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Yoongi e Jimin estão casados há quatro anos e vivem suas vidas tranquilos em Montreal com a carreira e a paz que sempre desejaram. Após quase seis anos sem visitar seu país natal, resolvem ir para Seul, rever os antigos amigos e participar do Queer Culture Festival. Durante a longa viagem, Yoongi relembra em seus sonhos do dia mais maluco e especial de sua vida: o dia em que encontrou Jimin e sua verdadeira liberdade nesse mesmo festival.


Fan-Fiction Bands/Sänger Nur für über 18-Jährige.

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With you, I'm free

Escrito por: @mydnatk

Notas Iniciais: Olá! Esta é a minha primeira one no 2min e eu estou muito feliz por participar deste projeto lindo. Espero que gostem da fic, ela foi feita com muito amor e carinho 💜

OBS: betado por @sahmellark e capa por @Eclipse_-


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O dia amanheceu bonito em Montreal, o sol brilhava no céu azul sem indício nenhum de que choveria. Isso deixou Jimin animado, afinal, detestava viajar com tempo chuvoso, principalmente de avião. Levantou da cama, sentindo o cheiro bom de café que vinha da cozinha, e caminhou meio desajeitado até lá. Encontrou o marido concentrado, olhando para o café coando no bule. Tão concentrado que sequer notou ele se aproximando.

— Bom dia, Yoon — Jimin falou baixinho, a voz meio rouca por ter recém-despertado. Yoongi assustou-se e virou para o marido, olhando-o com cara feia. — Não briga comigo, não, você que 'tá aí no mundo da lua — o mais novo caçoou, cutucando-o na bochecha.

— Bom dia, Jimin. Vai logo tomar banho, não queremos nos atrasar, não é?

— Sim, senhor, capitão! — Jimin bateu continência e correu para o banheiro para não ouvir os xingamentos do marido. Seus amigos costumavam dizer que eles eram como cão e gato, se provocando o tempo todo e discutindo por assuntos infantis, retrucando um ao outro como duas crianças. Mas Jimin não se importava, ele, na verdade, adorava a dinâmica que seu relacionamento tinha, nunca caíam na mesmice, nunca ficavam no tédio. E o lado bom daquilo tudo era que, no final, Min Yoongi sempre cedia, ele sempre ia até Jimin e dava a ele o que queria.

Depois de tomar um banho relaxante, Jimin sentou à mesa ao lado de Yoongi, enchendo uma xícara com café. O Min entregou a ele um sanduíche, e Jimin agradeceu com um sorriso no rosto.

— Você está nervoso, Yoon? — o mais novo perguntou, apoiando a bochecha sobre a mão, enquanto olhava nos olhos do Min, os cabelos loiros ainda úmidos caindo sobre seu rosto.

— Só um pouco. Ainda é difícil voltar, você sabe — Yoongi respondeu, bebendo seu café. Largou a caneca para tirar os cabelos de Jimin dos olhos e colocá-los para trás, exibindo melhor o rosto bonito.

— Eu sei. Mas agora estamos juntos e nós vamos para aproveitar o festival, nada de pensar em coisas tristes, ok? — Jimin se levantou da cadeira e sentou no colo do marido, deixando um beijo na testa dele e acariciando o rosto que parecia preocupado. — Eu te amo, não esqueça disso. — A expressão de Yoongi suavizou e ele sorriu de leve, deixando um selinho demorado na boca do marido antes de responder:

— Quando foi que eu esqueci? — Os dois sorriram, presos em sua bolha particular, completamente alheios ao mundo lá fora. — Eu também te amo — Yoongi sussurrou e fechou os olhos, recostando a cabeça no peito de Jimin e permitindo-se relaxar e afastar de sua mente as lembranças que perturbavam seus sonhos em algumas noites.


(...)


Yoongi e Jimin caminhavam tranquilamente em direção ao avião, os dedos entrelaçados despreocupadamente. O Min mais velho carregava uma pequena mala de mão com pertences essenciais dos dois, afinal, seria um voo longo, com duas escalas, mas eles não ligavam muito para isso. Fazia quase seis anos que não voltavam para a Coreia, desde que resolveram se mudar para o Canadá para poderem se casar e, também, por uma bolsa que Jimin recebera, e não havia arrependimento nenhum.

Eles amavam o apartamento em que moravam, era o seu lar, sua casa. Yoongi gostava do seu trabalho como advogado em uma grande empresa no centro de Montreal, muito bem sucedido para seus vinte e oito anos de vida. E Jimin, depois de finalizar o mestrado, lecionava arte em uma escola próxima de onde moravam e adorava cada um de seus aluninhos. Eles possuíam a vida que sempre sonharam, mas não acreditavam muito que pudesse ser real, isso até se conhecerem.

Apesar de tudo, estavam ansiosos com a visita a Seul. Iriam para rever seus amigos de longa data, visitar a cidade e participar do Seoul Queer Culture Festival. Esse festival era importante para eles, pois havia sido durante esse mesmo evento que se conheceram alguns anos atrás.

— Você pode pegar uma água pra mim, Yoon? — Jimin perguntou, ajeitando-se sobre a poltrona do avião.

— A aeromoça já está vindo, eu peço para ela.

— Obrigado, amor. — O professor sorriu. Logo a mulher chegou até os seus assentos e Yoongi pediu uma água e um pacotinho com biscoitos. Agradeceu a aeromoça e entregou a Jimin.

— Está ansioso, Jiminnie?

— Não, só com sede mesmo. — Yoongi revirou os olhos, mas sorriu ao mesmo tempo, aproximando seu corpo do de seu marido e deitando a cabeça em seu ombro, pedindo internamente para que não houvesse muitas turbulências.

— Acho que vou dormir um pouco — o advogado falou baixinho, já fechando os olhos. Jimin fechou a cortina da pequena janela do avião e beijou o topo da cabeça de Yoongi, entrelaçando suas mãos sobre o colo dele.

— Pode descansar, amor. Sonhe com o dia em que nos conhecemos — Jimin falou sorrindo. Colocou seus fones no ouvido e logo adormeceu também, com o corpo apoiado ao do marido.


Seul (cinco anos antes)


A cada minuto que se passava, a coragem parecia esvair do corpo de Yoongi. Desde que assumira para a família e os amigos quem ele era de verdade, nunca havia tomado coragem de ir ao festival, aquela seria a primeira vez.

O Seoul Queer Culture Festival, ou apenas SQCF, crescia conforme a passagem dos anos, os apoiadores e participantes aumentavam, mas os “anti” também sempre marcavam presença. Namjoon disse a Yoongi que eles não se importavam, todos possuíam o direito de se expressar e, contanto que não usassem a violência, estava tudo bem. A polícia também estaria lá, então era seguro, certo? Namjoon disse que sim e que ele não ficaria sozinho.

Yoongi encarou seu reflexo no espelho mais uma vez, os cabelos recém-pintados de azul; um azul claro que Hoseok havia escolhido. Gostava daquela cor e achava que combinava com ele, apesar de saber que logo teria de pintar de preto outra vez devido à sua profissão, até lá aproveitaria a cor bonita e delicada.

Ouviu o som característico das mensagens de texto em seu celular e o tirou do bolso da calça jeans, vendo a mensagem de Namjoon avisando que já estavam em Jongno-gu o esperando. Ajeitou a camisa branca e o suspensório uma última vez e respirou fundo. Pegou o capacete, suas chaves e saiu do apartamento um pouco apressado e muito ansioso.


O advogado recém-formado esperava encontrar várias coisas, mas sua imaginação não foi suficiente para lhe mostrar tudo que seus olhos viam ao vivo. Parado, ainda sobre a moto próximo à praça, ele observava aquela quantidade enorme de pessoas, as bandeiras, as estruturas, carros de som e palcos. Sabia que, comparado a outros países, aquele evento ainda era pequeno, mas uau! Para Yoongi, já era um avanço gigantesco.

Seguiu o aplicativo de celular que indicava a localização de seus amigos, sentindo-se bem em meio àquelas pessoas que não ligavam nada para o fato de Yoongi gostar de garotos, pelo fato de ser gay. Ele sorriu para o nada, continuando a caminhar até avistar Namjoon e Hoseok sentados na grama.

O Jung parecia estar amarrando o cabelo do Kim com uma fita das cores do arco-íris e Yoongi achou graça da situação.

— Vocês dois parecem estar no primário ainda — Yoongi falou, sentando-se diante deles. Hoseok abandonou sua tarefa e pulou sobre o amigo, abraçando-o com força. — Ok, bateria recarregada — o mais velho resmungou e Jung socou seu ombro, sorrindo e voltando a dar atenção para o cabelo do namorado.

— Eu nem acredito que você veio, hyung! — Namjoon se pronunciou genuinamente feliz, já que as covinhas acompanhavam seu sorriso. — Isso é muito importante para nós.

— Para mim também, Joonie. Eu estou feliz de ter vindo. Não imaginava que tantas pessoas participavam do festival.

— Cresceu muito nos últimos dois anos. Quando eu ainda estava no ensino médio e vim pela primeira vez, foi um tanto… difícil — Hoseok respondeu, terminando de amarrar a franja do namorado com um laço fofo. — Pronto, Nam. 'Tá tão bonitinho, né, Yoongi hyung?

— Vocês são melosos demais, por que eu ainda suporto vocês?

— Porque você nos ama e somos seus melhores amigos — Namjoon respondeu, se levantando e batendo as calças para limpar resquícios do gramado. — Está quase na hora da parada, você vai de moto, hyung?

— Acho que sim? Não pensei muito nisso. Vocês vieram do quê? — Yoongi perguntou, já planejando ir por onde quer que eles fossem.

— Emprestei a moto da minha irmã — Hoseok respondeu, fazendo um sinal de positivo com as mãos, Yoongi sorriu. — Toma, guardamos umas bandeirinhas pra você, pode enfeitar a sua lata velha. — O Min revirou os olhos, mas aceitou o que o Jung lhe oferecia.

Caminharam juntos até a moto do mais velho, comentando sobre as atrações que já haviam passado e sobre as que ainda aconteceriam no final da caminhada. Quando chegaram até a velha Harley Davidson que pertencera ao avô de Yoongi, Namjoon o ajudou a pendurar as bandeirinhas junto aos espelhos retrovisores.

— A moto de Dawon está um pouco mais longe. Mas nos encontramos na concentração, pode ser? — Hoseok perguntou gentilmente, temendo um pouco deixar o amigo sozinho.

— Eu vou ficar bem, não se preocupem. Nos vemos depois. — O casal assentiu e seguiu seu caminho.

Yoongi observou as pessoas que já se organizavam na rua para começar a caminhada, o fluxo grande de participantes tornava aquilo um tanto perigoso, mas os organizadores tentavam auxiliar ao máximo para que tudo ocorresse sem problemas.

Ele estava um pouco afastado do grupo principal de pessoas, mas muita gente estava andando de um lado para o outro ali. Por isso, levou um susto ao ver uma garota ser empurrada com força e cair de joelhos diante de si. O homem que o fizera correu para o lado oposto, um garoto surgiu do nada gritando para a polícia e apontando para a direção em que o homem que segurava uma placa vermelha com escritas ofensivas corria. Tudo aconteceu rápido demais.

— Você está bem? — Yoongi se abaixou diante da garota, ajudando-a a sentar no asfalto. Os dois joelhos estavam muito ralados e sangrando.

— Acho que não muito — ela respondeu com os olhos marejados, mas uma expressão de raiva cobria sua face.

— Moça! Ai, ai. 'Tá doendo muito? — O garoto de antes voltara até eles e se abaixou ao lado de Yoongi para ajudar.

— Não se preocupem, eu vou ficar bem — a garota de cabelos coloridos respondeu, mas Yoongi notou que ela estava abalada.

— Você tem água na bolsa? Eu posso limpar isso para você, se tiver — o Min falou ainda encarando os joelhos sangrando. Ela apenas negou com a cabeça.

— Eu tenho! — O desconhecido se apressou em falar. Yoongi assentiu para ele. Tirou a camisa branca e rasgou as duas mangas, depois, ainda, dividiu-as ao meio. Pegou a garrafa de água do garoto e molhou uma das quatro partes do tecido.

— Vai doer um pouquinho — Yoongi alertou.

— Pode apertar a minha mão. — O garoto, que Yoongi reparou ser loiro, ofereceu estendendo a mão para ela. A menina aceitou e fechou os olhos com força. Yoongi limpou o ferimento da melhor forma que conseguiu com as coisas improvisadas, depois de limpar, pegou a outra metade de uma das mangas da camisa e amarrou sobre o joelho machucado. Em seguida, repetiu o processo no outro joelho.

— Muito obrigada, eu nem sei como agradecer — a garota respondeu, ficando em pé com a ajuda dos dois.

— Não precisa agradecer. Só, por favor, tome cuidado. — Ela assentiu. Logo, uma outra garota de cabelos ruivos se aproximou, correndo parecendo preocupada. As duas conversaram um pouco afastadas e Yoongi ficou ali encarando o que restara de sua camisa e pensando em como o mundo ainda era cruel.

— Vocês ajudaram minha namorada! — a ruiva disse aos dois, aproximando-se deles de mãos dadas com a outra. — Muito obrigada! Aqui — ela falou, entregando duas pulseiras de fios trançados nas mãos de Yoongi. — É o que eu posso oferecer em recompensa — finalizou e se curvou diversas vezes antes de se afastarem, despedindo-se.

— Você é médico? — Uma voz doce soou atrás de Yoongi e ele se virou, encarando os olhos curiosos do garoto desconhecido.

— Minha mãe é enfermeira, aprendi algumas coisas com ela. Pegue. — Yoongi estendeu uma das pulseiras para ele. — Ela disse que era para agradecer a nós dois. — Jimin pegou o acessório delicado e sorriu sem jeito.

— Eu não fiz nada, só te dei a minha água.

— Chamou a atenção da polícia e deu forças a ela. Isso é fazer muito…

— Jimin — ele respondeu, depois da pausa proposital de Yoongi. — Park Jimin.

— Min Yoongi.

— É um prazer, Yoongi. — Jimin sorriu de canto e Yoongi fez o mesmo, aproximando-se. Em seguida, direcionou a sua pulseira para ele e também o braço esquerdo.

— Amarra pra mim, por favor. — Jimin concordou e fez o que ele pediu, estendendo também o próprio pulso em direção a Yoongi para que ele fizesse o mesmo.

— Obrigado — agradeceram ao mesmo tempo e Yoongi coçou a nuca um pouco encabulado. Jimin jogou os cabelos loiros para trás e encarou os traços bonitos do rosto alheio.

— Você vai caminhar? — Park perguntou, observando a pulseira colorida sobre uma tatuagem no pulso do Min.

— Vou de moto. Quer uma carona?

— Não tem medo que eu possa te assaltar? — Riu provocativo, encarando-o outra vez.

— Com essa carinha de anjo? — Yoongi questionou, colocando as mãos na cintura e observando bem o rosto belo de Jimin, a franja loira e ondulada caindo sobre a testa.

— Saiba que eu não tenho nada de anjo. — A voz do Park diminuiu um tom enquanto ele se aproximava mais de Yoongi. Ele engoliu em seco quando as mãos adornadas por diversos anéis tocaram seu abdômen. — Adorei essa regata. E também esse suspensório.

— Sua jaqueta é muito bonita também — Yoongi respondeu sem saber ao certo o que falar. Aquele garoto era estupendamente lindo e estava flertando na cara dura com ele.

— Ela brilha — Jimin disse sorrindo e olhando para a peça de roupa colorida. — Mas, só para que você saiba, o que tem sob ela é ainda mais bonito. — Yoongi poderia desmaiar ali mesmo, naquele exato momento. Sentiu as pernas bambas com a voz aveludada soando tão perto de seu rosto e com as coisas não tão implícitas que Jimin dizia. Antes que perdesse a sanidade, resolveu que era hora de irem.

— Vem comigo então? — Yoongi perguntou, apontando para a moto.

— Claro que vou. — Jimin sorriu caminhando até o veículo ao lado de Yoongi. O Min ofereceu o capacete a ele, mas Jimin recusou. Ele abriu a bolsa e tirou de lá uma bandeira igual as que estavam presas na moto, mas grande o suficiente para amarrá-la nas costas como se fosse um super-herói. — Agora eu sou o Superman andando na batmoto — o Park caçoou e Yoongi só pode rir da piada idiota. Ligou a chave na ignição e acelerou na direção de onde as outras motos se encontravam, com Park Jimin agarrado à sua cintura.

As pessoas caminhavam seguindo um trio elétrico, onde várias outras dançavam ao som de Born This Way de Lady Gaga, performando enquanto a multidão cantava a plenos pulmões. As motos vinham logo atrás, esvoaçando uma quantidade imensa de bandeiras LGBT. Yoongi sorriu, acelerando um pouco, enquanto ouvia a voz de Jimin ora gritar ora cantar atrás de si, as mãos sempre firmes em sua cintura.

Sentia-se finalmente livre, nada mais importava naquele momento além do que ele estava sentindo. Nada de opiniões, julgamentos ou medos. Aquele era ele, acompanhado de milhares de outras pessoas que apoiavam umas às outras.

— Esse seu cabelo combina perfeitamente com o momento — Jimin falou em seu ouvido. — Tem cor de liberdade, Min Yoongi — ele continuou, antes de se afastar e voltar a cantar. Incrível, Yoongi pensou, era como se ele pudesse ler seus pensamentos.

Quando as pessoas pararam de caminhar e se organizaram na praça outra vez, as motos foram se dispersando para encontrar estacionamentos. Yoongi enxergou Hoseok e Namjoon em meio à multidão e resolveu ir até eles, mas antes que o fizesse, sentiu o aperto de Jimin em sua cintura. Manteve-se parado sobre a moto, os pés firmes no chão para equilibrá-los, enquanto os lábios do Park aproximaram-se de seu ouvido.

— O que acha de dar uma voltinha? Até onde sei, só tem mais uma ou duas apresentações mesmo. — O Min sentiu um arrepio subindo pela coluna, com aqueles lábios perigosos perto demais de seu pescoço.

— Pode ser. Aonde você quer ir? — Yoongi virou o rosto para encará-lo. Jimin sorriu de canto e entregou seu celular ao Min com o aplicativo de localização já indicando para onde ele deveria pilotar. — Você é mesmo surpreendente.

— Você acha? Nunca me disseram isso antes. — Ele sorriu, fazendo os cabelos loiros moverem-se e caírem sobre seus olhos.

— Eu tenho certeza que sim. Segure firme, vou desviar as ruas mais movimentadas — Yoongi respondeu, voltando-se para frente e dando partida na moto. Jimin sorriu abertamente e agarrou na cintura fina com mais força repousando o rosto nas costas do Min.

Enquanto pilotava rapidamente pelas ruas de Seul, desviando dos locais onde sabia que havia policiamento, Yoongi começou a pensar que era muito imprudente e irresponsável mesmo. Não que fosse a primeira vez que ia para casa de um cara que conhecia no mesmo dia, isso era comum quando frequentava as festas da universidade. Mas a situação era diferente.

— Se você continuar pensando tanto assim, sua cabeça vai explodir, Yoongi. — Ouviu a voz de Jimin falando muito perto outra vez. — Meu apartamento é logo ali em frente. — Yoongi apenas assentiu e continuou acelerando até parar diante do prédio. Tirou o celular de Jimin do suporte e devolveu a ele, descendo da moto e tirando a chave da ignição.

— Então…

— Vamos subir, Yoongi, se você quiser claro. — Jimin se aproximou, passando os dedos pelo suspensório dele. — Não precisa ter medo, eu não mordo.

— Idiota. Eu não estou com medo de você. — Yoongi segurou Jimin pelo pulso e começou a caminhar em direção ao prédio, entrando pela porta do hall e arrastando-o até o elevador. Jimin apenas riu da reação repentina e apertou o botão do sexto andar. Assim que seus dedos saíram do painel, sentiu as mãos de Yoongi em sua cintura virando-o rapidamente de frente para ele. — Eu vou te beijar — o Min avisou, mas Jimin apenas sorriu concordando e Yoongi juntou os lábios aos dele.

Jimin tinha um gosto maravilhoso e Yoongi decidiu que queria beijá-lo até ficar sem fôlego, quem sabe ainda mais.

As mãos do Min subiram da cintura pela coluna por baixo da jaqueta dele, explorando o corpo de Jimin da maneira que conseguia, sem soltar seus lábios um segundo sequer. Não sabia quanto tempo havia passado naquele ósculo, até sentir as mãos do Park apertando suas nádegas. Arfou e afastou um pouco o rosto do de Jimin para olhar nos olhos dele, aquele olhar felino parecia engolir cada partícula do seu ser.

Despertou do torpor ao ouvir as portas metálicas se abrindo. Jimin também pareceu sair de um transe naquele momento e entrelaçou os dedos aos dele puxando-o para o corredor.

— Por favor, não ligue para a bagunça — Jimin pediu, abrindo a porta. O apartamento dele era bonito, cheio de cores, quadros e fotografias. Yoongi sorriu, vendo-o pegar algumas roupas espalhadas e sumir com elas pelo corredor. Ele voltou instantes depois, já com os pés descalços e sem a jaqueta no corpo. — Então, onde estávamos? — A voz soou sugestiva e Yoongi se aproximou enlaçando o pescoço dele.

— Acho que eu me lembro vagamente… — sussurrou o mais velho, extremamente próximo aos lábios de Jimin. Eles sorriram cúmplices e se beijaram outra vez.

Jimin começou a caminhar puxando Yoongi em direção ao quarto, empurrou-o com delicadeza, fazendo com que ele sentasse na cama. Os olhos do Min não saíam dele.

Abaixou-se e tirou o tênis de Yoongi, depois levantou-se lentamente, arrastando seus dedos pelas pernas do Min até chegar no cós de sua calça. Encontrou a presilha do suspensório e soltou as duas da frente de uma vez, moveu-se sobre o corpo dele, encontrando a outra nas costas, abrindo-a e tirando o acessório do corpo. Voltou-se para a frente dele com as mãos arrastando-se pelo tronco ainda coberto e abriu o botão da calça, desceu o zíper e depois passou os dedos pelo cós, puxando-a para baixo enquanto o Min erguia o quadril para ajudá-lo. Yoongi engoliu em seco. Tudo parecia lento demais, provocante demais, aquilo o estava enlouquecendo.

O Park passou a língua pelos lábios e ficou em pé na frente dele outra vez, segurou a barra da própria camiseta e a puxou para cima, ficando apenas com os jeans que eram colados demais nas coxas grossas. Yoongi o puxou pelo cinto da calça, fazendo-o ficar próximo o suficiente para que seus lábios pudessem beijar o abdômen definido, subindo com a língua lentamente até um de seus mamilos e o chupando ali com certa força.

Ouviu um gemido deixar os lábios fartos de Jimin e aquilo o fez sorrir enquanto ele ficava em pé e levava a boca até a clavícula deixando uma mordida que com certeza ficaria roxa mais tarde. Continuou seu caminho até o pescoço, chupando-o ali e ouvindo o som gostoso da voz de Jimin, gemendo outra vez.

— Deita — Jimin pediu, a voz firme atingiu os tímpanos de Yoongi e causou reações pelo corpo todo. Ele obedeceu, voltando para a cama e tirando a regata no processo. Observou Jimin abrir o cinto e tirar a calça e a cueca, subindo na cama com uma confiança que Yoongi considerou invejável e ao mesmo tempo deliciosamente sedutora. Ele percebeu que Jimin não estava mentindo quando disse que o que havia debaixo da jaqueta era muito mais bonito.

Em poucos instantes, Jimin estava sobre ele beijando sua boca lentamente, deslizando a língua por seus lábios de forma tortuosa, tão devagar que ele pensou que fosse morrer bem ali.

— Você vai acabar com a minha sanidade assim, Jimin — ele sussurrou quando o Park pressionou os lábios em seu pescoço, deixando um chupão no local.

— Ainda não, amor — a voz sedutora respondeu no pé de seu ouvido, e Yoongi sentiu a língua de Jimin escorregando por ali também. A ereção doía dentro da cueca, ele precisava se livrar daquilo rápido, ele precisava que Jimin o tocasse, que fizesse qualquer coisa com ele. E assim como antes, Jimin pareceu ler seus pensamentos, porque se afastou o suficiente para conseguir puxar o tecido fino e incômodo e jogá-lo em qualquer canto.

Yoongi ficou completamente nu e notou Park Jimin absorver cada detalhe de seu corpo com os orbes intensos fixos em si. Ele não pôde deixar de observar o garoto ajoelhado diante dele, vestindo nada além de um colar prata e brincos compridos nas orelhas. Deus, Yoongi estava tonto com a beleza dele.

O mais novo se esticou sobre a cama, alcançando a gaveta da cômoda pequena ao lado da mesma e tirando de lá camisinha e lubrificante. Yoongi sentiu a excitação aumentando cada vez mais e não pôde evitar quando sua mão deslizou pela própria barriga e alcançou o pênis ereto. Jimin sorriu ao vê-lo se tocar, abriu a camisinha e estendeu-a na direção de Yoongi ao mesmo tempo em que se sentava encostando-se na cabeceira da cama.

— Maldito… — Yoongi murmurou, mas o Park apenas sorriu, dando dois tapinhas na própria coxa. O Min engatinhou se aproximando e colocando a camisinha no pênis dele. Jimin pegou o vidro de lubrificante, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, Yoongi tomou de suas mãos, lambuzou os próprios dedos e, diante de Jimin, penetrou-os em si mesmo.

— Caralho, Yoongi… — Jimin gemeu, observando o garoto masturbar-se enfiando três dedos enquanto suspirava e revirava os olhos. — Como pode ser tão perfeito? — O Min sorriu convencido e tirou seus dedos, aproximando-se mais de Jimin. Não disse uma palavra, não precisava. Seus olhos estavam conectados demonstrando exatamente o que e como queriam. Yoongi segurou o pênis de Jimin pela base e sentou nele, tão devagar que o loiro quase gritou em ansiedade.

— Oh… — A voz de Yoongi era um sussurro quando estava finalmente com Jimin todo dentro dele. Começou a se mover, mantendo aquele joguinho lento que agora estava matando Park Jimin. O garoto sentia o aperto envolta de seu membro e Yoongi subia e descia tão devagar que era uma tortura. Eles se encararam e o sorriso sádico nos lábios de Yoongi fez Jimin perceber o que ele queria.

— Segura — Jimin pediu rapidamente e o mais velho enlaçou as pernas na cintura dele enquanto o Park os deitava na cama e começava a entrar e sair de Yoongi numa velocidade absurda.

Yoongi gemeu alto. Nunca foi muito vocal, mas naquele momento não tinha escolha, ou gemia ou arrancaria um pedaço das costas de Jimin com as unhas curtas. No fim, acabou fazendo os dois.

Jimin levantou as pernas de Yoongi apoiando-as em seus ombros e voltou a estocar rápido e com força, estava ficando rouco de tanto gemer, Yoongi era maravilhoso. Quando o garoto de cabelos azuis o beijou outra vez, ele sentiu o orgasmo vindo, intenso demais, entreabriu os lábios, deixando palavras sujas no ouvido de Yoongi e gemendo alto. Apertou a cintura fina com força e saiu de dentro dele lentamente. Ajoelhou-se em meio as pernas do Min e colocou o membro dele na boca, chupando-o com vontade, não deixando o momento de excitação passar.

— Jimin, isso! Porra. Mais rápido! — Jimin obedeceu, sugando-o rápido enquanto sua mão ajudava, masturbando-o. Não demorou muito para que Yoongi gozasse. Arregalou os olhos ao ver que Jimin ainda estava com a boca em seu membro, limpando tudo. — Eu… me desculp... — Calou-se ao ver que o loiro sorria convencido, passando a língua pelo canto dos lábios.

— Gostoso, Yoongi, você é muito gostoso — ele sussurrou. Yoongi riu incrédulo e sentou na cama, apoiando-se nos cotovelos.

— Você também é — respondeu, dando de ombros. Jimin se aproximou e deitou ao lado dele sem tirar os olhos do rosto suado. O sol se pondo no final da tarde iluminava, através da janela, os corpos úmidos dos dois.

— Vamos descansar um pouco e depois você pode tomar um banho, se quiser. — Yoongi assentiu, deitando-se ao lado de Jimin. — É o seu primeiro festival?

— Sim. Sempre fui meio covarde para ir e não faz muito tempo que contei aos meus pais — respondeu, suspirando. Jimin deu um tapa fraco em seu braço.

— Isso não é covardia, idiota — respondeu, mas diminuiu o tom ao continuar: — Seus pais não aceitaram bem?

— Meu pai quase me deu uma surra. Mas eu saí de casa e terminei a faculdade com a ajuda da minha mãe — Yoongi respondeu, tentando afastar as lembranças ruins.

— Eu sinto muito… Meus pais nunca se importaram, então eu nem imagino como isso deve doer. — Jimin acariciou o braço de Yoongi, observando mais uma vez a tatuagem em formato de uma clave de sol sob a pulseira igual a sua e entrelaçou seus dedos aos dele. — Em que você se formou? — Park perguntou, querendo afastar o clima pesado e verdadeiramente interessado em saber mais sobre o outro.

— Direito.

— Hmm, advogado — Jimin caçoou, mas, na verdade, seu tom possuía mesmo uma admiração velada.

— Idiota. — Yoongi riu. — E você?

— Licenciatura em arte.

— Você é mesmo surpreendente. — Jimin arqueou uma sobrancelha. — Poxa, você deve ter um talento gigantesco para isso e uma paciência ainda maior para suportar as crianças. — O mais novo ficou em silêncio, apenas brincando com os dedos das mãos juntas.

— Sabe, Yoongi, é supernormal se sentir inseguro com coisas como o festival — ele voltou ao assunto, olhando nos olhos escuros. — E eu fico feliz em saber que está superando isso.

— Eu também, acho que nunca me senti tão livre. Obrigado por me ajudar também — Yoongi respondeu e notou as bochechas de Jimin ficando vermelhas. — Não acredito que você está ficando envergonhado com isso.

— Não 'tô acostumado a ouvir essas coisas, ok? Pode parar de rir da minha cara.

— Quem foram os idiotas que não se sentiram livres ao seu lado? Que não enxergaram como você é lindo e incrível? — Nenhuma daquelas palavras eram pensadas, elas simplesmente eram verdadeiras, fluindo como uma corrente de água doce pelos lábios de Yoongi.

— O que você está tentando fazer? Quer que eu me apaixone por você, é isso?

— Eu não me importaria de me apaixonar por você, Park Jimin — Yoongi respondeu sincero, e Jimin apenas sorriu virando de barriga para cima.

— Acho que é você o surpreendente aqui. Não parecia ser um cara romântico.

— Eu não sou. — Yoongi apoiou-se nos cotovelos outra vez para conseguir olhar para o rosto de Jimin. — Mas as pessoas podem mudar pelos motivos certos. — Jimin o encarou completamente boquiaberto.

— Idiota. Venha, vamos tomar banho. — Yoongi riu alto ao vê-lo levantar irritado e o seguiu até o banheiro.


Enquanto Yoongi sentia Jimin lavando seus cabelos com delicadeza, começou a pensar seriamente que não queria sair dali tão cedo.

— Yoongi? — Jimin chamou baixinho, ajudando o Min a enxaguar as madeixas azuis. — Você gostaria de sair comigo? Para jantar ou algo assim… — O mais velho sorriu, notando o nervosismo na voz dele. Como era possível ser a mesma pessoa que estava com ele na cama momentos antes?

— Achei que não iria me convidar — Yoongi respondeu, sorrindo e saindo debaixo da água do chuveiro para beijar os lábios de Jimin. Beijou com vontade, provando mais uma vez daquele sabor único. As mãos grandes desceram pelo corpo de Jimin até pararem sobre a bunda bonita e o Park sorriu, sentindo os dedos de Yoongi apertando-o ali.

— O que é que você quer, hein? — Os dois sabiam muito bem o que queriam, não apenas naquele instante, mas em todos os dias que ainda viriam.


Seul (tempo atual)


Jimin abriu os olhos e observou pela janela que já estavam chegando em Seul. Bocejou cansado e beijou a bochecha de Yoongi, chamando-o baixinho em seguida.

— Yoon? Estamos quase pousando.

— Só mais cinco minutinhos, amor — Yoongi resmungou, voltando a se encostar no ombro de Jimin, que sorriu com o jeito manhoso do marido.

— Amor, você precisa acordar. Logo vamos descer. — O Min mais velho resmungou, mas abriu os olhos encontrando um Jimin sorridente.

— Eu sonhei mesmo com quando nós nos conhecemos — ele falou do nada e Jimin arqueou as sobrancelhas curioso. — Nós éramos completamente loucos, não é?

— Com certeza. Mas, se não fosse assim, não estaríamos aqui agora. Você nunca teria deixado Seul para ir embora comigo sem ter certeza de que encontraria emprego em outro país.

— Eu te amo. — Yoongi acariciou o rosto de Jimin. — Eu iria a qualquer lugar com você, mesmo sem ter certeza sobre nada. Eu te seguiria para qualquer lugar do mundo. — Jimin sentiu lágrimas intrusas em seus olhos, querendo escorrer por ter sido pego de surpresa. Yoongi nunca admitia que era romântico, mas como negar quando dizia aquele tipo de coisas?

— Eu tenho muita sorte de ter você em minha vida. Eu também te amo.

— Então, nada de me maquiar esse ano, que tal? — Yoongi pediu, com os olhinhos numa expressão fofa. Jimin riu incrédulo.

— Nem vem! Eu nunca exagero, para de ser chato.

— Merda — Yoongi resmungou, mas os dois sorriram depois de tudo, ele já estava acostumado a ceder às vontades de Min-Park Jimin.

Quando o avião pousou, o casal seguiu de táxi direto para o hotel onde ficariam hospedados, estavam exaustos da viagem e só queriam uma boa noite de sono para que, no dia seguinte, pudessem aproveitar todo o festival. Juntos, do começo ao fim e talvez, depois de todas as atrações, pudessem repetir o fim de tarde de cinco anos atrás. Afinal, mesmo que estivessem casados, a paixão era a mesma e provavelmente nunca mudaria, porque eram loucos um pelo outro.

Aproveitariam mais uma vez a sensação de liberdade que os unia, felizes por terem se encontrado, fosse pelo acaso ou pelo destino, o que importava era que estavam juntos, e sempre estariam.

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Notas Finais: Obrigada pela leitura! Cuidem-se sempre e dêem muito amor a este projeto fofo 💜

20. August 2021 22:09 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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Das Ende

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