kathyju Kathy Ju

Jeon Jungkook, Militar das forças armadas, chegou na vida de Taehyung de forma inesperada e surpreendente para lhe dar uma notícia ruim. Com o tempo se apaixonaram e formaram um lindo casal, porém, assim como ele chegou, ele se foi, deixando o Kim totalmente arrasado. "Em uma outra vida, eu seria o seu garoto..." (Capa e banner por _Seagguk (Wattpad)) (Betagem por Korigami (Wattpad))


Fan-Fiction Bands/Sänger Alles öffentlich.

#bts #jeonjungkook #jungkook #kimtaehyung #taehyung #taekook #vkook #kooktae #kookv #drama #songfic #theonethatgotaway #sadfic
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Capítulo Único

Oioioi!!! Olha quem apareceu para postar outra história deprêshow 😍

Gente, já deixando um avisinho de que essa história talvez conterá gatilhos, então, tomem cuidado, por favor.

Ah, para dar um tchan a mais na história, leem ouvindo as músicas da playlist que criei para ela que estará disponível na minha bio!

Essa capinha e banner perfeitos foram feitos pela _Seagguk!!! Muitíssimo obrigada, eu amei 🥺

Betado pela Korigamii (Muitissímo obrigada 💞)

Não esqueçam de votar e comentar, isso é muito importante para mim 🥰

Enfim, sem mais delongas, boa leitura 💞

🌻

Taehyung cantarolava baixinho uma música que estava muito viciado naquele momento, enquanto regava as suas plantinhas que se encontravam em alguns vasinhos em cima de uma pequena mesinha no meio da estufa em que se encontrava. Para onde olhava, tinha lindas flores de várias cores e espécies diferentes, havia azaléia, boca-de-leão, botão-de-ouro, rosas, begônia, camélia, cinerária, cravo, hortênsia, entre vários outros. Aquele lugar era extremamente especial para ele, tudo o que fazia ali era com paixão, sempre cuidando muito bem de todas as suas bebezinhas porque, para o Kim, elas eram isso, nunca se sentia sozinho estando ali, pois amava estar em companhia das pequenas plantas.


Foi até a torneira que tinha do lado de fora, encheu o regador novamente e retornou para a estufa, começando a regar alguns amor-perfeito, tentando terminar o mais rápido possível para que pudesse comer, já que foi até ali assim que acordou. Passou também por algumas rosas e assim que terminou, adicionou mais algumas pedrinhas brancas nos vasos dos cactos que cresciam saudáveis. Taehyung tinha um extremo cuidado com aquelas plantas, pois se identificava muito com uma, porque elas usavam seus espinhos para se protegerem e o Kim não era muito diferente disso, já sofreu muito para saber que precisava construir um muro à sua volta, uma pessoa para conseguir penetrá-lo precisava ser muito persistente e paciente, por isso poucos conseguiam.


Suspirou.


Ao terminar tudo, colocou o regador no chão, ao lado de alguns cravos, saiu da estufa após ver se tinha feito tudo certinho e logo fechou a porta de vidro. Ao começar a caminhar pelo gramado de sua casa até chegar no imóvel, pôde observar o sol, que brilhava bastante, atingindo seus lindos girassóis que pareciam bem vividos naquela manhã. Os fios morenos do garoto balançavam contra o vento igualmente as folhas das árvores, cujas eram macieira, laranjeira, cerejeira e mais algumas outras, seu quintal era lindo, digno de um prêmio de primeiro lugar, amava cuidar de tudo o que envolvia plantinhas, era o seu passatempo preferido, os tinha como filhos.


Agradecia muito pelo seu pai ter o apresentado aquele mundo já que o mais velho também era fascinado em tudo que havia plantas e, por saber o quão calmante era, resolveu ensinar jardinagem para seu filho que logo pegou o jeito, não ligava se ambos eram homens e para a sociedade aquilo era coisa de mulher, se os fazia bem, que mal teria continuar praticando algo que não feria ninguém? Era o que se perguntava. Aquele jardim de início era de seu finado pai, que depois foram para os dois e após apenas do Kim mais novo, acreditava que por isso tinha tanto zelo naquela parte do quintal, pois era algo importante que foi deixado com muito amor pelo seu genitor.


Assim que subiu os quatro degraus da varanda e entrou na cozinha, pôde sentir o cheiro de ovos fritos e calda de chocolate, essências tão deliciosas que fizeram seu estômago grunhir de fome. Olhando para o fogão, conseguiu visualizar um homem apenas de calça de moletom, com o tronco exposto enquanto fritava salsichas na frigideira ao mesmo tempo em que escutava uma música baixinha chamada "Leave The Door Open", do Bruno Mars feat. Anderson.Paak, Silk Sonic. e cantarolava baixinho juntamente ao cantor da canção, sabia que ele era muito fã do Mars, por isso, quase a todo momento que podia escutar alguma coisa, optava pelo citado anteriormente, sempre deixou claro isso e Taehyung amava o gosto musical dele.


Aproximou-se lentamente e o abraçou pelas costas dando um leve susto no homem que, por estar tão submerso no que estava fazendo, nem percebeu a chegada do Kim.


— Amor. — Virou o rosto e lhe deu um selinho. — Como os seus bebês estão? — Brincou, rindo de lado enquanto virava a salsicha.


Recebeu um tapa no braço vindo do Kim e soltou um resmungo, fingindo sentir dor.


— Você para, seu bobo. — Formou um bico nos lábios, desfazendo o abraço e se sentando no banquinho que ficava em frente a bancada da cozinha.


— Não fica assim, baby. — Desligou o fogo, colocou as salsichas nos pratos, deixou a panela em cima da pia e foi até o moreno. — Foi uma brincadeira. — Deu-lhe uma bitoquinha para desfazer o biquinho fofo do seu neném.


— Gguk... — manhou por receber vários beijinhos em seu rosto, lhe deixando um bobo apaixonado por aquele homem.


— Te amo tanto. — Abraçou-o de lado de forma bem apertada, tirando o fôlego do mais novo.


— Amor, está me sufocando — resmungou e rapidamente foi solto, ouvindo um "desculpa" por parte do outro que mesmo assim continuava a lhe fazer carinhos em seus fios castanhos.


— Aqui está o seu café da manhã. — Levou um dos pratos até o Kim. — Tem de tudo, frutas, suco de morango que eu sei que você ama, panqueca com calda de chocolate, ovos fritos, bacon e salsichas. — Ao ver tudo aquilo, Taehyung sentiu seu estômago resmungar de fome e sua boca salivar, por isso, logo se endireitou pegando um talher e rapidamente começou a comer.


Jungkook se aproximou mais do acastanhado o abraçando por trás, dando-lhe um beijo no pescoço o fazendo se arrepiar inteirinho, já que era um dos seus pontos fracos, e suspirar, pois amava ter o moreno tão perto de si, demonstrando todo o seu amor e cuidado, como o prometeu a dois anos atrás quando o rapaz apareceu em sua porta.


Era apenas mais um dia comum para Taehyung, ele trabalhou de manhã em uma confeitaria — amava trabalhar lá porque fazer doces era um de seus prazeres, considerava até ser um hobbie, aprendeu com seu pai também —, após sair do local direto para casa, cuidou mais uma vez de suas plantinhas com todo o amor que tinha para oferecer, tomou um belo banho e depois de vestir roupas mais confortáveis, se preparava para tirar um cochilo quando ouviu alguém batendo em sua porta.


Quando a abriu, não esperava receber em sua casa um homem que vestia uniforme militar, com uma carta em mãos e uma feição extremamente triste, e muito menos a notícia que ele tinha levado para si. Seu pai, subtenente das forças armadas, sua única família no momento, a pessoa que mais amava, havia o deixado naquele mundo sozinho, já deveria ter adivinhado só por ter visto quem se apresentou ser Jeon Jungkook. A dor que sentiu em seu peito ao receber a notícia foi tão forte que quase caiu no chão, se o mais velho não estivesse por perto, provavelmente teria caído com tudo, ele o segurou e o levou para o sofá. Mesmo com tudo acontecendo ao seu redor, estava completamente em choque, não era a primeira vez, mas não esperava receber pela segunda vez aquele comunicado, era muito para absorver.


Quando a ficha finalmente caiu, se desatou a chorar se encolhendo todo em cima do móvel, dobrando suas pernas, envolvendo seus braços nelas e escondendo seu rosto ali, porque naquela situação, só queria algo que lhe acalentasse e no momento só tinha a si mesmo, para sempre seria somente ele por ele... foi o que passou por sua cabeça na época, mas o que o Kim não sabia é que, a partir daquele dia, tudo iria mudar.


Jungkook o abraçou quase chorando também, porque o garoto era muito apegado ao seu subtenente, então, ter aquela notícia era como ter algo arrancado de si, se para ele já estava assim, imagina para o filho do homem, por isso teve muita paciência, o confortou, fazendo vários carinhos nos fios castanhos do outro enquanto ele ainda chorava fraquinho eu seu pescoço, isso sucedeu até que o mais novo adormecesse eu seu ombro, respirando de forma leve, suas bochechas coradas e vários rastros de lágrimas por elas. Olhar aquilo deu uma sensação ruim no peito e, naquele instante, teve certeza que iria cumprir a promessa que fez ao senhor Kim que sempre ajudaria, protegeria e estaria ali para o Taehyung em todos os momentos da vida dele, iria conquistar a sua amizade e faria o possível para que o outro nunca se magoasse novamente, mas se acontecesse, ele estaria ali por ele.


Porém, o que não contava era que se apaixonariam perdidamente um pelo outro e foi algo incrível e perfeito para ambos.


Cada passo que davam para uma bela amizade, algo a mais crescia nos dois corações, para além daquilo que deveria ser, os sorrisos bonitos, cada olhar, cada toque, os abraços, a força que um dava para o outro nos momentos difíceis, a ida nos cafés que eles amavam para poderem conversar e aproveitar as manhãs, quando Jungkook ia visitar Taehyung na confeitaria e este lhe dava vários cupcakes, sobremesa preferida do mais velho, a cada rosa que o menor dava ao outro, para vê-lo feliz e envergonhado por aquele simples presente que, para o Jeon, valiam muito. A cada situação que passavam juntos, seus corações batiam de forma diferente, as pequenas brincadeirinhas que ocorriam quando chovia debaixo das gotas, correndo para que o outro não conseguisse o pegar e, quando conseguia, eles caíam na grama, um em cima do outro, rindo muito, com sorrisos bobos no rosto, foi quando rolou o primeiro beijo. Sentiam como se seus corações fossem sair de suas bocas pois tamanha era a ânsia por aquilo, o sentimento de quão completos estavam era algo tão perfeito, um selo sereno, amoroso e muito carinhoso, com direito a várias carícias em bochechas e nos fios de cabelo um do outro. Cada perfeito momento se transformou em algo maior do que poderiam conter: o famoso amor...


Nada poderia tirar aquele magnífico sentimento...


Jungkook olhava Taehyung como se ele fosse uma joia incrivelmente rara, que se conseguia uma em um milhão e ele foi o grande sortudo de ser o escolhido para recebê-lo em sua vida e principalmente em seu coração. Aquele sorriso quadradinho e os olhos brilhosos que o outro carregava havia o conquistado de tal forma, que não conseguia mais ver sentido em sua vida se o Kim não estivesse mais nela, só de pensar lhe causava uma grande dor em seu interior e nos seus batimentos cardíacos que quase falhavam quando aquilo vinha em sua mente, seria um absurdo se o universo tentasse os separar.


O mais novo também se sentia incrivelmente sortudo por ter o mais alto com ele em todos os momentos, porque aquele vazio que havia dentro de si simplesmente evaporou, não existia mais graças ao outro que apareceu em um momento que ele mais precisava e, desde então, nunca saiu dali e nem pretendia, o que deixava o acastanhado aliviado. Jeon Jungkook, militar das forças armadas, com certeza era o amor de sua vida e não tinha nenhuma dúvida quanto a isso, fazia questão de demonstrar ao outro dia após dia, com pequenos detalhes que faziam toda a diferença e o moreno sempre percebia, retribuindo todo o amor que recebia. Um era a metade do outro.


Sempre agradecia seu pai por ter levado Jungkook até ele para que não ficasse sozinho e, de alguma forma, sabia que o Kim mais velho olhava por ele, porém não apenas ele, pois se sentia incrivelmente protegido e amado pelos dois homens de sua vida, quer dizer, os três homens de sua vida.


Ambos andavam de mãos dadas pela rua sem se importarem se alguém os julgaria por demonstrar seu amor em público apenas por serem dois homens em um relacionamento amoroso, mesmo as feições de nojo não os abalava porque eram um casal que viviam em sua bolha, sem notar nada à volta deles e assim era o melhor a se fazer, apenas aproveitar aqueles pequenos momentos no dia a dia.


O mais velho levava o acastanhado para o trabalho, o que já tinha virado rotina desde o dia em que se conheceram, ele amava aquelas ocasiões, era um dos melhores para ele, pois podiam gravar os bons momentos em suas mentes, este contando como um. As pequenas conversas sussurradas que tinham, Taehyung com um dos braços em torno do seu e a mão do outro braço entrelaçado com o mesmo que ele abraçava e aquela aproximação faziam com que sentissem o perfume um do outro, coisa que amavam, o do Kim era algo mais suave e doce e o Jeon era algo mais forte e marcante.


Preferiam ir a pé até o local em que o mais novo trabalhava para aproveitar mais do tempo e da paisagem que estava muito bonita naquela ensolarada manhã da Suíça, podiam até ouvir os passarinhos cantando felizes nos troncos das árvores, o verde que estava por todo o lugar que iam passando, seja em gramas ou folhas de árvores, era uma cor bastante predominante, além, claro, das coloridas que vinham das pequenas flores por ali, o que chamava a atenção do pequeno ao lado do Jeon, que só conseguia ver o quão brilhosos seus olhos ficavam apenas por vê-las, aquilo fez ele sorrir tão grande que sentia como se seu rosto fosse rasgar, como amava demais aqueles olhos tão lindos.


— Eu te amo tanto — murmurou necessitado para dizer aquilo, chamando a atenção do namorado que o olhou amorosamente.


— Eu te amo mais. — Deu-lhe um selinho com um grande significado e um lindo sorriso brilhante por aquela declaração tão repentina.


Em troca daquele beijo, jungkook selou as bochechinhas vermelhinhas do outro, pois mesmo que estivesse sol, estava um pouco friozinho, tanto é que usavam alguns casacos por cima das roupas.


Estilos e personalidades diferentes que se completavam... quem diria.


O moreno era chegado a cores mais escuras e o acastanhado preferia algo mais bege, marrom e cores mais claras, um era mais sério e por isso passava uma imagem arrogante em certos momentos, mas com os conhecidos era alguém mais solto, e o outro era um amorzinho que transmitia uma luz incrivelmente brilhante em torno de si, extremamente carinhoso.


Opostos que, de alguma forma, se atraíram.


Quando finalmente chegaram à confeitaria, ouvindo o sininho da porta assim que entraram no estabelecimento, deram mais um beijo e Taehyung seguiu para a cozinha que ficava atrás da bancada, ao mesmo tempo que Jungkook se sentava em um dos estofados de frente para uma mesa que havia ali. Não iria por enquanto para casa, pois um dos seus passatempos preferido era observar seu amado trabalhando, principalmente quando ele saía da cozinha para ir atender os clientes, mesmo que alguns deles o desse nos nervos, já que odiava ver seu pequeno ser maltratado, mas amava vê-lo ser tão educado com aqueles que não mereciam porque, se pudesse, Jungkook partiria para o soco sem se importar em machucar o outro que foi tão grosseiro com seu neném.


Depois de um tempo ali, havia pedido um chocolate com marshmallows e, enquanto o tomava, sentiu seu celular vibrar, avisando que alguém o mandou alguma mensagem. Tirou o smartphone do bolso do casaco preto que usava, ligou a tela escrevendo sua senha ali e logo clicou na notificação, ficando surpreso pelo que recebeu, deixando seu coração arrasado e acelerado sem saber o que fazer ou até mesmo o que dizer. Olhou para um ponto invisível na mesa com várias questões em sua mente e uma delas era que não queria perder o amor da sua vida e deixá-lo sozinho, apertou o objeto na mão com raiva e frustrado consigo mesmo. Não sabia o que fazer, então, para o momento, deixou para pensar naquilo depois, pois estava ali apenas para apoiar seu namorado e não pensar em paranoias.


Mas todas as questões sumiram de sua cabeça assim que levantou os olhos para a frente e encontrou ali, o seu amor terminando de colocar uma torta de chocolate dentro da vitrine que ficava embaixo da bancada com o maior cuidado do mundo para que o alimento não esbarrasse em nada e o estragasse, o garoto estava tão concentrado no que fazia que nem notou o olhar apaixonado que o Jeon o dava e nem a foto que o citado tirou de si, para guardá-lo para sempre em seu álbum que só continha fotos dele. Olhou para o retrato com muito amor, apreciando cada mínimo detalhe, decorando tudo o que tinha para decorar. Queria simplesmente guardá-lo em um potinho e nunca deixá-lo ir.


Saiu dos seus devaneios quando o sino da porta começou a soar, avisando que alguns dos clientes estavam chegando. Taehyung, ao perceber, pegou seu bloquinho de notas ao lado do caixa, respirou fundo e colocou um lindo sorriso no rosto que fazia tudo à sua volta ter cor, amava trabalhar lá, mas não significava que gostava de ser destratado por alguns, só que isso não o impedia de ser cordial e educado com todos, até mesmo amoroso. Saiu por detrás da bancada e juntamente a um outro atendente, iniciou o atendimento, passando de mesa em mesa, ouvindo e anotando tudo o que era pedido, sorrindo cada vez mais grande, percebendo naquela manhã que talvez aquele dia não seria de todo ruim, pois os clientes também sorriam para si e o tratavam muito bem e isso o alegrava muito. A cada amostra de dentes dele, Jungkook, que estava a algumas mesas de distância, sorria junto, se perguntando o que tinha feito na sua vida passada para receber algo tão incrível e maravilhoso como aquele.


Após anotar todos os pedidos, foi até a janelinha que tinha na cozinha e pendurou os papeizinhos em uma cordinha ali para que o confeiteiro responsável os fizesse, logo voltando para a vitrine e pegando um bolo de morango que haviam pedido juntamente com alguns brownies e pôs-se a ir até as pessoas que tinham feito aqueles pedidos, aproveitando para avisar que as bebidas logo estariam prontas e retornou para a bancada, esperando que tudo estivesse pronto para que pudesse entregá-los o que foi pedido.


Foi uma manhã bem agitada e um pouco cansativa, mas o seu namorado ali o deu com certeza muita força para continuar trabalhando e a continuar sorrindo também.


— Amor, antes de irmos, gostaria de algo mais? — perguntou com um sorriso quadrado em seus lábios, recebendo um olhar carinhoso do Jeon.


— Alguns cupcakes para comermos em casa, por favor. — Pousou sua mão na cintura do garoto e o fez algumas carícias.


— Tudo bem. — Deu-o um selinho e logo se afastou voltando para as vitrines, sendo seguido pelo moreno. Pegou alguns bolinhos que continham glacê por cima e os guardou em uma bandejinha de plástico transparente.


— Aqui, por minha conta. — Ofereceu o dinheiro para que Taehyung pudesse colocar no caixa e assim foi feito.


— Agora vamos. Estou com muita fome — manhou, pegando na mão do Jungkook e saíram do estabelecimento.


O mais velho apenas riu soprado, achando a atitude do outro extremamente fofa.


🌻


— Nossa, mas isso aqui tá muito bom — suspirou agraciado pelo sabor do cupcake que comia, logo dando mais uma grande mordida no bolinho, acabando por sujar seu nariz com o glacê rosa.


Jungkook, que estava do outro lado da bancada aproveitando também o alimento, riu por seu namorado nem parecer com a idade que tem.


Pegou um guardanapo e limpou o narizinho do amado.


— Você tem apenas cinco aninhos e nada do que falar vai me fazer mudar de ideia. — Taehyung fez um bico pelas palavras do Jeon, provando o ponto do outro. O moreno pegou o rosto do namorado com carinho, lhe deu uma bitoquinha no nariz e logo em seguida na boca rechonchudinha dele, recebendo um lindo sorriso como retribuição. — Você só pode ser uma miragem minha, não é possível tanta perfeição ser real. — Colocou uma mão na testa e a outra no peito de forma dramática e o Kim soltou um risinho.


— Deixa de ser palhaço. — Bateu no braço do outro de levinho e recebeu um olhar amoroso dele.


— Eu sempre digo que eu devo ter feito uma coisa incrível na minha vida passada para merecer alguém como você. — Foi até o lado do acastanhado e o abraçou apertado.


— Você é um bobinho. — Aconchegou-se no abraço, colocando sua cabeça no peito do mais velho, ouvindo o coração do outro disparar.


— Um bobinho sim, mas por você. — Sorriu, beijando seus fios castanhos.


Após aquele momento de descontração, eles voltaram a comer tranquilamente, algumas vezes trocando olhares e outras dando comida na boca um do outro. Quem visse de fora acharia que aquele casal tinha saído direto de um dorama, pois para muitos não existia um relacionamento tão perfeito como o que eles demonstravam nos lugares que iam, mas é claro que não existia um relacionamento perfeito, mesmo que não parecesse, ambos já tiveram altos e baixos para estarem ali, juntos, algumas briguinhas já aconteceram aqui e acolá, porém eles sabiam que, para uma relação funcionar, o diálogo é a base e eles sempre a praticavam, por isso parecia algo tão bonito.


Quando terminaram de comer, Jungkook jogou a forminha de plástico no lixo reciclável especificamente para plásticos, pois acreditavam que daquela forma eles estavam fazendo suas partes, cuidando do planeta em que moravam, nada mais certo que isso.


— São meio-dia — murmurou, conferindo o relógio que ficava em cima da abertura da entrada da cozinha. — Vamos tomar banho e fazer o almoço? — perguntou, indo ao mais novo e o pegando no colo, com as pernas dele em volta de sua cintura, fazendo-o soltar um gritinho pelo susto.


Não deixou o outro falar nada e foi o levando para o banheiro, passou pela sala e começou a subir os degraus de madeira, atravessou o pequeno corredorzinho, logo chegando no quarto e, em seguida, em seu destino final. Deixou Taehyung sentado em cima da tampa do vaso, pegou duas toalhas limpas na gaveta que ficavam debaixo da pia as colocando nos ganchinhos que tinha na parede e rapidamente se voltou para o namorado, o ajudando a tirar as roupas dele e depois foi a vez das suas.


O Kim apenas o observava, admirando-o como um todo, o quão lindo ele era e, além disso, o quão incrível e bom namorado ele conseguia ser. Sentia na sua alma que aquele cara era a metade da sua laranja, sua alma gêmea e, com toda a certeza, o outro lado do fio vermelho e, sim, Taehyung amava e acreditava na lenda do Akai Ito. Jungkook era seu tudo e não saberia como sobreviveria se algum dia ele fosse embora de sua vida, por isso, sempre tentava demonstrar todo o seu amor por ele, mesmo que para si não conseguia fazer mais que o mais velho, já que tudo o que o outro fazia virava uma surpresa e algo perfeito e grandioso.


Levantou-se quando o Jeon se aproximou, segurou em sua cintura e foi o levando para debaixo do chuveiro, logo o ligando, ficando abraçadinho por trás do de fios acastanhados, esperando a água molhar ambos e, quando isso aconteceu, enquanto o Kim o ensaboava levemente com a bucha e o sabonete líquido cuja essência era mentolado, seu namorando lavava seu cabelo com seu shampoo de cheirinho de morango, já que era a sua fruta favorita da vida, massageava seu couro cabeludo com cuidado e, quando via que a espuma se acumulava, fechava os olhos para que não caísse neles e, ao terminar, foi levado para ter toda a água caindo sobre ele, para enxaguar o produto de seus fios, que era tirado com o maior cuidado por parte do outro que ainda sentia Taehyung o ensaboando sem ver nada.


Ao mesmo tempo que tomavam banho, eles se acariciavam, trocando alguns beijinhos e trocando algumas palavras sussurradas para que aquela bolha não fosse rompida, porque aquelas ocasiões eram tão boas que odiariam ter que quebrá-la por algum motivo. Eram carinhos por suas peles, carícias em seus fios, selinhos na testa, nas bochechas e nas bocas, abraços que diziam tudo e que significavam tudo. Tendo seus mundos em um abraço só, era isso para ambos e nada poderia mudar o amor que sentiam um pelo outro. Se pudessem, congelariam aquele momento para que pudessem viver ali para sempre, um no abraço do outro, seria simplesmente incrível, sem se preocuparem com mais nada.


Após terminarem seus respectivos banhos, o Jeon procurou nas gavetas abaixo da pia, toalhas limpinhas, logo as encontrando. Estendeu uma para o seu amado recebendo um sorriso de agradecimento e apenas isso fez o outro quase derreter de amor, não sabia descrever o quanto amava aquele sorriso lindo que Taehyung tinha. Cada dente amostra só faltava ter um ataque cardíaco de tanto que seu coração acelerava somente por um ato puro de seu amor. Era um bobinho e apaixonado.


Lembrava-se até de um momento que eles estavam na estufa, o Kim lhe contava algumas curiosidades da flor "amor-perfeito" enquanto as regava podendo observar os raios do sol atravessando o vidro e pegando na plantinha que ainda crescia, Jungkook se encontrava do seu lado, ouvindo tudo, mas não conseguindo prestar atenção em nada porque a sua atenção estava totalmente no quão lindo Taehyung ficava ao falar de algo que amava, era indescritível ter aquela imagem somente para si. Ao perceber que o namorado o olhava com os olhos brilhantes e com um pequeno sorriso no rosto, corou.


"— O que foi? — perguntou extremamente tímido.


— Eu te amo muito. — Segurou a cintura fina do outro e o puxou para um abraço carinhoso, seu rosto foi parar nos lindos fios esvoaçantes do Kim, conseguindo sentir o cheirinho de morango que tanto amava sentir nele.


— Você é um bobo. — Deu um tapa fraquinho no peito do mais velho e o apertou mais ainda, colocando seu rostinho no pescoço dele, conseguindo sentir um aroma de laranja com eucalipto, do perfume que ele costumava usar.


O acastanhado amava aquele cheirinho.


— Eu sou, mas por você. — Deu-lhe um selinho delicado nos lábios. — Nunca neguei. — Deu de ombros, recebendo mais um tapinha, fazendo-o rir.


— Para de ser fofo — manhou, fazendo um bico e recebeu mais um bitoquinha amorosa."


Depois daquele momento, eles voltaram ao que estavam fazendo e Taehyung pediu encarecidamente que ele não o distraísse e apenas por isso, Jungkook ficou o perturbando só para ver mais vezes aquele biquinho emburrado em seus lábios.


Riu de seus pensamentos, acabando por chamar a atenção do namorado.


— O que foi? — questionou-o em dúvida.


— Nada, meu amor. Não se preocupe. — Deixou um beijo em sua bochecha.


Taehyung ainda desconfiado deu de ombros e ambos voltaram para o quarto para pegar roupas limpas e cheirosas.


🌻


— "As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, era ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" — Taehyung se encontrava deitado entre as pernas do Jeon lendo o livro "O Pequeno Príncipe" em voz alta enquanto Jungkook acariciava seus fios já grandinhos.


Já era noite e depois de um dia cansativo e cheio, já estavam indo se deitar para ter uma excelente noite de sono, mas antes estavam fazendo aquilo que sempre faziam antes de dormir, recitar alguns livros um para o outro. Era algo apenas deles que nunca poderia faltar.


O Kim olhou para o moreno que continha seus olhos em um ponto fixo, demonstrando o quão longe ele estava em seus pensamentos e aquilo o preocupou um pouco, o mais velho estava estranho desde a hora em que foram embora da confeitaria, algo estava o deixando daquela forma, mas, por mais que perguntasse, ele nunca falava.


— Hey — pegou o rosto do namorado com apenas uma mão e o virou para si —, o que está havendo? Hum? — perguntou, acariciando as bochechas dele.


— Nada muito importante, meu amor. — Deu-lhe uma bitoquinha, deixando-o muito frustrado pela resposta genérica.


Fechou o livro, se levantando de onde estava, o guardou e se deitou do seu lado da cama, deixando Jungkook perdido com o que estava acontecendo.


— O que houve? — Deitou-se de lado, observando o biquinho emburrado do mais novo.


— O que houve é que você está estranho o dia inteiro e quando lhe pergunto o que aconteceu, você fala isso. Tudo bem, não quer falar? Beleza. — Virou-se para o lado oposto e desligou a luz do abajur da mesinha de cabeceira ao seu lado.


O moreno o olhou surpreso, mas apenas suspirou. Como contaria aquilo ao garoto que era dono do seu coração? Com certeza iria magoá-lo.


Jungkook deitou sua cabeça no travesseiro, também desligando o abajur ao seu lado e fechou os olhos, mas sabia que não conseguiria dormir, apenas pensando em formas de contar ao namorado aquilo que martelava em sua cabeça desde a hora em que recebeu a mensagem.


E como sabia, passou a noite inteira acordado, sem pregar apenas um pouco os olhos. Durante a madrugada, se levantou, foi para a cozinha beber água, leu um pouco mesmo não conseguindo prestar atenção no livro, fez algo para comer, observou um pouco seu garoto dormindo feito um anjinho, com seus fios espalhados pelo travesseiro, um biquinho nos lábios e suas mãos juntas ao corpo, era uma cena totalmente adorável. Respirou fundo, chorou um pouco por causa da ansiedade e desespero que se apossou de si.


Suspirou.


Tinha que começar por algo e assim que o dia amanheceu, se levantou, não percebendo a hora em que Taehyung despertou, totalmente com a carinha amassada e confusa por não encontrá-lo na cama.


Levantou-se da cama, calçou suas pantufas de ursinho polar e saiu do quarto, rapidamente desceu as escadas procurando pelo namorado. Na sua cabeça, Jungkook poderia estar na cozinha preparando o café da manhã para ambos, por isso, quando chegou na sala, teve a surpresa de encontrá-lo sentado no sofá com as mãos no rosto e os cotovelos apoiados na perna e ao seu lado continham duas malas. Aquilo já desesperou o Kim, que correu para perto do Jeon.


— Onde você vai? — Já sentia seu coração disparado com qualquer possibilidade. O medo já entrando em suas veias.


— Precisamos conversar... — suspirou, se levantando e ficando na frente do acastanhado. Pegou a sua mão com carinho e, olhando para aqueles lindos olhos de seu amado, disse as palavras que o fariam desmoronar: — Mais cedo, quando você estava trabalhando, eu recebi uma mensagem... Eu fui chamado para servir... — Naquele momento, não sabe como, mas viu através de seu olhar, seu coração se partindo em mil pedaços.


— C-como? — Seu coração estava disparado e o medo acabou se intensificando. Largou a mão de Jungkook e se afastou, abraçando-se encolhido. — E-e você vai? — sussurrou de forma fraca, totalmente desolado olhando para as malas do citado.


— E-eu preciso ir. — Aproximou-se do Kim, que se afastou novamente. — Eu tenho que defender o meu, o nosso país, por favor, me entenda — implorou para o namorado que soltou a primeira lágrima.


— Te entender? — Riu amargamente. — Eu perdi todos que eu amava por causa dessa maldita guerra e acha que eu vou ficar bem vendo que você pode ir e nunca mais voltar? — gritou estarrecido.


— Amor... — Abraçou-o contra a vontade dele, que tentava se soltar, mas sem sucesso. — Eu quero poder voltar a morar no meu país natal, sem me preocupar com mais nenhuma guerra, voltarmos e construir as nossas vidas lá, sei que sente falta da Coreia e da nossa cultura — murmurou em seu ouvido. — E sinceramente, se eu tiver que morrer para dar paz a um país e a você para voltar para lá, eu o darei, sem sombras de dúvidas, porque eu te amo e faria de tudo para te ver bem e feliz. — Pegou o rosto dele nas mãos e o encarou, vendo uma enxurrada de lágrimas descendo por seu rosto.


— Como eu vou viver bem se você partir? — Fungou, deitando sua cabeça no ombro do mais velho e o abraçando, não querendo mais soltá-lo.


— Vida... eu sempre estarei com você, bem aqui. — Colocou a mão no peito esquerdo do Kim, onde ficava o coração, o sentindo ricochetear pela caixa torácica.


— Mas eu quero poder ter você ao meu lado, te sentir e saber que está bem. — Soluçou, colocando sua testa na bochecha do homem e fechando os olhos.


— Eu vou fazer de tudo para voltar bem para você... mas... — Sabia que aquilo destruiria ainda mais seu namorado. — Caso eu não tenha sucesso nisso, não quero que passe a vida toda achando que está preso a mim e que me deve fidelidade. — Taehyung se afastou.


— Como assim? — perguntou receoso.


— Quero terminar... — Viu o olhar do namorado vacilar e a logo encher de lágrimas novamente. — Não, não! — Aproximou-se novamente e o segurou pelos braços. — Não ache que eu não te ame mais, mas é por te amar demais que eu me recuso a passar essa imagem para você... Caso eu infelizmente parta, quero que ache alguém que te faça feliz e que não fique duvidando se seria uma boa ideia se envolver por pensar que deve algo a mim. Nunca, jamais pense assim, porque eu com certeza estarei torcendo por você do outro lado... Você é a minha vida, Taehy, e eu faço absolutamente tudo por você. — Ao ouvir aquelas palavras, o choro amargo do Kim aumentou, Jungkook levou a cabeça dele até seu peito e o abraçou fortemente, deixando uma lágrima solitária escapar. Aquilo também estava doendo em seu coração, era como uma estaca cravada bem ali, mas possivelmente não estava tão pior quanto o Kim.


Taehyung sentia seu coração partir em mil pedaços, estava apertado, sentindo muitas coisas ruins naquele momento. Não queria perder mais alguém que amava, seria demais para o seu psicológico e não saberia dizer se conseguiria seguir em frente caso perdesse Jungkook para sempre.


— Te amo mais do que tudo na minha vida. — Beijou sua testa.


— Eu te amo muito. — Deu-lhe um selinho. — Volta para mim, por favor. — Fungou, olhando em seus olhos.


— Farei o possível. — Com um último abraço apertado e um último olhar, Jeon se virou para a porta e logo saiu da casa, sem olhar para trás.


O Kim conseguiu visualizar um Taehyung jovem adulto se despedindo de seu pai quando o homem foi para essa mesma guerra, onde meses depois recebeu a notícia que o destruiria mais uma vez e da mesma forma que implorou para Jungkook ficar, ele o fez com seu progenitor que não o escutou.


Estar revivendo aquilo novamente estava sendo torturante.


Suas mãos tremiam, seu peito se reprimia, seu coração se sentia vazio e suas lágrimas saíam em abundância, não acreditando que estava revivendo tudo novamente.


Lembrava-se de como foram todas as perdas que teve.


Sua mãe havia morrido ainda na Coreia quando a casa em que vivia tinha sido atingida por um fuzil, foi naquela mesma noite que o que sobrou da sua família havia fugido para a Suíça.


Seu irmão, Kim Taeyong, tinha seguido os passos do pai e também se alistou anos antes da guerra acontecer. Quando a Coreia do Norte simplesmente invadiu a sua vizinha, tudo desmoronou, tiveram que fugir e deixar o corpo da mãe para trás e, assim que chegaram na Suíça, seu pai e irmão tiveram que voltar para o país para poderem servir. Foi nessa que recebeu a notícia vindo diretamente de seu pai que seu irmão havia partido. Foi como uma flecha enfiada em seu coração e um ano depois teve a notícia recebida por Jungkook de que seu pai também não havia conseguido voltar para casa.


Tudo foi um baque, perdeu as pessoas que mais amava por causa daquela maldita guerra que já durava sete anos e não queria perder mais uma... Não sabia o que fazer, o desespero era enorme em seu coração e sua mente.


Sentou no sofá, chorando fortemente, com os seus cotovelos apoiados nas suas coxas e suas mãos tampando seu rosto.


Se algo acontecesse, não saberia o que fazer...


Minutos mais tarde, havia recebido uma mensagem de texto e, com suas mãos suadas e molhadas por causa das lágrimas, pegou o celular, sorrindo fraco quando viu quem tinha mandado.


Ggukie ♡


Estou entrando no avião.


Eu te amo muito, sempre lembre-se disso.


Taehy ♡


Eu te amo mais.


Fungou, deixando uma lágrima cair na tela do aparelho e logo o aproximou de seu coração, fechou os olhos e desejou que todos os anjos que existiam o cuidasse e o levasse de volta para casa.


🌻


Nos meses que se passaram, Taehyung fez de tudo para que não caísse em um limbo de depressão e desistência. Toda manhã se levantava sem mais aquela alegria de antes, era como se todos os seus dias fossem cinzas, como se a pessoa que regava sempre não o fizesse mais... e Jungkook não estava ali.


Seu rosto mostrava o resultado de noites de insônia e preocupação, olheiras escuras abaixo de seus olhos, a pele pálida e ressecada porque também não conseguia comer bem, o sorriso havia desaparecido completamente de sua face e seu brilho se apagou.


Parecia que aquele Taehyung alegre e feliz havia morrido e substituído por alguém totalmente irreconhecível.


Sempre que saía de casa, as ruas pareciam mais cinzas, as flores e o verde não existiam mais, estava mais frio que o normal e chovia muito mais, tudo remetia a grande solidão e vazio que sentia em seu interior, tudo contribuía para deixá-lo mal.


O pior de tudo era não saber como o Jeon se encontrava já que na Coreia do Sul não tinha mais torre de sinal para mandar mensagem ou ligar e não havia mais correio para que mandassem cartas um para o outro, era um verdadeiro tormento ter que viver sabendo que o seu amor poderia estar machucado. Só de pensar na possibilidade seu peito já sentia uma pontada. A agonia não o deixava, porém, não podia fazer nada além de orar e esperar por notícias.


Assim que chegava na confeitaria, suspirava e colocava um sorriso enorme — totalmente falso — em seu rosto e entrava, rapidamente começando seu trabalho, atendendo mesas, limpando-as, fazendo um doce ali e outro aqui, os comentários ruins continuavam, mas apenas ignorava sem deixar aquilo abalá-lo mais do que já se encontrava.


Todo o dinheiro que ele conseguia com gorjetas e salário, colocava em um pote de vidro que ficava guardado a sete chaves em um cofre pequeno de ferro maciço com senha no guarda-roupa de seu quarto, o único que sabia dele era Jungkook.


Era pouca coisa, mas se continuasse juntando, logo, logo conseguiria, tinha fé e acreditava piamente em seu sonho e, além disso, tinha o apoio da pessoa que mais amava no mundo e tinha certeza que sua família estava o apoiando de onde quer que eles estivessem.


Sentia em seu coração.


Taehyung não conseguia olhar para todo o canto daquela casa e não lembrar do Jeon, porque tudo ali tinha um pedacinho deles, seja fazendo comida, regando as plantinhas, dormindo, tomando banho, lendo algum livro e até quando ia observar as estrelas deitado em um pano que havia colocado no gramado, porque essa era a rotina de ambos, sempre faziam tudo juntos e raramente desgrudava.


Quase todas as noites, eles se sentavam no gramado e observavam a lua e as estrelas e daquela vez não seria diferente, o Kim se deitou no pano e começou a visualizar o luar, se perguntando se Jungkook fazia aquilo às vezes, porque era um momento tão bom de cumplicidade que ambos tinham que achava difícil o Jeon esquecer daquilo.


Sentia falta do seu amor, de abraçá-lo, beijá-lo, acariciá-lo e falar com ele, era algo tão terrível de sentir, todo dia era uma tortura e não sabia como conseguia aguentar e não ter sucumbido ainda.


Jungkook era seu melhor amigo e primeiro amor.


Soltou uma lágrima solitária enquanto observava o céu.


A lua estava cheia, tão linda e iluminava tudo à sua volta juntamente com as estrelas.


— A lua está linda hoje. — Fechou os olhos com a mão em seu peito esquerdo.


O que ele não imaginava era que, a milhas de distância da Suíça, Jungkook olhava igualmente para aquela linda vista.


— E as estrelas também! — proclamou com um sorriso triste.


🌻


Era um dia comum na vida de Taehyung.


Comum depois que Jungkook foi servir a dez meses atrás...


O Kim se levantou fracamente da cama assim que o despertador tocou, tomou um breve banho, se vestiu com roupas de cores apagadas e tristes, cinza e azul, era o que sentia desde o dia em que o seu amor foi embora para outro país. Após se arrumar, pegou tudo o que precisava como a chave de sua residência, seu celular e um guarda-chuva, pois o tempo naqueles dias estava demasiado nublado e chuvoso, além de estar bastante frio.


Encolheu-se em seu enorme casaco cinza e começou a caminhar para o local em que trabalhava, não parava mais para observar a paisagem, pois não tinha mais ânimo para as coisas mais simples, porque todas elas lembravam o moreno.


Durante todo esse tempo que passou, sua insônia aumentava cada vez mais a ponto de não conseguir mais dormir, a cada dia a sua preocupação estava ali, entalada em seu coração, não conseguia comer direito e por isso estava perdendo peso, mas não se importava, só queria Jungkook ali chegando e o abraçando, dizendo que está tudo bem.


Mas querer não é poder.


Ao entrar no estabelecimento, rapidamente colocou o avental e começou a atender os clientes com um sorriso fingido no rosto, para transparecer estar bem quando dentro de si estava tudo se destruindo.


Era quase o horário de sua saída, estava tirando alguns cupcakes do forno e os colocando na bancada quando sentiu um aperto forte em seu peito, uma dor aguda, que o fez soltar a bandeja de uma vez em cima do móvel, seu coração disparava, como se a qualquer momento ele explodiria. Pousou sua mão no peito e sentou lentamente no chão, sua face estava tomada em dor, sua respiração completamente desregulada, não conseguindo entender o motivo de tudo aquilo, suas mãos tremiam muito e sua cabeça latejava, achava que estava tendo um ataque cardíaco, mas não era bem assim.


A dona do lugar, quando ouviu o baque da bandeja, correu para a cozinha, encontrando Taehyung sentado no chão sem conseguir respirar e totalmente agoniado. Rapidamente pegou um copo de água colocando uma colherzinha de açúcar ali, lentamente se agachou colocando o copo no chão e abraçou Taehyung que havia começado a soltar várias lágrimas pelo seu rosto, a dor se encontrava agonizante.


Com os minutos passando, ele foi se acalmando aos poucos a ponto de conseguir beber a água que lhe foi entregue logo após o ataque que teve. Por causa disso, foi liberado mais cedo, o que agradecia muito, pois não conseguiria colocar a sua cabeça em mais nada além daquilo.


Ele poderia não entender o que ocorreu, mas três dias depois, o entendimento apareceu.


O Kim assistia um filme americano daqueles antigos deitado no sofá, enquanto se encolhia cada vez mais embaixo das cobertas e comia aos poucos o balde de pipoca que havia feito, quando ouviu baterem em sua porta. Estranhou, pois ninguém ia visitá-lo, então, pensou ser um vendedor.


Desvencilhou-se dos lençóis, levantou-se calçando as pantufas e seguiu até a porta. Quando a abriu, teve uma surpresa, aquela que odiaria ter novamente.


— Yoongi? — Arqueou uma das sobrancelhas em dúvida, mas sua expressão começou a mudar quando uma hipótese começou a surgir em sua mente.


— Taehy... — O Min tirou seu boné, o colocando pressionado em seu peito, seu rosto estampava alguém cansado e... triste. — E-eu... — Respirou fundo. — Eu sinto muito. — Abaixou a cabeça em luto e respeito.


O Kim sentiu seu mundo desabar ali, naquele momento, mas o estranho era que não conseguia esboçar seus sentimentos, apenas sentir um imenso vazio em seu interior.


— C-como aconteceu? — gaguejou com o choro entalado na garganta.


— Jogaram um explosivo no nosso esconderijo e Jungkook foi o mais atingido... — Tirou um objeto e uma carta de seu bolso e estendeu para Taehyung. — Antes que ele... — pausou a fala, não queria falar aquela palavra porque tornaria tudo real. — Enfim, ele me pediu que eu te entregasse o colar de identificação dele e essa carta. Além disso, ele também me pediu que eu te dissesse que ele te ama muito. — Entregou tudo para o acastanhado que só percebeu estar tremendo quando estendeu os braços para pegar.


— Obrigado, Yoon — suspirou sôfrego, sentindo uma lágrima escorrer por sua bochecha. — E-e sinto muito também, eu sei que vocês eram melhores amigos... — Sorriu tristemente, aparentando estar forte.


— Obrigado... — Yoongi o abraçou em consolação. Estava sendo muito difícil para si também e precisava daquele abraço para acalmar seu coração. — Vamos ficar bem, não é? — perguntou assim que se afastaram.


— Eu espero... — Apertou sua mão.


Com aquela deixa, o Min foi embora e o Kim fechou a porta. Finalmente podia se mostrar vulnerável, sua respiração estava irregular, suas mãos tremiam em demasia, sentia suas pernas como duas gelatinas, sem sustentação, seu coração parecia que iria explodir e seu choro ainda não conseguia sair. Era como se a ficha ainda não tivesse caído.


Com dificuldade, foi até o segundo andar da casa, abrindo a porta de um quarto que fazia algum tempo que não entrava lá.


Suspirou ao entrar.


Ali era onde guardava todas as lembranças que tinha das pessoas que amava e que infelizmente não estavam mais ali. Havia fotos dele com sua família, acessórios que o lembravam já que eles usavam muito e continha também as identificações do seu pai e irmão em dois ganchinhos presos na parede. Ele tinha feito um santuário para aqueles que amava.


Com cuidado, colocou a identificação no mesmo ganchinho que a do seu pai estava, até pelo menos colocar outro ali.


Em seguida, se sentou na cama olhando para a carta em suas mãos, se preparando psicologicamente para ler o que estivesse escrito ali.


Respirou fundo, engolindo em seco.


"13/11/2019


Seoul, Coreia do Sul


Querido Taehyung,


Se você recebeu essa carta significa que infelizmente não consegui cumprir o que te falei, eu parti...


Os dias por aqui têm sido muito difíceis, pessoas machucadas, passando fome e/ou que perderam entes queridos, me machuca demais ter que ver coisas assim todos os dias e o que me permite tirar a minha cabeça dessas coisas ruins, pelo menos um pouco, é pensar em você, no seu sorriso, em seus olhos brilhantes, suas carícias e suas palavras de conforto.


Me dói saber que te machuquei mesmo sabendo que era para o seu bem, me martirizei todo esse tempo, mas o que me tranquiliza um pouco é saber que você está bem, saudável e que está vivo me esperando voltar... e imagino que não voltei se você está lendo isso.


Então, quero que saiba:


Você foi o meu primeiro amor... Com você eu tive os melhores momentos da minha vida, me senti liberto, livre para ser quem eu sou, sem obrigações e seriedades, com você ao meu lado descobri incríveis coisas, descobri que eu podia amar... algo que pensei que nunca experimentaria...


Eu tenho tanto a agradecer ao seu pai por ter me escolhido para ir até sua casa, ele me deu a chance de conhecer a pessoa que mudaria a minha vida para melhor.


Acredite, a pessoa que mais falava para eu ir viver, encontrar alguém, era ele, mas eu era muito fechado para relacionamentos, já que na minha infância eu não tive muitas demonstrações de amor... Enfim, você sabe tudo o que passei até te encontrar e, sinceramente, foi a melhor escolha que já fiz: ter ficando e te dado assistência quando mais precisava de alguém. Eu me perguntava todos os dias se ficar era a melhor escolha, pois eu estava começando a sentir coisas que na minha cabeça eu não deveria, principalmente porque você estava vivendo um momento difícil, mas ao mesmo tempo que eu pensava ser errado, parecia tão certo.


Eu amava arrancar sorrisos de você e fazer coisas para te alegrar, porque isso fazia você ficar vivo, seus olhos brilhavam cada vez que olhavam para mim e a cada ato do tipo seu, meu coração se aquecia e batia incrivelmente rápido e ali eu notava que meus sentimentos por ti estavam mudando. Eu não te via mais como um simples amigo ou o filho do meu general, você era Kim Taehyung, o único que conseguiu roubar meu coração, o único que eu faria qualquer coisa para ver bem, até dar a minha vida se for necessário.


Eu nunca amei tanto alguém como eu te amo, eu quero deixar isso registrado bem aqui nessa carta.


A pessoa mais incrível, mais linda e mais forte que eu conheço me escolheu para amá-lo, para ser seu companheiro e seu porto seguro, assim, sendo o meu também. Você não sabe o quanto mudou minha vida, ficaria até surpreso.


Através de você, eu conheci o sentimento mais bonito que existe, o amor. A forma que me amou e cuidou de mim, eu nunca senti aquilo em ninguém.


Taehy, você foi a minha luz no fim do túnel.


Onde pensei que tudo estava desmoronando em minha vida e de repente você surge como o sol da minha lua, a pessoa que me libertaria da escuridão que me tornei.


E por isso, por você ter me dado os melhores anos da minha vida e ainda ter me mudado, eu tenho que deixar você ir, porque amar é isso.


Eu nunca poderia te prender a mim, por isso fiz o que fiz.


Eu sei que a minha partida provavelmente te deixou em pedaços, acredite que em mim também está doendo muito, mas te peço:


Não deixe de ser quem você é por causa das perdas. Você é uma luz linda e brilhante que ainda pode mudar muitas outras vidas, você não pode desistir, não agora. Você tem tantas coisas boas e bonitas para viver ainda, não deixe que o sentimento de perda o desestabilize.


Continue guardando dinheiro, abra a floricultura que tanto deseja, faça sucesso com suas lindas flores que você ama cultivar, faça pessoas felizes com elas e, quem sabe, lá no futuro você encontre um outro alguém, uma pessoa que não vai machucá-lo e que com toda a certeza sempre ficará ao seu lado, porque você merece ter esse momento de paz e estabilidade que eu infelizmente não pude te dar.


Não tenha medo ou receio de seguir com a sua vida, porque onde eu, seu irmão e seus pais estivermos, vamos estar muito orgulhosos da pessoa forte e decidida que você é e foi nos momentos mais difíceis da sua vida.


Você é a constelação mais linda que Deus criou e todas as pessoas desse mundo merecem conhecer a pessoa linda que és...


Como diz um livro por aí que amamos muito:


"Viva com ousadia. Empurre-se. Não se acomode. Você só vive uma vez. É sua obrigação aproveitar a vida da melhor forma possível. Poucas coisas ainda me fazem feliz, e você é uma delas. Viva com ousadia. Se esforce. Não se acomode. Apenas viva bem. Apenas viva."


Apenas viva, amor, e eu sempre estarei aqui, olhando por você.


Com amor,


Jeon Jungkook ( para sempre seu Gguk)."


Naquele momento, Taehyung se encontrava sentado no chão, encostado na madeira da cama chorando muito, fungava e soluçava, apertando a carta em seu peito do lado que ficava o coração, suas lágrimas desciam em demasia por suas bochechas, seu nariz estava vermelho, suas mãos tremiam e seu coração batia muito forte na caixa torácica.


Jungkook tinha partido...


Seu Gguk havia o deixado...


A pessoa que mais amava não estava mais ali do seu lado...


Seu interior estava entrando em desespero e por isso não conseguiu guardar. Gritou de dor, gritou tanto que suas cordas vocais doíam, mas não conseguia parar, socava seu peito e a sua cabeça, puxava seus fios de forma dolorosa, socava a madeira da cama e esperneava, tamanho era o desespero que se apossou de si.


Havia perdido a todos que já amou e naquele momento não conseguia enxergar sentido em viver, em seguir em frente.


Ele se encontrava totalmente fraco, seus membros não o obedeciam mais, sua respiração estava irregular, sua face toda vermelha, suas lágrimas ainda desciam pelo rosto, o peito ainda doía e sua cabeça começou a latejar.


Estava cansado...


Exausto...


Vazio...


Sem mais nenhum motivo para seguir...


Simplesmente não conseguia...


Como se Deus quisesse lhe dar um momento de paz, Taehyung adormeceu depois de todo seu surto, no chão daquele quarto vazio.


🌻


Nos dias que se seguiram, o Kim havia entrado em um limbo de depressão, os amigos de Jungkook tentavam visitá-lo, mas ele nunca os recebia.


Ele lia e relia aquela carta e se perguntava como conseguiria fazer o que Jungkook o pediu. Não conseguia sequer levantar da cama para fazer nada, não estava vivendo, apenas existindo, não comia direito e vivia tomando remédios para dormir.


Não se reconhecia mais.


Não conseguia agir.


Taehyung dormia quase o dia todo e, no momento em que acordava, ficava apenas olhando para o teto do quarto, lembrando da presença de Jeon, de seu lindo sorriso de coelhinho, de seus olhinhos brilhantes de jabuticaba e acabava deixando mais e mais lágrimas jorrarem de seus olhos. Quando não conseguia suportar o barulho da sua mente e o vazio de seu coração, tomava mais comprimidos, mesmo se não fosse indicado, foi nessa que acabou tendo uma overdose enquanto dormia.


A sua sorte era que Yoongi havia passado em sua casa e, como estava preocupado com seu desaparecimento, abriu a porta à força e, ao encontrá-lo, ele estava tendo uma convulsão. Rapidamente o colocou de lado e chamou a ambulância.


Quando o Kim acordou, levou um sermão do Min.


"— Jungkook se foi, mas eu não vou deixar você ir pelo mesmo caminho, chega! Está na hora de você reagir — falou de forma exasperada, o olhando nos olhos enquanto Taehyung chorava, acabando por receber um abraço de Yoongi".


Foi um chacoalhão que mereceu levar.


Depois daquilo, Yoongi cuidou de si quando voltou para a casa até que ele se recuperasse.


Foram dias tensos, mas que no final deu tudo certo. O Min era um excelente amigo e ouvinte e o ajudou a se reerguer do poço em que estava.


Continuou trabalhando dia após dia e, quando finalmente conseguiu o tão sonhado dinheiro, não exitou em comprar o lugar que montaria a sua floricultura. Resolveu tudo com o dono, o pagou e, com a ajuda de Yoongi e os outros amigos de Jungkook, conseguiu montar tudo perfeitamente, as bancadas, os vasos, as flores... estava tudo muito perfeito.


Aos poucos, com auxílio, ele estava conseguindo seguir com a sua vida, graças aqueles que não desistiram de si quando mais precisava.


Era quase a hora dele fechar o estabelecimento e atendia o último freguês.


— Obrigado pela preferência! Espero que ela goste das rosas — falou com um sorriso no rosto.


— Tenho certeza que sim, são perfeitas. Obrigado. — E assim, o cliente saiu satisfeito da loja.


Era um romântico que iria entregar uma linda flor para a namorada por uma conquista que ela teve em sua vida. Aquilo, fazer as pessoas felizes com os seus amores, o deixava em êxtase e feliz, percebendo o que Jungkook falava, aquilo dava sentido em sua vida.


Quando deu cinco horas da tarde, arrumou tudo e logo fechou o lugar, voltando para a casa.


Ele caminhava pela rua, novamente conseguindo enxergar cores em sua vida, as flores pequenas que nasciam e as folhas ficando verdes novamente, pois estava começando a primavera. Os pássaros cantavam felizes depois de uma garoa que deu algumas horas atrás.


A vida parecia sorrir para si novamente, aos poucos o ajudando a seguir, a viver. E aquele sentimento de satisfação enchia novamente seu peito.


Suspirava contente e até cumprimentava as pessoas na rua de tão feliz que se encontrava.


Assim que chegou em sua casa, tirou o casaco leve que usava e o cachecol e, após tomar um capuccino que havia preparado, subiu as escadas e logo atravessou o corredor, abrindo aquele quarto que tanto amava por guardar todas as lembranças que tinha das pessoas que mais amava.


Sentou-se na cama de frente para o pequeno santuário, observando todas as fotos que tinham ali, com sua mãe, pai, irmão e, agora, Jungkook.


Não olhava aquilo mais com tristeza e, sim, com carinho e alegria de saber que conheceu as melhores pessoas da sua vida e que teve sorte de tê-las ao seu lado, sempre torcendo por si.


— Mamãe, papai, Tae, Gguk, eu consegui, eu finalmente consegui — disse sorrindo enquanto algumas lágrimas caíam por seu rosto, não de tristeza, mas de felicidade. — Eu queria que vocês estivessem aqui — sussurrou, pegando um retrato de sua família e outra de Jungkook.


E assim, acabou sentindo um arrepio em suas bochechas e nas suas coxas, como se eles estivessem ali. Taehyung sentia a presença deles naquele quarto, e isso o emocionou mais do que pudesse pôr em palavras.


— Eu amo vocês. — Soluçou, sentindo mais outro arrepio correndo por seu corpo.


Jungkook sorriu, o abraçando juntamente de seu irmão, seu pai beijava sua testa e sua mãe estava agachada segurando suas coxas, cada um ali dando forças para o menino que eles sempre amariam e protegeriam.


É, o Kim tinha as melhores pessoas ao seu lado.


🌻

E aí? O que acharam? Me contem 🥰

Até a próxima! Bye 😘

Inspirada na fanart da HMNLVR:

📷
19. April 2023 21:57 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Kathy Ju 𝟭𝟯 ﹠ 𝟯𝟬, 𝟭𝟵𝟵𝟱 · admirable friends who are the only ones from my sincerest love letters ★ 웃다. ✶ 𝐄𝐥𝐚/𝐃𝐞𝐥𝐚 ✶ 𝐂𝐚𝐩𝐢𝐬𝐭𝐚 ✶ 𝐅𝐢𝐜𝐰𝐫𝐢𝐭𝐞𝐫 ✶

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