Ah, o ensino médio! Tempos de sangue, dores e batalhas. Tem os hormônios, tem as provas e tem os professores carrascos e o vestibular.
O jovem Kyungsoo não tão era iludido quanto a maioria de seus antigos colegas do fundamental e já estava a par do campo de guerra que era o ensino médio e seus desafios. Por isso saiu de casa preparado para ser invisível por todo o ensino médio, estudar para as provas e ir para a faculdade.
Kyungsoo apertou a alça da mochila, se sentindo assustado com tantos alunos diferentes. Ao que parece, nenhum de seus antigos colegas havia passado para aquele colégio. Caminhando pelo pátio da escola o primeiranista abaixava a cabeça tentando não ser notado na multidão de alunos novatos.
A cerimônia fora cheia de discursos entediantes e fez Kyungsoo sentir um sono horrível. Arrastando os pés, ele seguiu seus colegas para saber qual seria sua turma e suspirou derrotado ao notar que não tinha nenhum mísero conhecido.
Já na turma Kyungsoo esperava seu nome ser chamado para ter seu lugar marcado. Quando escutou o professor o chamar agradeceu aos deuses por ter ficado na carreira do lado da janela. Deitou a cabeça em seus braços e apertou os olhos sentindo o sono vir com tudo. Mal percebeu quando seu novo colega sentou-se ao seu lado colocando um casaco em seus ombros, fazendo tudo ficar mais aconchegante e Kyungsoo entrar em sono alto.
Quando bateu o sino do intervalo, Kyungsoo acordou desorientado e aquecido por um casaco quatro vezes maior que o seu número. Franziu o cenho e segurou o casaco entre os dedos tentando adivinhar que tipo de gigante era seu colega de carteira para usar algo daquele tamanho.
Colocou o casaco na mesa do colega e se apressou até a cantina para pegar algo para comer. Esfregou os olhos em meio a um bocejo e não percebeu quando esbarrou em um terceiranista que vinha na direção contrária.
— Idiota, não olha por onde anda? – o rapaz mais velho vociferou na direção de Kyungsoo que tremeu de medo e se curvou pedindo desculpas rapidamente.
— Sinto muito, a culpa foi minha por não prestar atenção.
— Sinceramente, eu devia te dar uma lição para aprender a não esbarrar nas pessoas.
— Por favor, me perdoe. – Kyungsoo se curvou novamente torcendo para que esse cara apenas o deixasse ir. Seu plano de ser invisível havia ido por água abaixo já que todos no corredor pareciam interessados em ver o novato apanhar do veterano briguento.
— Deixa ele em paz Minseok, ou a sua cara vai acabar da cor da sua calcinha. – o veterano briguento trincou os dentes para o gigante que se colocou na frente de Kyungsoo.
— O que você disse chinês de merda? – Minseok vociferou.
— Quer que eu abaixe suas calças para todo mundo ver ou vai deixar meu dongsang em paz?! – Kris deu um sorriso ladino, cheio de escárnio – Oh! Está usando lingerie hoje Minnie?
Minseok ficou vermelho de raiva, mas não disse mais nada e deu as costas para Kris sentindo uma vontade enorme de dar um soco na cara perfeita dele.
— Não adianta conversar com você, apenas não apareça no meu caminho e deixe esse seu novo protegido tão longe quanto. – E foi embora sobre os olhares dos alunos que queimavam de excitação por uma briga.
Kris abriu e fechou o punho decepcionado por Minseok não ter aceitado sua provocação gratuita. Estava realmente precisando dar uns socos para aliviar a tensão.
— Não se preocupe pequeno, eu vou cuidar de você. – Kris se vira com um sorriso doce nos lábios, apenas para ter a surpresa que o seu doce dongsang já havia fugido da cena; que em sua cabecinha seria uma briga sangrenta e que no fim sobraria para o seu lado.
O grandão suspirou derrotado, mas logo depois sorriu ao escutar o sino. Hora da aula e de mais várias horas ao lado do seu novo dongsang.
Kyungsoo não sabia onde meter a cara. O tal gigante que havia comprado a sua briga e falado um monte de coisas estranhas para o menino do terceiro ano era seu colega de carteira. E ele ainda tinha emprestado seu casaco mais cedo. Com as bochechas coradas de vergonha o baixinho tentava não olhar para Kris, buscando em sua mente um pedido de desculpas decente.
— Kyungsoo-ah, pode me emprestar sua caneta? A minha está falhando. – Kris sorriu para Kyungsoo que acenou dizendo um sim discreto e entregando uma caneta na mão gigante de Kris. Kyungsoo ficou admirando os dedos longos do colega e ficou todo vermelhinho quando sentiu a mão dele segurar a sua de modo que ela se perdia completamente dentro do punho fechado do Sino-Canadense.
— Obrigado Kyungsoo-ah. – Kris observou Kyungsoo retirar a mão da sua e dizer um "de nada", bem baixinho para logo voltar a escrever a matéria em seu caderno com o nariz quase tocando a folha de papel timbrado. Sorriu achando a atitude fofa e voltou a desenhar os lábios de coração em seu caderno.
O dia seguinte foi tão estranho quanto o anterior. Kris estava sorrindo em sua carteira e acenou animado para Kyungsoo que corou e abaixou a cabeça correndo para seu lugar de maneira afobada.
Kyungsoo então percebeu coisas que não havia percebido antes. Primeiro, não tinha nada escrito no caderno de Kris além de um monte de rabiscos e ele parecia nenhum pouco preocupado em anotar nada relacionado a aula. Segundo, seus colegas viviam olhando estranho para o grandão, com um pouco de medo nos olhos e cheios de receio. Era quase como se Kris tivesse alguma arma na bolsa e fosse atirar em todo mundo a qualquer momento. Kyungsoo não acreditava que alguém com um sorriso tão caloroso como o gigante fosse capaz de fazer mal a uma mosca.
Mesmo com aquelas mãos gigantes, ele segurava suas mãos com delicadeza. Bagunçava seu cabelo com um afago e logo depois colocava uma mecha escura do pequeno atrás da orelha.
Terceiro, Kyungsoo já havia notado (de maneira desconfortável) a dedicação de Kris para estar sempre perto dele; o olhando, o escutando, o tocando como se fossem próximos a anos! Isso era tão estranho. Fazia o estômago de Kyungsoo se revirar em nervosismo, as mãos suarem e a mente derreter só de ver o sorriso caloroso do seu gigante.
" Seu gigante. "
Kyungsoo corou com o pensamento e pensou em se sufocar com a gravata, sem perceber o olhar caloroso de Kris sobre si adorando as bochechas coradas e o olhar envergonhado de seu protegido.
" Tão fofo. "
Acariciou os cabelos negros de seu dongsang, sentindo ele se encolher e erguer os olhos para si como se fosse um gatinho encurralado. Kris teve que se segurar para não atacá-lo ali mesmo. Era tão difícil ficar ao lado do crush e ter que se segurar o tempo todo.
— Hey Kyungsoo, um dia nós dois vamos casar. – Kris sussurrou em seu ouvido com delicadeza fazendo todo o corpo do pequeno se ouriçar.
Kyungsoo olhou para o colega com a boca aberta em choque, enquanto Kris apenas ria e engolia a mão pequena com a sua por debaixo da carteira.
Vielen Dank für das Lesen!
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