yare Ingrid Cunha

Um filho é, sem dúvidas, o elo mais importante na vida de um casal. Casal que se ama verdadeiramente. Eu amo a Sakura, isso não é segredo para ninguém. E ela também me ama, igualmente e incondicionalmente. Felizmente. — Eu tenho um pedido a fazer. — ajoelhei-me perante ela, ainda acariciando seu ventre. Mas, antes de saber sobre o pedido que você, leitor, certamente já imagina qual seja, irei explicar como foi minha vida até esse momento, ou melhor, nossa vida.


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#Sarada-Naruto
Kurzgeschichte
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Capítulo Único

Ela tremia observando o papel em suas mãos. Alternava seu olhar de mim para Naruto, este último que abriu seu sorriso mais contagiante — Eu estou grávida! — exclamou enquanto andava apressadamente em minha direção — Céus. Uma criança, Sasuke! — abraçou-me — Nós vamos ter um bebê!

Essa é uma notícia maravilhosa.

— Uma criança, a minha criança, a nossa criança. — beijei-a, direcionando minha mão até sua barriga, que ainda não demonstrava nem um sinal de vida.

Meu nome? Sasuke Uchiha. E essa é uma parte da minha vida, a mais feliz, ou talvez a segunda mais feliz.

A primeira parte foi a noite, aquela noite em que eu a conheci. Minha companheira, minha amada, a mãe do meu filho, ou filha.

Em minha concepção, ser pai era algo extraordinário, eu a faria feliz, a mãe e a criança. A paternidade, a etapa mais incrível da vida de um homem.

Um homem que quer realmente construir uma família.

E um filho é, sem dúvidas, o elo mais importante na vida de um casal.

Casal que se ama verdadeiramente.

Eu amo a Sakura, isso não é segredo para ninguém. E ela também me ama, igualmente e incondicionalmente.

Felizmente.

— Eu tenho um pedido a fazer. — ajoelhei-me perante ela, ainda acariciando seu ventre.

Mas, antes de saber sobre o pedido que você, leitor, certamente já imagina qual seja, irei explicar como foi minha vida até esse momento, ou melhor, nossa vida.

***

Foi em um dia triste, uma noite, até então triste.

Eu seguia para o lugar tão conhecido por mim, o percurso que eu fiz inúmeras vezes, mas que após o início de minha Residência em Neurocirurgia, tornou-se inconstante.

O caminho do Ramen Ichiraku.

O dono do estabelecimento era Uzumaki Naruto. Meu melhor amigo, na verdade o único, recebia-me sempre de braços abertos, dono não apenas do restaurante, mas também de belas palavras.

Palavras de conforto.

E naquele momento tudo que eu precisava era do meu bom e velho amigo. Adentrei ao local, sentei-me no mesmo lugar que eu ocupava desde a sua inauguração. Naruto enunciava algo para um rapaz, provavelmente um garçom, e assim que notou minha presença despediu-se rumando em direção à mesa em que sempre sentávamos para beber, conversar e rir.

Mas, naquele momento, não faríamos nada disso.

Eu certamente iria desabafar com a única pessoa, que conseguia tirar informações valiosas sobre meus mais sinceros sentimentos.

— Eu soube sobre o que aconteceu — ele tocou meu ombro —, sinto muito. Eu sei que não posso mudar isso — ocupou o lugar à minha frente —, infelizmente não posso, mas se houver algo que eu possa fazer por você, eu farei. Você é meu amigo, te dou todo apoio.

Minha mãe havia morrido há menos de dois dias, e eu estava arrasado.

Foi um acidente fatal envolvendo minha mãe, que estava sozinha e voltava de um encontro com suas amigas, e outro motorista, um negligente que dirigia alcoolizado e em alta velocidade, não se preocupando com os outros que dirigiam na mesma via.

E eu, jovem ainda com vinte e cinco anos, residente de neurocirurgia. Tinha muito que aprender, muito que fazer e viver, mas que acabará de perder alguém muito importante e necessário na vida de um ser humano.

Estava quase me trancando no meu mundo solitário, mas algo dentro de mim me impediu de tal ato e me direcionou a Naruto, que também sofreu o mesmo. Perdeu os pais ainda mais jovem que eu, também em um acidente de carro.

Procurá-lo era melhor que ficar só e talvez até enlouquecer.

E por isso eu estava aqui.

— Obrigado — respondi cabisbaixo, ia doer falar sobre aquilo —, foi uma fatalidade. Não consegui fazer nada.

— Teme! Não foi culpa sua, tenho certeza que você fez tudo que podia.

— Eu não fiz nada, apenas segurei-a em meu colo e ouvi seus últimos suspiros dentro daquela maldita sala! — soquei a mesa, a dor de perder uma pessoa amada e importante deixaria qualquer um à beira de um ataque.

Era minha mãe, ela não merecia isso. Eu não merecia isso.

Como residente eu poderia acompanhá-la no hospital, claro com supervisão de um Neurocirurgião formado, que no caso era meu irmão. A família Uchiha tinha uma tradição, essa que eu não quis quebrá-la. Eu resolvi seguir os passos do meu pai e irmão.

Minha mãe estava orgulhosa de minha escolha.

“Você será o melhor, eu amo vocês.” ainda lembrava-me das últimas palavras dela.

— Acalme-se Sasuke! — olhou-me severamente — Tia Mikoto odiaria vê-lo assim, e você sabe que eu entendo perfeitamente essa dor — levou sua mão direita até o peito esquerdo —, essa dor avassaladora. Por favor, não se culpe. Só irá piorar as coisas assim.

— Ela não podia morrer — apoiei meu cotovelo na mesa e descansei minha testa em minha mão direita —, não podia nos deixar.

— Eu sei como é isso teme — acenou para alguém atrás de mim —, eu te entendo. Você quer algo para beber? Aliás, você comeu alguma coisa?

— Não.

— Sabe que está errado em fazer isso. — repreendeu-me mais uma vez.

Eu iria retrucar até que senti um cheiro doce, acompanhado de uma voz mais doce ainda.

— Boa noite — ela curvou-se em reverência e retornou a postura normal —, em que posso ajudar?

— Boa noite. — respondi observando-a, era uma jovem na faixa de seus vinte anos, no máximo, tinha estatura média e cabelos exoticamente rosados. Ela deveria retocar a cor mensalmente, para poder manter aquele tom chamativo, mas não feio, eles combinavam com seus grandes e belos olhos verdes.

Ela era linda.

Naruto olhou para a moça que esperava a ordem dele. — Traga dois copos de água, por favor.

— Sim, senhor. — curvou-se novamente — Algo mais?

— Somente. — respondeu sorrindo para moça, que em seguida retirou-se de nossa presença.

— Não sinto apetite — respondi tentando não demonstrar que olhei por tempo exagerado para a garçonete —, não dá pra comer em paz lembrando-me disso.

— Teme, não faça isso com sua saúde. Pense que a tia Mikoto não gostaria de vê-lo assim, droga!

— Eu sei.

— Venha aqui todas as noites para conversarmos, farei companhia para você e iremos jantar juntos. Por conta da casa. — piscou.

Naruto tinha o poder de acalmar as pessoas, eu certamente não melhoraria do dia para noite, mas acho que poderia me esforçar e não entrar no meu mundo de orgulho, dor e desespero.

Sim, dor e desespero. Perdi alguém e essa foi uma perda cruel.

Minha mãe, a única mulher que eu amei e fiz de tudo para agradar, mesmo que contra meu próprio gosto. Pois, apenas seu sorriso me fazia gostar de qualquer coisa que não me agradasse, até mesmo doces.

Doce.

Infelizmente eu não a teria mais junto a mim, mas talvez eu tivesse ganhado algo novo naquela noite, naquele mesmo lugar que já não era muito frequentado por mim, mas que eu retornaria a vir todos os dias.

O motivo? Não era apenas a companhia e as piadas sem graças do meu amigo, quase irmão. E sim o pacote composto por um olhar brilhante, cabelos rosados e o cheiro, sim o cheiro.

Talvez coisas doces não fossem tão ruins.

A garçonete, que eu ainda não sabia o nome retornou com uma bandeja contendo dois copos de água. — Aqui está — pôs os copos sobre a mesa —, algo mais?

— Sim — Naruto respondeu olhando em minha direção —, conheça meu amigo. — apontou.

— Sou Haruno Sakura, é um prazer conhecê-lo. — curvou-se pela quarta vez perante mim.

Eu não era, e nunca fui o tipo de pessoa sentimental, que deixava transparecer quando estava triste, irado ou feliz. Era uma pessoa sempre séria. Mantinha o olhar indiferente e desinteressado sobre o que acontecia ao meu redor, sobre as garotas que se jogavam facilmente sobre meus braços. Karin, prima do meu mesmo amigo, sabia muito bem disso, tentou inúmeras vezes flertar comigo e eu sempre “pulava fora”.

Mas aquela simples garçonete, que me cumprimentou como se eu fosse só mais um cliente do seu local de trabalho — e eu era, porém, talvez um dia eu quisesse ser mais que isso , despertou algo até então desconhecido, ou adormecido dentro do meu mais profundo eu.

Permiti-me sorrir pela primeira vez naquele dia — Uchiha Sasuke. — respondi olhando-a ainda em meu assento. Não que eu acredite em amor á primeira vista e nada desse romantismo. Mas, aconteceu algo ali, sim tenho certeza disso, só não sabia defini-lo.

Eu não diria apaixonado, interessado talvez.

É interessado, esse adjetivo me definia bem naquele instante. Claro que não tinha esquecido a dor de ter visto minha mãe morrer em meus braços, mas algo de bom tinha acontecido naquela semana.

Felizmente ou infelizmente.

***

Passaram-se dias, semanas, e quando dei por mim haviam se passado meses.

Meses indo diariamente ao Ramen Ichiraku, comendo por conta da casa como prometido, e com a agradável companhia de Naruto e Sakura.

Sim, Sakura. Ela rapidamente tornou-se uma amiga, não sei dizer se chamá-la de amiga estava correto, mas era a única forma que eu podia defini-la.

A dúvida entre paixão e interesse continuou a mesma, e permaneceu-se mais oculta quando descobri que Naruto nutria sentimentos por ela, mesmo que não correspondidos. Ele era meu amigo e a conhecia há mais tempo que eu, e gostava dela há mais tempo que eu.

Droga.

Aquilo foi um baque, não iria trair meu quase irmão, que me ajudou — mesmo que pouco — a superar a morte trágica de minha mãe. E, não parou por aí, o outro baque foi quando ela contou a novidade, dois meses atrás, sobre o seu “lance” com Hyuuga Neji. Ele era um aluno do curso de Direito, conforme Sakura, se conheceram em alguma atividade extracurricular envolvendo toda universidade.

Lamentavelmente.

Droga, mais uma vez.

Sempre via Naruto suspirar quando o carro dele encostava-se frente ao Ichiraku, eu também queria suspirar derrotado, mas não o fazia.

Mentir? Claro que não, eu estava chateado sim.

Droga, de novo.

Uma mulher linda como ela, sim mulher. Apesar de seus vinte anos, ela tinha um pensamento bem maduro. Com certeza iria chamar a atenção masculina que era indesejada tanto por mim, quanto por Naruto, este que fazia questão de demonstrar seu total descontentamento. Porém eu, o mais “coração de pedra” não demonstrava nada.

Por fora.

Em meu ver isso já era um bom começo, por fora, eu sorria para ela e para Neji, que era até um cara gente boa. Mas, por dentro eu queria agarrá-la e colocá-la dentro de uma caixinha que eu guardaria no bolso, para ter certeza que ninguém a pegaria.

Porém, isso não seria justo, não com Naruto.

A culpa por me interessar pela mesma pessoa que ele me persegue desde sempre, e não sairia de mim, não enquanto eu não a esquecesse e deixasse a somente para Naruto, isso sim seria justo.

Mas quem disse que isso era fácil?

Eu não entendia como uma simples pessoa me deixava instável emocionalmente, era ridículo admitir que Uchiha Sasuke, o cara que tinha e ignorava todas as belas garotas no tempo da universidade, tinha se interessado por uma que agia como se ele fosse uma pessoa do sexo feminino.

Ah sim!

Sakura olhava-me como se olhasse para uma mulher, sem interesse algum. Ela realmente queria ser só minha amiga, mas eu não queria, e nem Naruto.

Tsc.

— Eu escolhi ser uma Neurocirurgiã para salvar vidas! — ela sorria para Naruto enquanto explicava pela milésima vez, o motivo de ter escolhido medicina, mais exatamente a Neurocirurgia como profissão.

— Salvar vidas, tsc. — olhei-a, a morte de minha mãe vez ou outra me afetava, ainda mais quando o assunto era esse.

Eu me formei e continuei minha carreira de Neurocirurgião, pois tinha prometido que não deixaria mais ninguém morrer. Principalmente de traumatismo craniano, como minha falecida mãe.

Só que a culpa ainda estava comigo, pouca, mas estava. E ás vezes ela ganhava força, fazendo-me brigar com Sakura, que tinha iniciado a Residência na tal área, mas ela como sempre, era doce e dizia:

“Sasuke, eu sei que você ainda se culpa pela morte de sua mãe, mas eu prometo que não deixarei ninguém morrer, por você e por ela.”

— Me desculpe — sorri envergonhado, minha sanidade tinha voltado e me feito lembrar que ela não era como eu —, você tem razão.

O tempo continuou passando, e o sentimento continuava ali intacto, não me permitindo nem ao menos olhar para outra pessoa.

Para minha completa alegria — e a de Naruto — o relacionamento com Neji durou apenas mais dois meses, no total de uns quatro meses. Sakura não se abalou, tampouco chorou, eles terminaram de forma amigável, não houve traição, nem brigas. Apenas confirmaram seus interesses diferentes.

Um completo alívio para Naruto e eu.

Como sempre foi, e talvez como sempre será.

Mas, até quando?

Apenas o término não era o bastante, eu não estava satisfeito de tê-la tão perto e tão longe. Dois anos desde que a conheci, desde que minha mãe morreu, desde que eu recebi apoio duplo.

Dela e do Naruto.

Decidi que tomaria alguma atitude, já que nem eu e nem Naruto fazíamos algo, desse jeito ela ia acabar parando nas mãos de outro, disposto a amá-la. E se eu também estava. Então por que não?

Convidei-a para um jantar, este no qual o Naruto fez questão de marcar presença.

Intruso.

Eu entendia, porém, não queria aceitar.

Lá estávamos nós três, sentados, Sakura falava sem parar, enquanto eu e Naruto travávamos uma guerra ocular no nosso mundo particular.

O jantar foi um desastre, ele bebeu muito e aquela noite teve direito de tudo, inclusive uma canção e dança no palco, ele também fez questão de gritar: “Sakura, eu te amo”, pra todos os presentes ali ouvirem, inclusive eu.

Eu estava ciente da indireta, diretamente para minha pessoa. E, aquilo não me abalou, mas o que eu não sabia, era que ainda havia coisa pior. Ele estava bêbado e tinha uma carta na manga.

Infelizmente.

“Mas sabe, o Sasuke, ele também ama você.”

Eu não acreditei quando ouvi, ela me olhou assustada e a única coisa que eu fui capaz de fazer foi ir embora. Quando cheguei à saída ainda pude ouvir as últimas frases do meu amigo embriagado.

“Iiiiiiiiiiih, ele foi embora” Naruto gargalhava. “Sakura, você precisa escolher um de nós dois.”

Aquilo foi pior que um tapa. Fiquei extremamente envergonhado. E pela primeira vez na vida, eu quis não ser o Sasuke.

Depois daquela noite eu fiquei dois meses sem pisar no Ramen Ichiraku. Não respondi nenhuma das mensagens com pedidos de desculpa enviadas por Naruto, que ameaçou até vir em minha casa. Também não atendi as ligações de Sakura.

***

— Você não irá fugir de mim — ela estava ofegante, deve ter corrido para me alcançar, já que essa seria a primeira vez tinha conseguido me encontrar fora de casa —, não hoje.

Passaram-se mais dois meses, quatro meses no total, depois do ocorrido.

Direcionei a ela o olhar mais indiferente que consegui, porém, ela o ignorou totalmente. Correu em minha direção, abraçou-me e sussurrou em meu ouvido aquilo que eu esperei por todo esse tempo.

“Eu também amo você”

Retribui o abraço com um sorriso de canto, e o desfiz para beijá-la com toda vontade reprimida durante esses dois anos, e só nos separamos quando o ar se fez realmente necessário.

— Eu esperei muito por isso. — balbuciei após longos dois minutos, olhando fixamente para seus olhos, tão verdes, tão brilhantes, tão lindos e agora tão donos de mim.

Não duvido nada, se ela disser que consegue ler meus pensamentos apenas com o olhar.

— Espero que vocês sejam felizes — disse uma voz, que eu sabia perfeitamente a quem pertencia. Abracei Sakura instintivamente, mas ele estava sorrindo e tornou a falar —, calma meu amigo.

— Calma Sasuke — Sakura abraçou-me e enlaçou seus dedos nos meus —, escute o que ele tem a falar. Por favor.

Naruto se aproximou, olhando-me de forma séria, era engraçado vê-lo com cara de adulto.

— Eu entendo — ele sorriu e cruzou os braços atrás de sua cabeça —, agora eu entendo. Encontrei alguém que me fez olhá-la daquele mesmo jeito que você, no passado.

— Que jeito? — questionei deixando a confusão tomar conta de mim.

— Aquele mesmo jeito que você olhou para Sakura — apontou para ela —, quando foi no meu restaurante para desabafar sobre a morte de sua mãe.

Lembrei-me do dia em que a conheci, da vergonha que senti e tentei disfarçar de Naruto, que pelo visto percebeu.

— Naquele momento — tornou a falar —, eu percebi que você tinha se interessado por ela, pouco, mas se interessou. — ele fechou os olhos com força, depois os abriu e fitou o chão — Eu senti ciúmes e medo, achava que eu era apaixonado pela Sakura, e que você poderia roubá-la de mim. — virou-se de costas para nossas vistas — Eu estava errado, totalmente errado.

— Eu me interessei por você naquele mesmo dia também — agora Sakura dizia e olhava para meus olhos, que se mantinham fixos nas costas de Naruto —, mas sua mãe tinha falecido há pouco tempo, achei que seria falta de respeito com você — acariciou meu rosto —, e com ela.

Eu ia respondê-la, mas Naruto se pronunciou mais uma vez, roubando minha atenção. — Me desculpe por aquele papelão, estraguei o jantar de vocês e o fiz passar vexame.

Eu já não estava chateado com ele, me sentia apenas envergonhado e evitava a presença de Sakura para não dar respostas, que eu nem sabia se existiam. Não podia levar isso adiante, afinal, ele foi quem me manteve em pé, quando minha tristeza queria me levar para o chão.

Para o abismo da solidão.

— Tudo bem — eu disse, e senti minhas costas chegarem ao chão, o cretino havia pulado em cima de mim e agora estávamos estirados no chão —, saia de cima de mim. Seu maldito!

— Só se você disser que me ama também — agora ele puxava minhas bochechas e Sakura ria da situação, até que notei outra presença feminina. —, diz que ama, vai!

— Você é gay por acaso? — questionei empurrando-o para o lado.

Ele levantou e se pôs ao lado da moça, dona de longos cabelos pretos e olhos perolados. — Conheça a Hyuuga Hinata, minha namorada. — apontou para ela — Diga, ela é linda não é?

— Olá — ela sorriu envergonhada —, prazer em conhecê-lo. — curvou-se — Naruto fala de você sem parar.

— Olá. — respondi e acenei com a cabeça.

— No dia seguinte, depois daquela noite — Sakura se pronunciou —, o Neji visitou o Ramen Ichiraku, levou sua prima para conhecer o local, ela é nova aqui. Naruto se apaixonou na hora — sorriu —, foi amor á primeira vista.

***

Eu nem preciso dizer o que houve depois da cena, certo?

Ou será que preciso?

Sim, eu me tranquei em casa com Sakura. Só deixei-a sair no dia seguinte, e o Naruto quando me viu carregá-la para dentro gritou: “Nem precisa ir trabalhar hoje, aproveite bem a folga.”.

E agora, um ano depois, estamos eu, Naruto e ela na casa de seus pais. Ela fez o exame de gravidez e decidiu abrir somente quando estivesse na presença deles.

O resultado foi positivo, lógico.

Depois daquele dia, ela havia ficado trancada diversas vezes em minha casa. Foram longos dias, muito bem aproveitados.

Meu pai e meu irmão ainda não sabiam da notícia, logo diria. Mas, antes eu teria que aparecer noivo em casa. E por isso eu estava aqui, ajoelhado perante ela e ainda acariciando seu ventre.

— Eu tenho um pedido a fazer.

Todos me olharam, felicidade definia a feição de todos, principalmente a minha.

— Haruno Sakura, você aceita se casar comigo e passar o resto de sua vida, salvando não só a minha, mas também outras vidas?

— Com certeza — ela colocou suas mãos sobre a minha, que permanecia no mesmo lugar —, é tudo que eu mais quero.

Levantei e fingi colocar uma aliança invisível em seu dedo.

Naruto se aproximou, puxou a mão dela e disse — Nossa. Essa aliança é muito linda! — sorriu debochado.

— Eu amo você — afastei-a do tal —, e vai ser assim para sempre.

26. April 2018 02:06 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

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