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Jean estava prestes a iniciar uma nova vida ao lado da pessoa que amava. E era impossível não sentir-se sortudo enquanto se lembrava do caminho percorrido até que Otabek fosse, verdadeiramente, seu.


Fan-Fiction Alles öffentlich.

#YuriOnIce #JJ/Otabek #JJbek
Kurzgeschichte
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Você é a melhor coisa que já foi minha!

A última caixa da mudança foi ao chão e Otabek puxou Jean pra que sentasse consigo no sofá da sala de sua nova casa. Finalmente estavam morando juntos. Depois de anos tentando convencer o de olhos azuis, o cazaque finalmente conseguiu. JJ tinha um sorriso absurdamente encantador nos lábios, era o que Otabek pensava ao levar uma de suas mãos ao rosto do noivo e beijá-lo carinhosamente.

“Você acredita nisso?” Foi o que o canadense disse quando compraram aquela casa, e sentaram-se naquele mesmo sofá, que tinha sido abandonado pela família que morava ali antes deles e adotado por ambos, como parte crucial de suas novas vidas.

Jean aconchegou-se no sofá, deitando a cabeça para trás no encosto, e puxou o menor para que se deitasse em seu peito. Era tarde, tinham trabalhado na mudança o dia todo, mereciam uns minutos de descanso antes de começarem a arrumação.

Fechou os olhos, lembrando-se de tudo que tiveram que passar para estarem ali.

Otabek trabalhava em um café próximo ao campus da universidade que cursavam, não demorou muito para que começassem a conversar sobre coisas triviais, como o as partidas de hóquei que passavam na pequena TV do estabelecimento, descobriram-se apaixonados pela patinação no gelo, e pela música. Logo a amizade se estendeu para além das visitas do moreno ao café.

Patinavam juntos, iam ao cinema, a algumas festas, e o Leroy sentia-se estranhamente quente na presença do cazaque. Sentia vontade de o tocar, e sentia-se péssimo por isso. Havia sido criado em uma família tradicional e aquilo não era aceitável, era repugnante aos olhos dos pais. Mas como algo tão bonito como o que sentia por Otabek podia ser taxado de tal forma?

Tentou como pode afastar os sentimentos que vinha sentindo pelo cazaque, até mesmo deixou de ir ao café com a frequência que costumava ir, mas sempre acabavam encontrando-se.

Estavam na praia, sentados sobre uma pedra, os pés na água, conversando sobre o tempo, quando Jean notou o olhar de Otabek em si, virou-se para encará-lo também, o rosto do cazaque tomou um tom avermelhado quando percebeu ter sido pego em flagrante, desviou os olhos, envergonhado.

JJ achou a cena adorável, aproximou-se segurando com uma mão o rosto do moreno, e levando a outra até sua nuca, fechou os olhos antes de selar os lábios aos do outro, um selinho casto, mas que foi muito desejado.

Quando a realidade voltou a si, não soube o que fazer, e apenas correu, deixando um Otabek atordoado para trás.

O fato era que em sua concepção aquilo era errado, dois homens não podiam se beijar, ele não podia sentir o que sentia pelo amigo, era errado.

Os meses que se passaram após aquele beijo, seguiram de forma arrastada, Jean sentia a necessidade de se desculpar, como se tivesse cometido um crime, e por mais que Otabek quisesse jogá-lo contra a parede e beijá-lo dizendo que tudo bem se apaixonar por um cara, respeitava o tempo do outro, e esperava que um dia ele pudesse perceber seus sentimentos.

Estavam na casa de Otabek, já era madrugada e eles maratonavam uma série que ambos adoravam, era sempre sim, bastava o streaming liberar a temporada nova, e os dois viravam a noite assistindo, para depois se arrependerem, porque teriam que aguardar um ano todo pela próxima.

Jean estava sentado na ponta do sofá, Otabek deitado em seu colo, tendo os cabelos acariciados pelo outro, o Leroy sabia que aquela acaricia não era algo que amigos faziam, mas ele não podia se controlar em tocar o outro sempre que tinha oportunidade. Desviou os olhos da tela, reparando que Otabek tinha os olhos fechados, o que o fez sorrir, pois ele sempre acabava dormindo, e ele precisava reassistir os episódios para acompanhá-lo. Ficou observando por uns segundos como Otabek era bonito, ele era a pessoa mais bonita que Jean conhecia, adorava o jeito como ele sorria, o que era bem raro, mas quando o fazia, seria capaz de iluminar uma rua.

Mirou os lábios finos, fechados em uma espécie de sorriso casto, apreciando o carinho que recebia de forma inconsciente talvez, e sem pensar muito no que fazia, baixou o rosto, sentido a respiração de Otabek contra a sua, e o beijou. Queria sentir aquela sensação de novo, mesmo que fosse somente pra si.

Foi surpreendido, quando notou olhos castanhos cheios de malícia o encarando, os lábios ainda colados, mas sentiu que Otabek sorria, enquanto abria de leve a boca, num pedido silencioso para que Jean o beijasse, e assim ele o fez.

Não demorou muito para ambos estarem sem suas roupas, extasiados demais no desejo que reprimiam há tanto tempo.

Os toques das peles se chocando, os beijos molhados, os membros rijos, implorando por alívio, tudo era muito novo para o canadense, que não sabia como agir. Então mais uma vez ele empurrou Otabek para longe, caçando as roupas como podia pelo chão e deixando o amado pra trás mais uma vez.

Saiu do cercado que dava para a casa de Otabek, sentando-se na calçada, tentando vestir a calça, enquanto as lágrimas caiam de seus olhos, tinha perdido Otabek, e não sabia o que faria sem ele. Fugir e dizer adeus era tudo que sabia.

Sentiu duas mãos o abraçando por trás, e não precisou virar-se para saber quem era.

“Eu nunca vou deixá-lo sozinho. Me lembro de como me senti aquele dia a beira d'água, foi como um sonho, e toda vez que eu olho pra você é como se fosse a primeira vez, eu me apaixonei pelo filho de um idiota, e ele é a melhor coisa que já foi minha”

— O que você tanto pensa? - Otabek perguntou, trazendo Jean de volta de suas lembranças, o cazaque já tinha levantado de seu colo e tirava algumas coisas de dentro de uma caixa.

Leroy ajoelhou-se como Otabek estava, levando a mão do menor até os lábios, onde beijou a fina aliança dourada que o outro usava.

— Pensando que amanhã finalmente, você será Meu!


4. März 2018 14:57 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

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