Em teoria, Liam sempre soube que a cor do céu era azul. Já tinha ouvido sobre esse pequeno fato diversas vezes ao longo de sua vida; de suas professoras, de seus colegas de turma, das vizinhas do bairro e até mesmo de sua própria mãe, mas nunca dito para si. Ninguém nunca havia se incomodado em lhe dizer a cor das coisas antes. E entendia. Qual seria o sentido em falar sobre cores a um cego? Não havia porquê.
Mas gostava como Olivia, ao lhe descrever algo, falava sobre as cores. Gostava como ela o fazia sentir saudade de algo que nunca havia vivido antes. Gostava de como o mundo parecia tão colorido aos olhos dela, mesmo que não entendesse o que “colorido” realmente significava. Mas, acima de tudo, gostava dela.
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