liaka_lia Lia Ka

Onde Harry Potter foge do mundo bruxo depois da guerra, mas por coincidência ou destino, ele foge para a mesma cidade em que Draco Malfoy está se escondendo. Ou Onde Draco Malfoy encontra seu pior pesadelo no super mercado.


Kurzgeschichten Alles öffentlich.

#HarryxDraco #romace #soft #inkspiredstory #lgbt #gay #bl #boyxboy #Drarry #angst
Kurzgeschichte
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Capítulo Único

A respiração estava descontrolada, a vista embaçada, a cabeça parecia pesada demais pro resto do corpo. O corpo todo parecia anestesiado e a mente estava como se um véu a cobrisse. Ele não conseguia pensar, só queria conseguir ar para seus pulmões. Num lapso de desespero, ele desaparatou, sem nem saber para onde. Quando suas mãos tocaram uma grama úmida, tudo pareceu voltar pro lugar lentamente. De joelhos, com as mãos apoiadas no chão e os olhos fechados, ele tentava conter a crise de ansiedade, não querendo chorar em um lugar totalmente desconhecido. Desconhecido?

O pensamento o fez levantar a cabeça, e olhar em volta pela primeira vez. Ele viu um parque, árvores e, longe dele, ele viu duas crianças brincando com um grande cachorro de pelos amarelos.

Olhar ao seu redor, ver coisas, pessoas, sentir a textura da grama sob suas mãos o fizeram se acalmar. E ele finalmente se perguntou onde diabos ele tinha ido parar.

Finalmente conseguindo respirar direiro, Harry Potter foi descobrir onde estava.


A cidade parecia tão calma e amigável, que Harry até estranhou. Estava quente, ele pensou em tirar a blusa manga longa que usava, mas se lembrou das cicatrizes no braço esquerdo e desistiu.

Quando ele olhou para o céu, ele pode ver um arco íris, pensando que fazia sentido a grama estar úmida, se havia chovido. Então ele percebeu que estava pensando sobre o clima de um lugar que ele não sabia onde era, e tentou parar de ser tão distraído.

Ele andou até onde as crianças brincavam, e viu uma garota negra, dos cabelos muito volumosos, sentada na grama com um aparelho que ele imaginava ser um telefone celular na mão. Ele já tinha visto um desses antes, em uma de suas férias seu primo Duda tinha ganhado um dos pais, mas ele nunca vira um no mundo bruxo.

O cabelo da garota parecia ser tão fofinho que ele teve vontade de apertar, mas achou que seria mal educado pedir para tocar no cabelo de uma estranha. Ele se aproximou devagar, e ela levantou a cabeça quando o viu. De perto ela parecia muito nova, parecia ter por volta de 17 anos, mais nova que Harry.

A garota levantou a sobrancelha direita enquanto olhava o garoto parado na frente dela.

- Com licença, você poderia me dizer o nome dessa cidade?


A garota franziu o cenho, e Harry pensou que talvez ele não entendesse inglês?

A garota respondeu algo em uma língua que ele não entendeu, então, ele tocou a varinha no bolso do casaco e murmurou um feitiço de linguagens. Quando ele voltou a falar, sua voz parecia diferente, e a língua que ele falava também.

- Desculpa, eu perguntei se você poderia me dizer o nome da cidade.

A garota ainda parecia um tanto confusa, como aquele idiota não sabia onde estava?

- Achei que 'cê não soubesse falar português. Você 'ta em Mogi Guaçu, interior de São Paulo, Brasil.

- Hã... Certo, obrigada.

Ele a ouviu resmungando antes de sair andando. Merlin, como e porque Harry veio parar aqui?


Em momentos como esse, Harry achava muito útil ser um bruxo, porque na verdade ele não sabia NADA em português, sua salvação era o feitiço de linguagens que o fazia entender outras línguas e também fala-las. Conforme ele andava pelas ruas e olhava os letreiros, as letras sempre pareciam ficar estranhas antes que ele conseguisse entender.

Ele passou em frente a um super mercado, vendo uma criança sair de lá com um pacote de salgadinhos. Seu estômago roncou e ele percebeu como estava com fome. Ele chegou os bolsos e viu que sua carteira estava lá. Ele sempre carregava algum dinheiro trouxa com ele, nunca se sabe quando iria precisar. Harry entrou no super mercado.


Lá dentro, ele reparou como as coisas pareciam diferentes de onde ele veio, e nem só do mundo bruxo, mas também de Londres. Tudo parecia diferente. Ele andou entre as prateleiras, sem saber o que comprar. Ele achou um pacote vermelho de salgadinho, igual o que a criança lá fora carregava. Parecia ok, então Harry pegou um. Ele achou também uma garrafa transparente com um líquido preto e gaseificado dentro. Tinha muita gente pegando, então ele pegou um. Ele entrou em um corredor cheio de chocolates, e a variedade era tão grande que Harry ficou meio tonto. Ele olhava fixamente para a prateleira e andava meio de lado, como um caranguejo. E foi assim q ele acabou esbarrando em alguém.


Harry se virou com pressa para se desculpar, e quase caiu de bunda quando viu aqueles cabelos loiros que não via a quase 3 meses. Ele achou que estava confundindo, mas eram os meus cabelos claros, os mesmo olhos azuis que agora pareciam mais brilhantes e menos cansados, a mesma pele clara, agora mais corada e sem olheiras.

Harry arregalou os olhos verdes tão forte que eles quase saltaram pra fora do rosto. Draco Malfoy parecia estar na mesma situação. Eles ficaram se encarando sem mexer um músculo, pelo que pareceu uma eternidade, então Draco piscou confuso, se virou e correu.


Harry continuous parado no mesmo lugar por um segundo antes de correr atrás. Draco virou a esquerda, para o corredor de macarrão, Harry virou atrás e o alcançou, segurando seu pulso. O loiro parecia muito assustado, e Harry se perguntou o que o outro pensava que ele estava fazendo ali.

- Você vai esperar eu escolher um chocolate, vai ir comigo e me explicar o que está fazendo aqui - Harry disse com a voz firme. Mesmo ele não se sentindo firme.


Draco estava muito assustado para contestar. No fundo ele acreditava que se colaborasse, talvez eles tivessem piedade dele e não o deixariam morrer em Azkaban.

Ele seguiu Potter de volta aos chocolates. O moreno parecia perdido olhando, e Draco entendia. Eram muitos sabores, muitas marcas, ele demorou pra aprender qual era bom e qual não era. Ele pegou uma barra da embalagem dourada, que ele descobriu chamar Alpino, e deu na mão de Harry, seguindo em direção aos caixas. Harry foi atrás, sem nem questionar. Ele entrou na fila e deixou Harry entrar na sua frente. Quando chegou a sua vez, e a atendente perguntou se Harry queria CPF na nota, ele viu como o outro ficou ainda mais confuso, e respondeu "não, obrigada" pelos dois.

Ele colocou suas próprias compras junto com as de Harry, e pagou por todas juntas, vendo que Harry provavelmente não sabia nem qual a moeda usada no país e tentaria pagar com euros. Ou até quem sabe com galeões, idiota como era.


Saindo do super mercado, Draco não sabia para onde ir. Naquela manhã, ele só queria tomar um leite com achocolatado, mas não tinha mais leite. Ou achocolatado. Também não tinha mais pão. Nem macarrão. Nem macarrão instantâneo. Então ele meio que não tinha opção a não ser fazer compras. Ele não esperava encontrar o Harry-salvador-do-mundo-bruxo-provavelmente-auror-Potter naquela manhã, e não queria levar o outro para sua casa. Não queria que o outro soubesse onde ele morava. Era uma kitnet de um quarto minúsculo e uma cozinha levemente maior. O banheiro era apertado, quase não tinha móveis por que nada cabia lá.


- Onde você está ficando Potter? Nós podemos ir para lá para terminar essa conversa desconfortável. - ele perguntou num tom ácido.


- Em lugar nenhum, cheguei hoje. - ele respondeu a verdade, seguindo por um resmungo- Nem sei como vim parar aqui pra ser sincero.


Depois de um silêncio tenso, Harry voltou a falar:


- Você tem uma casa aqui?


Ele até podia sentir a tensão que saia de Draco. Quase dava pra cortar com uma faca.

Sem dizer absolutamente nada, Draco voltou a andar.


Nem 10 minutos depois eles chegaram, a casa de Draco não era muito longe dali.

Ele entrou, tirando os sapatos perto da porta da cozinha. Ele tentou com todas as forças não ficar envergonhado pela casa minúscula e mal organizada.

Ele atravessou o comodo até a mesa em 3 passos e soltou as sacolas ali. Potter ficou parado na porta, parecendo tão constrangido quanto Draco.


-Então? - disse Malfoy, rude - O que você veio fazer aqui? Está sozinho? Quanto tempo até o esquadrão de aurores vir me buscar? Porque eu ainda não comi e eu gostaria de tomar café da manhã uma última vez antes de ir para Azkaban.


- Han? - disse Harry da forma menos coerente possível - Aurores? Do que é que você está falando Malfoy?


Draco revirou os olhos com tanta força que eles quase não voltaram para o lugar.


- Bom, sim Potter. Não é para isso que você está aqui?


- Para isso o que? - voltou a repetir de forma idiota.


Draco revirou os olhos outra vez. Em 5 minutos com Potter ele fez isso mais vezes do que nos últimos 3 meses.


-Para me levar para Azkaban, sua anta!


- Não! como eu te levaria pra Azkaban? Eu nem sou auror!


Harry estava ridiculamente confuso aquele dia.


- Então porque está aqui Potter? Como você me achou? - ele estava começando a ficar irritado


- Eu nem estava te procurando! - ele disse meio desesperado, e então voltou a falar, meio constrangido - eu meio que aparatei aqui em uma crise de pânico. Eu não sei como ou porque.


Dessa vez, Draco não revirou os olhos. Ele franziu as sobrancelhas, sem saber se o outro estava mentindo.


- E como você me encontrou no mercado? -perguntou desconfiado.


-Bom, eu estava andando, fiquei com fome e entrei para arrumar comida. - Potter estava parecendo meio corado agora,e Draco se perguntou porque achou isso meio fofo.


-Voce não está mentindo para me pegar de surpresa e me prender até eu apodrecer? - Draco perguntou mais uma vez, só pra confirmar.


- Não! Cara, como 'cê é desconfiado - Harry responder, resmungando o final da frase.


- Bom, então acho que já pode ir embor...


- Ei, não! Eu respondi suas perguntas mas você não respondeu as minhas! - Harry o interrompeu.


Draco suspirou audivelmente. Harry deu um sorrisinho antes de voltar a falar


- Você mora aqui? Porque? A quanto tempo? Porque aqui?


Draco voltou a andar pela cozinha enquanto Potter o bombardeava com perguntas. Ele estava morrendo de fome, então pegou a sanduicheira velha no armário em cima da pia, e ligou, colocando dois pães lá. Harry continuava parado no mesmo lugar, quando Malfoy começou a servir leite em dois copos de vidro.


- Tá esperando um convite formal? Vem logo comer - disse Malfoy da forma mais rabugenta que conseguiu.


Isso tirou Harry do transe, que andou até a mesa e se sentou, pegando um dos copos, e aceitando quando Malfoy ofereceu achocolatado. Harry sempre quis experimentar, mas em Hogwarts não tinha e os tios nunca o deixaram provar.


Malfoy suspirou enquanto jogava um pão na mesa, em frente a Harry.


- Depois que a guerra acabou, minha mãe morreu e meu pai foi preso. Eu não tinha pra onde ir, eu não tinha família, eu não tinha um lar. Então eu fugi antes do meu julgamento. Eu fui viajar pelo mundo


Draco fez uma pausa para mastigar antes de continuar:

- A primeira vez que eu vim para o Brasil, foi para as praias do rio de janeiro, mas eu acabei me encantando pelo lugar. As pessoas são gentis e divertidas, e a maior parte dos bruxos do pais vivem no Castelo Bruxo e nos seus arredores. Então eu comecei a viajar por várias cidades. Aqui, Mogi, é uma cidade pequena. Se nas cidades grandes não costumam ter muitos bruxos, aqui é quase nulo.


Draco parou para comer mais um pedaço do seu pão com manteiga.


- Eu fiquei aqui por uma semana, quando eu conheci um tatuador, o Caio. Acabei fazendo uma tatuagem cobrindo a marca negra, e fazendo amigos. Então eu simplesmente fiquei. Esse tempo todo eu estava esperando me pegarem. Eu sabia que aconteceria, então quando você apareceu, imaginei que fosse como um auror, para me levar de volta.


Draco olhou para Harry, e viu que ele estava olhando nos seus olhos. Ele parecia bastante concentrado na história. Ele se sentiu muito envergonhado por ter aqueles belos olhos verdes sobre si de forma tão intensa. Harry não tirou os olhos dele, mesmo quando começou a falar.


- Não estão te procurando.


Draco até engasgou quando ouviu Harry dizer aquilo. O moreno arregalou os olhos quando o ouviu tossir, se levantando e dando batidinhas nas costas dele. Quando Draco se acalmou, Harry voltou a falar:


- Depois que seu pai foi preso e você sumiu, algumas pessoas do ministério quiseram ir atrás de você para te levar a julgamento. Shacklebolt me disse quando aconteceu. Eu disse para ele que você mentiu para me salvar, aquele dia na mansão, e ele usou a influência de ministro pra livrar sua barra. Não estão te procurando. Você está livre.


Eles ficaram em silêncio enquanto Draco absorvia a novidade. Livre. Não fugitivo, livre. Draco estava tão concentrado que se assustou quando Harry falou outra vez.


- E eu não sou auror. E também não terminei as aulas em Hogwarts. Eu sou só um cara com TEPT e síndrome do pânico, frequentando terapia bruxa.


Nenhum dos dois sabia o que dizer depois daquela conversa. Eles terminaram de comer em silêncio, e quando Draco se levantou para guardar suas compras e arrumar a cozinha, Harry se levantou e ajudou. Quando eles terminaram, Draco foi até seu quarto, e Harry ficou parado na cozinha sem saber o que fazer, até decidir seguir o loiro.

No quarto, Draco estava sentado, agora sem o casaco, usando só uma camiseta branca de mangas curtas, olhando para o braço onde estaria a marca. Ele virou a cabeça quando Harry entrou, e o chamou para se sentar ao seu lado.

Harry ficou olhando para a tatuagem que cobria a marca negra. Eram narcisos. Logo abaixo da tatuagem, na altura do pulso, havia uma frase escrita com letras simples. "No rain, no flowers". Harry entendeu. Harry quis fazer uma também.


Eles passaram as horas seguintes assistindo seriados trouxas na TV de Draco. Harry em momento nenhum agiu comos se quisesse ir embora. Draco não agiu como se quisesse que ele fosse. Então eles ficaram lá, o dia todo sentados na cama assistindo algo chamado Friends. Em algum momento Draco foi até a cozinha e pegou o salgadinho de Harry e a garrafinha de coca para eles tomarem. Ele disse a Harry que Doritos era seu salgadinho preferido também. Não era o de Harry, mas passou a ser.


No final da tarde, Harry acordou. Ele nem se lembrava de ter dormido. Ele olhou pro lado esperando ver a cabeleira loira, mas Draco não estava lá.

Por um momento ele pensou que Draco não tinha acreditado em nada do que ele disse e tinha fugido enquanto ele dormia. Então ele ouviu um barulho vindo da pequena cozinha, seguido de um resmungo e esqueceu isso.

Ele foi até a cozinha ver que merda Draco estava fazendo, e viu ele tirando uma forma do forno.

Draco se virou de repente e pulou quando viu Harry ali. Ele nem havia ouvido o outro entrando no cômodo.

Harry riu e Draco deu uma risadinha. Harry olhou para a boca de Draco.

Draco corou. Os olhos verdes de Harry brilharam. Assim que Draco soltou a forma em cima da mesa, Harry o beijou.

Foi tudo muito grifinório, impulsivo e sem pensar. Harry simplesmente achou Draco muito bonito com aquele sorrisinho depois do dia que passaram juntos.

O beijo foi intenso, Draco fechou os olhos e passou os braços pelo pescoço de Harry, que abraçou a cintura do loiro. Eles bateram os dentes assim que abriram a boca para aprofundar o beijo. Eles se afastaram e deram risadinhas constrangidas, então Draco voltou a beijar Harry. Dessa vez não houveram dentes. Só linguas se tocando, e gemidos abafados.

Eles separaram os lábios quando o ar faltou, mas continuaram nos braços um do outro. Harry sorriu e, como o grifinório impulsivo que era, soltou sem pensar:

- Posso ficar?

Draco arregalou os olhos azuis com surpresa.

Harry ficou envergonhado e corou, então se explicou:

- E- eu... Quer dizer, só até eu decidir o que eu vou fazer. Eu não quero voltar pra Londres. Eu só... Só alguns dias?


O sorriso de Draco se expandiu e ele voltou a beijar Harry sem responder. Harry sorriu durante o beijo, pôquer ele sabia que aquilo era um sim.



20. Oktober 2021 14:58 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

Über den Autor

Lia Ka Escritora iniciante Drarry Stan Obcecada por Andrew Minyard Perfil no Wattpad: _Liaka Perfil no Spirit: Liaka_lia Twitter: _Liaka

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