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Apesar de ter nascido na Coreia, Park Jimin foi naturalizado na Inglaterra, onde cresceu e tornou-se um grande atleta de esgrima mundial. Entretanto, o fato de nunca ter representado seu país de origem parecia incomodar parte dos atletas coreanos; mais especificamente, Min Yoongi, um dos melhores esgrimistas da atualidade. Quando ambos foram classificados para as Olimpíadas, o Park imaginava de tudo, menos que ambos acabariam, voluntariamente, em um mesmo quarto de hotel.


Fan-Fiction Bands/Sänger Nur für über 18-Jährige.

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Três passos; único

Escrito por: @LadyofSomething | @RedWidowB

Notas Iniciais: Olá! Bem, não tenho muito o que dizer sobre essa fic, além do fato de ter adorado escrevê-la. Espero, sinceramente, que também gostem dela :) Boa leitura!


~~~~

Flecha: na esgrima, é o ataque veloz para pegar o adversário de surpresa.


Três passos à frente. Errado.

Dois passos. Errado.

Repetir. Repetir. Repetir.

Errado. Errado. Errado.

Seus pés estavam errados, como sempre. Precisava melhorar.

Ele respirou fundo, inflando os pulmões o máximo que conseguiu. Permitiu-se senti-los, na tentativa de evitar a frustração, fechando os olhos. Expirou, esvaziou os órgãos, murchando o peitoral exatamente como se sentia em seu íntimo emocional.

O florete em sua mão pareceu pesar, apontando para o chão acolchoado e mirando o nada. Seus olhos acompanharam a ponta da arma, desfocados, cansados. Sua pele molhada de suor o incomodou menos do que a voz eloquente do âncora que, animadamente, comentava no jornal sobre o que tanto lhe causava insegurança.

“Contando menos de um mês para as Olimpíadas em Paris, temos altas expectativas sobre o que teremos de novidade e, é claro, quais das nossas apostas estarão de pé…”

Ele caminhou até a bancada de bainhas, guardando o instrumento com que já havia treinado demais. A lâmina sem fio foi guardada, e seus pés o guiaram até a corda pendurada em um gancho próximo.

Aqueceu-se novamente, esticando os braços e dobrando os membros. Em seguida, fez exatamente dez polichinelos — uma mania que nunca perdera desde pequeno —, estalando o pescoço ao final.

Respirou, mais uma vez, fundo. Então, pegou uma de suas cordas para dar continuidade ao aquecimento.

“Hoje, em nosso especial sobre as Olimpíadas, o assunto será a esgrima! Assim, por que não falarmos de nosso atleta em ascensão?”

A corda estalou contra o chão, ecoando em conjunto com o som do atrito dos pulos de quem a usava. A sala de treino era ocupada pela voz do jornalista e pelo barulho dos pés do rapaz batendo juntos, consecutivamente, no chão.

“... E não é novidade que Park Jimin, carinhosamente chamado de Praying mantis pelos fãs da modalidade, está entre os grandes atletas, mesmo tão novo no esporte… ”

Ah, seu nome soava tão menos bonito pelo sotaque inglês — era o que pensava. Gostava de como seus pais o falavam, como sua família havia o ensinado a falar, com o chamado satoori de Busan. No entanto, o que o incomodou não foi a forma incorreta que seu nome fora dito, mas sim o que viria após isso. Eles começariam a falar sobre sua história, sobre sua vida, que, em determinado momento, tornou-se pública demais.

Eles começaram, como sempre, pela vida pobre que seus pais levavam antes, seu enriquecimento ali e a forma que o senhor Park criou raízes em solo europeu, pois o orgulho inglês necessitava ser amaciado com a afirmação de que seu país era terra de abundância.

Em seguida, falaram sobre suas tentativas falhas com equitação, futebol, basquetebol e outros que Jimin nem ao menos lembrava se havia realmente tentado praticar.

Então, usaram a mesma foto de sempre: do pequeno de feições asiáticas — pois era assim que resumiam tudo que não parecia o branco ocidental deles ou o estereótipo de afrodescendente — segurando uma espada de esgrima, vestido com um macacão jeans e sorrindo sem muitos dentes na boca.

Por fim, após repetir o quanto a ideia de esgrima havia dado certo, eles entraram no assunto que realmente os interessava.

E que interessava à ansiedade do atleta também.

“Entretanto, ainda que nosso Praying mantis seja adorado pela população que o adotou, seus conterrâneos coreanos nem sempre indicam o mesmo."

A face de Min Yoongi surgiu na tela gigantesca da televisão, e Jimin desistiu de pular corda. Suas mãos soltaram as pontas dela, deixando-a cair no chão, e subiram aos cabelos tingidos de cinza, sentindo nos dígitos a umidade espalhada pela raiz. O suor finalmente virou incômodo, como se escorresse de suas têmporas ao pescoço sussurrando as palavras do outro no aparelho.

“Por que deveríamos apoiar atletas que nunca puseram os pés em nosso país?”

Aquela citação o machucava, ainda que claramente tivesse sido feita em tom de gozação. Min Yoongi havia dito aquilo, com sua voz rouca e jocosa, há dois anos, sobre uma competição não oficial onde o Park fora o destaque. E, mesmo depois daquele tempo, os jornalistas ainda utilizavam o take.

Jimin tinha certeza que a questão não era apenas competição entre atletas da mesma categoria, como insistiam em colocar, ou qualquer outra baboseira que utilizavam de marketing em cima de ambos. Não, pois estratégias de propagandas não precisavam perdurar até nos bastidores dos jogos, não precisavam fazer os atletas ao redor dos envolvidos na propaganda maltratá-los e era exatamente isso que acontecia com Jimin. A equipe coreana simplesmente o ignorava, e Min Yoongi, quando não fazia o mesmo, olhava-o com expressões que poderiam ser classificadas como desgosto.

Era um assunto que o Park preferia não pensar demais — odiava a sensação que aquilo lhe causava —, mas os jornais continuariam repetindo o assunto por todo o período em que as Olimpíadas estivessem como tópico a ser comentado, e ele teria de aprender, mais uma vez, a conviver com todo o incômodo.


[...]


Park Jimin não gostava da França, da mesma forma que não gostava da comida inglesa, nem de certos costumes da Coreia do Sul que seus pais mantinham. Tudo era questão de não se adaptar aos fatores, e ele claramente não se adaptava a qualquer um relacionado ao país onde estava.

Quando desembarcou no lugar, os jornalistas estavam muito preocupados em pegar furos de entrevistas com os atletas que falavam demais, desvendar a vida pessoal daqueles que escondiam tudo e, para sua sorte, ignorar aqueles que praticavam esportes menos chamativos — que era o seu caso. Assim, ele apenas seguiu para seu hotel sem muito mais que uma ou duas pessoas, além de seu treinador, pedindo para falar consigo.

No táxi, Kim Namjoon repetia o que ele já deveria saber.

— Você é um ótimo atleta, Jiminie — o treinador repetia, segurando sua mão com força.

— Hoje ainda não é meu dia de competição, Joon-ah. Não precisa disso… — tentou desviar o tom e o caminho da conversa, perguntando-se se o motorista entendia o que eles estavam falando.

— Mas você anda muito estressado. Eu consigo enxergar uma montanha de sentimentos ruins montada nos teus ombros.

— Namjoon — Jimin interrompeu, vendo os olhos do senhor que dirigia o automóvel os fitarem pelo retrovisor. — Conversamos sobre isso depois, ok?

O treinador acompanhou seus olhos e logo se calou, também soltando sua mão. Já havia rumores demais sobre a sexualidade de Jimin e seu — nada — possível relacionamento com o Kim. Paris era conhecida por seu romantismo, e não custaria muito mais que o depoimento de um taxista para tornar público o relacionamento não existente entre os dois.

O restante do caminho foi silencioso em vozes, mas regado à música francesa que nenhum dos dois conhecia.

Ao chegarem ao hotel, ambos seguiram para seus quartos e, por horas, o Park apenas utilizou sua cama e seu telefone, tentando espantar o sentimento sufocante que inflava seu íntimo. Não eram apenas as competições que enchiam sua mente de preocupações, mas também o que passaria nos dias delas.

O único amigo atleta que possuía era Kim Taehyung, um ginasta brasileiro muitíssimo simpático que fazia amizade até mesmo com as portas dos estádios; logo, por mais que o adorasse, ele continuaria sozinho. Namjoon era também uma ótima companhia, mas tudo que ele mais temia era tornar-se o elemento que interferiria no relacionamento do mais velho com o namorado, afinal, Hoseok era um amor e não merecia ver manchetes sobre seu companheiro estar supostamente com outro.

Assim, sobrava a Jimin passar por todo o nervosismo e pressão sozinho, incluindo o desconforto causado pelo julgamento soturno de sua equipe e da coreana. Os outros dois ingleses não falavam consigo sobre muito mais que a ordem de competições, enquanto os coreanos… bem, eles simplesmente nem ao menos tentavam. E, para sua infelicidade, as demais equipes do esporte também não pareciam muito dispostas a conhecer os outros.

Park Jimin estava sozinho e triste mesmo antes de começar as competições.

Dormiu cedo e, às cinco da manhã, acordou. A disposição para conviver em sociedade ainda não o tinha acompanhado quando levantou, mas tomou banho e se pôs a correr ao redor do hotel que já conhecia de outras viagens.

Correu por uma hora inteira, sem realmente apreciar a vista, sempre olhando para todos os lados por segurança pessoal. Verificou seu relógio de pulso algumas vezes para se desviar de pensamentos negativos insistentes e, quando finalmente sentiu fome, retornou ao hotel. Cumprimentou os funcionários que apareceram em seu caminho até o quarto, agradecendo os poucos desejos de sorte que recebeu para a competição do dia.

De segundo banho tomado, ao lado de Namjoon, alimentou-se em silêncio, tentando não expor suas opiniões negativas sobre a comida do restaurante escolhido.

— Ao menos finja que gostou dos ovos, Jiminie — o treinador disse, rindo da expressão desgostosa que finalmente ocupou o rosto alheio. — Eu sei que não gosta da culinária local.

— Eu não gosto daqui — sussurrou em resposta. Namjoon riu novamente, balançando a cabeça em negação.

— Nem de Londres.

— Somente os dois.

— Pelo que sabemos até agora — provocou, apontando com sua xícara de café em direção a ele. — Enfim, você e seus desgostos.

— Não sei como você não é um deles — Jimin retrucou com a face em falsa revolta.

— Bom, podemos discutir isso depois. Agora, você tem que terminar esses péssimos ovos para irmos para a arena.

O esgrimista permaneceu calado, enfim terminando sua refeição odiada. Em menos de cinco horas, começariam as disputas de seu esporte, então era preferível que já estivesse com tudo pronto e adiantado. No seu caso, tudo precisava estar perfeito.

Não demoraram a chegar à Arena de La Defense, onde as diversas equipes de ginástica já competiam ou preparavam-se para tal, assim como as equipes de esgrima, uma a uma, surgiam. O Park não conhecia tão bem seus dois companheiros de equipe, mas reconhecia suas faces e, com toda a certeza, eles não estavam ali ainda.

Junto ao treinador, separou o florete que utilizaria, seu equipamento e a motivação em seu peito. O treinador o abraçou com força e sussurrou baixo o suficiente para apenas ele e Namjoon conseguirem escutar. Ele repetiu que o Park conseguiria, que ninguém tiraria dele o orgulho de estar ali entre os melhores.

Abraçado ao único apoio que tinha, viu, por cima do ombro mais alto que o seu, Min Yoongi adentrar no vestiário, sozinho e com a mesma velha expressão de poucos amigos.

Seus olhares se cruzaram por segundos, quando as sobrancelhas do mais velho se comprimiram em estranhamento à cena de afeto que presenciava. Jimin se soltou do amigo e desviou seus olhos, sentindo as bochechas queimarem fortemente.

— Ingleses! — Ouviu o outro falar alto, debochado, em coreano.

Aquele baixinho — que na verdade tinha até um pouco mais que sua altura — conseguia chateá-lo.

Não era como se o loiro sentisse vergonha de ser naturalizado no país em que cresceu, muito menos como se não sentisse vontade de conhecer melhor suas origens, mas Yoongi o fazia se sentir mal por ambas as coisas em pouquíssimos atos e palavras.

— Coreanos! — gritou de volta, em mesmo idioma que o outro, ignorando a face confusa de seu treinador.

Uma risada falsa e suspirada ecoou pelo local, e Yoongi passou sem olhar para eles com seu equipamento em mãos.

— Ele é mais um dos meus desgostos.

Namjoon não conseguiu deixar de rir após isso.


[...]


A ponta do florete do americano tocou na proteção de sua barriga, ao mesmo tempo que a ponta do seu tocou o peito igualmente protegido dele. As pistas abaixo de seus pés acenderam em vermelho, do lado esquerdo — onde Jimin estava —, e verde, no lado direito, sob o esgrimista americano, anunciando que os equipamentos estavam funcionando perfeitamente.

Em sua divagação ansiosa, o loiro relembrou, como fazia desde o início de seus treinamentos, que apenas o tronco era seu alvo.

Focalizou na estrutura maior que a sua do corpo alheio e, com a respiração acelerada, Jimin vestiu pela primeira vez naquela competição a proteção de cabeça, acenando em respeito ao adversário, que fez o mesmo. O som estridente, junto à voz do juiz, avisou que poderiam começar, e Andrew, o adversário, em seus 1,83 metros, foi o primeiro a se movimentar.

A passos abertos e seguros, o rapaz sacudiu sua arma em direção ao menor, tentando encurralá-lo no extremo da plataforma.

Em um movimento rápido, Jimin foi capaz de tocar na região do peitoral do rapaz mais alto que si, antes que ele o alcançasse com a lâmina flexível na barriga. A pista acendeu-se em vermelho, assinalando o ponto do Park, e a plateia aplaudiu um pouco mais alto que o normal, não esperando a pontuação em tão pouco tempo, ainda que os assaltos fossem de curta duração.

Por baixo da proteção pintada com a bandeira inglesa, o Park sorriu, afastando-se para reiniciar o avanço no novo assalto. Inspirou o máximo que pôde, batendo seus pés na estrutura abaixo de si. O juiz e sua campainha incômoda soaram novamente, e o coreano tomou o primeiro movimento daquela vez.

Três passos à frente, seus pés estavam juntos, dando menos apoio. Ele errou. O erro o desconcentrou o suficiente para ser encurralado. Os ataques rápidos do outro foram mais efetivos que o movimento lento de sua cintura, e a pista acendeu em verde quando Andrew o acertou ali.

Sete minutos depois, com o placar marcando 14 a 12 para a Coreia, o Park ainda tinha a vantagem de pontos, faltando apenas um para ganhar e, mesmo assim, parecia descontente. De longe, mesmo não o conhecendo ou tendo mínima vontade de fazê-lo, Yoongi conseguia enxergar qual era o principal erro do rapaz: ele era inseguro.

Os passos que ele errava, os avanços curtos, os golpes certeiros, mas nada atrevidos. Tudo em Park Jimin gritava ao atleta mais velho que sua falta de confiança o sabotava.

— Ele é bom, não é? — Escutou o novo atleta de sua equipe comentar ao seu lado.

Não poderia mentir. O inglês era bom, independente de seus pequenos erros, e ele não seria cretino ao ponto de dizer algo diferente.

— Sim, um dos melhores.

— Você o odeia mesmo? — o garoto perguntou, com seus olhos esperançosos brilhando em cima do mais velho.

— Wooyoung, pare de me olhar como um cachorrinho, pelo amor de Deus.

— Hyung! — Ele riu, logo desviando sua atenção novamente em direção à pista. — Acho que isso é um não. Ninguém deveria odiar Park Jimin.

Yoongi permaneceu calado, observando o citado acertar a região do esterno do americano, ganhando a disputa. Antes de se virar e perder a visão do ganhador, observou-o se curvar em respeito ao americano, apertando sua mão em seguida. Não era a primeira vez que o via fazer tal coisa, prestando seus cumprimentos ao adversário, mas era a única imagem que gostava de ver protagonizada por ele.


[...]


Yoongi e Jimin estavam nas disputas finais do florete, sentindo sensações muitíssimo parecidas sobre isso. Não era como se eles não admitissem as habilidades um do outro, muito menos tivessem confiança alta o suficiente para não temer a perda no dia posterior. Os dois, antes de toda a implicância, eram atletas profissionais.

Assim sendo, quando entraram nos vestiários novamente, não soltaram farpas em direção ao outro, apenas se concentraram em sair dali o mais rápido possível.

Assim que Jimin terminou seu banho e já estava parcialmente vestido, sem escutar ou perceber qualquer sinal do outro, escutou uma voz conhecida ecoando pelo local, acompanhada — como sempre — de risadas alheias.

— Park Jimin! — Taehyung gritou, correndo em sua direção, enquanto ele ainda vestia a camisa de botões branca.

Em sua costumeira e calorosa recepção, eles se abraçaram, mesmo que Jimin se sentisse um pouco constrangido pela forma que os outros atletas que estavam com o ginasta o olharam.

Honey, hoje vamos beber — o brasileiro disse, com seu inglês de sotaque fofo. — Park Jimin a um passo do ouro!

Constrangido, mas satisfeito com as palavras do amigo, o Park riu, dando tapinhas nas costas dele, finalmente se afastando do abraço. Balançou a cabeça negativamente, pronto para desestimular o ânimo dos dois.

— Não posso, Tae — afirmou, tocando o ombro dele, acompanhando, com a mão, o movimento quando este murchou. — Eu preciso estar relaxado para amanhã, não de ressaca.

— E desde quando você tem ressaca, Park Jimin? — apontou o ginasta, rindo da própria pergunta retórica. — Mais fácil você fazer todos nós entrarmos em coma alcoólico por tentar te acompanhar — ele terminou de falar, fazendo o esgrimista rir igualmente, contagiando até os demais que, até aquele momento, não haviam falado algo.

— Ficaríamos muito felizes em ter sua companhia, Jimin — um dos três, o mais alto e com certeza bonito, falou. Estranhamente, Kim Taehyung estreitou seus olhos em direção ao homem, que imediatamente se calou.

— Sim, honey, por favorzinho — ele pediu, abraçando-o uma segunda vez.

E Jimin, como poucos sabiam, não era a melhor pessoa em dizer não, ainda mais para pessoas manhosas como o brasileiro loiro, então aceitou o convite de qualquer forma, ainda que estivesse muito nervoso para realmente gostar da ideia.

Após avisar a Namjoon para onde ia, tentou pensar positivo sobre como poderia conhecer mais atletas, talvez paquerar o rapaz alto, ou, quem sabe, conhecer alguém no bar. Eram muitas possibilidades boas, que foram todas descartadas quando, ao reencontrar Taehyung, Jimin viu Min Yoongi e mais um atleta coreano junto. Por alguns segundos, seu cérebro não quis acreditar na cena, na cara entediada do outro esgrimista e na audácia do Kim em estar sorrindo tão grande em sua direção ao perceber sua reação.

Seus pés quase travaram, tentados a virar de costas e fugir, mas, em um pensamento curto e pouco calculado, o rapaz de cabelos cinzentos seguiu em frente, percebendo aos poucos que, diferente dos demais da equipe coreana, o garoto ao lado de Yoongi não parecia olhá-lo com desprezo, e isso já era muita coisa para si.

Alcançou-os, não tão animado quanto tentou ficar, tendo seu braço direito sendo enlaçado pelo esquerdo de Taehyung e sendo arrastado por este em direção ao estacionamento exclusivo.

Todos, exceto o ginasta, pareceram se perguntar por que diabos Taehyung tinha uma minivan o esperando e como alguém em sã consciência havia entregado em suas mãos a chave do automóvel. Entretanto, sem opções, entraram ali mesmo assim.

Em comum acordo silencioso, que Jimin ainda não havia entendido, quem sentou ao lado do Kim, que ia dirigindo, foi o rapaz alto, que sorria para absolutamente todas as gracinhas do ginasta, mesmo as piores. De repente, ele havia sido completamente descartado das ideias de flerte do esgrimista inglês, que havia sentado no fundo da van ao lado do rapaz que acompanhava Yoongi.

Durante o percurso não tão longo, Wooyoung — como havia se apresentado — foi o primeiro a puxar assunto com o Park, até mesmo elogiando suas habilidades. Os quinze minutos até o bar foram ainda mais curtos da perspectiva dos dois novos conhecidos, mas quase eternos para o Min, que estava sentado no banco da frente escutando seu companheiro de equipe babar em cima do concorrente.

Ao finalmente chegarem, o rapaz que Jimin já supunha ser o par de Taehyung foi até a recepção do local, utilizando do francês que nenhum dos outros sabia falar tão bem para pedir um local mais reservado para os sete.

O dono do local pareceu muito feliz em atender atletas estrangeiros e os levou para um cantinho afastado, ao ar livre, protegido por uma cobertura e paredes de vidro fosco.

Dali, eles conseguiam ver o que se passava dentro do bar, mas o contrário não acontecia.

— Ele levou a sério nossa privacidade — um dos três atletas que Jimin não conhecia disse, sorrindo grande. — Aliás, eu sou Jungkook, caso não me conheçam.

De um a um, apresentaram-se ao se sentarem à mesa grande. Wooyoung sentou ao lado de Jimin, que estava na extremidade da mesa retangular, e Yoongi sentou-se bem em frente a eles, ao lado de Seokjin, o rapaz alto e, antes, sem nome.

— Você realmente jogou frisbee antes da esgrima? — em algum momento, após pedirem suas bebidas, o patinador russo, Victor, perguntou a Jimin, chamando a atenção de todos para o loiro. — Eu sempre me perguntei se os jornais inventaram essas coisas sobre você.

Jimin sorriu, achando fofo o sotaque do rapaz, assim como o fato de ele escolher um tópico tão aleatório para iniciar a conversa.

— Para ser sincero, eu não lembro tão bem — respondeu, sentindo suas orelhas pinicarem de calor e vergonha. — Eu pratiquei muitos esportes mesmo, até perceber que meu negócio não era correr atrás de algum objeto.

Todos riram, exceto Yoongi, que não falava inglês tão bem, mas fingiu que era apenas antipatia.

As bebidas foram servidas e, aos poucos, cada um se soltava de alguma forma. O primeiro a puxar assunto foi Jungkook, que começou a contar sobre como odiava areia, e, mesmo assim, havia praticado e gostado de vôlei de praia.

Não demorou muito para Taehyung começar a explicar como era flexível o suficiente para enxergar as próprias partes íntimas de perto, e Wooyoung, o mais novo entre eles, salvar a todos do constrangimento ao contar sobre como Jimin fora uma inspiração para ele, contribuindo muitíssimo para que o Park sentisse mais vontade de se esconder de vergonha.

Na terceira rodada de bebidas misturadas e conversas aleatórias, apenas Yoongi e Jimin pareciam ainda sóbrios, enquanto os demais riam alto e contavam sobre suas histórias.

Foi, então, a primeira vez que os dois se olharam realmente naquela noite. O Park tinha as bochechas vermelhas e sardas mais perceptíveis por isso, e o Min culpava totalmente sua bebida por ter achado a cena bonita.

— Por que você me odeia? — o esgrimista mais novo teve coragem de perguntar, segurando sua cerveja com uma mão e seu rosto com a outra.

Ninguém estava prestando atenção neles, perdidos em brincadeiras ébrias entre eles.

— Eu não te odeio — retrucou o Min, bebendo um gole de seu copo antes de continuar olhando para a bebida. — Você sabe falar coreano? Inglês não é meu melhor idioma.

Talvez fosse a cerveja, o calor ambiente ou a alegria ao redor, mas Jimin não se sentiu ofendido com a pergunta, nem mesmo sentiu vontade de respondê-la de forma ruim.

— Sei sim — respondeu na língua indicada, recebendo um aceno em resposta. — Se não me odeia, o que te faz ser sempre tão arisco comigo?

Estranhamente, o outro sorriu.

— Você tem sotaque.

Jimin, com certeza, atribuiria à bebida o frio que o sorriso do Min causou em seu estômago.

— Você não me respondeu — inquiriu, bebendo um pouco mais.

— Não gosto da forma que você representa nosso país sem nem ao menos conhecê-lo — Yoongi finalmente disse, após alguns segundos pensando. — Veja bem, esgrima não é o esporte favorito dos jovens coreanos, mas quando eles se interessam... — Ele apontou em direção a Wooyoung, que estava com sua cabeça deitada sobre a mesa, olhando para Jungkook. — Eles não vêem os nossos atletas, mas sim você e outros europeus que odeiam nossa cultura.

— Eu não odeio sua cultura. Talvez não concorde com algumas questões, mas não odeio — respondeu, mexendo em seus cabelos, em um tique nervoso que tinha às vezes. — Entendo o que está falando, até concordo em certo ponto, mas eu nunca demonstrei qualquer coisa que pudesse te dar essas ideias sobre mim. Eu não conhecer a Coreia do Sul não é, de fato, por eu odiá-la, mas sim por eu nunca ter tido a oportunidade.

— Você é rico — o outro afirmou, sorrindo sarcástico. — Que tipo de oportunidade te faltou para isso?

O Park deixou o copo sobre a mesa, soltando também seu rosto e entrelaçando seus dedos.

— Olha, eu não falo muito disso, nem acho que te devo satisfações, mas…

Ele respirou fundo, mordendo o lábio inferior antes de falar:

— Eu não sou bom com pessoas, mas também tenho medo de estar sozinho… Se não fosse o meu treinador, talvez eu nem estivesse aqui. Meus pais viveram uma relação de amor e ódio por anos com o nosso país, e hoje não há quem convença qualquer um dos dois a entrar em um avião para ir até lá. Eu tenho vontade de conhecer o país que nasci, mas também tenho medo, e a forma que você e os outros atletas me trataram por todos esses anos também não ajudou muito.

Jimin terminou de falar e permaneceu olhando para a mesa de madeira envernizada, decorando os desenhos das fibras marrons ali conservadas. Demorou alguns segundos para a voz de Yoongi ser novamente ouvida por Jimin, quando ele finalmente suspirou e falou:

— Me desculpe — ele pediu, chamando a atenção dos olhos do Park, que ardiam. — De verdade, me desculpe.

O Min estava com as mãos juntinhas, com a cabeça e costas curvadas para frente, exatamente como Jimin fazia quando pequeno para seus pais, pedindo perdão por alguma besteira que fizera.

Acabou rindo fraquinho, não pelo pedido dele, nem por embriaguez, mas por ter achado engraçado, até mesmo fofo, o jeito dele.

De primeira, o Min levantou seu rosto em sua direção, confuso e um pouco irritado. Entretanto, percebeu o sorriso bonito do Park, então sorriu também, coçando os fios pretos e bem aparados de sua nuca, desviando os olhos dele.

Era um sorriso muito bonito, ainda mais em complemento às bochechas ainda coradas.

A simpatia momentânea foi o suficiente para continuarem a conversa, variando de como um iria ganhar do outro no dia posterior, ao fato de talvez estarem bêbados o suficiente para finalmente ir para o hotel.


[...]


Segurando Jimin pela cintura, Yoongi o ajudou a sair do táxi, evitando que a falta de equilíbrio o jogasse na calçada. Nenhum dos dois estava realmente sóbrio, mas o mais velho tinha muito mais firmeza em suas pernas do que o outro, que não conseguia parar de rir do motorista.

— Não foi tão engraçado assim, Park — reclamou o mais velho, segurando o riso com sua face falsamente emburrada.

— É claro que foi — o loiro respondeu, ainda rindo, segurando-se nele com o braço direito sobre seus ombros.

— Você não parece uma fada, cara.

O Park gargalhou, contagiando o outro de qualquer forma.

— Mas essa é a graça! Eu também não acho isso, mas ele sim.

Quando todos resolveram que era uma boa hora para retornarem aos seus hotéis, Yoongi e Jimin descobriram que estavam hospedados no mesmo lugar, apenas em andares diferentes, e assim acabaram dividindo o mesmo carro, onde o taxista claramente havia achado o loiro interessante.

Os dois passaram pela recepção fingindo muito mal que não estavam bêbados, cumprimentando os atendentes em coreano sem nem ao menos perceberem. Entraram no elevador sem aguentar segurar a incontável onda de risadas que os tomou sem motivo plausível.

Dentro da caixa metálica, só perceberam segundos depois que ela não se mexia e que não haviam apertado qualquer botão.

— Sabe, tem chocolate no meu quarto — Jimin comentou, fazendo o moreno bater na própria testa e rir mais uma vez, ainda o segurando perto, pela cintura.

— É assim que você convence as pessoas a irem para o seu quarto?

— Só as rabugentas — retrucou, apertando o botão de seu andar e somente ele.

O mais velho beliscou sua cintura, em uma intimidade que apenas a bebida permitiria que ele tivesse com o outro. Não negou ou pediu para apertar seu próprio botão, no entanto, apenas se deixando levar pela leveza que o Park parecia também sentir.

— Você gosta daqui? — perguntou o mais novo, depois de pular pelas cócegas que o beliscão causou.

— Do elevador? Não exatamente.

— Não se faça de idiota! — Cutucou-o no pescoço, rindo do tremelique que causou. — Estou falando de Paris.

— Pra falar a verdade, o lugar é bonito até, mas odeio a comida…

— Não é?! — Jimin alterou a voz, deixando-a mais alta, segurando o queixo do outro para fitar em seus olhos. — Eu odeio a comida daqui, Yoongi! É um dos meus desgostos!

Enrubescendo, o outro desviou os olhos dos dele. Acabou encontrando os lábios carnudos, forçando-se a fechar suas pálpebras para não dar a impressão errada que até seu eu bêbado percebia que poderia dar.

Jimin não pareceu reparar, continuando a divagar sobre como deveriam ter mais restaurantes estrangeiros por ali.

Quando o elevador anunciou que haviam chegado ao andar, o Min tentava se fazer não pensar em como a cintura de Jimin parecia quente sob seu toque, ou sobre como os lábios dele eram realmente bonitos, enquanto o outro parecia completamente alheio à confusão que causara no mais velho.

O Park se soltou dos braços do outro e fez sinal de silêncio em direção ao convidado, apontando com a outra mão em direção ao quarto ao lado.

— Namjoon hyung está dormindo ali — avisou com os olhos arregalados. — Se ele souber que estou chegando agora, amanhã vou ouvir por horas.

— Você o chama de hyung? — Yoongi perguntou, surpreso.

Enquanto destrancava sua porta com o cartão de acesso, Jimin sorriu e o fitou por cima de seu ombro.

— Só longe dele.

Eles entraram no quarto, tirando seus sapatos e meias ainda na porta. O silêncio finalmente os atingiu, incomodando-os até o Park indicar para que entrassem de vez.

Jimin começava a se sentir menos embriagado, principalmente por começar a perceber o quão incomum era aquela situação. A falta de diálogo pareceu algo que faria Yoongi fugir, então o loiro correu até sua cama gigante e pulou no móvel, balançando seu corpo com as molas, fazendo o outro olhá-lo de longe, achando graça.

— Pode deitar também, Yoongi — disse, virando-se, ainda deitado, em direção ao frigobar ao lado da cama.

Deixou seu celular em cima do eletrodoméstico e esticou-se para abrir a tampa da pequena geladeira, de onde retirou uma barrinha de chocolate ao leite.

Muito menos ágil que o anfitrião, o moreno caminhou até o leito de casal e sentou-se na beirada, cada vez mais consciente sobre a estranheza do momento.

— Yoongi? — Jimin o chamou, batendo no espaço ao seu lado, quando recebeu a atenção do mais velho. Balançou, na outra mão, o pacote de chocolate. — Pode deitar — repetiu, sorrindo aberto, até seus olhos fecharem-se completamente.

Acanhado, o moreno o fez, subindo e finalmente deitando ao lado dele. O Park virou em sua direção, vendo-o fazer o mesmo, entregando, então, o pacote para ele.

— Começou a ficar estranho, não é? — mais uma vez falou, observando o mais velho abrir o chocolate e quebrar um pedaço da barra.

Ele balançou a cabeça positivamente, entregando de volta o pacote e mordendo o pedaço do doce.

— Há umas sete horas, eu nem queria ver sua cara e agora estou na sua cama.

O mais novo quebrou sua parte do chocolate com os dentes, escondendo, com a mastigação, a graça que achou da fala do outro. Yoongi não olhava em seus olhos, o que o incomodava um pouco.

— Há sete horas, eu estava pensando no quanto você era desagradável e agora estou dividindo com você a única barra de chocolate do meu quarto.

Os dois morderam novamente o doce, rindo baixinho.

— Por que você não olha nos meus olhos? — Jimin novamente tomou iniciativa em falar e ficou ainda mais curioso quando sua indagação pareceu constrangê-lo.

— Por nada.

Empurrando o último pedaço em sua mão dentro da boca e deixando o pacote de lado, o Park usou seus dedos para empurrar o queixo alheio para cima, para encontrar seus olhos nos dele. Ele gostava dos olhos de Yoongi, mesmo quando os dois não se suportavam no geral.

O Min piscou várias vezes, focando uma e outra íris. Não conseguiu sustentar a troca de olhares por muito tempo, descendo sua vista mais uma vez aos lábios chamativos do outro esgrimista. Jimin acompanhou o caminho de seus mirantes, enxergando os lábios finos e bonitos do moreno.

Yoongi sentiu seu coração acelerar como acontecia em cima da pista de competição, com o nervosismo triplicando quando o rosto bonito do loiro se aproximou do seu mais e mais. O sorriso ladino que surgiu nos lábios que encarava foi o suficiente para se deixar levar a mão livre até a bochecha corada do Park.

Não era o primeiro beijo de qualquer um dos dois, ou a primeira vez que o faziam casualmente com alguém, nem mesmo a posição mais confortável, mas havia algo particularmente bom na forma que os lábios grossos de Jimin cobriam completamente os finos e macios, no gosto sutil de chocolate e conhecimento, na vontade que não realmente sabiam ter.

O lábio inferior do moreno pareceu derreter entre os do mais novo, tal qual o pedaço de chocolate fazia entre seus dedos apertados. A brandura do ato, do pescar de beiços e a timidez em aprofundá-lo, começou a arder em seu peito, refletindo em seus dígitos buscando a pele do pescoço dele. Puxou-o para mais perto, aproveitando a quentura que se espalhava de suas bocas uma na outra e de seus tatos distintos.

Yoongi se atreveu a deslizar sua língua no lábio que capturou, suspirando ao perceber o mesmo reflexo alheio. Com delicadeza, diferente da firmeza que sentiu no aperto que foi dado em sua nuca pelos dedos de Jimin, invadiu a boca do inglês, ouvindo-o gemer fraquinho.

O ósculo se tornou um pouco mais afoito, explorador, aproximando seus corpos involuntariamente.

Jimin, seguindo suas vontades, ergueu seu tronco ainda o beijando. Ficou de joelhos e se pôs sobre o corpo mais magro que o seu, com uma perna em cada lado dos quadris alheios, segurando com as duas mãos o rosto dele.

O Min mordeu o lábio inferior dele, sorrindo bobo. Ele empurrou Jimin apenas o suficiente para conseguir falar.

— O que estamos fazendo? — indagou baixinho, ainda de olhos fechados.

— Não sei — respondeu sinceramente, selando o queixo dele. — Você quer parar?

O rubor começava a se espalhar até o pescoço pálido do mais velho, que, ainda de olhos fechados, negou com a cabeça.

— Mas minha mão... — Ele a levantou, finalmente abrindo os olhos em direção a ela e mostrando os dois dedos melados de chocolate, com o pedaço ainda ali. — Talvez não concorde com isso.

Não soube dizer se o que o excitou mais foi o sorriso ladino ou a forma que o Park se pôs imediatamente a cobrir o dedão e indicador dele com os lábios, sugando-os devagar. Puxou o doce ao seu paladar com a língua, causando a sensação de sucção que povoou muito facilmente o imaginário do rapaz.

Yoongi vergonhosamente arfou. Seu corpo inteiro esquentou apenas com a imagem dos lábios ainda mais proeminentes ao redor de seus dedos.

Os olhos de Jimin encontraram os seus, ambos com os rostos vermelhos pelo som feito pelo mais velho.

Antes que se perdesse em acanho, Jimin o beijou novamente, deitando seu corpo sobre o dele. Sentiu seu ego inflar ao ter a ereção dele em contato com sua virilha.

O gosto de chocolate estava mais forte em ambos os paladares, mas Yoongi estava muito mais concentrado em todas as informações vindas de seu tato: os cabelos macios e cinzentos entre seus dez dedos, perdidos neles; as roupas quentes pela vontade de tirá-las; e sua intimidade pulsionando a cada deslizar mínimo de quadril feito por Jimin.

O álcool não parecia mais em seu organismo, mas a lascívia o embriagava mais e mais, ao ponto de fazê-lo levantar os quadris em direção aos alheios, gemendo contra a boca dele quando ele retribuiu o movimento.

Já conseguia perceber a extensão tesa de Jimin contra a sua, quando ele mordiscou seu queixo e começou a descer.

Abriu seus olhos quando o sentiu lamber seu pomo de adão, revirando-os ao receber uma mordida fraca no músculo ao lado, na lateral do pescoço. Apertou os cabelos cinzentos para descontar o prazer que a língua e a sucção na área o causaram em seguida.

Jimin era bom naquilo, em provocar, marcar, então continuou a fazê-lo. Repetiu, manchando levemente a pele pálida e descendo à clavícula protegida pela camisa cor de vinho. Subiu ao outro lado, parando apenas ao alcançar a orelha corada do homem, mordiscando o lóbulo e sussurrando:

— Gostoso — elogiou, investindo sua virilha na dele, sentindo-o tremer sob si.

As mãos do mais velho desceram aos seus ombros, apertando-os.

— Jimin — sussurrou de volta, em um gemido mal disfarçado.

— Hum? — o mais novo murmurou contra seu ouvido, de repente se levantando e sentando, não intencionalmente, sobre a ereção dele.

Yoongi segurou sua cintura em reflexo, jogando a cabeça para trás em pura vontade.

As coxas e joelhos do loiro se fecharam até onde conseguiu, apertando parte das laterais da cintura dele. Então, fez o que resultou em mais um gemido, não tão baixo, do mais velho: seu traseiro deslizou lentamente sobre a ereção, com suas mãos lhe dando apoio sobre o peito vacilante dele.

Jimin sentiu as unhas curtas dele sendo cravadas em sua cintura, enquanto viu os olhos pequenos se espremerem e a boca pequena se abrir sem fazer qualquer som.

Continuou a rebolar, sorrindo satisfeito pela forma que o esgrimista pareceu aproveitar aquilo.

— Acho que você não quer parar agora, não é? — perguntou enquanto desabotoava sua própria camisa, finalmente o fazendo abrir os olhos.

Quando retirou o último botão do lugar, Yoongi levantou em sua direção, segurando as laterais da camisa branca e o puxando para mais um beijo.

As mãos grandes dele empurraram o tecido para longe, tocando a pele morna e bronzeada do mais baixo.

Entre beijos e suspiros, os dois despiram um ao outro, ignorando a confusão que suas mentes queriam criar naquele momento.

Jimin acabou deitando novamente na cama, quando Yoongi quis admirá-lo. O mais velho selou a clavícula bem marcada do atleta, descendo ao peito levemente definido.

— Você está fazendo tão bem — Jimin afirmou, segurando os próprios cabelos, puxando-os e revirando os olhos, enquanto o outro lambia seu mamilo pela primeira vez. — Ah, isso é bom.

Ele o mordiscou ao redor do ponto entumecido com mais força que calculara, excitando-se ainda mais com os elogios que o Park insistia em soltar.

Seus carinhos desceram pelo tronco dele, acompanhando os movimentos de sua respiração acelerada. Chegou à virilha quando o pênis dele pulsou contra seu queixo e as mãos bateram na cama, arranhando os lençóis.

Yoongi sabia que o fato de Jimin ser tão vocal iria persegui-lo por dias, porque ele gostava disso e, para o desespero do seu eu futuro, gostava exatamente como estava escutando-o fazer.

Sua língua captou a pequena poça de pré-gozo embaixo da glande, deslizando sob ela apenas para provocar e recebendo o gemido arrastado do rapaz.

— Yoon — o loiro chamou, contorcendo-se de prazer. — Eu não tenho camisinha.

Os lábios do moreno já se arrastavam pela metade de sua extensão, engolindo a lubrificação que escorria diretamente na sua língua. Chegou à base do membro com seus olhos se enchendo de lágrimas pelo incômodo na garganta, mas continuou, pois era bom. Era bom ouvir a voz do mais novo se elevando, o pênis pulsando em seu palato e sentir o gosto agridoce.

Subiu succionando com força, criando vincos em suas bochechas, e desceu com a boca se enchendo de saliva, molhando o ato. Repetiu e repetiu, sendo cercado pelas coxas grossas do Park, que não conseguia controlar os espasmos de prazer.

— Yoongi — mais uma vez chamou, fechando suas pernas ao redor dele. Ele observava de cima os cabelos escuros subirem e descerem, os olhos pequenos fechados e os lábios vermelhos e esticados ao redor de si. — Você é tão bom. Meu Deus, você é tão bom.

O Min pensou que ele era bom, tão bom que não precisava tocá-lo para fazê-lo ficar duro como estava.

Quando Jimin estendeu um gemido fino e, aos seus ouvidos, gostoso, sentiu-o derramar-se em sua boca, o gozo chegando à garganta e bochechas internamente, escorrendo um pouco para seus lábios pela posição. Engoliu tudo que conseguiu, mesmo não apreciando o gosto; limpou todo o membro com sua língua, fazendo o mais novo segurar seus cabelos com força e tremer ainda mais.

— Devagar — pediu baixinho, suas coxas tendo leves espasmos ao redor do homem.

Ainda que sua ereção estivesse o incomodando entre as pernas, o mais velho resolveu que ali terminariam, uma vez que sem camisinha não deveriam fazer nada. Desvencilhou-se com cuidado das pernas trêmulas, engatinhando para deitar ao lado do acinzentado.

Alguns segundos em silêncio se passaram, com a excitação de Yoongi não o deixando e Jimin pondo seus pensamentos em ordem após o orgasmo.

A visão do loiro captou a respiração sôfrega do outro e a ereção intacta apontando para cima. Sem dizer qualquer coisa, repetiu o ato que os fez chegar ali, puxando o rosto alheio pelo queixo em sua direção, fazendo-o olhar em seus olhos.

— Eu sempre gostei dos seus olhos — elogiou, descendo sua outra mão ao abdômen dele. — Eles são tão bonitos.

Sua palma cobriu a base do falo e seus dedos se fecharam ao redor dele. Yoongi suspirou, cerrando os olhos mais uma vez.

— Não, amor — disse, esfregando seu nariz devagar no dele e masturbando-o lentamente da mesma forma. — Olha pra mim — pediu, mordendo o lábio dele para não se deixar morder as bochechas rosadas. — Isso.

Sorriu ao vê-lo fitar seu rosto, mesmo que com as pálpebras pouquíssimo abertas.

Desceu e subiu o toque íntimo, apertando com gosto os relevos e a quentura do membro, encarando de perto quando ele gemeu baixinho. Começou a masturbá-lo mais rápido, acompanhando o corpo dele reagir mais e mais. Guardou para si a imagem de quando as sobrancelhas dele se levantaram, ao mesmo tempo que suas írises rolaram para trás.

Não se privou de beijá-lo novamente, recebendo dele a mesma vontade.

Yoongi gemeu mais uma vez, entre suas línguas, e finalmente chegou ao seu ápice, sujando a mão que continuou o estimulando e massageando a glande sensível.

Continuaram assim, então, trocando ósculos e carinhos até serem vencidos pelo cansaço.


[...]


O alarme de Jimin era irritante, ele sabia disso e o havia escolhido por este motivo. Não importava quão bom estivesse seu sono, apenas o som estridente do telefone o fazia pular da cama em instantes.

Entretanto, duas coisas estavam fora do lugar: seu telefone e seu corpo, uma vez que o primeiro estava sobre o frigobar, e o segundo, sobre Yoongi, abraçado a ele.

Os dois com certeza não estavam tão bêbados assim para esquecer de tudo — desconfiava que estavam até sóbrios demais —, mas, mesmo assim, foi um choque acordar nos braços do coreano. Aos poucos, pôde reconhecer a mesma estranheza na expressão recém-desperta dele.

— Bom dia — disse baixinho, percebendo que o Min também começava a perceber o que havia acontecido.

— Bom dia — ele respondeu na mesma altura, virando-se em direção ao frigobar e pegando o celular que ecoava barulhos estranhos. — Seu celular enlouqueceu.

Jimin pegou-lhe e desativou, finalmente saindo de cima do mais velho. Sentia sua cabeça doer levemente; realmente não tinha ressaca, mas não costumava passar a noite quase toda acordado após beber.

— Hum, bem... Jimin? — Yoongi começou, vermelho, como parecia ser sua cor natural ao lado do loiro. — Eu, bem, tenho que treinar e, bem... — Ele cobriu sua nudez do tronco com o lençol. — Tomar um banho.

Não era um convite ou uma tentativa de diálogo, e o Park o entendeu. Havia sido uma coisa de uma só noite, imaginou. Não costumava criar expectativas naturalmente, às vezes tendendo apenas ao negativismo, então aceitou que talvez realmente não fosse para funcionar.

— Você pode tomar banho no meu banheiro, eu te empresto umas roupas ao menos para você chegar no seu quarto. Mas, antes, só me deixe fazer xixi e, bem, lavar as mãos…

O entendimento ficou no ar, envergonhando os dois, até Jimin se levantar e ir, ainda nu, ao banheiro. Ele ainda conseguiu sentir os olhos do outro o acompanhando, mas preferiu não pensar demais em para onde ele estava olhando.

Em ambos os casos, enquanto estavam sozinhos no banheiro, os dois tentaram não pensar em toda a estranheza e o desconforto, evitando igualmente fazer o outro sentir-se assim.

Quando Yoongi estava vestido com as roupas de Jimin, segurando suas roupas sujas, os dois finalmente se encararam na porta do quarto do mais novo.

O Park não esperava uma despedida calorosa, muito menos romântica, mas ficou feliz pelo moreno parecer tão perdido quanto ele, ainda mais quando o viu se aproximar olhando para seu cabelo e fazer carinho nele, descendo para sua orelha e brincando com os brincos nela.

— Obrigado — ele disse, parando o carinho e o olhando por segundos nos olhos, mas desviando rapidamente o olhar para os lábios que ainda lembrava de ter beijado. — Até mais tarde.

— Até. — Jimin sorriu, acompanhando-o ir até o elevador e sumir de sua vista.

Para sua má sorte, Namjoon estava em pé, logo ao lado, observando a cena por tempo suficiente. Ele levantou uma das sobrancelhas, como se quisesse explicações, mas o Park preferiu fingir que não o viu, trancando-se no quarto até o horário que deixasse de se sentir estranho.


[...]


Kim Namjoon tinha certeza que havia algo errado com seu pupilo, pois, em momento algum, ouviu-o reclamar sobre aquele lugar ou sobre como a comida estava terrível.

Ele não havia explicado o porquê de Min Yoongi ter saído de seu quarto às 5h da manhã, e o treinador não queria constrangê-lo comentando que tinha ouvido os gemidos na noite anterior, então permaneceram longe do tópico, assim como todos os outros que pudessem introduzir o outro esgrimista à conversa.

Chegaram à arena não tão cedo quanto no dia anterior e, para sua surpresa, o novo atleta da equipe coreana correu em direção a Jimin assim que o viu, segurando suas mãos e desejando sorte a ele.

A noite anterior definitivamente havia sido algo, mas sentia o mais novo menos alegre do que deveria estar.

Quando as competições começaram, Jimin o abraçou com força, como sempre fazia, mas seus olhos estavam carregados de muito mais que o nervosismo normal.

Viu-o ter sucesso na competição, garantindo sua ida ao pódio. Então, o esperado aconteceu: Min Yoongi e Park Jimin eram os nomes para a final, onde definiriam o ouro e a prata.

— Você vai conseguir — afirmou pela incontável vez, segurando o rosto atordoado do aluno. — Você merece o ouro, Jimin.

Eles estavam sentados no vestiário, tentando evitar a gritaria da torcida do lado de fora.

— Ele também merece o ouro — retrucou, não realmente discordando do Kim, mas sim nervoso demais para apenas ouvir.

— Não é assim que se fala! — o treinador brigou, acabando por rir da cara espantada do Park. — Vamos lá, Minie, dará tudo certo.

Não deu.

Não quando subiu na pista e, do outro lado, enxergou o rosto igualmente nervoso de seu adversário, ou quando o viu sorrir daquele jeito que poderia chamar de covardia.

Os dois eram profissionais, mas ainda sentiram as pernas trêmulas quando se aproximaram e tocaram, com as pontas dos floretes, nos troncos um do outro, acionando os sinais de luz e som.

O estômago de Yoongi revirou ao ler os lábios alheios sibilarem “Boa sorte” em seu idioma, mas correspondeu o desejo, curvando-se para ele antes de vestir a proteção de cabeça.

O Park o imitou, finalmente escutando a campainha do árbitro dar início à competição.

Yoongi sabia que Jimin não tinha segurança em ataques rápidos e próximos, enquanto o mais novo conhecia a forma como o coreano utilizava da flecha com bastante frequência. Os dois eram opostos em suas técnicas e sabiam disso.

Não demorou para que o Min, mais experiente, alcançasse o adversário e pontuasse a primeira vez, causando palmas e até alguns gritos distintos.

Cinco minutos de disputa, ele continuava em vantagem, preocupando Namjoon e enchendo os comentaristas de especulações.

Jimin demorou para finalmente conseguir aumentar sua pontuação, empatando com o outro ao acertar na direção de uma de suas costelas.

Assim continuaram, até os dez minutos de prova chegarem e apenas um ponto faltar para qualquer um dos dois subir no topo do pódio. Yoongi havia acabado de pontuar, e eles ainda estavam afastados, esperando o sinal do árbitro para reiniciar.

Debaixo da proteção, o Min lambeu os lábios ressecados, dando os primeiros passos quando a campainha soou. Foi então que viu Jimin tentar o movimento que sempre falhava: três passos rápidos. Três passos que o desestabilizavam.

Tentou o atacar na direção da clavícula, aproveitando-se da fragilidade que costumeiramente afligia o oponente após aquela falha. Mas, Jimin não falhou, acertando-o no peitoral contrário exatamente no mesmo instante que foi acertado.

Os dois lados da pista se acenderam, e a plateia explodiu em palmas.

Por segundos, Yoongi não se lembrou das regras do jogo, impressionado pela forma que Jimin havia enganado suas expectativas. Então, ao vê-lo retirar o capacete e sorrir, estendendo a mão em sua direção, lembrou-se.

O primeiro a atacar recebia o ponto em um empate. Yoongi havia ganhado a partida.

Ele arrancou seu capacete com felicidade que não soube conter, assim como abraçou o adversário sem pensar demais, desmanchando-se em lágrimas por seu primeiro ouro.

Igualmente impensado, o Park segurou suas bochechas e limpou as lágrimas com seus dedões, rindo de como o adversário havia perdido completamente a compostura, ainda jogado em cima dele.

Os dois mereciam o ouro, mas, daquela vez, a medalha iria para a Coreia do Sul.


[...]


Após a subida ao pódio e a premiação, os jornalistas haviam cercado os três ganhadores, dando atenção especial ao coreano, que tentava responder da melhor forma possível às perguntas em inglês.

Mas, exceto os momentos públicos durante e depois da competição, os dois esgrimistas não se falaram mais.

Jimin não sabia dizer se era vergonha ou simplesmente falta de coragem de admitir que havia gostado do que viveram na noite anterior, mas sabia que a possibilidade de se repetir dependia única e exclusivamente de uma simples atitude de qualquer um dos dois.

O problema era: e se ele fosse o único que desejava repetir? Principalmente, quem sabe, totalmente sóbrio na próxima.

Já era noite e, daquela vez, Taehyung não estava mais na cidade para levá-lo a um bar qualquer, muito menos havia qualquer possibilidade de Namjoon sair de seu quarto depois das sete.

Para o ganhador da medalha de prata, não haveria comemoração.

Exatamente como havia feito no primeiro dia, deitou-se na cama e deixou que seus pensamentos corressem por tudo que quisessem, inclusive o esgrimista coreano.

Não mentiria para si mesmo, dizendo que o desfecho havia o agradado, mas também não fingiria estar em um romance literário, onde correr atrás de alguém parecia tão fácil.

Sendo assim, não criou expectativas ao ouvir as batidas em sua porta, muito menos se decepcionou ao encontrar Namjoon ali, segurando uma garrafa de suco de uva.

— Você sabe, eu não bebo muito — ele se justificou, rindo junto ao pupilo. — Mas finja que é um de seus vinhos caros.

Sentados sobre a cama e bebendo o suco pela boca da garrafa — já que o mais velho esquecera os copos —, Jimin contou sobre a noite anterior ao treinador, ocultando certos detalhes, mas focando principalmente em como estava se sentindo.

— Primeiro, Park Jimin, você não me engana. Vocês não ficaram só se beijando a noite inteira. — Ele fez uma expressão similar ao emoji vermelho e irritado que sempre usava. — Segundo, o que você está esperando para falar com ele sobre isso?

— Você ouviu alguma palavra minha, além da noite ter sido beijos?

Namjoon estapeou a própria testa.

— Você está com medo de levar um fora. — Apontou no rosto do loiro com seu dedo indicador, recebendo uma mordida forte nele. — Medroso!

— Não sou! — ele respondeu de forma infantil, fechando a expressão.

— Então vá agora no quarto dele! — desafiou.

— Eu não faço ideia de qual é o quarto dele — contou frustrado, jogando-se no colchão em meio a choramingos. — Ele nem me disse qual era o andar.

Um minuto de silêncio em respeito à morte das esperanças dos dois foi feito.

— Ao menos, vocês transaram — foi o que o Kim disse, rindo e fugindo dos tapas que o outro tentou lhe acertar.

Entre o barulho de risadas e gritos revoltados de Jimin, ouviram três batidas na porta, e Namjoon o olhou com enormes e esperançosos olhos.

— Para um ateu, você tem muita fé — comentou Jimin, indo atender seja lá quem fosse.

E exatamente como na manhã daquele dia, Min Yoongi estava parado em frente à entrada, segurando roupas que daquela vez não eram suas.

— Eu vim te devolver as roupas — disse rápido, quase atropelando as palavras. — Me desculpe por atrapalhar.

O mais novo não conseguiu segurar o sorriso, balançando a cabeça negativamente.

— Não atrapalhou.

O Min entregou a ele a muda de roupas, cruzando os braços em um abraço em si mesmo.

— Estou indo embora hoje ainda. — contou, forçando-se a olhar nos olhos expressivos dele. — Acho que… bem, me sentiria muito mal em ir sem me despedir.

Jimin não soube exatamente o que responder de imediato, encarando-o um pouco triste, levemente espantado.

— Fico feliz que tenha pensado isso e por ter me dado a oportunidade de me despedir — finalmente disse, jogando as roupas dentro do quarto e o fechando, pois sabia que o treinador os espiava. — Espero que tenha uma boa viagem, Yoongi.

O mais velho repetiu o ato da manhã, acariciando seus cabelos e depois a curvatura da orelha adornada de argolas.

— Te vejo daqui quatro anos? — perguntou com ar cômico, disfarçando a pergunta que realmente gostaria de fazer.

Jimin se aproximou mais, inspirado na coragem que há muito deveria ter tido. Rodeou a cintura mais magra que a sua, puxando-o contra si e dizendo:

— Poderia ser semana que vem, em Seul, se você me der seu número.

— Ou em Londres — correspondeu, aproximando-se o suficiente para fazê-lo acreditar em suas palavras. — Em qualquer lugar.

~~~~


Notas Finais: Agradeço muitíssimo a @myoitar | @i5hyun pela capa super fofa e @honeyboy__ pela betagem. Da mesma forma, como sempre, agradeço imensamente a qualquer pessoa que se dispôs a ler mais uma loucura minha <3 Espero encontrar vocês na próxima!

5. September 2021 00:16 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

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