Segredos da Guerra Tríplice Follow einer Story

Em uma pequena vila, numa noite calma, escutam-se pratos caírem no chão e o som de se quebrarem e seus estilhaços saírem deslizando pelo chão de pedra cinzenta com um pouco de sujeira de terra vermelha. Os pratos caíram das mãos de uma jovem moça, que ao deixar que caíssem se apoia a mesa que se encontra as suas costas, respira ofegante e leva a mão direita a sua barriga que estava grande, ela estava grávida e parece ter chegado o momento do nascimento de uma nova vida. Sishfit, aos seus 25 anos entrou em trabalho de parto, seu marido Roudrir, que estava sentado á mesa se levantou rapidamente e foi até a sua esposa.

Sishfit: É agora!

Roudrir entendeu bem o que isso significava. Apoiou sua esposa em seu ombro e levou ela até o quarto e a deitou na cama. Roudrir saiu do quarto às pressas e foi para fora de sua casa para pedir ajuda a uma moradora que vivia a cinco casas de distância da sua, onde morava uma curandeira que poderia ajudar a sua esposa no parto. A vila era muito pequena e não havia médicos, guardas, nada a não serem seus moradores de maioria fazendeiros.

Roudrir chegou a casa batendo desesperado a porta da curandeira que foi andando ate ela lentamente e gritando para esperar. Quando a curandeira abriu a porta Roudrir a segurou pelos ombros.

Roudrir: Está nascendo!

A curandeira pediu para que ele voltasse a sua casa, separasse alguns tecidos brancos, colocasse água em uma vasilha e colocar um pequeno pedaço de chama rubra dentro dessa vasilha e pegar uma faca limpa.

Roudrir ficou repetindo as instruções e saiu às pressas de volta para a sua casa preparar os materiais, a curandeira já era anciã então não conseguia se mover com tanta mobilidade assim, ela tinha com ela uma jovem moça que foi achada abandonada perto da densa floresta, ninguém sabe quem a deixou ali, mas a curandeira anciã a adotou para treina lá para ser a próxima curandeira da vila.

A curandeira com seus passos lentos chegou lá em alguns minutos, com a ajuda da jovem moça. Pediu para Roudrir sair da casa e esperar do lado de fora. Com pesar ele segue o que foi pedido, queria estar ao lado de sua esposa. O tempo passava e nada além de gritos de dor de Sishfit saia da casa, mas nenhum choro. Já se passado muito tempo a curandeira sai da casa com as mãos banhadas em sangue e balançando a cabeça de forma negativa.

Curandeira anciã: Roudrir a situação não está fácil. A criança não está saindo e nem ao menos posso salvar sua esposa. Desculpe-me, mas você vai perder os dois.

Roudrir: Por favor! Salvem eles. Eu lhe darei o que quiser apenas os salve.

Curandeira anciã: Vai ser um esforço em vão. Não podemos fazer mais nada, apenas esperar pela morte de ambos.

A curandeira entrou de volta à casa para poder preparar o corpo para fazer o rito fúnebre assim que morresse. Roudrir sentou-se ao lado da porta na parte externa da casa e fitou com os olhos as pedras encravadas na terra vermelha, começou a escorrer lágrimas de seus olhos. Surgiu um par de pés a sua frente, pés enrolados em um tecido negro, seus olhos foram dos pés ao rosto do ser que se apresentou perguntando-lhe...

Estranho: Você disse que faria qualquer coisa para quem salvar sua esposa e seu filho?

Roudrir: Si... Sim.

Estranho: Vou pedir duas coisas. Primeiro, eu darei o nome a seu filho...

Roudrir: Como... Você sabe que é um menino?

O estranho o ignorou e continuou as exigências.

Estranho: Daqui dezoito anos eu vou voltar aqui e lhe pedirei algo. Você deve aceitar. Não precise dizer nada, apenas balance a cabeça se aceitar, ou eles morrerão.

Roudrir não pensou muito nas exigências daquele estranho estava desesperado por alguém que ajudasse. Ele aceitou. Assim que Roudrir balançou a cabeça de forma afirmativa o estranho entrou na casa. A curandeira anciã e a jovem que a ajudava foram expulsas de dentro da casa. Não se passaram nem dez segundos que ele entrou e já se ouvia o choro de um bebê ecoar de dentro da casa.

O estranho sai da casa com as mãos com sangue, olhando para frente sem desviar o olhar para Roudrir e disse.

Estranho: Balder o nome dele.

Roudrir se levantou rapidamente e foi em direção ao quarto onde sua esposa estava. Ao chegar viu sua esposa com seu filho em seus braços. Desesperadamente ele se aproximou dela, diminuindo sua velocidade ao se aproximar cada vez mais para não assustar o bebê. Disse a sua esposa.

Roudrir: Balder.

Apesar de estranhar o nome, ela o aceitou.

Roudrir olhou para a porta e se lembrou do estranho. Saiu para agradecê-lo, mas ao sair da casa apenas se viu aquele estranho se misturar com a escuridão da floresta. Roudrir não sabia seu nome, mas tinha muito a agradecer.