Notas iniciais: essa é uma deathfic, então se você é sensível ou não gosta desse tipo de conteúdo, por favor, não leia.
***
Ali, nos recantos mais escondidos do bar, Sasuke se encontrava escorado contra a parede, com um copo na mão. O corpo esguio, porém, forte, escondia os rabiscos e confissões feitos com tinta permanente e corretivo que contrastavam com o vermelho dos tijolos. Com uma das mãos agitava o gelo no copo, apreciando o som do entrechoque dos cubos entre si e o modo como o líquido se misturava a bebida a qual servia como distração para o que aconteceria a seguir.
O ambiente se enchia de pessoas conforme as horas noturnas avançavam, impregnando o ar com o cheiro de cigarro e colônias diversas. Seus olhos negros seguiam o movimento na entrada do estabelecimento, detendo-se em especial em um homem pálido usando um rico terno de veludo negro. A mão que agitava o gelo no copo cessou o balançar e ele levou o líquido a boca e engoliu em um único gole.
Aquele era apenas um dos muitos lugares pouco conhecidos e afastados do centro da cidade, onde informações valiosas e grandes esquemas eram organizados. Sasuke possuía muitos clientes espalhados pelo distrito, alguns eram pessoas poderosas e importantes socialmente, porém, sempre detestava quando Orochimaru o procurava, os pedidos deles eram sempre relacionados a coisas frívolas ou para aquisição própria. Não que julgasse o que lhe era pedido e as pessoas que faziam tais pedidos, para ser um matador de aluguel não era necessário esse tipo de juízo de valor. Ainda assim, os pedidos de Orochimaru o irritavam. Pousou o copo na mesa ao seu lado e aguardou.
Os sapatos bem lustrados chocavam-se contra o piso gasto em baques surdos e os cabelos compridos se agitaram enquanto o moreno levava a mão ao chapéu, puxando a aba para baixo no intento de esconder seu rosto. Aproximou-se do mais novo, ainda encostado contra a parede riscada, aparentando estar relaxado e despreocupado, quando, na verdade, sabia que o corpo dele se encontrava contraído como uma mola, pronto para agir ao menor sinal de ameaça.
Orochimaru passou a língua pelos lábios, já sentindo a emoção pela antecipação que precedia os encontros com Sasuke. Ludibriava-o saber que várias vidas estavam em suas mãos e que, com apenas uma ordem, elas podiam facilmente ser extintas. Claro, Sasuke não era o único que tinha a sua disposição, mas não deixava de ser um dos seus favoritos. Excitava-o a inexpressividade delicada com que ele tratava a todos, como um anjo vingador mortalmente indiferente, sem compaixão ou quaisquer outros sentimentos que pudessem ser considerados humanos. Ao menos que fossem visíveis na superfície.
Encontrou o olhar negro do rapaz e sentiu um arrepio subir por sua espinha. Ah, sim, estava prestes a acontecer. Logo o empecilho em seu caminho seria obliterado e galgar os degraus para o topo não passaria de uma brincadeira.
- Boa noite, Sasuke. - Parou do outro lado da mesa e puxou uma cadeira. - Espero que não tenha aguardado muito tempo.
- Não muito. - O outro replicou, permanecendo na mesma posição, enquanto observava Orochimaru sentar-se confortavelmente.
- Os negócios devem estar prosperando para os Uchihas, eu espero. Tenho ouvido boatos sobre você e seu irmão rondando pelo submundo. - Sentiu o olhar cortante do mais novo sobre si e abriu um sorriso tranquilizador. - Apenas coisas boas, é claro.
- Se está aqui para fazer insinuações, então o meu tempo está sendo desperdiçado. - Sasuke descolou o corpo da parede e deu um passo para afastar-se dali.
- Lamento meus péssimos modos, mas, por favor, espere. Vim até aqui pois tenho uma tarefa para você. - O Uchiha mais jovem lançou um olhar sob o ombro, avaliando, e voltou a encostar o corpo contra a parede.
- E então, quem está te atrapalhando dessa vez? - Orochimaru aguardou alguns instantes, apreciando a tensão que se formava no ar antes de disponibilizar a informação que ele pedia.
- O filho do chefe das indústrias Kurama está prestes a assumir a presidência. - Não pôde evitar que seus punhos cerrassem de irritação. - Os brinquedos que ele escolheu como novos lançamentos estão fazendo bastante sucesso com as crianças, segundo a última pesquisa de mercado.
- Com medo de ser deixado para trás? - Sasuke se permitiu um pequeno sorriso de canto ao ver a fúria infundida naquelas pupilas verticais.
- Você pode considerar apenas como uma precaução. Não seria bom para nenhum de nós se ele continuasse vivo, não é? - Ouviu o tom de ameaça na voz e cerrou os pulsos, contendo o desejo de saltar sobre a mesa e agarrá-lo pelo pescoço ali mesmo. Era uma atitude insensata, sabia, porém não podia conter seus pensamentos ao imaginar o barulho que sua garganta faria ao ser apertada.
- Isso não vai acontecer. - Disse apenas, suprimindo a vontade.
- Excelente. - Orochimaru puxou o celular do bolso interno e mexeu por alguns segundos, estendendo em seguida a tela para que o Uchiha pudesse ver. - Esse é o alvo. Seu nome é Naruto Uzumaki. - Ergueu a sobrancelha ao notar o modo com que o mais novo observava a foto e corria os olhos pelas informações ali disponíveis. - Não que você se importe, claro.
- Nomes são irrelevantes. - Falou, embora sentisse um puxão no peito ao observar o jovem de cabelos loiros e olhos azuis, sorridente e relaxado, acenando para uma criança em um desfile. Com certeza deve ser uma máscara, pensou, ninguém pode parecer tão feliz assim.
- Ótimo. Negócio fechado, então. - Escorregou o aparelho de volta para o bolso e levantou-se, ajustando as mangas do terno. - Espero receber os resultados logo.
- Em alguns dias, como sempre. - O mais velho assentiu, sabendo que não devia exigir uma abordagem imediata de Sasuke. Conhecia-o tempo suficiente para saber que, primeiro, ele gostava de estudar suas vítimas, e, quando tivesse domínio completo de sua rotina, atacava.
- Que assim seja. - Afastou-se da mesa. - Espero vê-lo em breve, Sasuke.
O Uchiha nada respondeu, apenas pôs-se a observar enquanto ele se afastava. Ergueu a mão e fez um gesto com os dedos. A garota do outro lado do balcão de bebidas, loira e com um corpo bem desenvolvido, devolveu o gesto com uma piscadinha de seus olhos azuis. Contornou o móvel, carregando uma garrafa, e encheu o copo dele, a boca marcando um trejeito do lábio, indicando que ela estava chateada com algo.
- O que foi agora, Ino? - Perguntou, contendo um suspiro irritado. Às vezes cansava-se dos métodos que a loira utilizava para atraí-lo. Mesmo já tendo dito que não tinha interesse, ela não aceitava facilmente a derrota, acostumada a seduzir a todos que lhe chamavam a atenção. Porém, Sasuke parecia ser imune aos seus encantos. Conquistá-lo tinha se tornado quase um desafio para si.
- Ah, Sasu, não me diga que já vai sair. Ainda está cedo... - disse com a voz manhosa, os dentes segurando o lábio inferior macio e os olhos brilhando, suplicantes.
- Você sabe muito bem que o Orochimaru odeia atrasos. - Ele replicou. - Quanto mais cedo eu terminar, melhor.
- Você é tão malvado comigo às vezes, Sasu. Quase me faz pensar que te incomodo. - Ela riu, divertida, e voltou ao seu posto atrás do balcão.
Sasuke ergueu o copo e o levou aos lábios mais uma vez, um último drink para dar coragem. Não que fosse covarde ou precisasse de incentivo. A coragem era necessária apenas para manter sua consciência sob controle. Consciência essa que nem sequer chegava a pesar por conta dos serviços que fazia.
Era justamente o oposto. Em algum lugar de sua mente, estava ciente de que devia sentir essa culpa. Porém, não conseguia encontrar dentro de si a chave necessária para desbloquear esses sentimentos. No final, as mortes não passavam de avarias necessárias. Eram ossos do ofício. E ele, sinceramente, não se importava. Uma vida a mais, uma vida a menos não faria diferença. Ele permaneceria no mundo independente da presença delas.
Pousou mais uma vez o copo sob a mesa, exatamente ao lado do círculo redondo remanescente, e meneou a cabeça para Ino indicando que estava de saída. Ela o observou, apreciando a beleza de seus passos a suaves e a fluidez com que o corpo se movia. Ele era bonito e atraente. Mordeu o lábio enquanto o pensamento invadia sua mente. Pena que por dentro não houvesse tal beleza, apenas morte. Um pequeno desperdício. Suspirou, voltando a encher os copos com bebida para os demais clientes.
Sasuke atravessou as portas duplas de metal para o ar gélido da rua. O movimento de pessoas naquela região estava fraco e ele atribuía isso ao clima que já mandava indícios de que, em breve, haveria uma tempestade. Levou a mão ao pescoço e o estralou para aliviar a tensão, endireitando a coluna e sentindo a pressão das adagas contra a base da coluna. Seus passos suaves mal emitiam sons ao baterem contra o concreto e, em pouco tempo, ele se encontrava na parte central e mais desenvolvida da cidade. Entrou por um beco e puxou uma escada de incêndio que desceu com um ruído metálico e seco. Escalou os degraus com firmeza e empoleirou-se no prédio imediatamente em frente ao da Companhia Kurama, mantendo-se lá para a observar.
Segundo as informações que Orochimaru lhe repassara, o alvo era sempre um dos últimos a deixar a empresa, então tudo que lhe restava era esperar. O vento gelado, carregando a umidade da noite soprava, arrastando os papéis e folhas espalhadas pelo chão, bem como jogando o cabelo de Sasuke contra o rosto. Sua pele arrepiou com o frio, mas ele não se importou, a essa altura mal podia senti-lo, acostumado a suportar tais adversidades de modo que elas não o incomodavam mais. Acima dele, o céu se encontrava completamente coberto de grandes nuvens negras que, nesse momento, deixavam as primeiras gotas de chuva caírem em direção à terra.
Nenhum movimento. Nenhuma ação para limpar a água que lhe escorria pela face. Sasuke era como uma perfeita gárgula, silenciosa e paciente. Seus olhos captaram uma comoção apressada vindo da recepção e logo uma pessoa saiu do prédio, entendendo um casaco sobre a cabeça e correndo apressado pela chuva. Pôde ver de relance os cabelos loiros encobertos pelo casaco e o símbolo circular como um redemoinho que este trazia lhe deram a certeza de que aquele era o seu alvo. Deixou seu posto de espera e o seguiu pelos telhados, observando bem os arredores para ter a certeza de não ser visto. Embora com aquele tempo e a baixa visibilidade que o aumento da chuva trazia, lhe dessem mais segurança de que tal fato não ocorreria. A prioridade agora era apenas seguir o Uzumaki e absorver todos os detalhes e costumes que faziam parte de sua rotina. Trovões rimbombaram e logo um relâmpago cortou o céu, tornando tudo visível mais uma vez.
Seguiu o Uzumaki por vários minutos, quando reparou que outra figura se movia nas sombras imediatamente abaixo do edifício que se encontrava. As roupas escuras e fechadas ajudavam a se misturar as sombras, porém traços de uma cor forte eram perceptíveis em seu rosto. A figura permaneceu iluminada por apenas alguns segundos com o brilho de um novo relâmpago, o suficiente para que Sasuke seguisse seu olhar, percebendo que este também se encontrava seguindo o loiro e que não tardaria a agir. Seus lábios se crisparam e ele amaldiçoou Orochimaru pela pressa. Não era a primeira vez que o mais velho contratava outro assassino para terminar o trabalho mais rapidamente, tal fato irritava o Uchiha que apenas o considerava como uma perda de tempo. Agora precisaria lidar com ele antes de continuar sua vigília.
Puxando uma faca curta das mangas, pegou se perguntando qual teria sido o motivo que levara o moreno a tal ato dessa vez. Insegurança? Desconfiança? Ou apenas mais um teste ridículo para avaliar sua eficiência? Não importava o que fosse, iria provar que pessoa alguma poderia ser comparada a si. A chuva caia mais forte agora, como se pressentisse a tensão que se formava e quisesse acrescentar um toque dramático à cena.
Aguardou o tempo de duas respirações e então saltou com leveza do telhado. A sensação paralisante seguida da aceleração rápida, acompanhando a trajetória das gotas em direção ao solo não eram novidades. Aproveitou o impulso que a gravidade oferecia e mexeu-se no ar de forma que caísse exatamente em cima da figura suspeita. Seus movimentos silenciosos não deixaram espaço para que esta pudesse se defender e logo Sasuke se encontrava pisando sobre as costas do inimigo.
- Maldito... - a voz cortou o ar em uma tosse violenta devido a pancada recebida. Gotas de sangue pingavam no chão se misturando à água acumulada nas poças, enquanto a figura caída voltava o rosto para ver quem o atingira. Reconheceu as feições daquele que lhe atacara, aquele rosto era temido por muitos e respeitado pelo restante, e soube que daquela vez não escaparia tão facilmente. Na verdade, suas chances eram quase nulas.
- Ah, tinha que ser você, Kankuro. - O Uchiha pisou com mais força sobre as costas e ouviu o som de uma costela terminando de se partir. Kankuro cerrou os lábios impedindo que o grito de dor deixasse sua garganta. Maldito Orochimaru! Havia montado aquela cilada de propósito, tinha certeza. Era uma vingança pelo acumulo dos seus erros passados e uma punição pelos mais recentes. Os Uchihas eram conhecidos por serem habilidosos e por não ter piedade. Porém, não iria se entregar assim, de bandeja. Se morresse, faria o possível para arrastá-lo para o inferno consigo.
Sasuke sabia que contra aquele adversário, famoso por suas lâminas envenenadas, todo cuidado era pouco. O melhor a fazer seria acabar com aquilo rapidamente. Segurou com mais força a faca na mão direita e se preparou para apunhalar o coração dele de uma vez. Porém, com sua visão periférica, percebeu um movimento vindo das pernas dele e logo uma agulha se dirigia certeira para o seu abdômen. Recuou alguns passos, desviando da tentativa de ataque.
Aproveitando a brecha, Kankuro usou toda sua energia para se impulsionar para cima, virando-se para cobrir sua retaguarda. Puxou a espada curta que trazia amarrada na perna e partiu para cima do moreno, o capuz que cobria o rosto caindo com a brusquidão dos movimentos. Sasuke aparou o golpe com agilidade, sabia que um arranhão era tudo o que o oponente precisava para que o veneno logo surtisse efeito. Manteve as lâminas conectadas, as gotas escorrendo pelo metal polido, utilizando a força para mantê-lo naquela posição, enquanto firmava os pés e os usava de base para empurrar o adversário para trás de forma que ele batesse as costas contra a parede. Em um movimento fluído, desconectou as lâminas, enquanto, com o braço livre, puxava outra faca das que se encontravam guardadas nas costas. Com perícia, arremessou-a contra Kankuro acertando seu ombro e o atravessando, prendendo-o contra a parede. Viu o oponente engasgar e o sangue espirrar do ferimento, antes de arremessar a outra faca que ainda tinha na mão, acertando-a no braço em que ele segurava a espada a qual caiu com um tilintar no chão. O grito de dor do adversário foi abafado pelo barulho de um novo trovão e Sasuke agradeceu pelo tempo ruim ter prendido as pessoas em casa, deixando as ruas desertas e sem patrulhamento.
- Porcaria... - Kankuro gemeu, sentindo o sangue quente escorrer pelos ferimentos contrastar com as gotas frias que molhavam seu rosto. - Nem um arranhão...
- É mesmo uma pena, não é? - Sasuke disse, enquanto se encaminhava para onde ele estava preso, e se permitiu sorrir ao apanhar a espada do chão e equilibrar o cabo na palma cerrada. - Vejamos como você se sai contra o seu próprio veneno. - E, dizendo isso, ergueu a arma em um movimento rápido, fazendo dois cortes na pele alheia: um na lateral do rosto e outro superficial na garganta. O vermelho escorreu pela bochecha como lágrimas sendo derramadas.
- Maldito... - engasgou-se já sentindo o veneno se espalhar por sua corrente sanguínea. O coração batia alucinado, trabalhando em um ritmo acima do normal, enquanto o sangue em suas veias parecia se tornar ácido. Sasuke assistiu a pele dele empalidecer, destacando as manchas feitas com tinta roxa, já borradas, em seu rosto, e a respiração se tornar cada vez mais difícil e fraca. Os movimentos e espasmos duraram alguns segundos antes de pararem por completo e logo Kankuro se encontrava morto. Largou a arma envenenada e retirou suas facas dos lugares que haviam se cravado. Sem deixar evidências. Esse era o lema do irmão.
Sasuke deu às costas ao corpo e voltou-se para procurar nos arredores, constatando que seu alvo havia sumido. Apertou os lábios, amaldiçoando a interferência de Kankuro que agora o forçaria a repetir todo o processo de espera e vigília no dia seguinte. Frustrado, voltou a subir pela escada até o topo do prédio, do qual havia pulado, e se dirigiu para casa.
Porém, Sasuke não sabia que o loiro havia ouvido a comoção no beco e se refugiara embaixo de um automóvel estacionado ali perto, de onde vira toda a luta que se passara. Por mais que tentasse, Naruto não conseguia desviar o olhar do ser de cabelos negros que parecia ter surgido de repente do céu. Mesmo este tendo acabado de retirar uma vida, algo em seus movimentos graciosos o prendia, como se ele fosse uma mariposa atraída pelas chamas. E então, a figura misteriosa ergueu os olhos. Profundos e escuros. Naruto sentiu que se os fitasse por muito tempo poderia ser absorvido por aquela escuridão, mas não conseguia impedir o corpo de não olhar, de não o seguir com a cabeça, mesmo quando este desapareceu pelos telhados.
Esperou alguns segundos para confirmar que ele havia realmente ido, para então arrastar-se para fora do esconderijo e retomar a caminhada para casa, imaginando se o fogo que corria por suas veias e acelerava as batidas do seu coração seria causado por medo ou atração. Ergueu o rosto para o céu fechado pelas nuvens negras, deixando a chuva escorrer pelo rosto agora descoberto, e viu aqueles olhos novamente refletidos em sua mente. A visão fez seu interior tremer e ele decidiu. Atração. Definitivamente atração.
+
Vielen Dank für das Lesen!
Wir können Inkspired kostenlos behalten, indem wir unseren Besuchern Werbung anzeigen. Bitte unterstützen Sie uns, indem Sie den AdBlocker auf die Whitelist setzen oder deaktivieren.
Laden Sie danach die Website neu, um Inkspired weiterhin normal zu verwenden.