Z
Zoiudin da Mamãe


De todos os dias, aquele devia ser o mais feliz para ele. Afinal, era o seu aniversário e logo estaria nos braços do namorado novamente. Então, porque o moreno encarava com tanta mágoa o visor de seu celular?


Fan-Fiction Bands/Sänger Nicht für Kinder unter 13 Jahren.

#exo #kai #kyungsoo #jongin #d-o #kaisoo
Kurzgeschichte
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E meu aniversário, hyung?

Mais um ano se passava e, novamente, um número que se aumentava. Podemos controlar muitas coisas em nossas vidas; decisões, gostos, ambições. Mas o tempo, ah, esse ninguém pode ter domínio.

Muitas vezes o desejo de parar, estacar eternamente em um momento, é tentador para o ser humano. Diminuir os períodos de dor e prolongar os de alegria pelo infinito. Era assim que Kim Jongin e Do Kyungsoo se sentiam no dia atual. Aniversário do mais velho.

Passaram toda a manhã em casa, curtindo um ao outro em meio aos lençóis. Todo o período foi emoldurado por risadas baixas, juras sussurradas e toques suaves. Pretendiam passar todo o período diurno assim, apenas curtindo um a outro.

Então, agora, após uma tentativa falha do mais novo de tentar fazer o almoço e terem de pedi-lo por telefone, os dois se encontravam comendo com vontade o alimento um tanto gorduroso demais.

- Não coma assim, Jongin, é feio – reclamava o mais velho ao vê-lo mastigando com a boca levemente aberta.

- Pare de reclamar, Kyungsoo – falara com a boca ainda cheia de alimento, fazendo o menor o olhar reprovador.

- Aish eu mereço esse pivete – sussurrara para si, usando os hashis¹ para brincar com a comida restante no prato.

Kyungsoo se assustou com o barulho da cadeira arrastando, mas não levantou o olhar. Sabia que era apenas o maior. Logo sentiu braços o rodearem por trás, mesmo estando sentado. O mais novo lhe beijou a bochecha.

- Você ama pivetes então – uma risada baixa saíra involuntária dos lábios do moreno. Kyungsoo sorriu com o som.

- Não – desfizera o abraço, para logo retornar a fazê-lo, agora em pé e de frente para o namorado – Eu amo só um pivete.

Sentiu os braços fortes rodearem sua cintura e um “A idade está lhe deixando mais meloso, Kyungsoo” ser pronunciado pelo outro.

- Um pivete bem desrespeitoso, aliás – resmungara, roçando a bochecha na regata preta do outro.

O moreno nada falou, apenas levara o aniversariante até o sofá do apartamento que dividiam, sentou-se e o puxou para seu colo. Com uma perna de cada lado do corpo moreno, Kyungsoo levou a mão até o maxilar delineado, sentindo a textura nas pontas dos dedos.

- Serei mais respeitoso hoje, hyung – o menor tremeu levemente. Jongin sabia como gostava que o chamasse assim – Farei o que quiser hoje – provocou, pousando as palmas nas coxas macias do companheiro.

- Yah, Jongin, não me provoque – o mais novo já beijava seu pescoço, fazendo-o ter dificuldade em manter o foco – Que horas você vai amanhã?

- Hmm – murmurava contra o lóbulo que antes mordia – Eu não sei... O Chanyeol que comprou a passagem. Ele vai me entregar no jantar de hoje – esclarecera – Agora vem, vamos aproveitar a data e comemorar – puxou o menor para mais perto, colando os corpos e tomando os lábios alheios. Mas logo Kyungsoo interrompeu o contato.

- Agora não, Jongin – sentiu o pescoço ser mordido e levemente sugado – J-Jonggie... Hmm – revirara levemente os olhos, abrindo os lábios num suspiro mudo – Jonggie, eu tenho que ver meu email.

- Email para quê, Kyung? – não parava com o trabalho no pescoço do mais velho.

- O teste, Jonggie, o teste – acariciou a nuca do namorado, se deixando levar pelos carinhos.

- Hm? Ainda não responderam? – as mãos subiam e desciam pelas costas estreitas. Ah, como Jongin amava o corpo de Kyungsoo.

- Não,Jonggie.

Com o tom levemente choroso do menor, Jongin levantou o rosto, encarando as íris inseguras do garoto com lábios que amava mordiscar.

- Amor, calma. Vai dar tudo certo. Você sabe que é um ótimo ator, ou devia saber. Eles com certeza vão lhe dar o papel. E, se não derem, outras oportunidades virão – colocou a mão na nuca do companheiro, empurrando levemente o rosto deste para descansar em seu ombro - Agora aproveite seu aniversário. Amanhã vou morrer de vontade de te abraçar assim e não vou poder. Então vamos só curtir hoje, ok?

Sentira o mais velho acenando silenciosamente. Afastou-o, segurando-lhe o rosto entre as mãos e selando os lábios alheios com os seus. Não resistindo em morder o inferior levemente ao se afastar.

- Eu te amo.

- Eu te amo, Jonggie.


-o-o-


Jongin batia a ponta do pé, no chão, freneticamente. Seus dedos, segurando um dos apoios do metrô, tamborilavam o metal cilíndrico num ritmo qualquer. Passara a noite na casa dos pais e hoje, dia de seu aniversário, voltaria para o apartamento que dividia com Kyungsoo.

Seu domingo havia sido maravilhoso, era o aniversário de seu namorado e passaram o dia inteiro em casa, apenas curtindo um ao outro. Durante a noite, foram para um restaurante comemorar a festividade com alguns amigos próximos. No dia seguinte, Jongin viajara em uma visita aos seus pais. E, agora, se encontrava ali, no último metrô que precisava pegar para chegar em casa.

Já se passavam das quatro da tarde. Queria chegar cedo ao apartamento, reencontrar o namorado após o breve tempo em que estiveram longe. Mas a expressão do moreno não condizia com esse fato. Afinal, faltara um evento a ser mencionado.

Jongin, na noite antecedente, esperara até a tão desejada meia-noite, aguardando a ligação de Kyungsoo. Mas a chamada não ocorrera. Em meio ao silêncio do seu antigo quarto, esperou até uma da manhã. Ainda recebia mensagens de amigos o parabenizando mesmo no horário tardio. Mas nada de Kyungsoo. Nem mesmo uma mensagem.

Decidira, duas horas depois, ir dormir. Acordou esperançoso, pegando o aparelho em cima da cômoda, mas, ao olhar o visor do celular, não se deparara com nenhuma notificação. Por fim, rendido, mandou uma mensagem meramente informativa para o menor:

Minha passagem éàs 11h. Almoçarei na estrada. Chegarei por volta das 17h.”

Pensou em digitar algo mais amoroso, mas sua mãe lhe interrompera. Então, apenas escreveu o necessário. Afinal, Kyungsoo se preocuparia se não mandasse notícias, não é? Acreditava que sim.

Queria acreditar.

Suspirou mais uma vez, a próxima parada do metrô era seu desembarque. Frustrado, conferiu o celular. Uma foto de Jongin e Kyungsoo, tirada dois dias antes, era o bloqueio de tela do aparelho. Sorriu fracamente ao ver que o lábio de Kyungsoo se repuxava em um leve coração, como Jongin adorava. Abrira com desânimo a caixa de mensagens. Definitivamente, a única mensagem de Kyungsoo só tinha uma palavra. Nada mais.

“Ok.”

Sacudiu a cabeça e guardou o celular no bolso frontal da calça. Pegou sua bolsa de alça transversal e passou-a pelo pescoço. Levantou-se e saiu do transporte. Passou pela catraca sentindo o vento frio bater em seu rosto. Esfregara as mãos e enfrentou a tarde de inverno.

Pessoas andavam apressadas de um lado para o outro. Ao mesmo tempo em que muitas saíam consigo da estação, outras entravam. Fechou os olhos e curtiu os milésimos de escuridão. Adorava a estação do ano, mas, hoje, ela lhe parecia irônica.

Afinal, quem diria que o gelo, que amava sentir entre os dedos ao brincar com bolas de neve, um dia iria açoitar seu coração? A frieza e indiferença de Kyungsoo lhe confundia. Percebera então que amava apenas o inverno, e não o frio.

Amava o inverno para poder esquentar-se enquanto abraçava o namorado. A frieza devia vir apenas do tempo. Não de Kyungsoo. Não. Do seu hyung deveria vir apenas calor.

O morno da língua dele contra a sua. O calor que tomava as bochechas do mesmo quando corava. O calor dos corpos juntos, enroscados e prontos para dormir em meio às cobertas.

Jongin amava o frio porque tinha Kyungsoo para lhe aquecer.

Kyungsoo podia fazer seu corpo ferver. Até mais que isso. Kyungsoo esquentava sua alma e Jongin se derretia todos os dias por Kyungsoo.

Abaixou a cabeça, retirando o gorro marrom que usava. Brincou com o tecido em uma das mãos enquanto a outra arrumava os cabelos, alinhando-os. Observou a peça; a linha trançada tinha alguns pontos errados no meio. Sorriu sozinho. Fora Kyungsoo quem lhe dera a touca.

No ano anterior, o menor se animara ao saber que a mãe do mais novo sabia fazer crochê. E logo ele se tornara um aprendiz da sogra. A primeira peça que fez deu a Jongin. Ficou inseguro quando o maior disse que gostara, perguntando mais de seis vezes se ele realmente apreciara seu trabalho.

Jongin colocou novamente o gorro, este acolhendo os fios negros em meio à lã. Logo já estava encostado em uma das paredes do elevador de seu prédio. Coçou a bochecha em um pequeno tique nervoso ao ver que chegara ao andar.

Destrancou a porta do apartamento e a abriu. O ambiente familiar tomou sua visão, assim como o cheiro de Haejangguk² invadiu seu olfato. Fechou a porta tentando não fazer muito barulho.

Ao chegar à porta da cozinha, viu o homem pelo qual era apaixonado. O mais baixo estava de costas pra si, mexendo a sopa, que ainda se encontrava no fogão. Andou devagar, parou atrás do menor e se permitiu esquecer que estava chateado. Sorriu e apoiou a cabeça em cima dos cabelos do outro.

- Oi, hyung – disse com um sorriso. Não sentiu o menor tremer, como fazia quando lhe chamava assim. A voz saíra sem emoção. Talvez fosse pelo conflito de sentimentos que explodiriam a seguir.

Kyungsoo agiu rapidamente. Desligou a chama do fogão e se virou para Jongin. Antes mesmo que o maior pudesse ter a esperança de um abraço, o mais velho empurrou seu peito com força. Saiu rapidamente de perto.

- Não encosta em mim – sussurrou ao passar pelo namorado.

Jongin não entendia o que estava acontecendo. Há dois dias estava tudo bem. Até mesmo na manhã anterior, antes de sair de viagem, o namorado lhe abraçara e dissera para se cuidar. Tudo perfeitamente normal. Mas parece que, no momento em que havia entrado no táxi, o menor mudara de atitude.

O moreno não entendia o porquê da falta de notícias e contato. O porquê da mensagem direta e até um tanto fria do outro. E, agora, essa fala. Querendo ou não, além de estar confuso, Jongin estava triste.

E, antes que Kyungsoo saísse da cozinha, segurou seu pulso. O menor virou para si, Jongin não conseguia ver seus olhos já que os cabelos escuros os escondiam. Com um movimento brusco, o mais velho o obrigou a lhe soltar.

O silencio durou um segundo, ou talvez dois, Jongin não sabia, mas acabou com ele:

- O que-

Finalmente via os olhos do menor, olhos que lhe calaram devido à expressão que demonstravam. Indignação e... Cólera? Não tivera tempo pra nada, logo ele já andava para longe de si novamente. Apressou o passo e tocou o ombro franzino.

-Kyung-

Assustou-se.

- VAI SE FODER KAI! – Jongin deu um passo pra trás. O que estava acontecendo com Kyungsoo? - JÁ DISSE PRA ME LARGAR, CACETE! – a expressão de raiva do menor fez com que os olhos do outro marejassem. Jongin não queria chorar, mas as lágrimas estavam lá. Não entendia o que estava acontecendo, mas a raiva do namorado o afetava.

Kyungsoo não vira o líquido que banhava os olhos do mais novo ou, se viu, fingiu que não. Logo, virou e correu para o quarto dos dois e bateu a porta com força após adentrá-la.

Como já mencionado, Jongin não sabia o porquê de estar quase chorando. Fora uma reação do seu corpo, afinal, sua alma não queria chorar, sua mente estava confusa pelas atitudes do namorado. Não tinha porque chorar. Limpou as lágrimas com fúria e correu até o quarto.

Afinal, que merda Kyungsoo achava que estava fazendo?

Seus passos firmes no assoalho bem encerado lhe levaram ao cômodo na metade do tempo que Kyungsoo tomou. Girou a maçaneta e empurrou a porta com força. Sua visão escureceu até focar o quarto que tinha as luzes apagadas e as cortinas fechadas.

Piscou algumas vezes ainda por não acreditar no que via. O quarto estava com o aroma do menor, a cama com um lençol bege. Ou talvez fosse branco. A penumbra não o deixava afirmar com exatidão. Pétalas pequenas e vermelhas – muito dificilmente de rosas – cobriam uma pequena parte do tecido claro.

Kyungsoo? Bom, Kyungsoo se encontrava parado. Na sua frente. Vestia o blusão de lã clara que Jongin lhe dera dias atrás de aniversário, só agora o maior tendo consciência disso. Nas mãos, esticadas em sua direção, portavam uma rosa branca. Linda.

Subiu o olhar com medo da expressão do menor. Observou o queixo suave. Temeroso, pulou o olhar para os olhos, se acalmando ao ver-los meigos. Então, por fim, desceu para os lábios. E viu um coração. Seu coração refletido no sorriso de Kyungsoo. Perdeu o foco com a voz suave dele reverberando em si.

- Feliz aniversário, amor – andou até o maior, apoiando a destra - que permanecia com a flor - no ombro do mesmo, os dedos da canhota se entrelaçando aos fios negros. Um selo foi depositado nos lábios de um Jongin ainda sem reação.

Kyungsoo puxou levemente o cabelo do namorado para tirá-lo do transe.

- O-O que é isso? Não ‘tô entendendo mais nada.

O menor selou mais uma vez os lábios do outro. Não aguentou, ele era muito fofo quando estava confuso. Como uma criança.

- O que você não entende? – dizia soprado pelo riso baixo.

- Você! – falou agora um tanto indignado – Você não estava bravo? Aish, não entendo nada. Nada!

- Jonggie... Me perdoa. Era uma brincadeira, ou quase isso – fez um bico manhoso nos lábios.

A confusão era imensa. Brincadeira? Sério isso? Jongin suspirou. Seu namorado não tinha jeito mesmo, sempre vinha com algo novo.

- Explique, Kyung. E aí vejo se te perdoo – suspirou novamente.

Kyungsoo abaixou o olhar receoso.

- Eu queria ver se você me achava um bom ator. Sabe que sou inseguro com minha atuação. Ainda mais depois que fiz o teste para aquele filme. Queria ver se lhe convencia que eu estava bravo. Mas acho que você acreditou, né? Desculpe por não lhe parabenizar antes – Falava tudo num fôlego só, mas Jongin entendera. Estava acostumado ao jeito do namorado quando estava apreensivo – Só queria uma forma diferente de lhe contar.

A confusão voltara ao rosto de Jongin. Segurou o queixo do menor e levantou para encarar os olhos grandes do namorado.

- Contar o quê? – com o polegar, sentia a textura da pele do menor. Como sentira falta.

Novamente, o sorriso de Kyungsoo formou um coração.

- Eu passei no teste pra ser o coadjuvante do filme. Sei que ainda é pequeno e de um filme simples, mas... – a voz de Kyungsoo foi sumindo a medida que o sorriso de Jongin se fazia presente.

Braços rodearam a cintura do menor enquanto seus lábios eram tomados em um beijo acalorado. O maior o erguera levemente e girava consigo pelo quarto, até caírem na cama.

Jongin acariciou os cabelos do menor acima de si. Aproveitava novamente a companhia do outro. Como era bom poder abraçá-lo, beijá-lo e tê-lo para si. Gostava de saber que Kyungsoo era seu e provar de todo o carinho e amor do menor.

- Eu sabia que você ia passar! – a animação de Jongin faria qualquer um sorrir, até mesmo alguém que não entendesse o que se passava – Parabéns! – os olhos quase se fechavam com o sorriso que lançara ao outro.

- Então você me perdoa? – insistia – Me perdoa por ser um bobo e fazer toda aquela cena idiota, besta e desnecessária? Me perdoa por ter te mandado ir se foder?

Jongin ria. Como podia ter um namorado tão fofo?

- É claro que perdoo! Own, amor, não precisa se sentir tão mal assim – ficou um pouco mais sério e disse – Mas não faça isso de novo. Eu realmente achei que estava bravo comigo. Fiquei com medo por um momento – ao ouvir o outro questionar o porquê do temor, esclareceu – Medo de, por algum motivo, você querer se afastar de mim - colocou o indicador no queixo, pensativo – Mas os gritos... Bom, só perdoo se eu receber muitos e muitos beijos em troca.

- Hmm... – o mais velho fingiu pensar. – Que tal só o seu presente de aniversário?

- Que tal meu presente de aniversário e muitos beijos? – retrucou.

Kyungsoo gargalhou.

- Mas é um mimado mesmo – levantou da cama e saiu do quarto.

- Não sou não – Jongin fazia um bico com os lábios enquanto encarava o teto, esperando o menor.

- É SIM! E PODE TIRAR ESSE BICO DA BOCA! – Kyungsoo gritava de outro cômodo, provavelmente da sala.

- Aish esse anão – Sussurrava pra si.

- AI DE VOCÊ SE ESTIVER ME XINGANDO, KIM JONGIN!

Os olhos de Jongin estreitaram com o seu sorriso.

- TAMBÉM TE AMO – gritara de volta.

Definitivamente, não importava se receberia presente ou não. O mais importante para si era ter Kyungsoo ali, consigo. E saber que o mais velho não estava bravo consigo, seja por qual motivo fosse, tornou seu dia melhor. Ele não podia pedir mais nada.

Apenas queria mais um pouquinho dos sorrisos do namorado e de suas idiotices. Não reclamaria se a comida dele viesse junto.

Apenas mais um pouquinho do seu Kyungsoo.

13. Juli 2018 17:37 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

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