrey quando uma dor longínqua em seu útero, começará a incomodar, e gradativamente foi perdendo o sono até despertar-se, se aprumou na cama e no instante em que mexeu as pernas, surpreendeu-se; a cama estava toda molhada e sua camisola igualmente, bem como o cheiro forte que saía do líquido, ligou o lampião e acionou a campainha para chamar os criados. As senhoras chegaram apavoradas cada uma com o seu lampião e se entreolharam sabendo o que havia acontecido, se retiraram do recinto permanecendo a mais velha, sorriu para a dama e estendeu a mão para ajuda-la a se aproximar pelo outro lado e descer, se apoiou na parte traseira da cama; as criadas haviam limpado o chão do quarto e estavam trocando a cama, quando o senhor entrou no quarto e viu a mulher de pé com a camisola sendo retirada, agora nua percebeu as mudanças no corpo da fêmea, os seios estavam inchados e a barriga incrivelmente baixa, os nós dos dedos estavam esbranquiçados pela força que depositava nas extremidades do pilar da cama e as íris azuis se reviraram no olho branco, soltando um suspiro.
Após terminarem de arrumar a cama, a parteira ajudou-a novamente a se sentar e pediu que abrisse as pernas, para que pudesse realizar o toque.

—Senhor Doutor, estourou a bolsa da senhora, a criança irá nascer a qualquer momento... —Colocava uma luva na mão ao falar. —... Irei verificar a quantidade de dilatação que vossa majestade possui e assim que começar as contrações, se ela já estiver com dez dedos; poderemos iniciar o parto.

O Doutor arregalou os olhos e abriu as mãos, tentando entender como que se cabia dez dedos no interior de uma mulher e parou ao achar a ideia completamente absurda. Esticara a luva e o barulho do elástico ecoou pelo quarto e automaticamente a rainha afastou as pernas e a empregada dobrou-as, lhe soltou um sorriso afável e introduziu os dedos no interior, tornou a revirar os olhos azuis e suspirar; com os dedos indicador e médio na vagina da mulher, tateou a entrada do útero e procurou quaisquer indicações de complicações que pudesse vir a ter, porém não encontrou nenhuma e o colo do útero estava completamente fino, o que era uma indicação de dilatação com facilidade.

Se afastou jogando a luva fora e estendeu a mão para ajudar a monarca a se levantar e no instante em que depositou o pé no chão, seu corpo viera a tremer e quase caiu, sendo sustentada fortemente pela criada, fazendo uma careta de dor pela contração.

—Começou querida?! —Perguntou carinhosamente sabendo do que se tratava. —Preciso que ande mais um pouco ou tente se exercitar, precisa de mais dilatação.

Se retiraram todas do recinto, deixando o casal a sós e a missão para a futura mãe realizar, passou a andar pelo quarto; parando em intervalos de minutos suspirando e contendo as feições que reprimiam as dores.

Percebia o quão difícil estava sendo para a mulher e se sentia um pouco culpado por ter dado este sofrimento a ela, mas era orgulhosa e jamais se permitiria demonstrar qualquer fraqueza; no entanto as ditas contrações estavam vindo em intervalos cada vez menores, até que a galyfreyana precisou se apoiar completamente na cama, os suspiros se tornaram completamente audíveis e tentava respirar regularmente mas era sempre interrompida por alguma dor.

A parteira e as assistentes chegaram após o chamado, que deveria ter vindo do homem, a parteira ajudou-a novamente a se deitar na cama e retomou a ação anterior porém desta vez, seus dedos sentiram a cabeça do bebê no colo do útero e retirou a mão, pediu para colocarem alguns travesseiros para ajudar a relaxar as costas da gestante, em trabalho de parto.

—Senhora, respire fundo e segure a respiração, para quando tiver novamente as contrações, fazer força empurrando a criança. —Após a fala da parteira, não demorou muito para sentir aquela dor que lhe fez ranger os dentes, fazendo força para a criança se locomover para fora do útero; o suor escorria de sua face e certamente, os cabelos ruivos já estavam desordenados, apertou a cabeceira da cama e respirou fundo se preparando para a próxima contração.

O movimento se repetiu por várias vezes com as ajudantes, incentivando a futura mãe e tentando relaxa-la pois percebiam os olhos claros escuros pelo esforço e estarem úmidos, brilhando pela luz do lampião, seus dedos arranhavam a madeira da cama transmitindo nas marcas a agonia que sentia; fechava as pálpebras com força a cada esforço que fazia.

Puxou o ar profundamente aguardando as próximas chances de realizar força novamente+, ao fechar os olhos pela contração e distribuir a força, sentiu um toque em seus dedos, que fez com que perdesse o acúmulo de vigor e arregalasse as vistas; as mãos grandes e masculinas seguraram a sua palma entrelaçando os dígitos firmemente em companheirismo e no instante seguinte, foram esmagadas pela força depositada pela mão feminina.

Se arrependera da ação solidária, ao não sentir mais as próprias mãos, de tão judiadas que estavam sendo e as unhas passavam a rasgar sua pele e não mais o móvel da cama, o sentimento de confiança no casal era mútuo porquanto concentrava toda a energia provinda da mão amiga, em forma de força para parir a criança, em mais outros empurrões de arquear as costas e ranger os dentes; não deixaria sua amiga de infância abandonada no passado grávida de uma criança que ajudara a fazer, embora não tivesse tido totalmente as ações.

Seu alento era recobrado pelo aperto do amigo, segurar nas palmas e receber o incentivo para o nascimento da criança, sem a necessidade da energia regenerativa ou quaisquer habilidades de senhores do tempo, somente a amizade e o elo mútuo; arqueara as costas com a respiração fixa e depositando as forças renovadas, pelo sistema reprodutor afim de expelir a pequena vida, de seu órgão e podendo enfim, se ver livre das dores.

—Parabéns minha Rainha! —A parteira tinha a criança em mãos, ainda com os requisitos do útero e o cordão umbilical. —É uma linda menininha!

As ajudantes trouxeram a bacia com água quente e esterilizaram a pinça, que seria utilizado para cortar o cordão da criança; depositou a cabeça na cabeceira da cama suspirando relaxadamente e com um sorriso nos lábios.

Depositou um beijo na testa suada e limpou o suor com as mãos do rosto feminino, retirando o cabelo grudado da transpiração e prendendo em um coque; também se permitiu um sorriso diante a constatação da parteira e a verdade no gênero da criança.

Escutaram um choro de bebê recém nascido ecoar pelo quarto, após a parteira dar uma palmadinha no bumbum novinho, indicando as condições de vida da criança; verificou todos os sentidos do bebê e após avaliar, comentou feliz.

—Ela tem uma saúde esplêndida e um coração de trovão! —Depositou o neném nos braços da mãe, sorridente.

Sabia do que se tratava a fala da parteira, pois também pode sentir quando segurou a filha nos braços, os batimentos cardíacos dos dois coraçõezinhos, sorria como há muitas centenas de anos não fazia, leve com felicidade realista; o corpinho pequenino esbranquiçado devido o interior que habitava, mas não diferenciando muito da cor real da pele, os cabelinhos cobrindo toda a cabecinha de tom castanho avermelhado com os olhinhos verdejantes .

—Doutor, ela tem os seus olhos! —Sussurrou para o pai ao lado da cama, de pé.

—E toda a sua incapacidade de ficar quieta, Missy! —Se referia divertido ao fator da criança estar chorando.

Envolveu a recém nascida mais próxima de si, aquecendo o corpinho com seu peito e retirou a parte de cima da camisola, e libertando a mama, guiou com delicadeza extrema o mamilo próximo a boquinha aberta e foi abocanhada; para seu espanto, a sucção resultava em dores no seio porém a intimidade de mãe para filho, no gesto afetivo era demasiado para quebrar quaisquer durezas de sentimentos.

Ver a mulher que era sua única companheira na existência de tudo, que era sua igual, sua amante, sua amiga, sua inimiga, suas insônias e regenerações, segurando uma criança e o brilho incandescente dos olhos, abrandou seus corações; tinha capacidade de regredir à uma boa pessoa e deixar de participar das maldades e derivações do cíumes, talvez seu erro fosse depositar as esperanças na criança.

Retiraram a criança dos braços da mãe, para terminarem os preparativos e prepararem para a permanência, trocaram os aposentos da Rainha para a comodidade com a criança, banharam o bebê e envolveram com os vestidinhos de algodão e as criadas, fizeram do artesanato muitas coisas para a princesinha; a mãe também tomou banho e tão logo se recuperara do parto.

Longos períodos após o nascimento da criança, o Doutor tornava com o comportamento de antes, preocupações a cerca do Universo e a Terra, que lhe ocasionavam caminhadas pelos corredores do Castelo tentando se libertar do martírio, e incomodava os criados verem o Rei em tal maneira, como também tinha felicidade em seus corações pelo resultado com a amiga, a maternidade mostrava mudanças na mulher e não podia negar que alegrava a si, pois a relação de ambos era como cães e gatos, muitas vezes acabavam mordidos ou quase mortos um pelo outro, porém em outras vezes, pareciam se comportar como dignos amigos; encostado no caxilho da porta de braços cruzados, observava a mulher se preparar para amamentar a filha, sentava sempre na poltrona de amamentação, que permanentemente era virada para as janelas, observando os céus, aos poucos o bebê se calou e o corpo relaxou, incerto se erguia a cabeça ou cuidava da pequena criatura se alimentando.

Sabia da presença do Senhor do Tempo como também sabia dos pensamentos e indagações, certeza somente tinha do que provinha de sua filha, todo o resto era incerto e passaria a viver desta forma, tinha consciência da quantidade de considerações que geraria, porém já estava com a vida condenada mesmo se parasse para avaliar, então apenas viveria o que lhe era permitido; sentiu mãos afagarem seus ombros e virou a cabeça para uma delas, recebendo um beijo na bochecha e sorriu.

—Era isso o que você queria Missy? —Indagou procurando desvendar a atitude da amiga, embora fazia noção da razão de sempre.

—Transar. A gravidez fora uma consequência. —Salientou, seu propósito era poder ter seu amigo livre consigo, sem humanos entediosos juntos, porém a gravidez fora uma decorrência e serviu para seu feitio.

—Missy, a respeito disso... —Começou a falar, mas foi cortado.

Levantou da cadeira e depositou o indicador na boca do rei lhe dando um beijo, impedindo de falar e se moveu para a cama, sendo acompanhada entregou o embrulho roxo para o viajante que pegou cuidadosamente e embalou a criança; procurando fazê-la arrotar deixando erguida até ouvir o mínimo barulhinho e o leite voltar na boquinha rosada, fazendo a mãe limpar prontamente com a fralda, cobriu novamente o corpinho, com vestidinho branco bordado, passando a manta púrpura para aquecer e balançou, depositou no berço branco delicadamente afastando de si e retirando o braço das costas e posteriormente da cabecinha, soltando no colchão.

Abraçou-o após a ação e ficaram observando o leito da pequenina gallyfreyana, sem pensarem por um momento, nas consequências.

O Doutor estava procurando a Missy por todo o castelo porém estava apenas se perdendo nos amplos corredores e tendo que refazer os caminhos que pareciam se mudar de lugar, quando finalmente saiu para fora visualizou seu objetivo, sentada no jardim acompanhada da pequena Quem?! Não haviam nomeado-a e muito menos pensado em algum nome, não tinham esses costumes; foi até a presença sentada acompanhada das damas de companhia e despediu-as para ficar a sós.

—Missy, temos de ir embora desta realidade, não podemos afetar a linha temporal... —Não estava lhe dando ouvidos, pois estava tomando sol matinal com a filha.

Foi para a frente dela e tornou a falar mais próximo, realmente preocupado pelo tempo incerto em que permaneceram.

—E ao menos que você tenha conquistado esse reino pacificamente, o que eu acho difícil considerando ser você, teremos problemas em breve, por conta do ciclo natural do passado. —Escutava as palavras do homem longínqua em seus ouvidos, pela concentração nos cuidados infantis, balançando o cesto de passeio.

Um pensamento fez as rugas do idoso demarcarem o rosto com a cogitação que lhe passou a mente.

—Você não está cogitando ficar não é?! - Deu risada, um Senhor do Tempo jamais ficava parado no espaço tempo. —Se entediaria antes mesmo que pudesse acompanhar o ciclo dos humanos patéticos antigos.

Ergueu as vistas suspirando pesadamente devido às falas que ouvira, talvez com o peso de suas centenas de anos e todas as regenerações.

—Venha comigo Missy, não lhe deixarei sozinha e também não posso ficar aqui consigo, tenho de voltar para o futuro na Terra. —Estendeu a mão para a mulher que agora o encarava. —E não posso ir sozinho!

Seus corações jubilavam ao ouvir as palavras sábias e belas do amigo, aqueciam na e sempre tinham a capacidade de fazê-la regressar em alguma maldade prestes a finalizar a relação íntima de antes, a linha tênue que o sentimento jamais deixava ser ultrapassada; segurou a mão estendida e pegou a nenê no colo, seguindo atrás do Doutor, com seus andados saltitantes parecendo um pirilampo na escuridão.

—Onde você escondeu a TARDIS? —Perguntou caminhando à frente determinado, com seu casaco comprido esvoaçando.

—No estábulo! - Recebeu um olhar irritado. —O que foi?! Também é um meio de transporte.

Chegaram no lugar e o Doutor usando sua chave de fenda sônica combinada com o artefato que a Mestra utilizara para bloquear o mecanismo de teletransporte, revelou a cabine policial que apareceu com o típico barulho de aparição, causando alvoroço nos cavalos; entrou e sorriu excitado por finalmente estar com sua amada TARDIS, acariciando os controles e os joysticks com entusiasmo e soltando palavras melosas, estranhando a demora da senhora.

Encarava sua égua no fundo da baia e um sentimento lhe tomou, até ter conseguido atrair o Doutor para sua artimanha ela lhe servira de companhia nos momentos; se aproximou do equino e acariciou lhe o chanfro branco encarando os olhos escuros brilhosos do animal, se despedindo em silêncio e soltando um beijo estalado no fronte, sobre a franja grossa e esticou a mãozinha da criança no mesmo local, e recebeu um sopro animado em retorno.

—Por que está demorando?! —Apareceu com a cabeça para fora da porta da nave e esperou a amiga voltar.

—Estava me despedindo de Twissy. —Respondeu olhando novamente para trás com a feição de despedida.

—O que é Twissy?! —Indagou confuso.

—A minha égua! —Revirou os olhos.

—Você não disse que animais são descartáveis?! —Retrucou, se lembrando do que ela dissera prestes a execução; levou um soco quando ela entrou e por pouco a porta não foi fechada em sua cara.

De volta em sua TARDIS o Doutor juntou os três monitores enquanto acionava a partida, e entrava na rede procurando a lista de pedidos de socorro e pelas primeiras buscas não encontrou chamado algum da Terra porém conforme aprofundava a pesquisa, fora soterrado com tantas mensagens que preencheram todas as telas e então soube que tinha algo de errado com o planeta; se virou para ver se Missy estava consigo para que vesse o resultado de sua traquinagem, no entanto deveria ter ido para o quarto.

Enquanto trocava a criança pensava em comprar roupas novas para o bebê e dar um ar mais infantil na nave de teletransporte para ser um ambiente mais acolhedor para uma criança em desenvolvimento, tornou a amamentar a filha e trouxe-a para o núcleo da nave, enquanto o Doutor estava debruçado sobre os controles apertando as têmporas em conflito interno; então soube do que se tratava ao ver nos monitores as imensas mensagens ou pedidos de socorro, suspirou e foi até o amigo segurando lhe a mão, porém ele puxara o braço e dera a volta no local.

—Culpa sua! —Rangeu nervoso acelerando mais o mecanismo da TARDIS.

—Relaxa, sua humana vai estar viva... — Sentou se em uma das cadeiras que tinha disposta no lugar e eram raramente usadas. —...humanos não são tão frágeis quanto parecem!

Após a fala da mulher o telefone da nave passou a ecoar desesperadamente e o Doutor agarrou-o, sem as súbitas suspeitas de quando recebia alguma ligação.

—Doutor? Doutor, é você? Doutor? —Uma voz feminina desesperada estava no outro lado da rede.

—Clara, é você?! Clara? —Bradou em resposta.

—Não Doutor, sou eu, a Kate, estávamos tentando contato... —Foi cortada.

—Onde está a Clara? —Retornou a perguntar.

—A Terra foi invadida por alienígenas... —Desviou da pergunta do Doutor para o foco principal e por consequência teve a ligação desligada.

O barulho convencional da TARDIS se materializando ocorreu na sede da UNIT e ambos desceram da nave; caminhando até a base onde ficavam as pessoas e ao entrarem foram recebidos por olhares assustados e a postura rígida de todos.

—O que é isso, Doutor? —Kate apareceu no recinto, completamente furiosa pela presença da alienígena, que sempre causará destruição em Londres ou outra parte do planeta.

—Isso, Kate, é a minha filha... —Disse apontando para o colo da mulher e posteriormente a ela. —E ela é a Missy.

Todos ficaram chocados com a revelação enquanto o Doutor olhava para todos os cantos procurando algo.

—Onde está a Clara?! —Tornou a perguntar e se precisasse repetir a pergunta mais uma vez perderia o controle, vestiu seus óculos sónicos para procurar.

—Doutor, fomos invadidos e não sabemos quais as reais intenções dos alienígenas... —Suavizou a fala para o próximo dizer. —Clara foi negociar com eles.

O Doutor tirou os óculos com as vistas verdes descrentes.

—Garota impossível... —Repetiu o apelido como uma convicção de que isso aconteceria.

Tinha preocupação em seu rosto e para poder dar seguimento em busca dos alienígenas precisava primeiro dar algum destino à mulher e a criança, suspirou e ficou pensativo sobre isso.

Enquanto isso, Clara havia chegado na sede após o diálogo com o líder dos alienígenas porém não resultará em nada, eles queriam o Doutor, sempre ele, afinal era apenas uma humana e certamente a raça mais sem graça do Universo, jamais seria o foco de alguma coisa; matutava seus pensamentos e ao entrar na base ficou descrente, surpresa e feliz com o que vira.

—Doutor! —Chamou observando as costas do único homem que reconheceria depois de tanto tempo.

Se virou bruscamente ao ouvir o chamado e viu sua garota ali, o chamando e incrivelmente bem, correu até ela lhe dando um abraço e rodopiando a no colo.

—Clara Oswald! —Suspirou aliviado e seu corpo grande praticamente cobria a garota.

Missy revirou os olhos sentada em alguma cadeira e sussurrou para a filha, em seu colo. —É por isso que matamos os humanos! —Recebeu um barulhinho alto com um sorriso babado e o corpinho balançando.

Clara beijou-o o no rosto, perigosamente perto dos lábios, para que não se iniciasse uma guerra entre humanos e senhora do tempo e se soltaram, porém fora revirada pelo Doutor que só faltava lhe virar de ponta cabeça como um brinquedo.

—Eu estou bem, é serio Doutor! —Deu risada abrindo os braços.

Pegou a criança, sorridente pelas falas da mãe, e levou para a humana ver, depositando nos braços dela com cuidado.

—Olá pequenininha! —Cutucou o peito da criança falando com voz fofa, e era incrivelmente parecida com a Missy, ergueu as vistas e sorriu para a Senhora do Tempo, que devolveu o sorriso orgulhosa.

Bateu palmas atraindo a atenção de todos, os chamando para a TARDIS e se teletransportaram no porão da Universidade, assustando um homem que dormia no lugar.

—Doutor?! —Coçava os olhos se aproximando e se surpreendendo com a quantidade de pessoas no lugar.

—Ah, oi Nardole! —Cumprimentou o outro alienígena. —Temos visita.

Passou examinando cada um dos presentes e parou no pequeno embrulho, que ao olhar para o homem careca fechou os olhos e soltou um berro alto, o assustando e assustando Clara também; Missy apareceu e pegou a criança embalando-a.

—Shih... eu sei querida, ele é realmente muito feio! —Comentou acalmando-a e tendo que dar o peito novamente.

Depois dos minutos passados que a feição do polaco se transformou em descoberta e associou 1+1=2.

—Doutor! —Saiu se esguelando para dentro do cofre e as falas se tornaram inaudíveis pela estrutura do cofre, mas depois de algum tempo ambos os homens voltaram discutindo vigorosamente, o gordinho tinha uma técnica incrível em conseguir irritar o Doutor e fazê-lo perder a paciência.

—Vamos Missy! —Indicou o interior do cofre para a amiga.

—Lar doce lar! —Comentou irônica passando entre o Doutor e lhe beijando, na boca, nariz e por todo o rosto com selinhos.

—Não adianta Missy! —Retrucou convicto sem se desmanchar pelas carícias. —Isso tudo foi consequência de suas ações!

—Ah... - Voltou novamente após entrar, por se lembrar de algo, trazendo um pergaminho de anotações do que precisava. —Pintor de reboco, nossas prioridades estão nesta lista! —Sorriu jogando o objeto para o baixinho.

Segurou o pergaminho e olhou do objeto para o Doutor, do Doutor para a Missy e da Missy para o objeto.

—Doutor, está me achando com cara de empregado?! —O rosto do homem ficou vermelho pelo ultraje e jogou o objeto no médico, dando de dedo no peito dele, o encarando. —E vá comprar você mesmo!

Saiu pisando firme e subindo as escadas afastadas no corredor; depois novamente os passos foram ouvidos, desta vez um andado rápido descendo as escadas e uma moça negra apareceu.

—Doutor?! O que aconteceu com o Nardole? —Perguntou Bill aparecendo e vendo as mulheres ali presente. - Ele passou por mim resmungando contrariado e prestes a explodir!

Observou as mulheres ali no porão da Universidade e estranhou, mas possivelmente fosse coisa do Doutor, a loira tinha um porte de milícia e era empoderada, mas a morena era mais graciosa e linda; escancarou um sorriso colocando as mãos no bolso e agradecendo por não perceber que corara.

—Olá! —Cumprimentou ambas as mulheres que lhe responderam igualmente.

Dentro do cofre o Senhor do Tempo dava os toques finais verificando o lugar e conversando com Missy.

—Se comporte, eu voltarei! —Se despediu da amiga recebendo outro beijo e esfregando o dedo na bochecha da bebê. —Cuide bem dela!

Fechou a porta e trancou o cofre, com todo o mecanismo de fora e escutou os passos atrás de si, olhou para ver quem era.

—Ah, oi Bill! —Selava o cofre. —Chegou em boa hora.

—Doutor, o que é isso? O que essas mulheres lindas estão fazendo aqui? — Perguntou curiosa desviando o olhar para as mulheres.

—Bill, preciso de você aqui! —Respondeu segurando os ombros da humana.

—Ah, tá, ok. Para o que? —Inquiriu olhando ao redor. —Vou te dar os comandos por aqui para salvar a Terra de alguma invasão? —Fazia os movimentos de socos com as mãos, animada e irônica.

Sorriu com a animação da garota, certamente era uma boa companhia.

—Preciso que guarde o cofre. —Relatou, vendo a olhar para o cofre, parecendo que perceberá ele apenas no momento.

—Sua amiga está aqui novamente? Ela é bem encrenqueira, não é?! — Concordou com a cabeça assentindo o pedido, procurando palavras para dizer algo.

O Doutor foi até as duas mulheres.

—Vamos Clara! —Segurou a mão de Clara, entrelaçando os dedos e assentindo para Kate e então saíram correndo no corredor. —Vamos salvar a Terra de uma invasão alienígena!

—Hey, Doutor, como assim... —Gritara mas eles já haviam se afastado, colocou as mãos na cabeça e se sentou na cadeira.

Se foi o Senhor do Tempo indo salvar a Terra de uma invasão alienígena, correndo como um pinguim com fogo no traseiro.

22. Juni 2019 01:58 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

A Louca dos Cavalos "A escrita é como um cavalo selvagem, em que não consegue segurar-lhe as rédeas; porém se surpreende ao deixar livre." By Daniele de Fátima Silva ♞♥♞ Perfil de Daniele de Fatima Silva Sou uma escritora amadora que carrega a mesma paixão pela escrita dos escritores profissionais.

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