erincarmel Erin C

Gaara acreditava que poderia curar Naruto - remover as Nemophilas, sanar seu corpo e reparar seu coração. [Angst|Hanahaki Byou]


Fan-Fiction Anime/Manga Nur für über 18-Jährige. © Todos os direitos reservados

#naruto #gaara #hanahaki-byou #nemophila-harmony #luto #angst #yaoi
Kurzgeschichte
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A realidade poderia ser menos cruel...

Notas iniciais: Oi meus bbs, tudo bom? Esse é o último e fecha a história Nemophila Harmony (repetindo que é importante ler ela antes dessa). Se forem culpar alguém a Emily tá ai para receber os xingamentos, todas essas respostas ao final foram inspirados após ela insistir que precisava ler angst hehe. Brincadeiras a parte, eu senti a necessidade de fechar tudo isso e me perdoem por ser cruel também com os personagens. A próxima etapa é concluir Harém Indra, aguardem.


...comigo e com você

O dia amanhecera com uma leve garoa, mas nada iria abalar Gaara. Seu ânimo com o novo passo que daria no tratamento de Naruto era nítido, pois finalmente o menino aceitara o tratamento e iria arriscar perder a memória.

Qualquer um poderia entender o que se passava na cabeça do loiro, ele estava de fato inseguro sobre tudo aquilo. Em um dia começara a vomitar flores e no outro estava à beira da morte. Porém, a esperança de Gaara se manteve intacta.

Saiu da pequena sala destinada ao repouso dos médicos e rumou até o centro cirúrgico, precisava conferir com seus próprios olhos se tudo estava pronto. No fim da tarde iniciariam a remoção das Nemophilas de Naruto.

A cirurgia era um tanto delicada, as flores tomam os órgãos vitais e se alimentam do sistema nervoso. Por isso quando removidas, deixam sequelas irreparáveis. Gaara se dedicou boa parte de sua vida para aperfeiçoar a técnica e assim, prejudicar minimamente o paciente. Este era exatamente o motivo de Sakura o chamara, porque só ele poderia evitar que Naruto perdesse a memória em sua totalidade. Obviamente ainda existiam chances, mas tão pequenas com o médico experiente ali.

Quando ele perdera a mãe para a doença – após um abandono –, algo em si mudou e ele precisava mudar aquela realidade. Nunca entendeu porque as pessoas sofriam por amor e ainda assim, sentiu a necessidade de ajuda-las. Para ele, enquanto alguém fosse prejudicado com isso, algo precisava ser feito e alterado. Não era porque ele não o sentia que iria ignorar os sentimentos das pessoas e, principalmente, o sofrimento delas.

Bem, tudo mudou no dia em que chegou aquele hospital. Naruto desde o primeiro instante se mostrou forte e por vezes forçou vários sorrisos. Um absurdo vê-lo confortar suas visitas que apenas choravam, dentre elas a amiga Sakura que não escondia seu desespero. Com isso, decidiu tirar sorrisos genuínos do loiro. Imaginou como seria fazê-lo feliz.

Com o passar dos dias, das semanas e dos meses, os dois já eram tão próximos que qualquer os confundiria como amigos de infância. A única questão que os distanciava era a remoção das Nemophilas, Naruto não dava o braço a torcer. Mesmo com todas as garantias de Gaara sobre o fazer relembrar de tudo, ele ainda negava.

Ele revisou mais de três vezes o material que usaria na cirurgia e aquilo para si já estava bom. A hora de verificar seu paciente chegara e ele caminhava com muito ânimo, o dia anterior tinha sido um tanto exaustivo, já que Naruto quis se despedir de todos antes de realizar a cirurgia e até mesmo de Gaara ele fez isso.

– Queria ter tido mais tempo para nos conhecermos – o loiro disse cabisbaixo de sua maca quando Sakura deixou os dois sozinhos.

– Mas teremos tempo – Gaara respondeu com um sorriso e sentou-se de frente para Naruto. – Eu farei você conhecer tudo o que desejar.

– Prometa que não ficará chateado comigo – os olhos azuis vieram a seu encontro carregados de lágrimas.

– Por que eu ficaria? – o médico tratou de limpar quando elas caíram sobre o rosto de Naruto.

– Porque... – pareceu ponderar na responder – Porque posso ser muito cruel com você.

– Você nunca faria isso comigo – e Naruto desabou em lágrimas e abraçou Gaara com todas as forças que o restavam.

Espantou tais lembranças antes de abrir a porta de correr branca, estampou um sorriso após suspirar – ele sempre dava seus melhores sorrisos a Naruto e esperava receber os do loiro também. Mas ao abrir a porta, o frio da sala gelada o tomou e lhe deu calafrios. O sorriso morreu ao se deparar com as dezenas de flores, buquês, caules e até possas de sangue pelo chão. Todo o ar fora tomado de seu corpo e os joelhos vieram ao chão, Naruto jazia sem vida na maca.

Ele sabia... – era tudo que Gaara conseguiu resmungar com a voz embargada.

Praticamente engatinhou afastando as flores de seu caminho e nem se deu conta que agora elas eram todas brancas. Quando atingiu a maca, ele não conteve mais as lágrimas e chorou agarrado a mão gelada de Naruto.


[...]


Diante de todos os presentes no velório de Naruto, ele sentiu que deveria dizer algo para confortar o coração dos presentes. Contudo, não iria conseguir. Ele se culpava assim como os demais pela morte precoce de um ser que irradiava tanta vida. Escrevera uma carta depositando todos os seus sentimentos, o quais nunca teria oportunidade de contar a Naruto e apenas a guardou para si.


Naruto,

Gosto de imaginar que conseguimos realizar a cirurgia, não para me livrar de culpa, mas pelo fato de imaginar que ainda está vivo. Que ainda vive com muita alegria, mesmo por coisas pequenas. Talvez, ainda esteja na Índia e nunca tenha retornado para sua realidade cruel. Você sempre disse amar aquelas crianças e eu o admirava por ter se doado tanto lá.

Seu lugar não é aqui, não quando tantas pessoas foram egoístas com você. Eu mesmo fui um deles, até mesmo desejei substituir as flores de seu coração com meus sentimentos. Que embora indefinidos, eles eram muito significativos.

Algo que jurei buscar conhecimento, para gravar em meu coração, fora sua risada, a qual eu nunca ouvi. Então, apenas gosto de imaginá-la e me pego pensando em como poderia ter arrancado ela de você. O arrependimento de não ter aproveitado nosso curto tempo dói mais do que de não o ter operado. Passei noites em claro procurando qualquer coisa que o garantisse viver ainda com as memórias, sendo que eu poderia ter passado esse tempo com você.

Pela primeira vez posso dizer, e sentir, que amei você. Algo que nunca poderei esquecer e ficará registrado em meu coração para sempre. Eu me culpo e culpo o ser que era dono de seu coração. Além disso, culpo o mundo – a realidade fora cruel demais conosco.

O que eu não daria para o conhecer na Índia, ou antes mesmo de tudo isso. Poderia fazer tudo diferente e você não sofreria o que passou.

Ainda assim, você não seria feliz comigo. Você sempre amou uma única pessoa e, com egoísmo, eu digo que não mereceu. Seu amor sempre fora puro e completo, mas tão completo, que alimentava milhares de pessoas a sua volta.

Agora, tudo que desejo é que esteja bem e não se importe conosco aqui. Você foi quem mais sofreu e precisa ser mais egoísta com essas pessoas. Não é cruel nos deixar assim, eu te entendo. Acredite, você nunca foi cruel comigo.

De seu médico e amigo,

Gaara.

29. Juni 2018 15:29 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Erin C Comecei a escrever por conta dos sentimentos ruins que tenho em mim, mas aos poucos comecei a escrever sobre os bons também. Então tem muito drama aqui, ele vem com facilidade. Mas tenho um pé no fluffy com umas pimentas 🌚 Porque a vida é puramente uma peça de teatro bem trágica 💜

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