saaimee Ana Carolina

4 amigos em call tentando jogar em meio a interrupções. ------------------------------------------------------------------- → Capa tirada do site: pixabay.


Kurzgeschichten Nicht für Kinder unter 13 Jahren. © Todos os personagens aqui pertencem a mim e TsukiAkii. Portanto postar/reproduzir esta estória em qualquer página sem a minha autorização é completamente proibido. Plágio é crime e eu tomarei providências.

#familia #grupo-de-amigos #amizade #jogos #linguagem-impropria #chat #oc #conversa-por-call
Kurzgeschichte
0
3.0k ABRUFE
Abgeschlossen
Lesezeit
AA Teilen

Capítulo único

— Que isso? – A voz alta e extremamente surpresa saía clara pelo áudio do laptop na mão da garota. — Aí também é seu quarto? Caralho, Sis, isso é do tamanho da minha casa inteira!

— Que meu quarto? Cala a boca – olhando para a tela enquanto caminhava pelo cômodo, a jovem retrucou em tom irritado apesar do rosto mostrar confusão na câmera. — Eu tô na sala.

— Ah...

— Sua sala é do tamanho da minha casa inteira – mais uma voz surgiu completando a conversa e fazendo a garota revirar os olhos antes de se jogar no largo sofá branco do centro.

Encarando a tela do computador, ela observou a imagem no canto da tela onde dois rapazes estavam sentados em frente à janela da casa, observando tudo em sua transmissão.

O jovem de cabelo roxo tinha fones grandes e coloridos cobrindo as orelhas enquanto o de cabelo castanho usava o fone branco do celular encaixado em seu laptop. Eles dividiam a mesma câmera apesar de estarem em computadores diferentes, um ao lado do outro.

Na tela ainda havia mais uma caixa para transmissão da câmera na cor cinza, aguardando para ser ligada.

Suspirando, ela se esticou no estofado macio.

— Oh, porra, a gente vai jogar ou vocês vão ficar comparando tamanho de casa?

— Vamo, mas cadê o Night?

— Num sei, porra, eu já mandei mensagem e até agora nada.

— Sis!

No meio de seus resmungos, ligeiramente preocupados, a jovem ouviu a voz conhecida ecoar pela sala a fazendo virar a cabeça para trás. Seus olhos encontraram o homem de cabelo comprido e avental amarrado na cintura, caminhando em sua direção com uma expressão assustada.

— Que?

— Precisa falar desse jeito?

— Ai... – se virando para frente, balançou a cabeça tentando não se irritar com o motivo da intromissão. — É por isso que eu fico no quarto.

— Seu pai? – Na câmera, o rapaz de cabelo castanho perguntou atraindo os olhos cansados dela.

— É, um deles.

Resmungando, respondeu e incomodada correu os olhos pela tela vendo em sua própria câmera a imagem do homem parado atrás dela, observando o que fazia.

— Você tá filmando? – Curioso, perguntou quase esticando o pescoço para ver melhor.

— Ai... Não, tá live – a resposta não trouxe nenhuma reação para suas palavras, mas no rosto dele a incógnita estava clara. Se virando para ele, Sis tentou ser mais clara. — Tá ao vivo!

A fala fez o mais velho dar um pulo para o lado, tentando se esconder da câmera, sentindo o rosto queimar envergonhado. A jovem, por outro lado, apenas observou, balançando a cabeça inconformada.

— Por que não me avisou antes?

— E eu ia saber que você ia ficar parado atrás de mim? – Retrucou, balançando as mãos no ar antes de se virar para frente de novo. — Oh, eu vou jogar aqui na TV, tá?

— Tá bom... – suspirando, respondeu, arrumando a roupa e logo se virou em direção a porta, achando melhor a deixar sozinha. — Só não fica muito perto da tela.

— Tá! – Gritou de volta ouvindo seus passos se afastando dali. — Que saco... – Seu alivio durou pouco tempo quando olhou para a tela e viu os dois rapazes rindo baixinho, assistindo a cena que ela causava. — Vão se fude!

— Ah, lá, Night tá chamando!

Para sorte da garota, o integrante faltando no grupo resolveu aparecer naquele momento e evitar que ela ouvisse comentários engraçadinhos dos outros.

Com um clique, aceitou a ligação e, seguida de um suspiro, começou a reclamar.

— Oh, desgraça, por que demorou tanto?

A tela de sua câmera abriu logo em seguida, mostrando um rapaz de cabelo amarrado em um rabo de cavalo ao lado de uma mulher mais velha que olhava para a tela com um sorriso nos lábios.

— Opa...

— Gente, desculpa... – falando gentilmente como sempre, o jovem começou a se explicar antes mesmo de dizer oi.

— Oi! São seus amigos? – A mulher ao lado perguntou, já acenando para a câmera tão contente que parecia estar próxima deles.

— São.

— Oi!!

Sua voz calma e carregada de carinho fez Thony responder sorrindo, Naoki acenar com a cabeça sem jeito e Sis apenas resmungar um oi envergonhado.

O jovem ao lado da mulher, sorriu contente por ter sua mãe interagindo com as pessoas que tanto gostava.

— Eu tô atrapalhando?

— Não, mãe! Vai ser rápido, eu só queria avisar eles antes.

— Mas pode ir com eles, eu resolvo aqui.

Os três observavam em silêncio a mulher se levantar e caminhar para a sala ao lado, falando alto enquanto o rapaz se esticava para responder com uma expressão preocupada no rosto.

— Não. Eu ajudo! Espera aí.

— Que tá acontecendo, otário? – Sem paciência para esperar, Sis questionou atraindo os olhos dele.

— Minha mãe tá com uns problemas no computador pra resolver as compras... – passando a mão pelo cabelo, explicou vendo os dois no canto assentindo. — Eu vou ali ver o que é e já volto.

— Tá...

Com um aceno envergonhado, sua imagem ficou cinza mais uma vez, deixando os três para trás em um silêncio constrangedor, olhando um para a câmera do outro como se esperassem que alguém fosse dizer algo.

— Ver a mãe dele dá uma sensação estranha, né? – Naoki foi o primeiro a comentar, observando os outros dois assentindo.

— É... tipo um calor no coração... – Thony completou se virando para ver a expressão contorcida no rosto do rapaz.

— Felicidade?

— Credo... – Sis resmungou, se balançando e fazendo os dois rirem.

O silêncio tentou mais uma vez adentrar a conversa, porém não conseguiu quando a jovem olhou para o canto e viu a imagem de outro homem parado na sala, olhando para seu laptop.

— O que tá acontecendo hoje? – Falou alto, atraindo todos os olhares para ela antes de se virar e para o pai encarando os rostos na câmera. — O que cê quer?

— Nada... Não posso ver seus amigos? – Perguntou, irônico o suficiente para ver a garota cerrar os olhos, irritada.

— Eu não tenho amigos! Isso aqui é grupo de jogo.

— Sei... – balançando a cabeça com sua teimosia, falou antes de se lembrar o motivo de estar ali. — Seu pai vai pedir comida, quer alguma coisa?

— Oxê... Achei que tava cozinhando – virou a cabeça para ver o rosto do homem enquanto falava confusa. — Vi ele de avental.

— E adivinha o que aconteceu – o comentário foi o suficiente para fazer os dois revirarem os olhos já imaginando o estado da cozinha.

— Vai pedir o que? – A pergunta fez o mais velho erguer as sobrancelhas como se pergunta “o que você acha?” A jovem nem precisou questionar mais uma vez para torcer o nariz. — Ah... Não, eu- Espera! Quero sim! Ele tá me devendo um milk-shake – pulando no sofá apontou quase em tom de desafio.

— Aquele milk-shake? – Cruzando os braços, perguntou a assistindo balançar a cabeça positivamente.

— É.

— Sis... Se ele comprar isso e você não comer tudo, eu-

— Tá duvidando de mim? – O interrompendo, gritou, se virando para encara-lo. — Cê acha que eu não consigo?

Por instantes, o mais velho apenas ficou em silêncio fitando a expressão tão teimosa quanto determinada dela e pensou em rir. Viu naquele rosto um reflexo de si mesmo e tinha orgulho disso.

— Tá bom. Mais alguma coisa pra acrescentar na diabetes? – Seguindo em direção a porta, questionou irônico.

— Por enquanto só – falou no tom sarcástico e se virando para a câmera sorriu, esquecendo que os outros dois estavam vendo seu rosto.

— Tá.

— Ah, pai! – Dando um pulo do sofá se virou para ele novamente, apoiando os braços no estofado. O homem apenas inclinou a cabeça em sua direção, esperando para ouvir. — Depois me ajuda com aquele cartão lá?

— Cartão? Aniversário do Hades?

— É! Toda vez que eu tento fazer, o pai aparece – explicou irritada, fazendo o mais velho rir abafado. — Vou acabar estragado aquela merda.

— Eu vou manter ele ocupado o resto do dia – dando uma piscadela rápida, falou antes de sair da sala.

— Beleza. Valeu.

Se voltando para frente mais uma vez, se ajeitou no sofá enquanto pensava no que faria com o cartão mais tarde. Foi quando seus olhos correram pela tela encontrando os dois a encarando com olhares tão irônicos quanto interessados.

— Que foi? – Perguntou, já se colocando na defensiva.

— Que cartão? – Thony continuou enquanto Naoki mostrava as presas se divertindo.

— Não interessa!

— Tá fazendo coisas bonitinhas pra deixar o pai feliz?

— Cala a boca!

— Quem é essa menina? Cadê a demônia da Sis?

— Nossa... Eu só não bloqueio vocês porque preciso desse evento!

As bochechas vermelhas da jovem fez os dois rirem alto. Estalando a língua, ela buscou rapidamente algum assunto que pudesse reverter a situação e, quando achou, começou a falar alto, balançando os braços.

— Oh, e o Naoki não tem mais casa, não? Todo dia tá aí na sua casa, Thony! – Seu comentário fez os dois se calarem ainda sorrindo, sabendo o que ela queria fazer. — Isso que dá alimentar rato.

— Eu não tô sempre aqui! – Naoki retrucou rápido a vendo cruzar os braços.

O silêncio que veio a seguir falava alto, fazendo os dois se entreolharem se questionando se aquilo era verdade.

E era mesmo. Quando pararam para pensar, notaram que o rapaz passava, pelo menos, 5 dias da semana em sua casa.

— Pior que eu tô, né? – Acanhado, Naoki comentou deixando seu sorriso mostrar seu desconforto por se sentir um estorvo.

— Mas eu não tô reclamando – Thony retrucou rápido em seu tom apático.

As palavras fizeram os dois se entreolharem e finalmente notarem o que estavam falando. Envergonhado, Naoki desviou o olhar enquanto Thony olhou para os lados com as bochechas vermelhas e um sorriso desajeitado nos lábios.

A jovem do outro lado apenas observou, tão confusa quanto enjoada com o jeito meloso deles.

— Deviam morar junto logo assim para com essa esquisitice.

O comentário os fez olhar para a câmera com bocas abertas e rostos eufóricos.

— É dessa esquisitice que tô falando – suspirando, comentou antes de voltar a gritar com eles. — Vocês já eram frouxos, mas agora que se conheceram cês tão pior!

— Ah, olha quem fala né? Neném do papai! – Thony apontou trazendo o vermelho de volta ao rosto dela quase automaticamente.

— Cala a boca!

No meio dos ataques, a tela cinzenta brilhou e logo o rosto gentil do rapaz apareceu, atraindo as atenções e curiosidades para ele.

— Pronto, gente. Desculpa.

— Tranquilo – Thony falou ainda rindo da situação. — O que aconteceu?

— Nada – respondeu com um sorriso envergonhado. — Minha mãe tinha desconectado o cabo da internet do computador dela e a tela tava congelada falando que tava tudo funcionando.

— Hades faz isso direto – Sis comentou erguendo as sobrancelhas, se lembrando de todas as vezes que tinha que resolver esses problemas para o pai.

— Mas agora tá tudo certo.

— Beleza, então vamo jogar logo! – Sem dar tempo para mais conversa, Sis falou se concentrando em arrumar a partida na TV.

— É, vamo rápido que a Sis tem compromisso com o presente do papai depois.

— Thony, eu juro que vou quebrar sua cara.

— Já entrei.

— Porra, Naoki!

— Mas, espera, que jogo é hoje?

— Meu deus, Night! Eu avisei ontem!

13. August 2020 15:22 0 Bericht Einbetten Follow einer Story
1
Das Ende

Über den Autor

Ana Carolina Mãe de 32 personagens originais e outros 32 adotados com muito carinho, fanfiqueira nas horas vagas e amante das palavras em período integral. Apaixonada demais e, por isso, sou tantas coisas que me perco tentando me explicar. Daí eu escrevo. ICON: TsukiAkii @ DeviantArt

Kommentiere etwas

Post!
Bisher keine Kommentare. Sei der Erste, der etwas sagt!
~