O sentimento que tomava conta do seu peito era diferente de tudo que havia sentido; talvez havia absorvido sangue de algum guerreiro de bom coração, ou quem sabe, sua essência lhe impulsionou para tomar aquela decisão. Tudo estava confuso, seus valores deturpados pela vontade de se libertar, de querer ser livre verdadeiramente e não uma mera subordinada aos serviços de quem não merecia seu esforço.
Não sabia ao certo o quanto tudo aquilo era dela, se a vontade de ir na contramão do que foi criada era um desejo próprio ou mais uma vez, era manipulada por interesses de outros.
Foi privada de ter desejo e vontade, nunca provou o sabor da independência, de ser quem é e se perguntava quem era Skarlet e qual o seu real propósito. Shao Kahn estava morto, Quan Chi já havia deixado de ser comandante há muito tempo. No Black Dragon se sentia útil, até Kano começar a dar indícios que seria o homem que puxa sua coleira.
Não queria isso novamente, ia andar pelas próprias pernas. Ser sua própria dona.
Assim como o sangue que corria por seu corpo, que dava sua pulsão de vida e podia dar a de morte para quem cruzava o seu caminho, ela começaria sua própria revolução.
A traição do sangue estava prestes a começar.
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