dae_gen Dae Gen

Depois que o território Soul foi dividido nos quatro grandes reinos, ser um príncipe e cumprir seus deveres pode ser mais fácil dentro dos muros do palácio, com as regalias e tendo tudo em suas mãos com um estalar de dedos, mas Jungkook parece estar determinado a explorar além das fortalezas protegidas e se aventurar em um mundo onde a política e as condições sejam muito diferentes de sua realidade e, mesmo que isso possa pôr em risco sua própria vida, Jungkook está disposto a enfrentar.


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#jikook #taegi #reino #distopia #yaoi #principe #drama #medieval
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O reino

O sol se erguia em mais um dia no horizonte vasto, os animais diurnos despertavam juntamente com os criados do castelo, colocando lenha nas fornalhas e preparando a primeira refeição do dia. Os raios claros e fortes, iluminavam as grandes salas e corredores, as cortinas já estavam abertas e o som, das solas gastas de sapatos, era ecoava entre os pilares altos que sustentavam as paredes.

O rei Jeon já não estava mais presente em seus aposentos, havia levantado antes do despertar dos galos e cavalgava pela floresta ao primeiro sinal do grande astro luminoso, seus guardas pessoais o acompanhavam e ele seguia pela estrada que fazia fronteira entre as províncias.

Enquanto o rei ia em seu passeio matinal, o príncipe Jeon Jungkook acordava lentamente em seus aposentos, as cortinas já haviam sido abertas pela criadagem e a bacia de água com a jara, também, suas roupas para aquele dia já haviam sido escolhidas antecipadamente e não poderia ficar enrolando na cama, como de costume.

O príncipe Jeon não era um dos membros mais conhecidos da realeza, pouco se falava do herdeiro ao trono na província de Swan, sua fama era limitada ao seu título, o que se sabia era apenas que estava sendo preparado para governar, em breve, todo o território de Swan até as fronteiras com as províncias de Stigma e Butter.

Jungkook era um rapaz de estatura alta, tinha cabelos escuros como de seu pai, os olhos amendoados da cor da noite e a pele clara como um nobre que não conhecia o trabalho ao sol, havia completado vinte e três anos e se preparava para fazer a corte logo em breve. O príncipe nunca lutara em nenhuma das batalhas que tinham acontecido nas fronteiras das províncias, principalmente na fronteira de Stigma com Dis-ease, aonde as atalaias estavam sempre acordadas. Ele era guardado em seu castelo a comando do rei Jeon que, presava por sua descendência e mantinha-o longe das lutas sangrentas do reino de Soul.

Houve uma época onde o reino era homogêneo e unido como uma pangeia, não haviam separações e nem províncias, até que a peste chegou ao solo do reino, provocando a morte e devastação dos campos, trazendo a fome e as doenças. O cenário estava caótico e logo não haveriam mais pastos, animais ou povo para manter o reino, foi então que um dos sacerdotes do templo dos deuses orientou que houvesse uma separação das terras, para que uma família governasse e reerguesse aquele território que lhe foi confiado, e dele fizesse crescer e prosperar para que não faltasse nada a seu povo e ainda fossem fortes para ajudar seus vizinhos. E assim foi separado as províncias do reino de Soul: Dis-ease, Butter, Stigma e Swan. Cada um desenvolveu uma característica específica que condizia com o território em que se encontrava.

A província de Swan estava sob o reinado da família Jeon, eles eram responsáveis pelo treinamento de novos guerreiros e pela produção de boa parte do armamento e escudos usados pelos soldados nas batalhas, havia muitos ferreiros e trabalhadores que moldavam o aço, além da produção da moeda principal do reino. Era a província mais rica de todo o reino, muitos camponeses, artesões e comerciantes, vinham de longe para tentar a vida naquele território, também, curandeiros e vassalos, que eram solicitados tanto para o castelo, quanto para atender ao povo.

O rei Jeon se gabava nas grandes festas que dava em seu castelo, falando aos quatro ventos o quanto sua província era bem cuidada e seus moradores não eram acuados pela fome e nem pela praga em seus pastos e campos, fato era que, os nobres eram esnobes, mas sabiam administrar os recursos que à terra e as mãos trabalhadoras, lhes davam. Essa era a ração pela qual se orgulhava de seu reinado e pela promessa que fez a sua falecida esposa pouco antes dela falecer, depois de ter dado à luz a Jungkook.

A província de Stigma estava sob o reinado da família Kim, eram considerados os filhos dos deuses por abrigarem muitos templos e altares aos deuses em seu território e esbanjarem uma beleza inigualável, o rei Kim havia tido três herdeiros, ambos donos de uma beleza admirável e cobiçados pelas donzelas de todas as províncias. Eram conhecidos por seus curandeiros e pelos sábios que ensinavam nas praças e nos átrios, formavam em suas ágoras, conselheiros e filósofos sábios que instruíam os generais, duques, príncipes e reis.

O rei Kim, era um dos mais arrogantes de todo o reino, era conhecido por suas festas extravagantes e pela libertinagem que acontecia dentro das paredes de seu castelo, os filhos do rei fizeram a corte quando completaram dezoito anos, mas somente seu filho do meio, Kim Namjoon, se casou. Foi a festa de casamento mais excêntrica que o rei já havia dado, o herdeiro mais velho renunciou a seu direito ao trono para o irmão e seguiu sua vida como o pai, em meio a orgias e muito vinho. Já o caçula do rei, Kim Taehyung, se divertia nos torneios que aconteciam na província e passava boa parte de seu tempo estudando com seu conselheiro pessoal, seu pai tinha uma inclinação maior para exigir do mais novo que se cassasse, mas com o bebe de Namjoon a caminho, abria mão que seus outros filhos fizessem a corte novamente, sua real preocupação estava voltada a uma antiga ameaça que parecia estar se fazendo presente novamente.

A província de Butter estava sob o reinado da família Jung, eram conhecidos por seus produtores e pelo mercado das vacas, onde podia se encontrar todos os tipos de produtos como leite, manteiga, queijo, couro e carne. Além de seu famoso centro, eles eram grandes produtores de grãos e cereais, com campos vastos de trigo até onde o sol tocava no crepúsculo. O rei Jung tinha a fama de ser um líder bondoso e de grande compaixão, tivera apenas um herdeiro, Jung Hoseok, um jovem de vinte e seis anos que havia feito corte com uma donzela, filha de um dos grandes produtores de cereais da província e aguardavam a visita de um dos sacerdotes de Stigma para marcar a data do casamento. Eram uma província que se abstinham dos confortos de batalha para resolver os conflitos, presavam por suas terras e tentavam chegar em acordos feitos em assembleias e votos públicos, por esse motivo, a província de Butter era motivo de estranheza para as demais, principalmente por não mandarem homens para compor o exército, mas tinham a proteção do mesmo, em troca de mantimentos.

A província mais distante era a de Dis-ease, eles não tinham uma família que reinasse naquele território, eram considerados bárbaros e desordeiros, tinham um líder que os governava, que fora escolhido pelo povo para que respondesse pelos vossos nomes. O governante intitulado era o Komizar Park, que cuidava do território sem nenhum luxo ou tratamentos refinados, o povo de Dis-ease eram, em sua grande parte, camponeses, enfermos, filhos bastardos, filhas deserdadas, pessoas com algum tipo de deficiência física ou mental, ladroes, bandidos, indivíduos abandonados e rejeitados pelas províncias mais ricas e esnobes. Não tinham títulos ou terras, acusavam as demais províncias de, no ano da separação de territórios, terem feito deles, um grande lixão, com aquilo que "não prestava" para ocupar seus lindos e pomposos territórios.

Foi durante a divisão das províncias que surgiu o primeiro confronto do reino de Soul, uma vez que a família Jeon tinha mais condição financeira para administrar sendo a principal província e a família real que governa e tem os demais territórios como seus subordinados, obedecendo às leis por eles criadas e também lhes pagando impostos para a manutenção do exército e outras necessidades que surgissem com o tempo. A família de Dis-ease não concordou com o tratado que fora proposto e, ao entrar em confronto com a família Jeon e perder, foram seriamente punidos e castigados a pagarem o dobro de impostos, dessa forma, os territórios foram "limpos" e os indesejados eram mandados em grandes carruagens para a província de Dis-ease. Logo o lugar ficou conhecido por abrigar marginais e indivíduos de má reputação, sem nenhuma honra ou educação, com o passar das estações eles ficaram ainda mais marcados com esse fama e, querendo tomar de volta o espaço que eles acreditarem serem deles por direito, organizaram um exército liderado pelo Komizar, invadindo as demais províncias pelas fronteiras, queimando casas, roubando pertences, animais e mantimentos, estabelecendo um território que eles ocupavam como deles, conquistados em batalha.

Depois que os primeiros ataques começaram, travou-se uma inimizade entre as demais províncias e Dis-ease, em uma guerra que parecia não ter descanso uma vez que o Komizar deixou claro que não pararia até que seu território tivesse os mesmo direitos e regalias dos demais que ocupavam o reino de Soul.

Era nesse cenário politico que Jungkook era treinado e instruído para suceder o trono de seu pai, sempre fora muito protegido pelo rei dentro de seu castelo, o príncipe não tinha o habito de caminhar pela cidade e nem tão pouco de sair em passeios fora dos muros altos do castelo.

Jungkook levantou de sua cama e se vestiu adequadamente para aquele dia, precisava descer para tomar seu desjejum e fazer sua leitura da manhã, estava aguardando seu pai voltar da fronteira com seus convidados especiais, havia contados as luas para que seu amigo chegasse, estava entediado que ficar no castelo fazendo as mesmas coisas sempre. Se apressou em cumprir suas tarefas matinais e ficou no jardim principal, esperando seus convidados, o príncipe era acompanhado por sua criada pessoal, que cuidava constantemente da aparência do herdeiro para que parecesse sempre bem apresentável.

O sol já estava quase no centro do céu quando o rei voltou com seu cavalo e com a carruagem que trazia o sucessor ao trono, Kim Namjoon, seu irmãos mais novo, Kim Taehyung e seus guardas pessoais. Jungkook foi os recebe-los pessoalmente, o que deixou o rei muito orgulhoso, o herdeiro mais velho Kim cumprimentou o príncipe e logo seguiu caminhando ao lado do rei Jeon para dentro do castelo, Jungkook cumprimento Taehyung formalmente não demorou para que o amigo o puxasse para um abraço apertado com muitos tapas doídos em suas costas.

- Vejo que fez uma boa viagem, Sir Taehyung. - Jungkook falava com um singelo sorriso nos lábios.

- Nos poupe de toda essa formalidade, amigo! - Taehyung falava animadamente. - É bom revê-lo com saúde. Não posso negar que as estradas de Swan são bem melhores do que as de Stigma, seria injusta a comparação. E você, como tem passado os dias? Soube que seu pai deseja fazer a festa de sua corte.

- Meu pai sonha mais alto do que os músicos e poetas do castelo, ele está com essa ideia de corte desde a última lua cheia, não é de meu feitio pensar em donzelas nesse momento.

- Aposto que o rei pensa em seus herdeiros, Jungkook, ele é seu pai, está fazendo o que os pais naturalmente fazem. - Taehyung caminhava ao lado de Jungkook pelo jardim, admirando a decoração natural. - Mas conte-me, você mandou diversas cartas no final do inverno, parecia aflito com as coisas do reino.

- Sim, eu confesso que andei ouvindo boatos sobre a peste. É verdade o que dizem? - Jungkook o olhou para o amigo, que andava calmamente ao seu lado.

- Até onde sei, a peste está vindo de Dis-ease, o que não é nenhuma novidade... - Taehyung suspirou - Mas pouco sei sobre eles, soube que Butter está sendo afetada, temo que logo se espalhe pelo reino.

- Butter... - Jungkook suspirou contemplativo - Sempre ouvi falar muito bem dessa província. Dizem que seus habitantes são muito cordiais e alegres. Já esteve lá, Taehyung?

- Ah, sim. Fui algumas vezes com Sir Yoongi. Eles são de fato, muito alegres, as festas são coloridas e fartas, é uma província muito bela, eu diria, e eu sou que o príncipe Hoseok está aguardando o sacerdote para se casar.

- Por falar em Sir Yoongi, onde ele está, imaginei que viria com você nessa viagem. Desde que te conheço você e ele não se separam, crio eu que, ele te acompanha até nas festar de Seokjin.

- Jungkook... - Taehyung sorriu largamente com um tom brincalhão em sua fala - Não fique enciumado, Sir Yoongi virá junto ao crepúsculo, precisou resolver um serviço urgente de meu pai, mas creio que logo menos o veremos aqui. E quanto as festas de meu irmão... Jamais consegui convencê-lo a ir em uma, infelizmente.

- Infelizmente? Porque lamenta? - Jungkook lançou um olhar curioso ao amigo.

- Tenho em meus julgamentos que seria um tanto quanto prazeroso.

Jungkook parou seus passos, olhava de maneira confusa para Taehyung que, ao perceber que o amigo parou de caminhar, virou seu corpo em sua direção e deu de ombros em um gesto livre de demais explicações como se a própria expressão bastasse para se justificar.

- Algo lhe perturba, meu amigo? - Taehyung fitava seus olhos com uma expressão calma.

- Em sua província há as donzelas mais agradáveis aos olhos e de boa honra, ainda assim pensa em prazer carnais com seu guarda pessoal?

- Diga isso em voz alta mais visto que lhe corto sua honra! - Taehyung brincou, mas com um tom firme. - Até onde sei, não cabe a mim, dar herdeiros ao trono, Namjoon já está encarregado disso e me é pouco atrativa a competição pela coroa. Podemos prosseguir?

- Sim, claro... - Jungkook balançou a cabeça brevemente, como se espantasse de sua mente o que havia acabado de ouvir e começou a caminhar novamente ao lado do amigo. - Mas, não fará a corte novamente?

- Esse assunto de novo? Porque todos me indagam isso? Já fiz corte há alguns verões e não pretendo fazer novamente. Isso tem a ver com a notícia da filha do Komizar? - Taehyung olhava de lado para Jungkook.

- De modo algum, eu nem recordava mais sobre esse assunto e tudo que soube foi que, a moça foi agraciada pelos deuses com muita beleza, mas perguntava porque julgava que você pensava em casamento.

- Não penso. Na verdade, penso nas festas de meu irmão, acredito que você possa ir um dia, Jungkook, um futuro rei precisa treinar para agradar sua rainha. Bem... Foi o que ouvi de meu pai.

- Vocês são uns pervertidos! - Jungkook disse em um tom sorridente.

- Não nos culpe por sabermos como viver a vida. Mas nos acompanhe em uma noite, se não for de seu agrado, é só ir embora. Creio que você precise sair um pouco para tomar um sol, está mais branco que o pó de arroz de mamãe.

- Pensarei no assunto.

O príncipe Jungkook e o príncipe Taehyung eram amigos desde a infância, a aliança que existia entre as províncias fez com que eles convivessem grandes períodos juntos por longas semanas das estações e frequentassem bailes, festas e festivais um na companhia do outro.

O herdeiro Kim, sempre fora um homem de aparência muito bonita, os traços de seu rosto eram fortes e marcados, a pele bronzeada do sol que queimava nos dias de treinamento, ele era dois anos mais velho que Jungkook e tinham quase a mesma altura. O jovem Kim era muito curioso pela vida e desapegado de certos padrões que o reino estabelecia, frequentava os templos, sabia ler e escrever, tocava piano e estava sendo preparado para se tornar um cavalheiro real e lutar no exército do reino de Soul.

Ainda que fossem amigos de longa data, as discrepâncias entre eles eram gritantes, o príncipe Jungkook seguia as leis conservadoras e tradicionais do reino e, superprotegido pelo pai, jamais saia dos limites do castelo para se aventurar reino afora, começou a poucas luas a fazer seu treinamento de espada, mas sabia ler e escrever e era um grande entusiasta das poesias e cânticos sobre a história de Soul.

- Mas... - Jungkook olhou diretamente para o amigo - Me conte como foi a viagem.

- Tranquila, graças aos deuses, mas devo confessar que fiquei atento na estrada.

- Ha algum motivo para isso? - Jungkook ergueu uma de suas sobrancelhas.

- Ouvimos boatos que armadilhas estavam sendo postas na estrada para roubarem e saquearem carruagens. Muitas historias andam circulando de que, os moradores de Dis-ease estão planejando um ataque ao restante do reino.

- Você acredita que eles chegariam até Swan?

- Não encontro motivos para baixar a guarda. Esses marginais nos atormentam a gerações, não acho nenhuma novidade que, mais uma vez, eles estejam fazendo a típica bagunça deles e causando mais problema, espalhando doenças por todo o reino, trazendo a praga e a peste, como fizeram no passado. - Taehyung foi perdendo a calma a medida que prosseguia em sua fala. - Só de imaginar isso já perco a temperança.

- Acredita que eles que trouxeram a praga no passado? - Jungkook ouvia e digeria as novas informações, atentamente.

- Acredito sim, depois de ler muitos documentos e livros, tenho em minhas plenas faculdades mentais que eles são os responsáveis pela praga que assolou o reino no passado. Basta olhar como os camponeses vivem hoje, os anciões contam o que seus avós viveram, foi de fato uma terrível era. E agora eles veem até nossas províncias trazendo o caos e a desonra novamente. - Taehyung bufou, com os punhos e maxilar cerrados, a raiva borbulhava em suas têmporas - Perdoe meus modos, eu fico exaltado quando se trata desse assunto, em especial.

- Não existem motivos pelo qual deva se desculpar, ouso até dizer que, suas palavras são como uma nova direção para mim, ainda sou muito leigo nesses assuntos.

- Acredito que podemos conversar mais sobre isso com uma boa taça de vinho. - Taehyung soltou um sorriso, se acalmando.

- Jamais discordaria de você neste ponto. - Jungkook avançou alguns passos - Creio que o almoço já está servido e terminamos essa conversa depois que nossos estômagos estiverem cheios.

- Príncipe Jungkook, eu concordo plenamente com você.

- Ora, muito obrigado príncipe Taehyung.

Ambos sorriram e seguiram a passos largos pela escadaria que dava acesso à entrada do castelo e mesmo com os sorrisos estampando seus rostos e a conversa seguindo de forma mais leve, o assunto de Dis-ease ainda badalava como um sino alto nos pensamentos de Jungkook e o perturbava como um inseto zumbindo em sua orelha incansavelmente, talvez fosse necessário mais de uma garrafa de vinho para digerirem aquela conversa.

1. Juni 2021 15:00 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
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