tiarhot Rhot

Porque Inko estava muito enganada ao pensar que iria passar seu primeiro natal, depois de muitos, sozinha.


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#boku-no-hero #my-hero-academia #bnh #especial-de-natal
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Capítulo Único - Especial de Natal

Inko, pela primeira vez em muitos anos, não estava tão animada para o feriado. Mas assim como sua empolgação tinha voltado pelo nascimento do seu filho, ela tinha ido embora por saber que seria o seu primeiro feriado sem ele.

Era mais complicado do que achou que seria o deixar morar na Yuuei. Não tinha mais que se preocupar em acordar cedo para fazer café para alguém além de si, as roupas para lavar diminuíram bastante, sempre acordava com o total silêncio e não tinha mais nenhuma voz além da sua na própria casa.

Sabia que ele ia crescer, e que isso iria acontecer. Estava feliz por Izuku que estava lutando com todas as forças pelo seu sonho, sendo auxiliado pela razão que ele encontrou para viver — All Might.

Mas saber de tudo isso não deixava mais fácil. Jamais deixaria.

Porém tinha que fazer alguma coisa, no mínimo, tomar um banho. Tinha arranjado um trabalho de meio período para poder ocupar a cabeça e sua desanimação não havia a permitido levantar do sofá onde se jogou depois de ter chegado.

Contudo estava chegando a hora de dormir e o frio que fazia ali fora ameaçando negar a convidava mais ainda para passar aquela virada de 24 para 25 bem quentinha abaixo do cobertor dormindo para não se sentir tão triste.

E foi exatamente isso que decidiu fazer, ficando abaixo do chuveiro tentando que a água levasse aquele peso embora, o que não adiantou muito, mas pelo menos aliviou um pouco da tensão que sentia, colocou um pijama e foi para a cama.

Antes de dormir mandou uma mensagem de Feliz Natal para seu filhote que ainda não tinha falado com ela — um dos motivos para se sentir tão mal — colocou ele na cabeceira e deitou a cabeça no travesseiro.

Na verdade, não conseguiu dormir tão rápido quanto gostaria. Primeiro que ainda era cedo para si, já dez horas não era seu costumeiro horário para se deitar, segundo... Bem, não precisa ser explicado novamente.

A última vez que olhou o relógio antes de finalmente conseguir deitar um pouco foi às onze e dez...

Só que um barulho a tirou totalmente da sua soneca. Estranho, era tão tarde. Quem estaria te ligando? Atendeu ainda um pouco desnorteada sem saber quem realmente estava do outro lado da linha.

— Ok-a-san... — Midoriya chamou do outro lado da linha. — A-qui fora está um pouco fr-i-io, a senhora po-deria abrir a porta?

— IZUKU? — gritou totalmente surpresa jogando seu cobertor no chão e se levantando depressa. Eram o que? Meia noite em ponto? O que ele estava fazendo na rua a essa hora?

Correu até a porta ainda duvidando um pouco do que estava acontecendo, mas não conteve as lágrimas quando abriu e viu seu bebê com as roupas de frio, as bochechas rosadas por estranharem a temperatura, o sorriso doce e um presentinho estendido.

— Feliz Natal, mãe. — disse simplista e um tanto envergonhado. Queria surpreendê-la e espera que tenha conseguido.

— Izuku... — o puxou para dentro para o tirar da friagem, fechou a porta, e antes de dar tempo para o mesmo reagir, abraçou forte.

Chorava enquanto sentia o frio da roupa dele passar para si, mesmo que não importasse. Ela só queria matar a saudade esmagadora que sentiu, principalmente hoje.

— A escola permite que passamos o feriado lá, ou com a nossa família. Eu não poderia perder essa oportunidade de vê-la. — explicou retribuindo o abraço chorando também.

Amava muito sua mãe.

— Você devia ter me avisado, seu bobo. — disse ao sair do abraço e secar as lágrimas. — Eu não fiz nada, nenhuma comida, nenhuma decoração...

— Melhor ainda, não? — ele disse sorrindo. — Vamos fazer isso juntos! Temos toda essa noite, certo?

Ela sorriu.

— Certo, vamos então. 

— Mas primeiro, eu vou colocar uma roupa e de casa, e você vai trocar esse pijama porque está todo molhado já. — riu. — Vamos fazer igual a todo ano.

Ela acenou em espectativa e partiu para o próprio quarto, pegando seu pijama vermelho e colocando o seu no tanque já que tinha feito realmente um estrago com a neve. Já seu filho apareceu na sala com seu pijama verde que combinava com seu cabelo.

— Esqueceu a touquinha. — ela riu.

— Ainda não peguei as coisas, me ajude a tirar das caixas, por favor. — disse indo até a pequena copa onde deixava os utensílios que usava apenas uma vez por ano.

— Claro.

Eles trouxeram para sala com ela ainda ficando surpresa com a facilidade que ele conseguia trazer as caixas. Ele tinha ficado tão diferente nesse ano... É impressionante o quanto cresceu em tão pouco tempo.

— Bem, vamos terminar de nos arrumar. — o mais novo disse abrindo a menor caixinha, pois sabia exatamente o que havia ali. 

Sendo assim, colocou a tiara de rena e nariz vermelho, dando a touquinha de papai Noel para sua mãe que tentava não rir dele.

— Que foi? Você sempre disse que eu fico adorável com esse nariz. — disse falsamente ofendido vendo sua mãe gaguejar.

— E-eu...

Parou ao perceber que ele estava planejando algo maligno como cosquinhas.

A não.

Cosquinhas não.

— Izu-ku... Izuku! Para, seu...! Não fa-z! — tarde demais. Ela já havia se tornado vítima do ataque inesperado.

Depois de um curto tempo ele parou sentindo pena de sua progenitora.

— Bem, temos muito o que fazer, não? —  ele disse fingindo não reparar a cara de brava alheia.

— Eu cuido do frango e o gohan. — respirou fundo para recuperar o fôlego perdido e fez um biquinho indo para a cozinha.

— Você tem os ingredientes para fazer o bolo? — questionou sabendo que a careta alheia não ia demorar muito.

— Não tenho muito, mas devo ter todos aqui.

— Ótimo, só preciso fazer dois pequenos. Eis a minha função então. — dividiram a cozinha. Izuku até pensou manchar a mãe de farinha, porém ele já tinha sujado um pijama dela e não a aí ficar fazendo trocar de roupa toda hora.

Então se contetar em deixar uma mancha de glacê verde.

Mas antes mesmo de que ele fosse colocar seu plano em prática, um dedo passou em seu glacê vermelho e sua bochecha o fazendo piscar duas vezes.

— Ráh! Esse jogo pode ser brincado por dois! — ela riu e ele suspirou (mesmo que sorrindo também). Ela havia sido mais rápida dessa vez. — Hn, está gostoso Izuku. Mal posso esperar para comer seu bolo.

— E eu nossa ceia, porém agora que está tudo assando, vamos terminar de colocar a decoração, não?

Inko concordou e colocou o timer para funcionar, já que os dois não queriam perder o tempo e comida. Foi uma decoração simples, mas bem bonita.

— Fica ali, mãe. — pediu apontando para um canto da casa que gostou. — Quero tirar uma foto sua ali.

— M-mas minha? Eu estou tão-... — antes que terminasse, Midoriya a colocou na posição que pretendia tirar a foto.

— Maravilhosa, como eu dizia todos os dias que estava aqui, não? — pegou o presente ainda embrulhado que tinha trago e a deu. — Parece que eu vou ter que mandar mensagens da escola, já que você parece ter esquecido. 

O coração da mais velha se aqueceu. Desde tinha ido no médico para entender como tinha engordado tanto, já que não houve tantas mudanças em seu hábito alimentar e foi diagnosticada com depressão, ela não conseguia se olhar muito no espelho.

É verdade que em seu país para uma mulher ser considerada bela, ela tinha que estar com bem menos quilos que Inko atualmente, e isso acabou sendo mais um dos problemas psicológicos que tinha que lidar. Porém, mesmo que se esforçasse para não demonstrar, desde pequeno seu filho parecia ter um olhar apurado para em como ela se sentia.

E ele simplesmente se transformou na sua dose diária de auto-estima. Tão simples, mas tão sincero que todas as vezes que ele simplesmente dizia com os olhos brilhando e sorriso doce que ela não estava e sim era linda... Diferente de quando olhava para o espelho, ela conseguia acreditar.

"Mas mãe, você é fofa. Não no sentido de gorda, no sentido fofa da palavra. Doce por dentro e por fora, por que eu não posso me encantar por isso?"

Por dois segundos conseguiu ver seu pequeno com seis anos falando aquilo no mesmo lugar que via o seu atual, que mesmo depois de dez anos, ainda não mudou. Não podia estar mais feliz.

— As-sim que você quer? — fez uma pose com o presente, mas a verdade é que o jeito de tremer por ficar nervoso tirando fotos veio de sua mãe.

— Com um sorriso. Viu? Olha para mim. — já acostumado com o jeito dela, tinhas seus truques. — Sou só eu tirando a foto, lembra? — ela se acalmou e no momento certo ele conseguiu tirar. — Digna de revelar e ficar no meu quarto.

— Izuku! — disse constrangida.

— Mas sério, ficou tão linda quanto você, mãe! — respondeu como se não tivesse opção.

E não tinha, a foto realmente tinha ficado muito bonita, com a decoração natalina e principalmente o sorriso da matriarca por estar com seu filho novamente.

— Você sempre tão exagerad- — o timer tocou fazendo com que fosse aquela conversa, teria que ser cortada.

Ela — que já havia terminado o arroz há tempos, no meio da decoração — estava dando as últimas conferidas no frango. Ele já estava dando uma olhada nos bolinhos.

— Mais um pouco e posso decorá-los.

— Tudo bem, vou fazer o suco então. — se espantou ao ver duas e quarenta e nove no relógio digital na sala.

Já fazia tanto tempo assim que estavam juntos?! Não, tempo. Se arraste novamente porque ninguém estava com pressa de que ele fosse embora.

— Posso decorá-los! — exclamou animado. Era sua parte favorita afinal de contas. Misturou o glacê verde com o vermelho para deixar a decoração meio a meio e colocou um coração.

Simples, rápido, funcional e perfeito.

— Falta bem pouco aqui também. — anunciou enquanto tirava do forno. — Na verdade, eu diria que está pronto.

— Vamos nos servir então! — não aguentou. A verdade era que estava morrendo de fome.

Reservou o bolo para mais tarde e se serviu depois de sua mãe para poderem se sentar a mesa. Serviu o suco para os dois e juntaram as mãos.

— Itadakimasu! 

Com um sorriso, os dois provaram.

— Nossa, mãe. Isso está muito bom. — elogiou com as bochechas coradas.

— Eu sempre uso um tempero diferente no Natal, lembra? Mas que bom que gostou, eu estava nervosa já que não tinha me programado.

— A comida da Yuuei é ótima, não tenho nada a reclamar, porém hoje fez me lembrar como eu sentia saudades da sua.

Os dois riram e continuaram a comer, agora em silêncio confortável.

Porém, mesmo que estivesse assim, ela queria conversar mais com ele. A saudades eram maiores do que queria admitir.

— E como foi esse primeiro tempo morando na escola? É muito diferente?

Ele pousou seu hashi no queixo tentando formular uma resposta.

— É... Diferente. Bom, mais prático porque eu posso treinar até mais tarde, já que não tem mais o tempo que levaria entre a escola e a minha casa, além divertido porque a gente acaba tendo uma intimidade diferente com seus amigos. Por exemplo, foi engraçado descobrir a quantidade de óculos que Iida tem no próprio quarto, ou como a Ochaco tem alguns casos de sonambulismo. Além de que é legal quando chega nos fins de semana e nós nos reunimos em algum quarto para estudar ou somente passar mais tempo junt-... Ah, eu comecei a murmurar de novo, não? — riu de si mesmo.

Só que atenta como era, percebeu as bochechas coradas ressaltando as sardas. Ele ainda sentia um pouco de vergonha quando se perdia em si mesmo.

— Não, tudo bem. Isso só me indica que você está feliz, e isso é tudo que poderia pedir como mãe, não?

Ela era uma mãe tão maravilhosa. Deku tinha plena noção de como foi abençoado tendo aquela mulher na própria vida, mas mesmo se não tivesse, ela o provava a cada vez que estavam juntos. Eram apegados e não negava.

— Bem, vou lavar essa louça e já trago os doces. Quer mais sucos?

— Ah, sim, Izuku. Por favor. — o observou levantando, agora mais calmas para notar as leves diferenças da última vez que o viu.

Ele parecia mais alto, seus ombros se alargaram e aquilo no pescoço eram algumas denúncias de mais cicatrizes. Porém essas ela tinha conhecimento de que eram da época do acampamento quando os vilões atacaram — motivo o qual que eles estavam morando em locais diferentes.

— Hey, eu soube que você arranjou um emprego. É verdade? — se lembrou de perguntar, já que tinha ficado muito surpreso quando recebeu a notícia.

— Ah, sim. Tem uma empresa que financia pessoas que gostariam de trabalhar cuidando de pessoas de ruas, vítimas de vilões e essas coisas...

— Soube que a demanda aumentou, principalmente depois do caso de Hosu. Os vilões estão mais ativos, de fato.

— Então, eu cuido da cozinha. Sou eu e mais sete lá dentro. — terminou de explicar.

— E você gosta da nova rotina? — questionou já colocando o bolinho na mesa a frente a mãe e o seu no seu lugar, voltando a cozinha para servir o suco.

— É bom me manter ativa, além de que faz um tempo que eu não conhecia pessoas novas. — admitiu.

— Oh, e como são esses sseus novos amigos? — perguntou interessado. Estava feliz pela nova etapa da vida de sua mãe.

— Hn... Eles me lembram você um pouco, já que tem aquela áurea gentil e ao mesmo tempo atrapalhada. — riu. — Mas em resumo, eles tem muita energia, além de ser bem humorados. No dia da festa que teve lá, depois que terminou nosso espediente na cozinha e entraram outros, eles não descansaram até me ver dançando na pista também.

— Não acredito que perdi isso! — exclamou surpreso.

— Pois é, mas acho que tem um vídeo. Se eu conseguir acesso, eu mando para você.

— Por favor, consiga. 

Se sentou na mesa e finalmente começaram a comer o bolo.

— Você melhorou muito desde o ano passado, Izuku!

— Acho que é minha vez de dizer "que bom que você gostou", haha.

Continuaram a comer. 

— Bem, acho que você agora pode abrir seu presente, não? — Izuku recolheu os pratos e os lavou.

— E-eu também tenho um para você, mas não deu para embrulhar... — seu tom nervoso voltou causando mais risadas em seu filho.

— Sem problemas e você sabe disso. — respondeu e ela foi para o quarto buscar.

— E você sabe que eu queria ter embrulhado. — trouxe seu conjunto. Era um chaveiro do "Deku" (herói) junto com um poster dele. — Você ficou muito famoso depois daquele estágio que fez com o Vermellion e... Bem, todo ano eu te dou presente do seu herói preferido, mas esse ano eu quis te dar do meu, sabe?

E mais uma vez ele começou a chorar. É claro que ia!

Pegou o seu presente analisando com muita calma. Sabia que ser herói significava essas coisas, mas tê-las em sua mãos era outra coisa... Contudo era um sinal que estava no lugar certo.

— Obrigado, mãe. Muito obrigado... — abraçou com quase toda força que tinha. E ela retribuiu.

Era tão pouco do que gostaria de fazer por ele...

E sua pequena tremedeira denunciou.

— Mãe?... — não podia negar que ficou preocupado.

Ela tentou disfarçar com um sorriso dizendo que não era nada, mas isso não ia despistar a atenção de Midoriya.

— Mãe. — seu tom sério a fez desistir.

Porém... Como poderia explicar? Era difícil demais de por em palavras. Se pudesse descrever os sinais, era de como as vezes não conseguia dormir pensando naquele dia. A insônia e preocupação, já que tentou tanto ser a melhor mãe possível, mas infelizmente foi mais um obstáculo que ele precisou vencer para poder chegar onde estava.

Aquilo doía...

O arrependimento doía tanto.

— Iz-uku... — doía tanto que não conseguia colocar em palavras. Então foi dito pelas lágrimas.

— Eu sei, mãe... Eu sei... — a abraçou forte, mas depois a sentou e abaixou a sua frente. — Você sabe que eu não sinto mais nenhum remorso por aquele dia, não?

Entregou uma caixa de lenços já que sabia que ela não ia parar de chorar, mas também não precisava.

— A verdade é que não foram as palavras que eu queria ouvir, mas mãe, mesmo que você seja uma das melhores pessoas do mundo, você ainda não é perfeita. — começou. — Olhe nos meus olhos, agora, ok? Quero que você ouça isso com muita atenção.

Fez como o filho pediu.

— Não acertamos sempre, isso é verdade. Quantas vezes te deixei preocupada com o poder que me machucava tanto por não saber controlar? Mesmo que eu tivesse fazendo o meu melhor, eu te forcei tanto até você literalmente "bater de frente" com o All Might! E isso não significa que eu não te amo, mas sim que sou humano. Que mesmo o meu melhor as vezes não vai resolver tudo. Você me criou praticamente sozinha, me deu todo apoio emocional que podia me dar na situação de 'sem quirk' e sempre me deu cada gota desse imenso amor que tem dentre de si, então você foi a melhor mãe que poderia ser, entendeu?

Apertou a mão do seu filho. Um peso saía de seu coração e ela não sabia explicar como.

— Então se dê um presente de Natal e se perdoe. Se preocupe com o que podemos fazer a partir de hoje, porque o importante é que continuamos nos amando, certo? Continuamos a ser uma família.

Ela o voltou a abraçar.

E ele não tinha nenhum problema com isso.

Daqui a pouco eles teriam que sair do abraço. Ela ia ver o álbum que ele fez de várias fotos dos dois em todos esses anos. Eles iam dormir. Ele teria que ir para a Yuuei e ela trabalhar.

Porém agora tudo que importava era aquele abraço.

Porque eles eram o melhor presente de natal que poderiam dar um ao outro.

29. Dezember 2018 15:02 1 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Rhot Integrante oficial do Clã dos Anjos Negros, sendo u primeire deles no site! Bigender feels, ace pride. ♥

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