gustavo-ulffster Gustavo Ulffster

"Vida e morte, bem e mal, ambos atrelados, andam lado a lado. Viajantes, sejam muito bem vindos ao continente, refúgio de humanos que vivem cercados por estranhas criaturas, a espera... Ao aguardo... Espreitando o mais singelo vacilo para atacarem e voltarem aos tempos de outrora, tempos de terror e carnificina... Este é o relato daqueles que abraçaram e compreenderam este indesejável mundo".


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#medieval #dark #fantasy #conto #fantasia
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O Viajante

Acordei-me sozinho em uma terra desconhecida. O lugar todo me era estranho, não havia visto nada semelhante ao que agora se extendia por toda a minha vista, nem mesmo aquela terra seca e árida que repousava sob os meus pés. Andei cambaleando, até a encosta de uma grande rocha, planejava passar a noite ali. O vento seco soprava a minha pele como se houvesse sido cuspido do fole da forja do próprio Hefesto¹ (embora haja uma mitologia original em meu universo, quis fazer uma referência ao deus grego), meus lábios secos clamavam por água, minha cabeça zunia em um desagradável barulho agudo e incessante. Sabia que aquela seria uma longa noite, meus nervos latejantes impedia-me de descansar. Naquela noite inteira, observei os céus, não consegui identificar sequer uma constelação conhecida, mas o que me assustava e deixava-me arrepiado era a temível aparência daquela lua, vermelha como a terra em que eu pisava, e nesta tênue pôs-me a cochilar.

Já havia amanhecido, acordei com os raios do sol batendo sobre o meu rosto, aquecendo minha pele, olhei para o alto esquivando-me da luz solar, cai-me em desespero, meus olhos se não estivessem tão secos, com certeza iria jorrar litros de lágrimas, não fiz, imóvel observava aquele blasfemo céu escarlate, nuvens pairavam sob o horizonte como se fosse poças de sangue. Em um ato de total desespero e medo, pôs-me a gritar, gritava tão alto, que ecos ressoavam nos horizontes tomados de areias vermelhas.
Para minha sorte ou azar, enfim, isto pouco me importava, após encontrar-me naquela temível paisagem retirada do mais angustiante pesadelo. Mas meus gritos inconsequentes, fora ouvido por uma população que lá viviam, sua aparência como de se esperar, era macabra e intimidante. Vi-me cercado por aqueles selvagens blasfemos, cuja aparência recuso-me em descrever com detalhes, pois tais lembranças causam-me calafrios, contudo jamais me esquecerei dos seus olhos, frios e firmes, olhavam-me como se eu fosse um animal a ser abatido, uma presa, um troféu. Entre seus olhos, na parte superior do nariz, havia uma saliência um tanto bizarra, pois os ossos de seus crânios ficavam a mostra, não sabia se era parte de algum ritual blasfemo ou se era uma característica própria. Seus olhos inteiramente negros fixados em mim causava-me pânico e a última coisa que pude lembrar-me foi de uma pancada na altura dos meus olhos, desferida por um daqueles seres diabólicos, segurando algo semelhante a queixada de um equino.

Quando acordei, estava no interior de um dos barcos atracados no porto da cidade de Icelyn na Nordia² (um reino fictício situado nas terras dos humanos, formado apenas por tribos bárbaras), disseram-me que fui resgatado em alto mar, desde então guardei estas lembranças em meu âmago, temendo a reação de quaisquer um que a ouvisse, mesmo eu sendo fustigado por pesadelos recorrentes que atormentavam meu ser.

31. Juli 2022 23:37 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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