manuh_exe Manuela Furtado

Alyssa Winethor, uma garota capaz de controlar o sangue, acaba de sofrer o maior trauma de toda a sua vida... Está à beira da morte e espera ansiosamente por isso. Uma Bruxa, antiga guardiã do reino de Steric, está montando sua nova academia para treinar bruxos no Castelo dos Encantos. Entretanto, ela precisa de uma pupila, alguém para treinar, para ser sua aliada... Para ser devota a ela. A garota não quer perder a sua liberdade, mas também no fundo, não quer entregar-se ao desespero. Então, as duas fazem um acordo, um pacto: Se Alyssa aceitar ser aprendiz da Bruxa e se formar na Academia de Feitiços Marquez, ela terá sua liberdade e um novo motivo para viver. O problema é que Alyssa Winethor, não sabia o quanto ela precisaria perder para poder vencer...


Fantasy Nicht für Kinder unter 13 Jahren.

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Capítulo I

Cinco dias, não, seis dias e cinco noites... Esse é o exato tempo que estou sentada abraçando os joelhos, dentro dessas paredes de madeira da qual chamava de quarto, enclausurada sem comer, beber e ir ao banheiro. Não devo sair daqui, não posso sair daqui...

Seis dias e cinco noites que espero a minha morte, esperando que Ileais, deus do decesso, caminhe comigo sobre os areais eternos até o vale das almas. Proclamo para minha morte, quero desesperadamente sair desse local que chamei de casa, que possui os corpos dilacerados de minha família na sala, que cai aos pedaços a cada hora que passa e que escuto a noite os barulhos dos passos dos vampíricos, seres horrendos que voam sobre o luar, com fome e sede indo em direção a minha porta, já que os cadáveres não possuem mais sangue fresco para saciarem.

Estou no meu quarto, com as portas e janelas barradas pelos móveis que antes o compuseram, mas sei que alguma hora tudo irá se quebrar, sei que alguma hora eles iram entrar, mas eu não quero isso, não quero morrer por eles – não quero morrer assim – então rezo, enquanto ouço-os arranhando a porta com suas garras pretas parecendo metais enferrujados. Rezo para que minha alma se vá agora enquanto durmo no meu canto empoeirado, e que eles me encontrem jazida entre os tapetes.

Mas não foi isso que ocorreu.

Já era de manhã quando um barulho quase imperceptível de madeira se rompendo me acordou do meu desmaio de cansaço, aquilo não era comum, vampíricos não caçam de manhã.

Algo estava errado.

Me atrevi a tirar uma de minhas mechas sebosas de cabelo da frente dos olhos e encarar a barricada. Encarei-a por muito tempo, sem piscar, sem me movimentar, apenas observando. E ela se mexia... Mexia milimetricamente para trás, deixando uma pequena, minúscula e quase imperceptível fresta na porta.

Algo estava muito errado.

A sala estava gélida, era inverno em Steric, alguns raios de luz caiam entre as fendas do teto de madeira, junto com alguns flocos de neve. Tudo estava muito frio; o chão, as paredes, os móveis... Meu corpo não, meu sangue fervia dentro das veias, pulsando um vermelho escarlate por traz da minha pele pálida enferma, eu estava em estado de alerta, algo estava vindo em minha direção, algo estava no meu quarto ou irá estar em algum momento...Algo vai me matar.

Meu deus, algo vai me matar.

Mas...

Porque desejo tanto a morte, todavia quando estou prestes a conquistar isso, eu tenho medo?

Um pássaro, marrom com olhos amarelos e pupilas negras estava parado na cama, com suas patas agarradas ao ferro do pé da minha antiga cama, fiquei incrédula no momento que nossos olhares se encontraram – como ele entrou aqui? – perguntei-me nos segundos em que nos encontramos parados e encarando um ao outro. O que devo fazer? Devo correr? Ficar parada? Deuses o que eu faço.

Suas pupilas começaram a dilatar de forma anormal, seu olho agora era preto como a noite, seu bico abria rápido demais e um canto que vinha do fundo de seu esôfago propagou pela casa. Tão grave, tão profundo, estremecendo os meus ossos, meus órgãos, minha carne... Conseguia sentir bem no fundo uma mistura de emoções: raiva, tristeza, felicidade, excitação... Foi tudo rápido demais, aqueles sentimentos pararam e o medo voltou a prevalecer, quando percebi que não estávamos sozinhos.

O pássaro, que agora deduzo ser uma coruja, soltou voo e parou em cima de uma mão que segurava uma bengala incrustada de ouro, também em formato de coruja... Aquele ser estava de costas na minha frente, bem na minha frente. Meu sangue ferveu ainda mais, ao ponto de doer meu corpo, o vermelho começou a transparecer em minha pele e comecei a sentir novamente o que senti quando os vampíricos entraram, quando vi meus pais virando figuras demoníacas... A mesma coisa que senti quando os matei com o próprio sangue, quando transformei o sangue que jorrava de suas caixas torácicas em cordas vermelhas e nojentas que se enroscavam em seus pescoços, apertando até sufocar, e controlando o resto que sobrava em seus órgãos e afins, para as bocas e narinas, fazendo-os jorrar pelo assoalho, até que não sobrasse mais nada.

Eu matei meus pais.

Eu controlo o sangue a meu favor.

17. September 2021 22:40 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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