animegirl064 Fofritas Zoldyck

Após a luta entre o Chrollo e o Hisoka, duas pessoas sofrem com a suposta morte do palhaço favorito de todos. Como alguém como ele poderia estar morto?


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Kurzgeschichte
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After the Fight

Illumi não conseguia explicar as coisas que lhe passaram pela cabeça quando Chrollo entrou no apartamento que dividiam com Hisoka, os olhos cheios de lágrimas, o rosto vermelho.

Eles se abraçaram e o assassino, preocupado, perguntou:

-O que aconteceu? Onde está o Hisoka?

Chrollo mal conseguia formar uma frase, chorando demais. Era o dia da luta deles na Heaven’s Arena…Então, Illumi entendeu o que se passou no local. Seus olhos também se encheram de lágrimas e ele levou uma de suas mãos à sua boca, caindo de joelhos no chão e ele nunca achou que havia chorado tanto.

-Deuses, Illu, eu sinto m-m-m-muito…E-Ele…-Chrollo então irrompeu-se em lágrimas novamente, não conseguindo terminar a frase.

Illumi mal conseguia pensar. O apartamento parecia, naquele momento, tão grande e ele se sentia tão, tão pequeno. Queria se jogar da varanda, cair de lá, mas sabia que aquilo também não estava sendo fácil para Chrollo, afinal, ambos eram os namorados de Hisoka, e ele havia sido o responsável...devia se sentir tão culpado.

O moreno queria dizer que estava tudo bem, que ele não tinha culpa, que Hisoka havia falecido fazendo algo que amava, porém tudo que saía da sua boca era um mantra incessável de “nãos”. O ladrão o abraçou.

Depois do que pareceram ser horas, os dois conseguiram se levantar e se recompor. Seus olhos ainda estavam inchados e seus rostos estavam vermelhos. Illumi olhou para o apartamento e teve outra crise de choro.

Não conseguia acreditar.

Na noite anterior, ele estava sorrindo, dizendo que a luta seria fantástica, que Chrollo sempre tinha uns truques surpreendentes na manga e que ele iria se divertir tanto quanto se divertia no quarto com os outros dois. Dizia que eles eram os melhores namorados que ele poderia desejar. Dizia que não os trocaria por nada nesse mundo.

Esse mundo.

Esse mundo que não fazia mais sentido nenhum.

-Eu preciso caminhar um pouco, respirar um pouco de ar fresco.-Illumi disse e era verdade. Seus pulmões pareciam esquentar tanto que o ar que respirava era fumaça. Sentia-se sufocado, queria vomitar. A dor de cabeça ameaçava penetrar seu crânio.

-Eu posso te acompanhar?
-Sim, com certeza.

Os dois saíram do apartamento, deixaram o prédio para trás. Andaram pelo bairro de mãos dadas, em silêncio, em luto pela morte de um amor em comum. Apenas ao retornarem para o prédio, Illumi se manifestou, segurando nas mãos de Chrollo e dizendo:

-Eu não vou fingir saber o que vai acontecer conosco ou fingir que nunca liguei, mas eu quero que você saiba que vamos passar por isso juntos.-Illumi beijou as mãos de Chrollo. Os dois voltaram a chorar e se abraçaram.

-Isso é tudo minha culpa, isso é tudo minha culpa.

-Não é, não diga isso. Por favor, não diga isso.

-Eu...eu que o matei.

-Ele te implorou pela luta, você ficou resistindo. Só depois que você aceitou.

-Mesmo assim, lá...lá ele disse que a luta seria de vida ou morte, eu devia ter recusado, mas a Trupe estava colocando pressão em mim por causa dos membros que ele matou e eu fiquei acanhado. Entrementes, isso não é desculpa. Essa justificativa de merda não vai trazê-lo de volta!-naquele ponto vários encaravam para os dois.-E-Eu o assassinei a sangue frio e me arrepender disso agora não vai adiantar de nada, porque...porque e-ele n-não vai voltar…

Chrollo agarrou na camiseta de Illumi, escondendo seu rosto em seu peito.

-N-Não diga isso, p-por favor, C-Chrollo…

Entraram no apartamento e naquele momento um vazio preenchia, lentamente, os corações dos dois. Tudo parecia diferente. As paredes da sala de estar, a louça na cozinha, os chicletes no armário, os livros didáticos e os romances nas estantes, os óculos de leitura na mesa, as tinturas de cabelo no banheiro do quarto, as roupas no closet, os lençóis na cama. Por um momento, Illumi sentiu como se sua vida não fizesse mais sentido. Sentiu como se o mundo tivesse acabado.

Por favor...me diga que isso é um sonho.

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Durante as próximas semanas, eles ignoraram todas as ligações e mensagens. Precisavam de um tempo apenas para eles, para se recuperarem do acontecido, porque até dormir na mesma cama já doía. 

A cama era grande demais para os dois.

Illumi alucinava. Acordava depois de um pesadelo e ouvia a risada de Hisoka. Enxergava-o no reflexo do espelho do closet. Após voltar para casa, ouvia as boas-vindas do outro. Seus pesadelos ficavam cada vez mais frequentes e ele parou de dormir, olheiras enormes se instalando em seu rosto. Passava as noites lendo algum livro ou caminhando pelas redondezas. Comia pouco, dormia pouco e nunca apelou para a bebida, apenas fumando um cigarro ou outro em raras ocasiões, como fazia antes, nunca se viciando.

Chrollo nunca se perdoou. A cada dia, ele ficava cada vez mais depressivo, mais isolado. Ele também alucinava. Várias sombras diziam que era tudo sua culpa e ele enxergava o cadáver de Hisoka toda vez que fechava os olhos. Sua depressão foi se agravando até que um dia, Illumi entrou no apartamento e encontrou o ladrão coberto de sangue, cortes em seus braços e suas pernas. Ele sobreviveu, porém suas tendências suicidas foram apenas aumentando. Chrollo tentou se jogar da janela do quarto, pular em frente a um ônibus e enforcar-se. Ele estava coberto de curativos, uma de suas pernas estava quebrada, havia tido uma concussão cerebral no acidente com o ônibus, o vidro do quarto estava partido em vários e ele estava de cama, sendo tratado por uma terapia intravenosa pagada pelo outro.

Quando Illumi ligou os celulares dos dois para ver o que andou acontecendo, descobriu por meio de mensagens dos membros da Trupe Fantasma que o corpo de Hisoka havia desaparecido. Teve uma crise de choro imediata e, quando se recompôs, disse ao seu namorado:

-Chrollo, eu sei que você não está em uma posição saudável de ouvir isso, mas eu creio que deveria saber. O corpo dele...o corpo dele desapareceu.

O ladrão começou a chorar e os dois se abraçaram.

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Quando já não era mais necessário que Chrollo permanecesse na cama, Illumi começou a levá-lo para passear em parques nas redondezas durante as noites, onde os dois conversavam incansavelmente:

-As estrelas estão bonitas hoje.-Chrollo comentou quase adormecido.

-Com certeza, é possível vê-las.

-O Hisoka teria gostado dessa paisagem. Ele sempre gostou bastante do céu. Lembra?

-Com certeza. Em todo jantar ele comentava alguma curiosidade sobre o céu.

-Eu dizia que ele poderia ser professor do céu.

-E ele respondia que a oferta era fantástica, mas ele ainda tinha muito para viver e aproveitar antes de encontrar sossego.

Os dois riram docemente com a memória.

-Mas o conhecedor da flora é você, Illu.-Chrollo comentou, sorrindo.

-E você é o conhecedor dos animais.

Os dois se beijaram.

A recuperação psicológica de Chrollo estava ótima, mas a perna e a cabeça ainda eram motivos de preocupação.

Em uma tarde de sexta-feira, Illumi e o ladrão estavam fazendo dobraduras na cama, enquanto conversavam. Ouviram a porta se abrir e não acreditaram no que viram.

Hisoka estava parado na porta.

Ele sorria inocentemente e apenas cumprimentou os dois. Illumi não pôde acreditar que aquilo era real, simplesmente não conseguia, então sentiu a necessidade de encostar no homem e caiu de joelhos no chão, chorando, quando sua mão sentiu a solidez do peitoral alheio.

Chrollo não estava melhor, seus soluços ecoando no cômodo.

O sorriso de Hisoka desapareceu ao ver o estado dos dois. As olheiras de Illumi, os curativos de Chrollo.

Ele abraçou seus dois namorados e começou a chorar, também.

-Deuses, como eu senti falta de vocês…-ele disse, olhando para os dois.-O que aconteceu? Vocês mudaram tanto.

Nenhum dos dois respondeu e Hisoka apenas confessou:

-Eu devia ter voltado mais cedo. Eu amo vocês dois tanto…

Ele beijou Chrollo e depois Illumi, mantendo os dois perto de si por alguns momentos, que pareceram horas.

24. März 2018 01:44 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

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