juuhina Julia Olsen

Sem sombra de dúvidas, aquele NÃO era o melhor dia de Naruto Uzumaki. Um homem que, sem saber o que fazer, acabava desabando em lágrimas e expondo seus sentimentos naquele vagão do metrô. As pessoas ao menos se importavam com a dor daquele jovem. Com exceção daquela bela jovem de cabelos azuis escuros e olhos perolados, que, ao se deparar com a cena entrando no metrô, decidiu colocar o seu lado humano em ação. O que ela não podia contar era que ele era muito mais do que lágrimas.


Fan-Fiction Anime/Manga Nur für über 21-Jährige (Erwachsene).

#naruhina #hinata #naruto #allHina
Kurzgeschichte
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Salvo por um anjo






As pernas compridas e vestidas em uma calça social davam passos largos naquela rua com o asfalto quente. Nas mãos, trazia consigo uma quantidade razoável de papéis recém impressos. Os olhos azuis ferviam a ódio e a tristeza. O rosto levemente bronzeado estava corado o suficiente para perceber que ele estava muito bravo.

As pessoas caminhavam rapidamente na entrada da estação do metrô com acesso no centro da cidade. Para ele, aquilo tudo não passava de perda de tempo. A vida era uma constante perda de tempo e, a cada dia que se passava, ele tinha mais vontade de desistir.

O trem que parou a sua frente estava com uma quantidade razoável de pessoas sentadas e algumas em pé. O loiro apenas deslizou as suas costas no vagão e sentou-se no chão gelado, observando aquela pilha de papéis que havia assinado há minutos atrás. Era oficial, ele havia sido demitido do emprego. Um emprego que ele precisava muito, pois, além dele, tinha uma vida de que dependia de muito cuidado: a do seu filho pequeno, Bolt. Um delicado bebê com cerca de um ano.

Suas mãos tremiam de ódio. Quando menos percebeu, as lágrimas passaram a descer pelo rosto masculino, fazendo com que ele abraçasse as próprias pernas e os soluços virem naturalmente. Ele se sentia um lixo por não se sentir digno de cuidar do seu pequeno e de não dar uma boa vida à ele.

Naruto tinha somente ajuda de Anko, uma senhora de idade que se dispôs a cuidar de Boruto enquanto o Uzumaki trabalhava para dar o sustento à criança. Ele era um homem sozinho, não tinha familiares ou até mesmo uma companheira ao seu lado.

Boruto foi fruto de uma relação sem futuro e sem amor. A mãe não queria saber da criança e queria, com todas as suas forças, realizar o aborto. O sonho de Naruto sempre foi de ter uma família, o que lhe deu forças em criar o bebê desde o seu nascimento e deixá-lo ser a luz da sua vida.

Somente por ele que o loiro não havia desistido de sua própria vida.

Os soluços eram audíveis por todo o vagão. As pessoas fingiam que não viam o sofrimento ou apenas o ignoravam, como se não fosse nada importante. Ele sentia sozinho a sua própria dor.

As portas abriram, adentrando naquele vagão, uma moça que tinha a luz nos olhos. Os cabelos escuros e longos estavam presos em um coque desleixado, e, com um ânimo as alturas, segurou em uma barra do trem com a mochila nas costas, sorridente.

O sorriso sumiu ao ver aquele homem sentado chorando no chão. Encolhido, a moça sentia-se agoniada, sua empatia natural quis fazer algo para ajudá-lo. Talvez ele não queira ser incomodado, pensou. Repreendeu-se por aquele pensamento, meneando a cabeça e indo em direção ao desconhecido. Precisava estar preparada.

Ela se abaixou e tocou a mão pequena e delicada no ombro do loiro, que momentaneamente se assustou e engoliu o choro. Vagarosamente, ele levantou a cabeça, com os olhos e nariz vermelhos e rosto inchado, encarando a jovem ali.

– Moço, você está bem?

Naruto encarou somente aqueles exóticos olhos perolados, arregalando os seus levemente. Ela fora a única que se compadeceu com a situação deplorável em que estava, percebendo que todos presentes encaravam a jovem ali abismados. Ele sentiu-se envergonhado.

– Estou.

Ela não acreditou na fala dita pelo loiro.

– Se quiser desabafar, estou à disposição de ouvi-lo. Vamos descer na próxima estação, tomar um café e conversarmos, quem sabe eu não posso te ajudar.

Naruto parecia surpreso com a atitude da jovem ali. Aquilo parecia loucura. Ele apenas assentiu, vendo um sorriso iluminado da mulher a sua frente. Ela sentia-se feliz em ajudá-lo, sentia que ele tinha muitas energias e precisava de um bom ouvido.

A porta abriu e a morena puxou a mão do loiro para fora do vagão, indo até uma cafeteria pequena próxima a saída daquela estação não tão movimentada. A menor retirou sua mochila das costas, sentando-se naquela cadeira e vendo um homem acanhado. Ela abriu a mão em direção a cadeira a sua frente, indicando que ele deveria sentar ali.

– Dois pingados e dois pães na chapa?

Ele assentiu, quando notou que ela fazia o pedido para aquela garçonete. Ele estava visivelmente constrangido de ser acolhido por uma "estranha". Uma estranha com o coração de ouro, que se compadeceu com sua situação.

– Não sei como te agradecer, moça. Por estar me ouvindo desse jeito...

– Pode me chamar de Hinata – ela sorriu para ele – não precisa me agradecer. É o mínimo que eu posso fazer. Pode "retribuir" me falando um pouco sobre você.

– Bem... – ele coçou a cabeça, indicando um leve sinal de nervosismo – eu sou Naruto, Uzumaki Naruto. É um prazer conhecer você, Hinata. Eu tenho vinte e seis anos, agora sou um recém desempregado, desesperado porque tenho um bebê de um ano para sustentar sozinho, sou pai solteiro. Não tenho ninguém, a não ser uma senhora que me ajuda enquanto ela cuida do meu filho para eu trabalhar... Não sei nem com que cara que eu vou chegar em casa.

Hinata arregalou levemente os olhos, segurando a mão do maior que estava sob a mesa. Naruto segurava as lágrimas para que elas não caíssem novamente em público e as pessoas passassem a vê-lo como um estranho.

– Posso ver uma foto do seu pequeno?

– Claro!

Naruto retirou o seu celular do bolso e mostrou sua foto de papel de parede, que era Boruto segurando sua mão ao caminhar. A Hyuuga ficou estasiada com tamanha fofura compactada em um bebê. Ele era a cara do pai.

– Ele é a sua cara, Naruto. Você tem um belo bebê.

Ele pôde sorrir ao ouvir o elogio.

– Obrigado. Ele é a luz da minha vida.

A garçonete chegou com os pedidos e eles puderam contemplar aqueles sabores que combinavam perfeitamente. Aos poucos, a chuva passava a cair próximo aquele café, os olhos de Hinata se encheram: ela era uma amante fiel da chuva.

– É muito bonito que você batalhe pelo seu filho, ele terá muito orgulho de você no futuro. Bem, referente ao que aconteceu com você, acho que eu posso te ajudar. Você tem um currículo fácil agora?

Ele estranhou a pergunta: quem diabos teria um currículo fácil no dia do seu desligamento?

– Eu só tenho no celular, e não está atualizado... Fui desligado hoje. Ele não está com a idade correta e não tem esse emprego.

– Isso não é problema. Você tem vinte e seis anos agora. Onde trabalhou?

– Eu era auxiliar de escritório em uma empresa de Recursos Humanos, trabalhava com eles desde janeiro do ano passado.

– Qual o motivo que acarretou o desligamento?

– A empresa estava praticamente fechando as portas e decretando falência por má administração. As primeiras áreas que estavam reduzindo custos eram as áreas administrativas.

Ela deu um sorriso para ele. Ele estava estranhando essa séries de perguntas.

Ele abriu um arquivo no seu aparelho celular e entregou o aparelho novamente à Hinata, onde ela pôde conferir todas as suas experiências profissionais e outras informações importante como formações e cursos extras. Hinata sorriu ao ver que Naruto havia superior incompleto e tinha inglês básico.

– Seu superior incompleto é referente a que curso?

– Eu fazia Bacharelado de Direito. Tranquei no último ano por falta de dinheiro, a mãe do meu filho havia ficado grávida e a prioridade passou a ser o bebê.

Ela entregou o celular ao homem, que estava mais confuso do que qualquer pessoa.

– Bem, Naruto – ela começou a dizer, ajeitando-se na cadeira – eu sou recém formada em Psicologia, analista de recrutamento e seleção de uma empresa que está precisando fortemente de um auxiliar de jurídico, seria sua primeira oportunidade na sua área, estou certa?

– Seria...

– Pois bem, a sua entrevista com o RH acabou de acontecer e você foi selecionado para a segunda etapa, que acontecerá depois de amanhã, às nove da manhã. Compareça neste endereço, acredito muito que Tsunade, a sua futura chefe, goste de você e te dê a vaga. O salário é bom, acredito que seja suficiente para seu bebê e que você possa voltar a estudar. Fica tranquilo, a vaga não existe experiência, apenas boa postura para lidar com processos jurídicos. Aconselho que você estude um pouco sobre Direitos do Consumidor.

Os olhos dele novamente encheram de lágrimas ao pegar o cartão com Hinata. Ela notou o gesto e acariciou a mão do maior, dando um ar encorajador. Eram coincidências demais para ser verdade.

– Eu posso abraçar você? – Ela se levantou e, ali na frente de todos, Naruto abraçou a menor fortemente – Obrigado, Hinata, você é um anjo sem asas. Se as pessoas fossem como você, o mundo seria melhor.

– Eu vi luz em você, Naruto, sei que você vai conseguir essa vaga. O café é por minha conta. Vamos?

Ele assentiu. Ele retirou um guarda-chuva de sua mochila, oferecendo uma carona para a menor, que andava próximo à ele. Ele encarou a morena, vendo como ela era uma pessoa bonita por dentro e por fora, ela merecia o mundo em suas mãos.

Ao retornar para casa, agradeceu Anko e passou a encarar os olhos azuis do pequeno Bolt. Ele estava deitado no peito de seu pai e tinha uma gargalhada doce. Naruto acariciava a cabeça do bebê com fios dourados que enchiam bem a pequena cabeça e eram desorganizados. O pequeno era uma xerox do pai, diga-se de passagem.


§


O prédio era bem moderno e o vigésimo primeiro andar era muito sofisticado. Naruto estava sentado, vestindo um terno, seus cabelos estavam bem arrumados com gel para trás, usava sapatos social e tinha em mãos seu currículo totalmente atualizado. Ele se sentia confiante e bem fisicamente.

A sala de reuniões tinham consigo mais dois candidatos. Uma moça loira de orbes verdes com a feição séria e um homem de cabelo cinza e uma feição meio sádica. Estavam esperando a chegada de Tsunade, futura chefe.

– Está tudo bem por aqui? Logo Tsunade virá.

A voz de Hinata surpreendeu o loiro, ela estava com a cabeça a mostra e com o corpo do outro lado da porta. Ele não conseguia segurar um belo sorriso ao vê-la tão animada, e ao vê-lo, o seu sorriso ainda foi mais terno.

Assentiram para ela.

– Boa sorte aos candidatos, Hidan, Temari e Naruto.

Ela saiu, o coração dele estava palpitando e ele pôde observar as horas em seu celular. O Uzumaki fez questão de chegar bem cedo para que nada pudesse dar errado. Em questão de minutos, entra uma mulher bem elegante, loira e de corpo avantajado em sala. Ela tinha um sorriso nos lábios e nos mediu antes de dirigir a palavra.

– Me perdoem pela demora, vim de uma audiência diretamente para cá. Sou Senju Tsunade, acho que vocês já devem ter ouvido falar um pouco de mim. Sou a advogada líder de todos os processos da empresa, trabalho aqui há quase 30 anos – ele arregalou levemente os olhos. Aquela mulher parecia ter de idade o que ela tinha de carreira – e garanto que vou me dar muito bem com meu novo ou nova funcionária. Irei chamar um por vez em ordem alfabética e fazer uma entrevista individual na sala ao lado.

Primeiro foi Hidan, a entrevista foi rápida e ele saiu com uma feição séria. Alguns instantes depois ela chamou Naruto, fazendo com que o seu coração palpitasse. Ela observou o loiro seriamente e passou a fazer perguntas básicas, como idade, o que eu gostava de fazer, porém, ela fez uma pergunta que ele não estava preparado:

– Sr Uzumaki, me informe um motivo pelo qual eu não deveria contratar você.

Gelou.

– Acredito que um motivo que me deixa em uma desvantagem é que eu não estou cursando na área. Tive que trancar por conta do meu filho, já que sou pai solteiro e o dinheiro acabava que ia para os cuidados dele. Porém, acho que refuto isso dizendo que continuo estudando desde onde parei e pretendo voltar com a oportunidade.

– Seu filho tem com quem ficar no tempo da jornada de trabalho?

– Sim. Minha vizinha é uma senhora aposentada, ela adora o meu filho e fica com ele sempre que preciso. Ela diz que um bebê ilumina qualquer casa. Meu filho também adora ela.

– Isso me anima. Seu filho tem quantos anos?

– Ele tem um ano.

Ele sorria enquanto falava de seu pequeno, detalhe que não passou percebido pela Senju.

– Gosto da forma de que se refere ao seu filho. Naruto, de verdade, gostei muito de você. Acredito que você tenha o perfil exato para a empresa, porém, caso eu te passe, você precisa me assegurar de que vai voltar para a Universidade. A empresa ajuda com bolsas de estudos para alguns departamentos, o jurídico é um deles.

Naruto assentiu, dando um belo sorriso para a mulher.

– Sim, eu prometo.

– A vaga é sua, Naruto, parabéns!


§


– EU PASSEI!

Ele e Hinata se abraçaram fortemente naquela praça de alimentação. O bebê notava a movimentação estranha enquanto estava sentado no carrinho. Naruto havia convidado a nova amiga para almoçar no shopping naquele sábado a tarde, para lhe contar a nova notícia e para apresentar Boruto para ela.

– Eu sabia que você ia conseguir, Naruto!

Ela se virou e viu o bebê que usava uma chupeta laranja. Os olhos grandes eram brilhantes e, ao sorrir para o bebê, viu que ele sorriu de volta e estendeu as mãos para que a Hyuuga o pegasse no colo.

Hinata pegou a criança no colo, Boruto passou a deslizar as mãos nas bochechas da morena, e abraçou-a logo em seguida. Ela tinha um fascino muito grande por crianças, e ver um bebê tão amoroso a deixou em êxtase.

Naruto ficou maravilhado com a cena. Boruto sempre estranhava as pessoas, demorava para se acostumar com alguém e pegar vínculo. Vê-lo tão dado com Hinata o surpreendeu positivamente.

– Ele gostou de você, Hinata. Ele sempre estranha as pessoas. Isso é muito difícil de acontecer.

Hinata deu um sorriso doce à ele e passou a brincar com a criança. Boruto gargalhava alto na praça de alimentação, contagiando muitas pessoas em volta. Sentaram naquela mesa e ela passou a observar o local em volta.

– Me conta como foi a entrevista. A Tsu deve ter feito algumas perguntas bem generosas. Ela é séria mas é um amor de pessoa, ainda mais fora do local de trabalho. Happy hours com ela é sempre sinônimo de muita risada e vexame.

– Ela me surpreendeu com uma pergunta em específico, eu tinha que responder pra ela o porquê ela não deveria me contratar, eu juro que fiquei louco. Fui sincero e acabou que vou começar na próxima semana. Já fui na Universidade ver como estava a minha situação e logo volto às aulas. Estou tão feliz, Hinata.

Ela pôde sorrir, com o pequeno Boruto em seu colo, que brincava com a chupeta em silêncio, sem dar ouvido a conversa dos dois presentes. Hinata passou a encarar os orbes azuis que brilhavam, diferentes da primeira vez em que os viu, que estavam sem vida e em desespero. Afinal, aqueles olhos tão bonitos precisavam ser evidenciados.

– Eu fico feliz por você, Naruto. E mais feliz por ter ajudado você. De ações pequenas, vamos mover o mundo.

– Você é um anjo. Nunca vou conseguir agradecer você por isso.

A Hyuuga corou com as palavras do mais velho. Boruto encarou a menor com uma gargalhada doce. Ela passou o bebê para o colo do pai, enquanto decidiu fazer o seu pedido em um restaurante que servia hambúrgueres de fast food. Naquele momento, ela sentiu o seu coração acelerar. Há tempos ela não se sentia assim.

Seu corpo sentia a energia do homem que compartilhava a mesa e seu rosto continuava corado. Hinata, ainda na fila, voltou os olhos para a mesa e viu Naruto sorrir para ela. Era oficial. Ela estava tentada por aquele loiro.

Ela havia prometido para si mesma que jamais se envolveria com alguém novamente, aquele sorriso estava dificultando cada vez mais aquela promessa e seu corpo estava em um impasse com seu cérebro.

– Não é nada demais, Hinata – sussurrou para si mesma – não fique assim à toa. Lembre-se do Toneri. Lembre-se do Toneri.


§


Os dias iam passando, Hinata e Naruto sempre se encontravam nos corredores da corporação, isso quando não iam almoçar juntos em restaurantes próximos dali. Em um dia corrido de audiência, Naruto selecionava alguns papéis importantes para levar à Tsunade, indo em direção da impressora, e lá estava ela, imprimindo alguns papéis de suas demandas.

Ele engoliu em seco, aquela mulher estava mexendo com seu psicológico e com sua sanidade. Quando menos percebia, estava com a cabeça naquele sorriso doce e naqueles belos olhos. O Uzumaki estava assumindo beirar a loucura por uma mulher.

– Estou encontrando você mais do que devia.

Ela encarou o moreno rapidamente, com um sorriso estonteante. Uau, ele está um gato, pensou.

– Dia de audiência?

– Sim, está uma correria. Hoje não consigo almoçar por aqui, o que acha de umas cervejas depois do expediente? Por minha conta hoje.

– Fechado.

– Até mais, Hina.

Ela riu levemente com ele correndo carregando uma pilha de papéis. Ela aproveitou e pegou um café que estava ali próximo, sendo observada por sua amiga, Ino, que estava encostada na porta ao lado, do acesso ao financeiro.

– Uhhhh, há tempos que não vejo você assim. Se eu fosse você, investia, ele é um pedaço de mal caminho.

– Ino!

Ambas riram ali naquele momento.

§


O barzinho tinham músicas atuais e estava bem movimentado, denunciando que era uma bela sexta-feira de dia de pagamento. Naruto e Hinata chegaram juntos e acabaram pedindo uma garrafa de uma cerveja qualquer e uma porção de fritas.

Ela não conseguia parar de observá-lo com aquela camisa social grudada em seu corpo, com as mangas dobradas e uma feição de relaxamento por estar em um ambiente mais desinibido. Ser do jurídico devia ser um porre.

– Está mais relaxado?

– Hoje foi um dia e tanto. Até hoje me pergunto "por quê o direito?", por mais que eu ame a área.

Ela riu da fala dele. Ele podia acompanhar cada músculo do seu rosto se contorcer para poder mostrar a melhor curva daquela mulher. Como ele queria poder ter aquela boca para si e poder envolvê-la.

– Uma hora a gente acaba se acostumando com a rotina.

– Sou obrigado a concordar. É corrido, mas amo tudo isso. É um emprego ótimo, que me dá estabilidade e paga bem. Consigo ter tempo para estudar e ter tempo pro meu filho.

– É praticamente "O que mais eu iria querer?"

Você, todinha para mim. Pensou.

– Pois é. E você, Hina? Sempre falamos tanto de mim, mas raramente falamos de você.

Ela corou levemente.

– Bem, eu sempre fui muito independente. Assim que fiz dezoito anos, saí de casa e comecei trabalhando com atendimento call center, que eram seis horas e eu podia pagar um aluguel, já que eu era bolsista na Universidade. Meus pais queriam que eu fizesse administração para que eu cuidasse dos negócios da minha família, mas eu nunca quis. Renunciei tudo, praticamente comi o pão que o diabo amassou, para poder fazer algo que eu sabia que era a minha vocação.

Ele ouvia tudo que ela dizia, sem perder o foco.

– Seus pais nunca te ajudaram com nada?

– Não, meu pai acha que eu sou uma inútil por isso. Com o passar do tempo, ele me pediu desculpas e quis que eu trabalhasse como gerente de Recursos Humanos na empresa dele, mas novamente, eu neguei, sempre tive a consciência de que ainda iria montar meu consultório e trabalhar com terapia. Hoje temos uma relação até saudável, mas longe.

– Você nasceu pra isso. É uma moça muito forte – ele sorriu, ao bebericar um gole de cerveja – e você tem namorado? Um marido?

– Pra falar a verdade, estou solteira há quase dois anos. Só tive um relacionamento longo e que não acabou bem.

– Estamos bem, não é mesmo? Não me relaciono também desde rompi com a mãe do Bolt.

– Se não se importa de dizer, o que aconteceu com vocês?

– Bem... A gente não tinha nada sério. A gente só transava as vezes, o anticoncepcional dela falhou e ela engravidou dele. Ela queria abortar, mas eu não queria, meu sonho era ter uma família, então eu fiz que ela entregasse o meu filho para mim, que eu iria cuidar dele sozinho. Não a vejo desde que ele fez um mês, que foi quando ela me entregou ele e sumiu. Eu até cheguei a querer pedir um DNA porque não sabia se ela transava só comigo, mas quando ele nasceu, não tinha nem como dizer que não era meu, ele é a minha cara.

– Ele deu sorte de ter você como pai, aquela coisinha fofa.

– E você pensa em ter filhos, Hinata?

Ela se calou por um momento, abaixando a cabeça, enquanto a música continuava alta naquele estabelecimento.

– Eu sou infértil.

Ele se calou naquele momento.

– Desculpe, eu não queria ser indelicado.

– Tudo bem. Talvez um dia, casada, eu faça algum tratamento ou até mesmo fertilização in vitro. Ainda sou nova e solteira para pensar nisso.

A noite ia se passando e quando se deram conta, beirava às meia noite. Deviam correr, o último metrô iria passar em breve e podiam ficar presos até o amanhecer. Caminhavam calmamente pela rua, quando escutaram o barulho de um trovão e a chuva passou a cair desenfreadamente. Ele deu seu blazer para que ela se cobrisse da chuva, até que chegassem a estação mais próxima.

A camisa branca estava grudando no peito do loiro. Hinata estava ficando louca.

– Se quiser, podemos cortar algumas ruas que podemos sair no meu prédio. Assim você pode descansar por lá e tira essa roupa molhada...

Ele encarou a morena.

– Tudo bem para você?

– Sim. Tenho umas roupas de quando meu irmão passa uns dias no meu apartamento. Devem servir em você.

– Eu só preciso ligar para a Anko, para que ela passe a noite com o Bolt.

– Tudo bem...

§


O casal seguiu pela rota alternativa e logo saiu em um prédio comum daquela grande avenida. Hinata pegou rapidamente o molho de chaves e abriu a porta, mostrando um apartamento pequeno, porém ligeiramente confortável. A iluminação era baixa por conta do horário, mas o que importava, logo ele iria dormir para ter que trabalhar pela manhã seguinte.

– Aqui está – ela surge com uma toalha e um conjunto de camiseta e uma samba canção – talvez fique um pouco largo, meu irmão tem um corpo muito largo, o padrão para um lutador...

Ele gelou.

– Tudo bem, Hinata. Agradeço a ação, novamente.

Ele entrou no banheiro, tomando um banho rápido e bem quente, para evitar um possível resfriado. As vestes eram realmente largas, mesmo não ficando desconfortáveis. Ao sair do chuveiro, notou a menor mexendo em seu celular sentada na cadeira, enrolada em seu blazer. Os cabelos compridos e a franja estavam úmidos e seu rosto estava levemente corado, dando um ar angelical na mulher.

– Pode entrar no banheiro, Hinata.

Ela deu um sorriso para ele, entrando no banheiro logo em seguida. Naruto aproveitou o momento para realizar a sua ligação. Anko concordou e disse que o pequeno dormia como um anjo.

Ela saiu do banheiro com uma camiseta larga e um short de dormir.

– Pode dormir no meu quarto. Eu fico no sofá.

– Nem pensar, Hinata. É a sua cama.

– Meu sofá é pequeno, Naruto. Você é muito maior do que eu, vai ficar extremamente desconfortável aqui. Lá tem cobertas e um travesseiro.

Ela o puxou para dentro do seu quarto, mostrando uma cama de casal que caberia perfeitamente os dois ali. Imaginou poder te-la ali, seu rosto ardeu. Notou que ela pegou um travesseiro e uma coberta para poder deitar no sofá.

– Boa noite, Naruto. Se precisar de alguma coisa, estarei na sala.

– Boa noite, Hina.


§


A madrugada ia correndo, o barulho da chuva batia na janela pequena do quarto da Hyuuga, tendo um loiro com os olhos estalados. Olhou no relógio do celular e passavam das três da manhã. Ele não conseguia pregar os olhos pensando na morena que estava no cômodo ao lado.

Decidiu levantar para beber água, notando que ela estava virada para o lado oposto do sofá. Pisava devagar para que não fizesse barulho, não queria acordá-la somente para beber água e por conta de sua insônia.

Encontrou um copo limpo no escorredor de louças e uma garrafa cheia na porta da geladeira. A água estava na temperatura ideal para acalmar os ânimos do loiro que estava impaciente. Provavelmente iria trabalhar sem dormir.

– Também não consegue dormir?

A voz doce da morena o assustou.

– Não, vim somente beber uma água e ver como você estava. Estava preocupado.

Ela sentou na bancada da pia e passou a encarar o loiro.

– Estou bem, só sem sono também. Tenho insônia. Vi a hora que você passou para cá. Está se preocupando a toa, fica tranquilo. Estou bem.

– Mas a sua cama é o seu conforto, não devia ter ido para o sofá e...

Ela o interrompeu, puxando seu braço e trazendo-o para perto de si.

– Já disse que estou bem, Naruto.

Eles estavam próximos ao ponto de sentir as respirações um do outro. Eles se entreolharam, o choque entre os olhares ferveu, os corações aceleram e Naruto falhou em manter a postura diante a moça. Avançou nos lábios rosados, beijando-os com carinho e ternura.

Eles sentiam as borboletas saltarem de seus estômagos, o frio nas barrigas era algo eminente, há tempos não sentiam algo tão intenso e forte. Talvez o mix mais forte de todos estava ali, naquela cozinha de madrugada.

Hinata o abraçou pela nuca e com as pernas, rodeou a cintura demarcada do loiro, o desejo era algo crescente pelo decorrer dos dias e da convivência em que tinham. Ela estava apaixonada pelo que projetou dele.

O beijo não se encerrou, ficando cada vez mais quente, tomando proporções avassaladoras para o casal. Hinata deslizou as mãos para as pontas da camiseta do homem, arrancando no único movimento.

Naruto encarou a menina ao ver a atitude tão inesperada. Ele a desejava mais do que qualquer outra coisa. Ela era a mulher que o tirava do sério. Ele queria que ela fosse dele. Ele queria ter a companhia dela para todo o sempre.

As unhas grandes deslizavam sob o peitoral definido e passavam a percorrer no braço em que a envolvia. Hinata sentia suas partes íntimas queimarem e os fluidos passaram a umedecer sua feminilidade.

Ele a puxou para o seu colo, carregando-a pelo ar e levando até aquela cama de casal, que tanto brigaram para acabar amando-se ali. O Uzumaki deitou a morena delicadamente, enquanto notava o barulho da chuva cada vez mais forte e com sequências de trovões.

– Você me deixa louco, Hinata – sussurrou para que somente a morena o escutasse.

Ele deitou por cima da garota, a fim de não deixar com que seu peso caísse sobre ela. Ela passou a beijar o pescoço do loiro, puxando o seu corpo para poder sentir a ereção pulsante dele contra sua intimidade.

Naruto deu um gemido rouco, tomando os lábios dela novamente. O seu corpo inteiro fervia, nunca sentiu tão entregue, tão domado.

Ela o virou, subindo em seu colo e retirando aquele pequeno short, ficando somente com aquela camiseta que estava usando para dormir. Se colaborarem, logo eles estariam completamente nus, saboreando cada milímetro de cada um.

A Hyuuga parecia pequena em cima do Uzumaki, como se o seu corpo fosse feito para estar em cima dele. O maior apertava as coxas roliças com força, trazendo-a para mais perto de si, notando com que ela rebolava levemente em cima de sua excitação.

Os dedos de Naruto foram ousados, retirando bruscamente aquela camiseta larga e vendo os seios rosados com um caimento perfeito, com seus cabelos longos os cobrindo parcialmente. Ele deu um sorriso, notando que a menor ficou levemente constrangida.

– Não fique com vergonha de mim. Você é perfeita. A mais perfeita de todo o mundo.

Ela deu uma risada sem graça.

– Obrigada, Naruto.

Ele a puxou para si novamente. Ela se sentia confortável e a vontade ao lado dele, como jamais se sentiu antes. Ele libertava a mulher que tinha dentro dela. Naruto passou a beijar os seios da morena, ouvindo um suspiro profundo vindo daquela boca. Ela passou a acariciar a ereção por baixo da samba canção, que estava sem cueca e com um volume evidente.

Ali, sem rodeios, ela abaixou a última peça de suas vestes e ele retirou sua última peça, levantando-se e retirando um preservativo do bolso do blazer. Ela o olhou com surpresa.

– Eu não ia andar desprevenido ao lado dessa deusa, Hinata. Desculpe a surpresa.

Ela riu. Ele encaixou o preservativo, e Hinata o puxou para sentar na cama novamente. Ela, aos poucos, encaixou o pênis dele na sua entrada e penetrou, cavalgando devagar. Os gemidos eram baixos e melancólicos, a mais nova fechou os olhos para poder senti-lo por completo.

Naruto estava encantado ao ver a intimidade dela engolir o seu membro por completo. O som que saía dos lábios de Hinata eram a melodia perfeita para os seus ouvidos.

Ele passou a acariciar o clitóris da mulher em movimentos leves e circulares. O gemido da Hyuuga passou a ser mais sentido, seu corpo passou a ficar mais quente e ela rebolava sem pressa. Poder sentir aquilo era chegar perto do paraíso. Ele nunca viu uma mulher tão entregue a ele.

O casal havia esquecido do resto do mundo em baixo daquela chuva torrencial. Enquanto ele a acariciava, eles se beijavam molhadamente. As línguas chocavam-se uma na outra com ardor e malícia.

Hinata passou a cavalgar com força nos últimos instantes. Naruto gemia rouco, e, na cartada final, o último gemido da menor havia sido longo e choroso. O corpo pequeno caiu sobre o colo do mais velho.

Ele esperou com que ela se recomposse. Naruto acariciava a cabeça da menor, dando um beijo na mesma até que ela recuperasse totalmente a consciência. Em questão de minutos, ela o olhou sorridente, puxando o corpo do maior para que eles pudessem continuar.

– Você está bem pra continuar?

Ela assentiu.

– Melhor impossível.

Ele a virou de frente para ele, deixando as pernas dela totalmente ababertas para que ele pudesse entrar no meio delas. Levantando da cama, ele se encaixou, debruçando o seu peso nos braços em cima da cama. A entrada dela estava apertada por conta do orgasmo, o que deixava a sensação cada vez mais prazerosa.

Ele passou a se movimentar lentamente, observando cada milímetro do corpo da mulher que o levou ao ápice da loucura. Os seios fartos mexiam-se junto com ele, a voz dela seguia os movimentos, era um sexo totalmente natural.

Quando menos se deu conta, o som do choque dos corpos rodavam todo o quarto. Ele passou a segurar as mãos de Hinata na cama e os movimentos eram cada vez mais bruscos. Ela gemia alto, o beijava sem avisos e o puxava cada vez mais fundo dentro de si.

O seu corpo estava dando espasmos, um orgasmo forte veio e o deixou sem ar por alguns segundos. Seu coração estava, praticamente, saindo do peito e indo de encontro a mulher. Os suores se interligavam e ele queria cada vez mais dela.

Ele podia ficar observando aquele belo rosto corado e sorrindo para ele o dia todo, ela conseguia ficar ainda mais bonita com o brilho de uma bela noite. Ele não podia negar, ela havia o arrebatado. Ela era dona do coração dele. Por ele, ficariam assim por toda a eternidade.


§


Os dias se passavam rapidamente. Aquela noite não saía da cabeça de ambos, e, desde então, não tocaram mais naquele assunto. Apenas passavam pelos corredores com um sorriso tímido nos lábios e olhares que diziam entrelinhas "precisamos conversar".

Naruto decidiu fazer uma surpresa para a jovem. Ele estava cego por ela. Ele estava apaixonado por aquele anjo doce que entrou na sua vida de uma maneira tão bonita. Por causa dela, ele estava empregado e tinha voltado a estudar. Como não estar melhor?

Ligou em seu ramal para chamá-la em um almoço corriqueiro. Suas mãos estavam suando, não sentia esse tipo de nervosismo desde a sua adolescência.

Chegaram em um restaurante de comida italiana. Ele puxou a cadeira para que ela pudesse sentar, e logo em seguida fizeram seus pedidos.

– Hina, eu te chamei para almoçar porque eu queria conversar com você.

Ela gelou.

– É sobre aquele dia, não é?

– Na verdade, sim e não. É sobre tudo. Eu pensei muito no que te dizer agora. Eu precisava me abrir e ser muito sincero com você.

Ela ficou em silêncio, deixando que ele prosseguisse.

– Você me deixa doido, Hinata. Você não sai da minha cabeça. Eu... Eu nunca me senti desse jeito com ninguém. Você caiu como um anjo pra mim. Eu... Estou apaixonado por você, mulher. Não é de hoje. É desde o primeiro momento em que eu vi você me dando luz no meu caminho.

Ela ficou paralisada. Ele tirou uma caixa de seu paletó, abrindo e tendo um belo anel feminino. O rosto da menor estatizou.

– Eu quero que você seja minha mulher. Você quer se casar comigo?

Intensidade. Direto e reto. Sem rodeios.

Ela não sabia o que responder.

– Naruto... Eu...

Então, ela sai correndo da mesa. Ele ficou sem entender e foi atrás da morena, sem esperar os pedidos e com o coração aflito. Hinata parou em um beco, seu coração estava na mão, ela não sabia o que fazer. Seu coração havia sido despedaçado por um trauma anterior.

– Hinata, o que houve? Me perdoa, por favor, eu não quero magoar você ou te pressionar. Me perdoa, por favor.

Ela deu um abraço forte no loiro.

– Você não tem que me pedir perdão por nada. Você é o homem que eu sempre quis. O problema sou eu mesma, Naruto. Que não consegue ser feliz por um trauma passado.

Ele ficou em silêncio, acariciando os cabelos compridos.

– Você sabe como eu descobri que sou infértil? Eu tive que fazer uma sequência de exames porque meu ex-namorado me drogava e me estuprava. Tudo porque eu não aceitava fazer relações sexuais sem preservativo. Ele ainda teve a audácia de terminar comigo porque eu não era mulher o suficiente para ele, porque eu não podia exercer a única função que eu deveria ter, que era a de procriar. Você tem noção disso?

A raiva passou a rodear o corpo do Uzumaki enquanto a abraçava.

– Eu espero um dia nunca ver esse cara. Eu mato ele com as minhas próprias mãos.

– Meu irmão já fez isso, digamos que parcialmente. Quando ele soube que eu abri o Boletim de Ocorrência sobre isso, ele foi atrás do meu ex e bateu tanto nele que chegou a deixá-lo em coma. Ele ainda está hospitalizado.

Naruto tremia de ódio por toda aquela informação. Como alguém podia ser tão ruim com uma pessoa tão boa igual a ela? Ela era a melhor pessoa que ele tinha conhecido.

– Eu entendo o seu trauma, Hinata. Mas nunca esqueça que quem te ama jamais faria isso com você. Eu quero poder mostrar pra você que posso ser digno de ter a presença de alguém com uma alma tão bonita como a sua. Você exala força e luz, você é a nova luz na minha vida, ao lado do Bolt. Vocês são a minha razão de seguir.

Em meio às lágrimas, Hinata pôde dar um sorriso terno ao amante.

– Pode parecer estranho eu já te pedir em casamento. Mas a verdade é que eu não quero perder você. É algo tão intenso que não dá pra descrever em palavras. Você é a melhor pessoa do mundo, não tem noção disso. Quero ajudar você a conquistar tudo que você merece. Você merece tudo! E se você permitir, você será a mãe dos nossos filhos que virão.

Ela olhou para cima, vendo um Naruto determinado a conquistar toda a confiança possível vindo da parte dela.

– Eu amo você, pequena. Não tenho medo de enfrentar o mundo por sua causa. Dou graças a Deus por ter sido mandado embora aquele dia e por você ter me encontrado naquele metrô.

Ela continuou observando-o, finalmente quebrando o silêncio.

– Eu te amo, Naruto.

Então ele a puxou para a avenida movimentada, ajoelhou com o anel em mãos e viu a menor estremecer.

– Você aceita se casar comigo?

– Sim! Com todo o meu coração.

Então, ele a rodopiou em seu colo e deu um selinho longo. O casal era cercado de pessoas que batiam palmas e celebravam o amor entre o mais novo casal de noivos. Um sendo a luz e a força um do outro.

6. März 2019 02:08 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Julia Olsen Fã incontestável de Naruto, allHina, allIno e ShikaTema. Metal é minha vida, mas escuto tudo o que for música boa, inclusive, Arianator com força. Escrevendo desde os 14, sigo com 22 aninhos de pura malemolência. Thank u, next.

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