fabricio-douglas1622780370 Fabricio Douglas

O ponto que a maioria procura na juventude é onde eles se adaptam a tudo que agrada a todos e se tornam populares, e quando uns não conseguem atingir isso, se tornam isolados e excluídos. Mesmo em uma cidade pequena, isso não podia ser diferente... Na cidade de amagasaki-japão, é onde vive um garoto que não se encaixou nos padrões e vive sozinho em sua jornada por conta disso.


Lebensgeschichten Alles öffentlich. © Fafa

#fafa_sadboy
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Cap 1

Eu tinha 3 anos quando tudo aconteceu, estava terminando o pré do colégio progresso quando uma aluna nova entrou no colégio, não foi uma grande coisa por mais que não fosse normal alguém entrar no colégio no meio do semestre, mas como minha mãe disse que aconteceu: eu não fui muito de fazer amizades, mas meu santo bateu com o dela por algo motivo”. Não posso fala muito sobre o que aconteceu nessa época, como era muito novo não me lembro de praticamente nada, tudo o que sei é histórias que me minha mãe me conta sobre. Mas me lembro de quase tudo dos meus 7 anos pra cá.

De onde eu me lembro já não via mais essa garota, já não lembrava do seu nome nem muito de seu rosto, ficava com esse sentimento de “falta” sem saber exatamente por que e pelo que desde então, como se tivesse perdido uma peça do quebra cabeça ou quando não se acha a última palavra do caça palavras. Na escola eu sempre dava o meu melhor já que não era de uma família rica minha mãe sempre me disse que eu era a última esperança da família ir do fundo do poço até o topo do monte, mas por mais que fossemos pobres nunca passamos fome. Meus pais sempre faziam o possível e o impossível para não deixar nada faltar. Meu avô tinha uma dessas barracas, ou bares como chamam em alguns lugares, que ficam na beira da praia e eu, e minha mãe o ajudamos por lá desde que eu era menorzinho, fui criado com o conceito de que só damos valor ao que temos quando o suor que se é derramado é o nosso. Com 8 anos os meus pais me falaram que eu ia ter um irmãozinho mais novo e eu fiquei super feliz!! Isso até meus tios me falarem que ele iria tomar tudo o que era meu só para ele, aí eu passei a rejeita-lo. Nenhuma criança aceita perder todos os seus brinquedos e jogos para outra assim do nada e eu não ia ser a primeira.

Até então estava indo tudo bem até que meu pai começou a agir estranho, a sair sem dizer onde ia, começou a faltar o trabalho e não se explicava até que, por um pequeno descuido dele, descobrimos que ele estava envolvido com drogas e tinha entrado na vida do crime. Quando fomos tirar satisfação sobre o que estava acontecendo ele não gostou muito e disse que tudo o que ele fazia era por nós, que nós não dávamos valor ao que ele fazia por nós, que não merecíamos o seu amor e isso me abalou um bocado. Ele e minha mãe brigaram por cerca de duas horas até ele começar à ameaçar a minha mãe de morte é ir embora de casa, sem me dizer nada, ou se preocupar com o meu irmão que estava pra chegar.

Com o meu irmão pra nascer, as contas de casa para pagar e as coisas do bebê para acerta a minha mãe começou a ficar nervosa e desesperada por que era ela, um filho com quase 9 anos, um bebê a caminho, algumas contas pra pagar e ela desempregada pra tentar resolver tanta coisa. Foi nesse dia, ou melhor, nesse período da minha vida que eu conheci pela primeira vez o ponto da vida onde você para e pensa: “se não for eu a fazer quem é que vai?”. Parece coisa de filme, ou até mesmo de livro, mas a estão é que foi a primeira vez que eu vi a minha mãe chorar, então eu queria fazer algo! Mesmo novo demais, mesmo sem ter maturidade o suficiente eu abracei a minha mãe e falei: “somos eu e você agora, mãe, eu não vou deixar a senhora. Vai ficar tudo bem, tudo vai da certo, nós conseguimos juntos!”... E assim se iniciou o momento mais marcante da minha vida onde eu e minha mãe ficamos mais unidos, onde eu cresci além da minha idade e, por mais complicado que tudo estivesse, foi o momento onde descobri o que mais gosto de fazer: ajudar a salvar as pessoas.

Como eu já ajudava na barraca do meu avô eu pedi um aumento do meu suposto “salário” para que eu pudesse ajudar em cada também, e ele vendo a situação aumentou um pouco o que eu ganhava e, eu sei que você deve está pensando “mas a sua família os ajudaram a passar por essa fase”, mas não. Como minha mãe diz até hoje: nenhum dele nos deram nem mesmo um chiclete para nos ajudar, então tira essa ideia de família boa e unida da cabeça. Pouco tempo depois o meu irmão mais novo nasceu e minha mãe pôde voltar a trabalhar, foi um alívio enorme pra dentro de casa e até pra mim pude voltar a me concentrar apenas no colégio, dar mais atenção a minha vida académica.

Sempre fui uma criança que gostava de estudar, nunca dei trabalho no colégio ou gostava de faltar, sempre fui muito apegado ao colégio, era o meu lugar preferido! Tanto que minha mãe me chama de “bactéria escolar”.

Quando minha mãe voltou à trabalhar eu comecei a olhar o meu irmão mais novo pra ela ir sem se com ter que pagar uma babá pra olhar ele, então a gente fez assim: eu estudo pela manhã e ela fica em casa com ele, quando eu chegar ela vai trabalhar no turno após o almoço e eu fico em casa com meu irmão. Todo mundo sai ganhando. Pouco depois do meu irmão fazer 2 anos minha mãe se casou de novo com o yato, kamahari yato, 29 anos -um ano mais novo que ela- isso foi um puta alívio para nós! Minha mãe estava feliz, eu estava bem na escola, meu irmão estava bem e tudo estava começando a melhorar daí em diante.

Se passaram 2 anos e eu já estava no 7ª ano do ensino fundamental quando decidi o que queria fazer quando crescer, eu queria ser psicólogo para ajudar as pessoas. Queria poder fazer algo pra quem precisava, queria ser alguém pra alguém que não tinha ninguém por ela! O yato me deu um enorme apoio, eu me apaguei bastante a esse cara, e com isso a conversar e a ajudar os alunos do colégio.

Sempre me falaram que eu tenho um abraço parecido ao de um anjo, que ao senti-lo a tristeza e a dor que somem por um instante salvando a mente, e a alma, de muitas pessoas do abismo escuro e solitário da depressão e da ansiedade, e eu queria poder fazer mais, pedi ao diretor do colégio que me deixasse fazer uma apresentação como um trabalho de português para o setembro e ele autorizou. Então me preparei, fiz o texto e fui com toda a coragem que tinha, apresentei e todos gostaram, mas uma pessoa em específico fez esse dia ficar marcado para sempre em minha memória.

15. Juni 2021 06:50 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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