Aconselho vocês a lerem o conto seguindo cada música que marcarei com links na letra M. Um agradecimento especial à Nathy Maki por ter betado pra mim ^^
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Seus dedos já estavam sujos com a tinta vermelha, fundindo-se com a azul. Bakugou não havia se movido mais que meio metro desde que começara a pintar aquele quadro que tanto estimava; noites em claro, nada ingerido além de pão e água em curtos intervalos. Permanecer acordado significava estar atento a qualquer simples movimento ao redor da cabana, sem que nada lhe fugisse da percepção. Katsuki tinha um foco e não o perderia.
Há muito tempo, uma lenda se espalhara pela aldeia de Sanreizu* e dela, estendera-se por todos os povoados do continente asiático. O mito dizia que, no topo do monte Reddodoragon*, vivia um grande dragão vermelho, o qual deu origem ao nome da montanha; ele era feroz e não permitia que qualquer um se aproximasse, entretanto, como um contraponto, era o protetor do lugarejo, impedindo que guerreiros inimigos tentassem atacar os moradores. Este dragão, originalmente, havia sido um belo príncipe, entretanto, a ira de um deus invejoso fez com que o pobre rapaz adquirisse uma maldição, transformando-o em uma fera que, cegamente, dizimou todo seu reino.
Diziam que a fera não possuía quaisquer sentimentos, um completo ser desprezível, movido pela fúria e pelo simples desejo de matar. Bakugou, com seus seis anos de idade, já achava aquela analogia ridícula. Afinal, se fossem parar para refletir, o ser humano poderia ser colocado facilmente no lugar de assassino desvairado. Não tinha medo de qualquer coisa que fosse e até mesmo se dispôs a ir comprovar a real existência do animal.
Dezenove anos mais tarde, percebeu então que nenhum homem estava imune, nem mesmo ele, do temor da solidão.
Olhou mais uma vez para a janela, um fio de luz iluminando-o causado pela lua cheia que despontava no céu escuro. Katsuki podia lembrar-se claramente que havia sido em uma noite como aquela que a mais bela criatura que poderia lhe amar tinha o havia deixado. Eijirou não tinha um significado, não só o nome em si, mas, toda a estrutura que formava aquele belo homem de cabelos vermelhos. Era a complexidade que deixava tudo mais fascinante.
Poderia afirmar com todas as palavras que estava apaixonado, caindo lentamente por aquele sentimento como alguém se entrega por amor; sabia a razão exata para seu coração bater descontroladamente e também, para estar tão dolorido agora. Se pudesse colecionar memórias como colecionava quadros, teria um grande número de motivos para seu peito se aquecer. O cheiro, o toque, o calor. Poderia listar todas suas partes favoritas em Kirishima, desde a ponta do cabelo até o dedão do pé; ele o cativava, de forma que não houvesse nada a não ser contemplado em seu ser.
Lembrava-se do abraço quente, dos beijos dados em seu pescoço, das promessas de um futuro juntos no qual o medo não mais lhes assombraria.
Katsuki ergueu a mão manchada de tinta já seca e tocou a figura que expunha toda a grandiosidade, toda a sua importância na vida daquele jovem rapaz marcado pela saudade.
Recordava-se bem do dia da revelação. Por muito tempo, viveu num completo escuro, lidando com Kirishima e ignorando pormenores controversos demais; o ruivo, por mais jovem que parecesse, tinha um conhecimento exorbitante sobre acontecimentos de séculos antes mesmo do nascimento de Bakugou que, julgava-se mais velho que o outro; por vezes, também desapareceu misteriosamente, aparecendo em lugares pouco acessíveis sem mesmo fazer-se notar, levantando a questão de Katsuki saber que não estava sendo seguido, principalmente por alguém tão indiscreto como Eijirou era.
Hodiernamente, Bakugou predispunha-se da opinião de que, se não fosse-lhe revelado a verdade, talvez ainda tivesse-o ao seu lado.
Foi numa tarde de inverno. A subida até a montanha Shi no yobidashi* — de nome peculiar e irônico — foi uma das mais difíceis nos últimos dias, levando em conta a escassez de oxigênio e a concentração de neve formando cristais escorregadios nas pedras que auxiliavam a escalada. Decerto, aquele não era o momento perfeito para uma grande aventura no topo de um penhasco, entretanto, a teimosia do jovem loiro era quem sempre dava a última palavra, além de quê, seria menos provável ser caçado pelos cobradores ali.
Já não sentia mais seus dedos, entretanto, os pés firmes avançavam mais e mais, lutando contra as rajadas de vento e com a nevasca que caía de forma impiedosa em suas cabeças.
— Katsuki-kun, vamos voltar. Está frio demais e tão escuro que é como andar vendado ao atravessar um despenhadeiro. — Kirishima segurou o ombro do menor, suplicante. Não vestia tantas blusas de frio, seu corpo era extremamente quente e as que usava no começo, cedeu-as compassivamente aos loiro.
— Estamos quase chegando, idiota. Por que voltar? — batia os dentes com tanta força que tinha certo receio em falar demais e acabar decepando a própria língua. — Além do mais, se não desejava vir, deveria ter ficado em cas--
Foi em camêra lenta. Os pés de Bakugou escorregaram no gelo e a rocha cedeu, fazendo com que o mesmo despencasse para sua própria morte, sem que pudesse ser salvo pelas mãos fortes do ajudante.
— BAKUGOU! — os olhares se encontraram, era o desespero ali, planando sobre os dois amantes velados de seus próprios sentimentos.
Katsuki abaixou as pálpebras, deixando-se cair em queda livre, seu fim não tão épico como dizia a si mesmo, entretanto, quando suas costas entraram em contato com algo duro, que julgava ser o chão, não perdeu a consciência, podia escutar o vento passar assobiando pelos seus ouvidos, estava em movimento. Quando deu-se conta do que lhe ocorria, pôde ver as grandes asas vermelhas encouraçadas subindo e descendo, quanto mais se distanciava daquele lugar. Cogitou a possibilidade de realmente estar morto, sendo carregado nos braços por algum deus brincalhão que planejava jogá-lo ao Andāwārudo*, entretanto, conforme a altitude foi pendendo, dando a entender que regressavam ao meio da clareira onde Bakugou estava acampando com Kirishima.
Naquele dado momento, lembrou-se do ruivo desesperado que deixara no topo da montanha; seu peito doeu imensamente, sem saber se o mesmo estaria bem.
Conheceu Eijirou num confronto com os guardas do palácio de inverno, pois apostava alguns Kost’s* contra os velhos mafiosos que comercializavam produtos roubados e escravos sexuais no centro do povoado. O ruivo o ajudou a escapar em troca de um lugar para passar a noite e, desde então, uma amizade se formara entre Katsuki e seu novo ajudante desastrado.
Se estivesse e permanecesse vivo, o loiro desejava vê-lo mais uma vez e se sincero com seus sentimentos refreados até então.
De frente para o quadro, anos depois, Katsuki pedia aos deuses o mesmo que naquele dia, talvez, com mais fervor ainda.
Quando pousaram ao chão, demorou um pouco até que Bakugou saltasse para a neve, temendo encarar o que quer que o tivesse carregado em segurança. Respirou fundo, erguendo a os olhos para encarar o grande dragão vermelho que o observava com preocupação aparente. Aquilo era bizarro, não tinha medo, entretanto, sentia-se hesitante em se aproximar.
— Er… Obrigado. — O dragão abaixou a cabeça para perto do corpo coberto de Katsuki.
O loiro sorriu, levantando a palma aberta até o focinho, deixando leves carícias no mesmo. O animal fechou os olhos por um momento e tudo começou a mudar. Num momento, a criatura desapareceu, dando lugar a um Kirishima de joelhos e nu, recebendo um leve afago nos cabelos ruivos, agora, escorridos.
A surpresa estampada na face de Bakugou era nítida, todavia, a feição doce de Eijirou o fez ignorar as perguntas que se formavam em sua cabeça, retirando sua capa e se agachando, cobrindo o jovem ajudante, num abraço forte e afetuoso.
— Kacchan? — chamou-o pelo apelido ao qual Izuki, um amigo de infância do maior, havia o dado.
Para Katsuki, parado ali, solitário enquanto a única lembrança que pôde dar vida era uma pintura, almejava ouvir aquele chamado mais uma vez.
Foi um longo período para a total aceitação que seu ajudante era a fera dos contos que escutava quando criança, Kirishima era quase seis mil anos mais velho que ele, aquilo era estranho, principalmente pelo mesmo manter a juventude de quando foi amaldiçoado, soube também que, em algum momento de seu dia, poderia acabar se transformando involuntariamente, de qualquer forma, sabia da promessa que havia feita a si mesmo e não demorou muito até que conversa-se seriamente com Eijirou sobre o que estava lhe corroendo ao longo de dois anos vivendo juntos, fugindo dos cobradores.
— Você me subestimou por muito tempo, Katsuki. — Lembrava do olhar sério que recebeu. — Sempre deixei claro meus sentimentos por sua pessoa. Se estive sempre ao seu lado foi porque já não me via sem você. Se eu te protegi e salvei, é porque eu amo você. Se o faço agora é porque quero deixar evidente todo o desejo que vim acumulando ao longo dos anos por você. — Fora o primeiro beijo dos dois, ali, envolta de uma fogueira numa clareira de um bosque.
O inconfundível sabor da paixão reprimida que, naquela noite, tomou-se forma, enquanto faziam amor até o amanhecer.
Katsuki sentiu um arrepio passar por todo seu corpo, a recordação indecorosa dos sorrisos carregados de malícia de Kirishima enquanto o fodia deleitosamente lhe trazia calor, todavia, este cessava-se ao acordar de seus devaneios e vê-se ali, apenas com o luar para fazer-lhe companhia.
As tardes debaixo da macieira, assistindo o pôr-do-sol ou só trocando carícias antes de se deslocarem para algum povoado vizinho, em busca de suprimentos; os banhos de cachoeira; as conversas sussurradas no meio da madrugada; Tudo aquilo trazia recordações dolorosas, cinco anos haviam se passado, mas, se recordava como se houvesse sido no dia anterior.
Tudo havia desmoronado, sobrando apenas cinzas. Fora tão repentino, nenhum dos dois esperavam serem descobertos, nem sequer imaginavam que, por longos meses, não apenas os cobradores, mas caçadores tentaram os capturar. Jurados de morte, lutaram e se esconderam, temendo que o pior acontecesse. E realmente o pior veio lhes assombrar.
Bakugou estava de guarda para que seu pobre amante pudesse descansar, depois de espantar alguns homens atrás de uma boa recompensa pela cabeça de Kirishima. Sempre alerta, empunhava a adaga prateada como se, a qualquer momento, pudesse surgir alguém que os queria morto. Por um breve momento, deixou-se observar a face adormecida do amado, os cabelos espalhados pelo pano onde deitara, o pescoço marcado por chupões e arranhões de mais cedo, onde se permitiram desfrutar do prazer não só carnal que dividiam entre si. Aquele efêmero instante de descuido lhe custou muito mais do que imaginava.
Estavam cercados por homens parrudos com lanças e tochas em mãos. Buscavam sangue, vingança pelos seus que, supostamente teriam sido mortos pela besta cuspidora de fogo. Katsuki pôs-se de pé, em frente a Kirishima que, sem ter conhecimento do que ocorria, usufruía da magia do deus Yumemiruhito*, recuperando toda força e energia perdida progressivamente.
— O que querem aqui? DIGAM. — Seu coração batia rapidamente, a respiração começando a falhar. Ele era apenas um, Eijirou não poderia lutar estando daquela forma.
— Saia da frente, garoto. Não se meta nesses assuntos, não é necessário machucá-lo.
— Entregue-nos a criatura e pouparemos sua vida. — Bakugou riu de forma debochada, quase maníaca. Morreria ali, entretanto, partiria apenas depois de dizimar aqueles cretinos desprezíveis.
— Eu irei ficar aqui com o meu dragão, contudo, serei complacente e lhes darei exatos três minutos antes que eu me irrite realmente e chute seus traseiros. — Passou a língua pelo lábio inferior, curvando-se em posição de ataque.
O primeiro e o segundo golpe foram facilmente desviados, entretanto, quanto mais pessoas se aproximavam, mais dificuldade Katsuki tinha na tarefa de se ferir o menos possível. Chutou a barriga de um, acertou a jugular do outro; não importava o quanto lutasse e os matasse, os aldeões pareciam surgir por entre as árvores com cada vez mais sede. Num momento de descuido, sentiu a ponta de uma das lanças perfurarem seu ombro; um urro de dor escapou por entre seus lábios, contudo, permanecia de pé, pronto para mais uma. Cortou a garganta de dois homens e apunhalou outros três antes de ser atingido novamente no mesmo lugar, caindo de joelhos no chão. Uma movimentação em suas costas fez seu sangue gelar, era como se pudesse ver a expressão de Kirishima, tomado pela fúria de, não só ser acordado, mas, de se deparar com seu parceiro machucado.
O chão tremeu de forma violenta e o pavor estampado na face pálida daqueles homens era aprazível para Katsuki que segurava o próprio ombro ensanguentado. O rugido tenebroso que Kirishima soltou, já como um dragão, foi um dos sons mais aterrorizantes que Bakugou já ouvira; ele estava completamente furioso e sabia bem que a raiva o cegara. Eijirou não estava acostumado a nutrir aquele tipo de sentimento, deveras, era a pessoa mais dócil e gentil que o loiro conheceu na vida e agora estava descontrolado e prestes a se tornar algo que sempre temeu: Ser um assassino.
Levantou-se um tanto quanto cambaleante, tendo tempo apenas para colocar-se de lado, a enorme pata de Kirishima atingindo metade das pessoas que estavam parada ali.
Fogo, corpos dilacerados. Tudo havia se transformado em caos e as imagens nunca abandonaram a mente de Katsuki, quanto mais a de Eijirou. No fim, sobrou apenas os dois, feridos, mas, certos de que protegeram um ao outro. O sol nascia no horizonte e alguns focos de incêndio transformava tudo em uma neblina de fumaça, nada realmente preocupante.
— Venha, deixe eu cuidar de você. — Colocou seu manto vermelho em cima das omoplatas do outro, segurando a mão do de cabelos avermelhados levando-o até perto de uma nascente; a água límpida refletia os dois ali, no que seria seu último encontro. Bakugou molhou o pano limpo que carregava em uma bolsa de suprimentos dados por uma curandeira amiga, Uraraka. Tratou do ferimento no abdômen de Kirishima e logo começou a enfaixar-lhe o braço..
— K-Kacchan… — Soluçou. Katsuki sabia bem que, se erguesse os olhos para encarar Eijirou, se quebraria ao deparar-se com as lágrimas quentes descendo copiosamente por seu belo rosto machucado.
— Não. — Respondeu de forma fria. Recusava-se a escutar o que já sabia que o menor diria. Haviam feito uma promessa, um erro, na verdade. Kirishima prometeu a Bakugou que iria embora se as coisas piorassem, não que o loiro esperasse que seu amante fosse cumprir com o que tinha dito, entretanto, Eijirou levou aquilo a sério e agora, talvez estivesse no momento para aquilo.
— Kacchan, por favor, não torne as coisas mais difíceis. — Tocou o ombro ferido do loiro que estremeceu. — Fizemos uma promessa, Bakugou.
— Não, você quem fez essa maldita jura descabida. — Sentia-se como um animal indefeso que estava pronto para atacar com tudo o que tinha; Sentiu um beijo casto ser depositado em sua testa e o vidrinho com pomada de ervas ser retirado de sua mão. Kirishima espalhou o conteúdo viscoso pelo ferimento, cobrindo com uma faixa de esparadrapo. O loiro via-se sem reação até que Eijirou levantou-se, suspirando alto. — Por favor, não faça isso…
Era doloroso para o homem-dragão ver seu amante, seu companheiro, ajoelhado, chorando silenciosamente. — Eu voltarei, meu amor. Quando tudo estiver esquecido e seguro, irei ao seu encontro. É uma promessa. — O loiro segurou a barra da capa, os olhos avermelhados. O avermelhado sorriu tristemente, abaixando-se e selando seu lábios feridos aos de seu amado. — Vá para a aldeia mais longínqua e venda o que esses homens deixaram de valor. Espalha para todos seu grande feito em matar a criatura bestial e viva uma vida feliz. Logo que eu puder, estarei ao seu lado novamente, não importa onde esteja, eu irei te encontrar.
Por entre as árvores e o denso nevoeiro, Kirishima desapareceu e Bakugou nem mesmo teve forças para ir atrás, caindo de joelhos ao ver sua situação; soluços quebrados preencheram o local e tudo ruiu.
Katsuki sentiu o vento frio bater em seu rosto molhado e só então percebeu que chorava. Enxugou rudemente, levantando-se pela primeira vez depois de um longo tempo e saindo da cabana. Banhou-se no lago gelado e comeu algo da cesta de frutas. Era automático, não tinha relutância contra seu próprio sistema. Olhou uma última vez para o quadro que pintou, antes de deitar-se em farrapos perto da janela e adormecer, exausto, seu corpo pedindo para que embarcar-se na canoa do deus Yumemiruhito, atravessando para o mundo dos sonhos, talvez por ter passado tanto tempo privando-se do mesmo.
“Estava novamente na clareira, raios de luz transpassando as folhas verdes e banhando sua pele. Sentia-se estranho, não lembrava como ou porquê, apenas surgira ali. Levantou-se, limpando as calças e a capa que pendia em suas costas nuas; caminhou em passos lentos até o que parecia um forte clarão, necessitando cobrir os olhos com seu braço, tentando acostumar-se com a luz.
Ao sair do outro lado, deparou-se com um vale florido com as mais belas flores, borboletas dançando e rodopiando e uma bela macieira centralizada ali, alguns metros longe do precipício; pôde ouvir as ondas banhando as pedras e a brisa fresca envolvendo-o.
Era tudo tão leve, diferente. Bakugou mesmo sentia-se inexplicável, leve igual uma pena, como se todo o sofrimento fosse retirado de si misteriosamente. Moveu-se mais alguns passos em direção à macieira, até que seu coração acelerasse aflito ao ouvir uma risada familiar. Braços fortes envolveram seu corpo, e uma voz sussurrada tomou-lhe a consciência:
— Estou aqui, Kacchan. Eu voltei.”
Acordou assustado, o peito subindo e descendo descontroladamente. Era a primeira vez que tinha um sonho como aquele, tão real e doloroso ao acordar, entretanto, não perderia sua convicção nas juras de Eijirou, confiava no mesmo sua vida, ele não mentiria para si, o amava mais que mil universos, o triplo do número de estrelas existentes. Bakugou era a luz no seu céu escuro e Kirishima era o sol que iluminava suas manhãs, aqueles eram seus votos.
Lavou o rosto e pôs-se a pintar novamente, dessa vez, revitalizado pela noite aproveitada. Vermelho, azul, cinza, as cores misturando-se davam vida ao desenho. Os dedos manchando-se novamente com as tintas e de novo e de novo. Por horas a fio permaneceu ali, contornando montes, desenhando flores e detalhando a bela criatura; o tempo pareceu correr e, absorto em seus pensamentos, assustou-se ao ouvir a porta ser aberta, deixando que a luz do pôr-do-sol banhasse a ele e ao quadro. Virou-se, buscando a adaga afoitamente em seu bolso, entretanto, paralisou, encarando a figura alta e corpulenta, os cabelos vermelhos e longos caindo por suas costas e um sorriso doce nos lábios.
— K-Kirishima?
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GLOSSÁRIO
Sanreizu: Raiar do Sol
Reddodoragon: Dragão Vermelho
Shi no yobidashi: A Morte Chama
Andāwārudo: Submundo
Kost’s: Dinheiro local do reino
Yumemiruhito: Sonhador
ELES SE REENCONTRARAM E TÃO VIVOS E FELIZES, ESQUEÇAM AQUELA EXPLICAÇÃO
Cada fanart representa um quadro de Bakugou.
TODOS OS CRÉDITOS AOS DEVIDOS FANARTISTAS
Vielen Dank für das Lesen!
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