pcyooda Park Yooda

baeksoo | cyberpunk | red collection Byun Baekhyun era um soldado com um passado obscuro. Do Kyungsoo era o líder da aliança rebelde contra a República. No mundo em que viviam, os lados opostos só coexistam em meio a violência e caos. Então porque Baekhyun sentia que aquele não era de fato o seu lugar?


Fan-Fiction Bands/Sänger Nur für über 21-Jährige (Erwachsene).

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CHAPTER ONE: Lost Memories

Atenção: as partes em itálico são importantes, e quer dizer que as cenas estão no passado.


A bala atravessou o alvo bem no centro do placar digital, marcando exatos 5 pontos no contador próximo ao lado esquerdo do painel de metal. Era a segunda vez consecutiva que Baekhyun conseguia acertar uma bala ali depois do acidente.

Ele abaixou a arma enquanto sentia o braço tremer. Movimentou os dedos da outra mão, e se não estivesse usando um inibidor sonoro, era bem possível que o som tivesse ressoado em seus ouvidos também. O trauma sempre vinha como uma lembrança para lhe assombrar em momentos como aqueles.

Apenas aquela pequena ação foi o suficiente para que um flash de memória passasse pela sua cabeça. Ele podia ver o sangue explodindo para fora da cabeça do rebelde, podia ver os olhos de puro horror trancados nos seus como se estivessem gritando no silêncio. "Baekhyun!" a voz exclamava alto em desespero, "Acorde! Acorde! Acorde!"

Seus olhos acordaram para o presente.

Baekhyun ainda encarava o placar enquanto o led vermelho piscava brilhando forte contra os seus olhos. Ele respirou fundo, e fechou as pálpebras vagarosamente. Contou até 10 e depois até 0 novamente. Soltou o ar dos pulmões gradualmente, sentindo-se aliviado enquanto percebia a pressão sanguínea se equilibrar.

"Tenha coragem." Ele murmurou para si mesmo, relembrando os dois lemas que se encontravam fixados permanentemente na sua pele tatuada "Seja destemido. Coragem!"

Baekhyun foi abrindo os olhos devagar, sentindo que o braço agora parecia mais estabilizado. Quando a tremedeira chegava, era difícil fazer parar. Tinha que seguir o procedimento que o doutor Zhang havia lhe passado desde quando o trauma aconteceu pela primeira vez. Era como uma memória de conexão traumática que haveria a possibilidade de se repetir pelo resto da vida dele. Porém, Baekhyun estava determinado a controlá-la.

Ele desviou o olhar para o placar novamente, fixamente encarando o alvo digital. O espaço da sala de treinamento era frio, o que só aumentava os sintomas de reflexo daquela situação em que sempre se deparava quando tinha que treinar: a avalanche das memórias vívidas. Olhou em volta, respirando fundo quando recolocou a pistola de volta no mesmo lugar de antes, pendurada na parede da cabine a prova de som. Baekhyun suspirou, abaixando-se para o chão enquanto se apoiava com as mãos no painel de metal da cabine.

Ninguém tinha conhecimento sobre aquele episódio. Ninguém, além de Chanyeol. Mas mesmo o seu melhor amigo não sabia que ele ainda revive o trauma todos os dias quando fecha os olhos, e todas ainda noites quando vai dormir. Era como um vício, um algoritmo fora da curva do seu treinamento de soldado.

Baekhyun havia sido treinado para matar. Sabia como desarmar alguém melhor do que qualquer um naquele pelotão. Mas não adiantaria ser o melhor soldado da base, se quando pegava em uma arma tinha um ataque de pânico. Não adiantaria que ele se sentisse como uma peça sem conserto em meio a tantas outras que pareciam cada vez melhores do que ele.

Havia se afastado das ruas da República de propósito. Forçou-se a fazer isso, pois mesmo depois de reprogramarem o seu cérebro ainda se lembrava dele e de todo o desespero pelo qual havia passado para adiantar a fuga dele daquele lugar. E mesmo que parte das suas memórias estivessem comprometidas, não conseguia andar entre os seus e fingir que aquele mundo nunca havia lhe pertencido. Ninguém ali ousaria pensar que ele estava recobrando a memória de quem um dia já havia sido. Ninguém desconfiava que Baekhyun um dia já havia andado por aquelas ruas como se fossem sua.

Ele tinha sido nascido e criado no meio da fumaça espessa que poluía o ar da República todos os dias, desde quando a Guerra havia acabado. Tinha sido criado pelas ruas perigosas e entre os becos de forte odor radioativo. Tudo aquilo fazia parte de um passado do qual o soldado tentava com muito sacrifício esconder, pois foi exatamente o que lhe disseram logo quando foi danificado.

"Você é Byun Baekhyun." A voz robótica interviu no seu cérebro, causando-lhe uma dor de cabeça insistente "Atual capitão da República do Leste. Você é um soldado que deve servir a sua nação sem questionamentos. Você foi resgatado das ruas para que uma segunda chance lhe fosse dada. Faça-a valer."

Na sala de treinamento do centro policial, Baekhyun lembrava-se de tudo em flashes de memórias da sua antiga vida. Desconfiava que aos poucos estava recobrando quem era de verdade e que não iria demorar até que um dia a lobotomia da realidade virtual não fizesse mais efeito sobre si. Respirou fundo, segurando o suporte da cabine com força enquanto sentia a própria consciência voltando. Suas escolhas no passado já haviam sido delimitadas, e não havia nenhuma maneira de que o futuro poderia mudar. Seja qual fosse a sua antiga versão, Baekhyun ainda gostaria muito de descobrir de onde ela havia vindo.

Ele se empertigou, respirando fundo mais uma vez. Encarou o alvo por alguns segundos antes de deixar a cabine para trás. Abriu a porta e saiu da realidade virtual, sentindo o ar quente do mundo real lhe atingir como uma onda de calor. Aquilo foi o suficiente para que ele passasse a respirar normalmente.

Baekhyun caminhou para fora da sala, olhando atentamente para a câmera de segurança que ficava posicionada no canto, ao lado esquerdo do corredor. Normalmente, seus movimentos ali eram gravados e monitorados pelo marechal da unidade de treinamento: Kim Minseok. Cada vez que o seu desempenho aumentava, o marechal lhe prestigiava com um jantar de cumprimento formal, que sempre acabava com Baekhyun se sentindo miserável por algum motivo que não conseguia compreender. Alguma coisa no fundo da sua consciência queria gritar toda vez que se via como alguém pertencente a República. Havia alguma coisa ali que estava sendo ignorada, uma parte dele que estava se renovando novamente e tomando consciência do que era certo e errado.

Enquanto passava pelo corredor, Baekhyun podia ver outros policiais da unidade conversando entre si. Pareciam agitados, comunicando-se com os rádios a distância e sinalizando uns com os outros. Baekhyun ficou desconfiado. Parou seus próprios passos quando percebeu que a maior agitação se dava por conta de Chanyeol, que estava caminhando pelo corredor com determinação em seu olhar.

Park Chanyeol era o tenente do centro policial da República, representante da área em que se encontravam: o setor 25. Este era um dos lugares mais importantes da nação, pois era no setor 25 que a prisão de segurança máxima da República se encontrava; sendo então, o dever de todos eles ali fazer a segurança do país inteiro. Isso também incluía o próprio Baekhyun, e diversos outros soldados que faziam a maioria das missões de segurança da República, desde manter a ordem e conter o caos dos rebeldes, até mesmo investigações de alta confidencialidade.

Chanyeol parecia um tanto alheio a sua presença enquanto ainda conversava com os outros soldados. Estava conversando com um dos outros Capitães do setor, Choi Minho, da segunda unidade. Baekhyun podia ver Minho concordando com seja qual a informação que Park lhe passou, e logo seguiu o caminho para fora do prédio. Baekhyun franziu o cenho para aquela cena. O que poderia estar acontecendo ali?

Chanyeol, ao vê-lo parado, fez uma pausa e lhe deu um acenou de cabeça, segurando a lateral do quepe preto com a viseira cinza. Ele vestia o uniforme formal da polícia com todas as medalhas de honra grudadas no paletó. Baekhyun acenou positivamente em reflexo ao seu cumprimento, e encarou seus olhos ansiosos. Alguma coisa parecia estar fora do controle no setor 25.

"Capitão." Park disse, apresentando-se formalmente.

Baekhyun esperou até que os outros soldados passassem por eles, e então pediu continuidade para o seu superior com um outro aceno.

"Tenente." Disse, dirigindo-se a ele formalmente "Necessitaremos de privacidade?" Perguntou baixinho.

Sabia que Chanyeol nunca hesitaria em chamá-lo para uma reunião privada se fosse necessário, principalmente para assuntos extremamente confidenciais. Por isso que quando Chanyeol concordou, Baekhyun sentiu-se ansioso, pois deveria ter acontecido alguma coisa de muita importância para que ele agisse dessa maneira. O tenente parecia ansioso, com medo de alguém conseguir os escutar conversando ali; mas isso não o impediu de puxá-lo para um canto mais isolado no corredor.

Estavam entre o corredor do bebedouro e da sala de treinamento corporal, onde ambos sabiam estar completamente vazio naquele horário. Chanyeol tirou o quepe, exibindo o cabelo castanho escuro cheio e gel, penteado todo para trás. Toda vez que saía da sua persona de oficial da lei, Baekhyun sabia que era com o seu melhor amigo que estava conversando. Isso acabou acalmando o seu coração, mesmo que ainda soubesse que havia algo completamente errado sobre aquilo tudo.

"Nós pegamos ele." Ele começou dizendo, de uma vez, como se arrancasse um band-aid do corpo.

O capitão sentiu o coração travar. Então era verdade, havia mesmo acontecido alguma coisa.

"O quê?" A voz de Byun saiu como um sopro.

"Pegamos ele, Baekhyun. Nós o pegamos!" Chanyeol reafirmou com confiança.

"Como isso é possível? Fazem-se anos desde que o procuramos pelas ruas desse país. Onde foi que o encontraram?"

Chanyeol engoliu em seco, negando com um aceno.

"Isso não importa agora, importa? O que importa é que o encontramos."

"Certo." Baekhyun concordou, se achando tolo por questionar algo do tipo na altura do campeonato "E onde é que ele está?"

Novamente, seu amigo se encolheu.

"Ele está… na cela."

"Já o prenderam?" Não se conteve a surpresa pelas palavras do tenente "Pensei que íamos entrevistá-lo em busca de informações."

Chanyeol olhou diretamente para ele. Havia alguma coisa no olhar dele que fez o corpo de Baekhyun recuar. Estava agindo com tanta suspeita que o capitão começou a sentir que havia algo de errado sobre a apreensão do líder dos rebeldes.

"O Presidente achou melhor… deixar esse trabalho para a máquina." Disse simplesmente, como se não houvesse mais discussão sobre aquilo.

Baekhyun estreitou os olhos.

"Você está me dizendo que investi nessa missão durante 7 anos para não poder entrevistar quem eu procuro? Está de brincadeira comigo, Chanyeol?"

Park suspirou, abaixando-se para falar com o capitão com mais proximidade.

"Escuta, Baek, me escute bem. Você não vai querer contrariar o Presidente, cara. São ordens maiores. Você pode ser preso se intervir em uma ação tão grande como essa, ou pior…" Chanyeol deixou a frase morrer, sendo bem claro no que estava dizendo.

Poderia ser pior… porque ele poderia ser executado por sua teimosia.

"Mas não podemos deixar que uma máquina o julgue através de lobotomia. A máquina não sabe o que sabemos."

Chanyeol lhe encarou enfaticamente. Não haveria conversa sobre aquele assunto, estava bem claro pelo seu olhar. Ele afastou-se de si, colocando os dedos sobre a arma em seu coldre. Fez novamente uma reverência, antes de lhe dizer:

"Não faça o que não te mandarem."

Baekhyun lhe fitou, mas não teve tempo de reagir, pois o tenente já havia saído de perto de si, deixando-o sozinho no corredor. Observou enquanto Park caminhava pelo corredor afora, voltando com o quepe na cabeça e reunindo os soldados no caminho, que lhe seguiam fielmente por onde passava. Assim que viraram a esquina do corredor principal, Baekhyun conseguiu respirar novamente.

Já se faziam sete anos desde quando havia chegado. Era isso que sempre diziam para ele quando perguntava sobre o seu passado. Não importa quem fosse, todos ali sempre lhe contavam a mesma coisa: ele havia chegado, e se transformado em um soldado por suas habilidades naturais. Mas ele mesmo sabia que aquilo era uma grande mentira.

Baekhyun havia vindo das ruas da República como qualquer outro soldado do setor 25. Soube disse quando a sua memória começou a sofrer lapsos. Sabia disso também, porque se lembrava dele com muita clareza.

Lembrava dos lábios grossos dele sob os seus, lembrava das mãos dele lhe tocando na pele quente, lembrava do sorriso dele a meia luz de um beco mal iluminado e lembrava muito bem do olhar cheio de lágrimas que ele havia lhe dado quando se separaram na fronteira pela última vez.

O coração de Baekhyun se apertava apenas em relembrar aquelas memórias, apenas em sentir que aquilo um dia fora real. Era um sonho tão distante do seu desejo mais profundo, um desejo egoísta de tê-lo novamente em seus braços para nunca mais pisarem naquele mundo de caos e destruição, mesmo que não fazia ideia de quem ele realmente era. Porém, Baekhyun sentia.

Sabia que quem quer que ele fosse, era de extrema importância em seu coração. Se apenas soubesse o nome dele…

O capitão tomou uma respiração, sentindo a mesma dor de cabeça invadir a sua mente. Essa era tão forte que lhe causou uma tontura, fazendo-o se apoiar na parede do corredor.

"Ah!" Ele reclamou, sentindo o ouvido zumbir.

Baekhyun foi para o chão, segurando forte a própria cabeça, tentando em vão fazer a dor parar. Mas parecia que aquilo era um vício, um processo contínuo na sua memória. Toda vez que os flashes aconteciam, era como uma realidade virtual acontecendo bem diante dos seus olhos.

A lobotomia da República não era igual a todas as outras do passado, em que os humanos eram torturados fisicamente a fim de apagar fragmentos de suas memórias. A lobotomia da República do Leste era completamente diferente. Fazia o cérebro fritar, com choques elétricos que mudavam os códigos inseridos em microchips de última tecnologia. Baekhyun entrava em Matrix toda vez que sua cabeça era reprogramada.

Assim como agora.

De repente ele se via em um dos becos perto da periferia do setor 01. Era fedido e cheirava como a maresia podre do litoral. A fronteira ficava bem ali, pronta para receber as cargas que vinham do estrangeiro e abastecer o país. Haviam peruas estacionados perto dos cais, enquanto Baekhyun tentava se esconder atrás de um dos barris de madeira cheio de entalados.

O plano era simples: roubar uma das cargas mais fáceis de se carregar e tentar com muita cautela passar despercebido pelos guardas que normalmente ficavam rondando por ali naquele período da noite. Baekhyun apertou os olhos, sentindo as mãos tremerem de nervosismo. Apesar de ser ligeiro e bom no jogo de espionagem, qualquer erro de conduta poderia ser fatal. Por isso é que estava sozinho, com exceção dele.

O rapaz moreno de cabeça raspada estava do seu lado como sempre fazia, acobertando e vigiando cada passo que Baekhyun dava. Ele tinha uma camiseta verde, um tanto encardida, amarrada no rosto para esconder a sua identidade, assim como Baekhyun. Ambos tomaram a cautela necessária para manter a identidade anônima, levando em conta que nenhum oficial da República sabia quem de fato eles representavam.

Baekhyun respirou fundo, uma, duas, três vezes para tentar se acalmar. Os ataques de pânico estavam cada vez mais frequentes agora, e era difícil de serem controlados sem nenhum tipo de medicamento. Se não fosse um rebelde qualquer, poderia tentar fazer cirurgia, e implantar alguma sequência de código na cabeça para apagar todo o sofrimento do qual já tinha passado. Mas a sua realidade era bem diferente da alta camada social. A sua realidade era tentar vencer um dia de cada vez, sem ser pego pelos oficiais da República, e correr contra o tempo para que a fome não lhe matasse antes do seu plano se concretizar.

Byun de repente sentiu o rapaz do seu lado lhe segurar pelo pulso fino, como uma maneira de lhe chamar atenção. Baekhyun fitou os seus grandes olhos pretos, que de alguma forma comunicava com ele bem melhor do que qualquer idioma no mundo. O moreno lhe dizia para se acalmar, e para ficar em silêncio. Com os toques circulares do dedo áspero sob a sua pele, ele também lhe dizia que o amava.

Baekhyun acenou positivamente, certificando-o que estava melhor, mesmo que aquilo fosse uma mentira. Mas não poderia deixar que o cansaço falasse mais alto agora, principalmente quando ainda havia uma missão para que ambos terminassem com sucesso.

Byun respirou e suspirou, andando devagar na direção contrária ao seu parceiro. Estava sentindo a arma gelar contra o osso de sua bacia, e também sentia o cinto de facas apertar o seu peito nu, enquanto a malha fina voava de sua pele quando o vento batia. O porto do litoral era um lugar aberto, sujeito a qualquer mudança repentina de temperatura. Também não escapava da chuva se tivessem o azar de acabar encarando uma tempestade. Por isso é que deveriam ser rápidos.

Baekhyun fitou o rapaz mais uma vez, que de resposta, sinalizou para si uma palavra que perguntava se ele estava bem, em língua de sinais. Baekhyun concordou, e sinalizou para o moreno que iria prosseguir a partir dali. O rapaz lhe encarou, olhando para ele como se fosse a última vez que iriam se ver na vida, e pousou os dois dedos em cima do coração, antes de subí-los e repousá-los nos lábios grossos. Aquele sinal, tão antigo e especial, significava algo considerado como um voto entre os casais do setor onde se encontravam.

No gesto original, os dedos deveriam ser repousados sob os lábios de seu amante, fazendo então a troca dos votos entre o casal. Isso significava que as almas enfim haviam se encontrado depois de tanto tempo separadas, até o dia que o amor se formou um novamente, selando o matrimônio. Naquele exato momento, com os dedos em cima dos próprios lábios, o rapaz estava lhe prometendo o contrário: estava prometendo que estaria consigo e o esperaria pelo tempo que for enquanto estivessem separados, guardando com ele o seu último beijo.

Baekhyun lhe retribuiu o gesto, pousando os dedos sob os próprios lábios antes de partir. Quando levantou o corpo magro com dificuldade, Byun correu agachado até o outro lado, tentando com muito custo ser silencioso para não chamar atenção. Jogou o corpo contra a lataria da perua que estava estacionada com as portas abertas. Era certo que não faltaria muito tempo até que soldados viessem fazer a recarga, então o tempo estava escorrendo dos seus dedos a cada segundo que passava.

Baekhyun se abaixou, praticamente se arrastando até dar a volta pelo veículo. Do outro lado havia mais soldados do que poderia se contar, por isso ele voltou para onde estava no mesmo segundo.

Respirou três vezes e contou até dez. O ataque de pânico estava tentando vencer novamente, mas isso não podia acontecer. Não podia acontecer.

Ele se sentou e fechou os olhos com força, sentindo as mãos tremerem.

"Tenha coragem," ele sussurrou para si mesmo "Seja destemido. Coragem."

E assim que abriu os olhos novamente, percebeu que estava no corredor branco do setor 25. Os pontos de luz poderiam até mesmo cegá-lo pela sensibilidade, mas não era pior que o aperto que sentia no coração, que se acelerava naquele momento como uma bomba prestes a explodir.

Baekhyun postou a mão sob o peito, prevendo que iria vomitar a qualquer momento. Correu para o banheiro mais próximo de que podia se lembrar e despejou ali o seu café da manhã. Quando terminou de se higienizar, pode ver a sua própria imagem refletida no espelho. Os cabelos castanhos estavam molhados de suor, e os olhos pareciam profundos e escuros como sempre foram. Pela primeira vez, pode reconhecer a si mesmo ali. Pela primeira vez, sentiu dentro de si algo que nunca imaginou: pertencimento. Porque sentia que estava cada vez mais próximo de finalmente descobrir quem era de verdade.

6. Juni 2021 20:51 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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