A voz desesperada do outro lado da linha fez com que os sons e zumbidos ao meu redor fossem abafados pelo choque do desespero. Estremeci com a notícia.
Primeiro veio a tristeza, depois o inconformismo.
Esperança? Durou pouco.
Não podia ser verdade, mas era.
Já se foram seis anos.
Eu ainda consigo te ver naqueles cigarros que você fumava.
Naquela camisa verde que você usava.
Na velha guitarra que você tocava.
Nos papéis que você desenhava.
Nas músicas que você cantava.
Ainda me lembro dos seus sonhos, interrompidos injustamente no tempo. Congelados juntos aos seus traços joviais, que preservados em um lindo sorriso, partiram com você no seu mais profundo sono.
Você foi e eu fiquei.
23 primaveras.
Juventude eterna.
“Tão jovem”, “tão bonita”, “tão talentosa”.
“Tão geniosa”, “tão irresponsável”, “tão teimosa”.
Mãe. Filha. Neta. Sobrinha. Prima. Irmã.
Abandonada. Adotada.
Vítima. Culpada.
Por que as coisas tiveram que ser assim pra você?
Eu ainda consigo te ouvir em cada verso daquela canção.
Eu ainda consigo te ver na inocência daqueles olhos de criança.
Eu ainda consigo te encontrar cada vez que olho pro céu.
Um ponto brilhante em meio à escuridão surge estampado com a sua assinatura.
Carregando o seu nome.
Dona da Lua.
Vielen Dank für das Lesen!
Wir können Inkspired kostenlos behalten, indem wir unseren Besuchern Werbung anzeigen. Bitte unterstützen Sie uns, indem Sie den AdBlocker auf die Whitelist setzen oder deaktivieren.
Laden Sie danach die Website neu, um Inkspired weiterhin normal zu verwenden.