guardiangel Reira Trapnest

Para onde evoluir quando já se tem a vida perfeita? Quando você acha que não deseja mais nada, o seu instinto humano grita e te compele a procurar aquilo que você não vai querer encontrar. A vida perfeita é uma ilusão de Otabek, Jean e Yuri, e logo eles vão entender que a felicidade é mais do que uma vida pacata. A felicidade envolve o erro.


Fan-Fiction Anime/Manga Nur für über 21-Jährige (Erwachsene).

#Drama #Anime #JJ/Otabek #Yurio/Otabek #Yurio/JJ #Adultério #Yurio/Otabek/JJ #Yuri On Ice
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Lição 1: Sutileza

Nota inicial: 
Olá, pessoal!
Estou aqui surpresa, porém muito orgulhosa de estar postando uma nova história. Vai ser um pouco diferente do que eu tenho escrito (?), mas de qualquer forma, espero muito mesmo que gostem.
A história não vai ter data para ser atualizada, então, vai sair quando der.
Vamos começar como de praxe, dizendo que favoritos, comentários, listas, otaberros, davais e JJstyles são muito bem-vindos!
Espero que gostem! 



Existem momentos na vida nos quais você percebe que é de fato uma pessoa muito afortunada. Eu tinha tudo o que eu sempre desejei.

Minha vida era estável. Eu estava no emprego dos meus sonhos. Era gerente em uma grande empresa de análises comerciais. Fazia o que eu gostava. Era simplesmente natural.

Em um dos meus trabalhos, conheci o homem da minha vida. Ele é presidente de uma companhia de logística de porte médio. Nos conhecemos em uma das análises feitas para sua empresa.

Jean-Jacques Leroy. Com ele fiz o melhor acordo da minha vida. Casei com esse homem espetacular, que de muitas formas era a pessoa que me completava. Juntos construímos nossa casa, nosso patrimônio e nosso amor.

   Quando o vi pela primeira vez fui balançado por sua beleza. Quem diria que um cara calado como eu, teria coragem para convidá-lo para sair. Ele trouxe cores que eu nunca havia percebido. Seu jeito doce e animado fizeram os meus últimos 7 anos serem os melhores da minha vida. Eu o amava e seria capaz de encarar qualquer desafio por ele. Seu sorriso pela manhã me trazia a paz que eu necessitava para enfrentar cada dia.

Eu agora olhava para seu rosto descansando tranquilamente em nossa cama. Suas linhas corporais eram tão perfeitas sob o fino lençol, me faziam sempre o desejar, como o desejei quando saímos pela primeira vez. Não havia nenhuma forma de amá-lo mais do que o amo.

- Se você continuar me encarando assim, vou achar que você quer me devorar...

- Talvez eu queira... Ser tão gostoso assim de manhã não é um convite?

- Não para você...

Juntei meu corpo ao seu e o toquei intimamente.

- Como você pode dizer isso, Jean? Eu já não possuo tudo o que é seu?

- Só quando eu deixo.

Eu o beijei intensamente. Aquela sensação de pertencimento era somente nossa, assim como também o conforto e a segurança que encontrávamos um no outro. Uma bela dicotomia nós éramos.

Jean cessou nosso beijo, dizendo:

- Não quero ser o culpado por seus atrasos.

- Ugh! Tenho reunião hoje e depois o jantar que vai ser o encontro dos diretores. Me diz que você vai poder ir...

- Desculpa, ursinho. Vou passar a noite checando contratos dos russos que vão visitar a empresa hoje.

- Vai ser um saco sem você lá.

- Você tem que relaxar mais, Otabek. Pelo menos tenta se divertir e conhecer gente nova.

- Posso tentar, se vai te deixar satisfeito.

- Agora vai se arrumar. Eu também vou ter que levantar.

Fui tomar banho e me vestir. Hoje seria um longo dia. Acabei mais arrumado do que o usual. Teria que levar roupas para a festa também. Nunca iria de terno a lugar algum que não fosse o trabalho.

Quando cheguei na sala de jantar, meu café estava pronto.

- Obrigado pelo mimo, Jean.

- Desse jeito eu vou acabar com ciúmes...

- Por que, amor?

- Você está uma delícia! Tão bonito quanto no dia que nos conhecemos.

- Mais tarde, eu atenderei a todos os desejos do Rei...

Dei um beijo em sua bochecha. Jean era melhor do que tudo o que eu pedi na vida. Terminei o café e fui ao trabalho.

O dia se arrastou. A reunião se estendia muito além do horário previsto. Eu já havia avaliado todas as possibilidades e brechas nos contratos, o resto era mera formalidade. Após muitas horas, finalmente terminamos a reunião. Tomei banho e me arrumei na empresa mesmo.

Ao chegar no restaurante, me senti mais cansado do que nunca. Teria que fazer sala para tantas pessoas e Jean não estava comigo para rirmos juntos das piadas sem graça. Sentei com meus colegas e fui obrigado a ouvir as mesmas histórias de sempre. Pelo menos a comida estava boa.

- Otabek! Vamos para a sala VIP! A festa de verdade começa lá. Se é que você me entende...

Disse Christopher Giacometti, um dos associados.

- Obrigado pela dica, Chris! Mas infelizmente terei que passar.

- Entendo... Casamento acima de tudo, não é?

- É sim.

- Então vou indo. Sugiro que vá para casa se não quiser ser pego no meio dessa loucura...

- Vou embora em uns 20 minutos.

Christopher se dirigiu à sala VIP com um olhar de caçador. Eu sabia que tipos de diversões ocorreriam ali. Álcool, cocaína, heroína, prostitutas e prostitutos. Eu não queria estar no meio daquilo. Na segunda-feira todas as histórias seriam contadas e se espalhariam como fogo.

Chris era o grande maestro por trás daquela suruba gigante, mas eu não o julgaria. Talvez julgasse todos os outros ali que também tem compromisso com uma família, esposo ou esposa.

- Parece que você também foi deixado para trás...

Me assustei com o som da voz desconhecida. Quando me virei para olhar para quem falava comigo, foi como ligar a televisão em um desfile de moda. Havia um homem loiro alto, de cabelos na altura do ombro e vestido com uma espécie de terno ou paletó aberto do estômago para cima, porém, sem camisa por baixo.

Se eu estava impressionado? Nem precisei pensar muito. Mas percebi que após alguns segundos eu não o havia respondido.

- Festa da empresa?

Perguntei.

- Era para ser só um jantar, mas um cara apareceu na nossa mesa e nos convidou para uma festa particular.

Eu ri daquilo. Chris nunca decepcionava quando se tratava de tirar as pessoas de seu caminho.

- E você não quis ir?

- Bom, alguém vai ter que levá-los de volta para o hotel...

- Uma verdade.

- Posso sentar aqui?

- Fique à vontade.

Ele sentou-se na minha frente e, embora eu pudesse vê-lo, meus sentidos estavam confusos. Quando os seus cabelos balançaram, fui fustigado por um leve cheiro de chocolate. Vinha dele?

- Desculpe não me apresentar antes, meu nome é Yuri Plisetsky.

- Otabek Altin.

Apertamos as mãos como cavalheiros. Sua mão estava um pouco gelada, em contraste com a minha. Porém minha atenção logo se voltou para os olhos verdes intensos, porém gentis.

- Você também não queria estar aqui?

- Bom, se você não vai à festa mais importante do ano, não pode faltar às outras...

Yuri deu um leve sorriso ao me ouvir dizendo aquilo, acho que ele pode ter se identificado.

- Mas e você, Yuri? Quem te obrigou a vir?

- O protocolo social? Não sei. Eu meio que fui arrastado para cá pelos outros sócios.

- Dia ruim no trabalho?

- Não. Eu fui visitar uma empresa com a qual estamos fechando contrato. Sou um novo associado, portanto gosto de ser minucioso com as pessoas com as quais eu vou negociar.

- Alcançaram suas expectativas hoje?

- O dono da empresa foi muito gentil ao nos receber. Gostei de perceber que apesar de ele ser gentil, sabe se impor para defender seus negócios. Isso me deixou mais tranquilo sobre o investimento do meu capital.

- Entendo perfeitamente o que você quer dizer.

- Mas e você, Otabek? Se não está aqui para bancar a babá, por que ainda não foi embora?

- Estou terminando essa taça e seguirei meu caminho logo depois.

- Me acompanha em mais uma taça de vinho? Eu ainda vou passar algumas horas aqui...

Pensei um pouco antes de responder. Tudo o que eu queria era voltar para casa e ver meu marido, porém, ao voltar mais cedo, o estaria distraindo de seus afazeres. De qualquer forma não seria de todo ruim ficar um pouco mais, afinal, Yuri parecia desanimado de estar sozinho.

- Tudo bem. Mais uma taça, então.

- Ótimo!

Respondeu com um sorriso largo no rosto.

Pedimos mais uma taça para cada e continuamos a conversar.

- Você não parece ser daqui.

Eu afirmei de forma descompromissada.

- Não sou. Estou aqui a negócios, mas venho da Rússia.

- Em que ramo você trabalha?

- Nós somos "pequenos" produtores de petróleo na Rússia. Eu tenho muitas responsabilidades, mas a principal é garantir que em todos os contratos nós tenhamos lucro igual ou maior do que a outra empresa.

- Quer dizer que você não gosta de perder...

- Pode-se dizer que sim. A vantagem em um jogo pode ser pura sorte, mas nos negócios é fruto de trabalho duro.

Disse ele da forma mais blasé possível.

- Você é interessante, Plisetsky.

- Mas e você, Altin?

- Eu faço quase o mesmo que você, Yuri. Mas o meu trabalho é garantir não só o melhor negócio o possível, mas também que não sejamos passados para trás no meio do caminho.

- E o que você faz, quando descobre que há uma quebra de contrato?

- Esse é o tipo de atitude que eu não admito. Não existe negociação comigo. Eu processo a outra parte no mesmo instante.

- Hmm. Então você é um cara intransigente quando se trata de perdoar?

- Ainda estamos falando de negócios?

- Estou tentando entender a pessoa que você é. Não importa se no trabalho ou na vida pessoal.

Aquele jeito direto de falar me incomodava de alguma forma. Eu me sentia um velho rabugento exigindo modos do meu neto.

- Ninguém te ensinou que ser sutil é a melhor forma de fechar um contrato?

- Sutileza não é bem meu forte... Eu prefiro lidar com as coisas de forma realista, assim eu evito decepções.

- Quantos anos você tem?

- 22.

Agora faz sentido. Ele deve ser mais um herdeiro que não queria aquilo para si, principalmente sendo tão novo e com tanto para viver.

- Eu sei o que você está pensando, Otabek. Mas não é assim.

- O que...

- Eu escolhi isso.

Disse ele me interrompendo.

Ele escolheu? Eu o ouviria até o final.

- Eu poderia ter cursado artes. Poderia ter feito balé. Poderia ter sido o que eu quisesse. Mas eu escolhi carregar o legado da minha família quando meu avô morreu, e me orgulho disso. Não sou um jovem desperdiçando minha vida, ou brincando de ser empresário. Eu fiz o que deveria e não me arrependo.

- Foram escolhas admiráveis, Yuri.

Seu rosto corou levemente ao ouvir meu elogio e ele desviou o olhar do meu. Resposta interessante de quem há alguns segundos atrás estava bancando o durão.

- Quantos anos você tem, Otabek?

- 32.

- Então agora eu sei porque você age como um "sabe-tudo".

Yuri falou rindo de mim.

- Ei! Eu não ajo como um. De acordo com a minha idade eu sou um sabe-tudo, e, portanto, você deveria ouvir os meus conselhos.

- É, eu deveria mesmo. Mas ainda sou muito novo para obedecer aos mais velhos...

Rapidamente, Yuri evoluiu de um desconhecido para uma pessoa extremamente intrigante, o que era uma taça de vinho, tornou-se duas garrafas, e os 20 minutos que eu iria esperar antes de ir embora, se tornaram 4 horas de conversa. Até que o barulho vindo do meu celular me trouxe de volta à realidade.

"Parece que a festa está boa, pela primeira vez, hein? Mas aposto que poderíamos fazer uma festa na nossa cama também..."

Li mentalmente a mensagem, dando um sorriso ao pensar em que tipo de festa ele tinha em mente. Minha conversa com Yuri foi deveras divertida, mas meu marido me aguardava. Não era uma escolha.

- E-Eu tenho que ir, Yuri.

- Foi um prazer te conhecer, Otabek.

- Digo o mesmo.

- Adeus.

Me levantei e disse:

- Adeus.

Caminhei até a saída para pagar a conta. Enquanto estava no caixa, ouvi uma voz me chamando:

- Otabek!

Me virei e vi Yuri se aproximando com um guardanapo na mão.

- Se você quiser me dar mais conselhos, estarei na cidade por 1 mês. Esses são meu telefone e endereço.

Como um raio ele se aproximou de mim e beijou minha bochecha.

- Da svidanya!

Da mesma forma impetuosa a qual ele veio, também foi embora. Yuri era realmente intrigante. Ri comigo mesmo ao pensar nisso.

Finalmente consegui ir embora. Chamei o taxi e rumei para minha casa, torcendo para que Jean não tivesse dormido, porque eu estava um pouco bêbado e com um tesão fodido depois daquela mensagem.

Quando cheguei, abri a porta e vi todas as luzes desligadas. Deixei minhas chaves no móvel perto da porta e fui até o quarto. Para minha decepção, Jean estava dormindo profundamente. Não podia culpá-lo. Foi um longo dia e ele ainda trabalhou até tarde em casa.

Suspirei cansado. Eu precisava de um banho. O cheiro de chocolate me castigava, parecia que tinha se desprendido dele e grudado totalmente em mim. Tomei banho rápido, porém a água gelada acabou com o meu sono. Eu estava cansado, mas não tinha vontade de me deitar. Me forçando a isso, deitei-me na cama e abracei Jean. Sentir seu cheiro e calor era a cura para a minha insônia, entretanto, nessa noite não estava funcionando.

Me remexi e revirei na cama durante mais uma hora, até que resolvi levantar e fazer um chá para mim. Camomila era uma tentativa. Sentei no sofá da sala e beberiquei meu chá enquanto meus pensamentos vagavam lentamente beirando o estado de sono. Deixei a caneca na mesa de centro e repousei nas almofadas confortáveis. Mesmo com tantas coisas na cabeça, meu cérebro deu um jeito de empurrar Yuri Plisetsky para atormentar meus sonhos. 


Notas finais: 

E aí? O que acharam??? Vou adorar saber! Espero que tenham gostado!

Vejo vocês na próxima! :*


26. Februar 2018 02:06 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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